journalvanille
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ᘞ⠀𝖻��𝗂𝗃𝗈𝗌 𝖽𝖾 𝖼𝖺𝖿é⠀&⠀⠀──⠀𝘢𝘤𝘢𝘭𝘢𝘯𝘵𝘰.⠀あ⠀꒱
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Naquele ponto do dia, Aiko já havia experimentado uma parte dos brinquedos que mais estava com vontade de ir quando chegou. Inclusive, tinha saído à pouco de um que a deixava de cabeça para baixo e, por hora, só buscava algo mais tranquilo para se entreter.
Para a sua sorte, não foi, realmente, difícil achar algo. Foi atraída por um canto lindo, não muito longe dali, em meio aos barulhos de risadas, conversas e gritos. De fato, lembrou-se, na hora, de ter visto no folheto do evento sobre as apresentações ao vivo e interessou-se em se aproximar, conduzida pela melodia encantadora. Para a sua infelicidade, no entanto, quando se estabeleceu atrás de todas aquelas pessoas, o show não demorou para acabar. Havia chegado tarde demais. De qualquer maneira, porém, decidiu ficar para as próximas, motivada pela curiosidade. Com isso, foi só o momento da cantora descer do palco para que outra pessoa pudesse subir que a japonesa aproveitou para se enfiar um pouco mais fundo na pequena multidão.
A apresentação que se seguiu, no entanto, ia contra suas expectativas. Não era a melhor coisa do mundo. Era bem ruim, na verdade, mas era o que tornava tudo tão divertido e até balançava um pouco com o instrumental. Todavia, foi tirada de sua distração quando escutou alguém ao seu lado tentar puxar conversa fiada, "com toda certeza.", respondeu, ainda prestando sua atenção no palco, rindo em meio ao vocal desafinado. E, apenas por um momento, quando se virou para a origem do papo, foi que se pegou, completamente, surpresa ao encontrar o olhar de Bruno.
"Ah! Eu- Perdão-", atrapalhou-se com as palavras. Seus olhos estavam arregalados, um pouco pasma com a coincidência, e seus pés prontos para recuar, mas foi interrompida antes que pudesse se afastar dali, como se ele previsse, sem dificuldade alguma, seus próximos movimentos. "Tudo bem... Eu fico, então.", sorriu sem graça, olhando para o lado, tentando disfarçar o leve rubor que pintou em suas bochechas. De qualquer forma, a atmosfera era leve, então, foi fácil se soltar, de novo, mesmo do lado de quem menos esperava. "Mentira! É sério?", gargalhou com a imagem em sua imaginação e tampou os olhos com a mão, "e o que você pretende cantar, senhor Kwon?".
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local: palco de apresentações ao vivo.
Estava no palco fazia algumas horas, batendo palma e aproveitando cada apresentação, de fato, estava sendo um momento divertido pelo simples fato de ninguém ter a mínima ideia do que faziam. Lógico que tinham surpresas adoráveis, como foi a apresentação anterior da que viria a seguir, pessoas com talento de verdade que conseguiam deixar todos totalmente embasbacados, mas também tinham pessoas que só achavam que tinha algum tipo de talento, e eram esses que tornava tudo tão… "Que trágico… não é?" Comentou para a pessoa que parou ao seu lado, mas ao olhar, deu de cara com a ex… de novo. "Ah…" Riu sem jeito, um pouco nervoso por não ter percebido que era ela. "Achei que fosse outra pessoa… mas pode ficar, eu gosto da sua companhia" Se antecipou como se já soubesse que a mulher fosse dar sinais de que sairia dali com o que falou. "Quer saber de uma notícia pior ainda? Eu me inscrevi pra cantar lá"
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Quando Aiko sugeriu que fossem naquele brinquedo, sabia que, no fundo, era apenas um puro desafio pessoal que não iria confessar. Agora, no entanto, olhando daquele jeito, vendo as pessoas gritarem, enquanto uma outra vomitava escondido, não podia deixar de repensar em todas as suas vontades e coragem movida à teimosia. "Estou tentando...", parou para respirar um pouco mais, coçando a nuca por um momento. "Ok, nós vamos, sim.", disse com toda a pouca motivação que, por algum motivo, ainda tinha.
"Temos que ter coragem para viver, Jisoo-ya!", sorriu, cheia de falsa bravura. A realidade é que sentia um frio na barriga horrível, a ideia de estar de cabeça para baixo, tão alto, daquela forma era, realmente, assustadora e, mais uma vez, tentava acreditar que era, mesmo, seguro. E se aquela coisa caísse? Com toda certeza, não era uma suicida igual os kamikazes e muito menos queria se tornar uma.
Quando a sessão de tortura acabou para alguns e a fila se movimentou para que começasse a próxima para os voluntários masoquistas em pé, Aiko jogava todas as suas preces aos ventos para que o espaço lotasse antes que chegassem neles. Entretanto, ao que aparentava, estava com azar, já que não bastasse ter que entrar sem estar preparada, ela e Jisoo foram os últimos a se sentar e foram obrigados a ficar, logo, no pior lugar de todos, a ponta. "E se isso soltar?", empurrou a barra de proteção, que sequer se mexeu.
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local: kamikaze
A fila para aquele brinquedo estava grande o suficiente para que questionamentos fossem levantados. Quer dizer, o Kamikaze, que é um nome até bizarro para o brinquedo em si, analisando todo o contexto histórico por trás disso e em como havia aquele sentimento amargo relacionado ao país que deu origem a isso, ainda sim, combinava bem com o elemento em si. Quer dizer, são duas hastes metálicas enormes, como se fossem braços de guindastes, posicionados lado a lado e fixados por uma única torre. Cada haste sustenta uma gôndola em forma de cabine, ali, com os passageiros em fileiras, há um balanço para frente e para trás que começava lentamente, mas que gradualmente ia aumentando a velocidade e fazendo com que os braços aumentassem ainda mais o ângulo do giro. De fato, o frio na barriga era algo que poderia ser antecipado, mas Jisoo amava a adrenalina e não conseguiria jamais fugir de algo assim. O que era totalmente diferente da mulher logo atrás dele, sorrindo para ver se conseguiria acalmá-la. “Eu sei que pode parecer assustador, mas é seguro, acredite” Começou, até porque havia cálculos bastante detalhados para que não houvesse erro algum, além de manutenções bastante claras para que o brinquedo continuasse funcionando com perfeição. “Confesso que é muito estranho você querer ir mesmo assim… você está pálida, mulher”
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"Oh?", Aiko virou-se com o chamado de uma certa voz familiar. "Haeryeon unnie!", acenou, sem vergonha nenhuma, e sorriu com toda a vitalidade de uma criança feliz, desfazendo completamente o rosto frustrado que tinha a pouco. "Ah!~ Que gracinha, você conseguiu aonde?", seus olhos brilharam com o acessório. "Ganhei, sim! Alguns docinhos na pescaria, ó.", tirou da bolsa alguns bombons, "quer um?", ofereceu.
No entanto, o olhar caiu um pouquinho e passeou rápido pelas barracas com um beicinho nos lábios, como fazia antes dela chegar, voltando a parecer meio incerta. "Nossa, você falou bem quando eu estava pensativa sobre isso...", colocou o dedo na boca e piscou. "Quero tentar tiro ao alvo de novo... Eu tentei, tipo, umas três vezes por causa de uma pelúcia, mas não consegui nada, nem uma balinha.", a Kishimoto disse com o tom de voz mais angustiado possível, como se sofresse uma injustiça enorme. "Daí eu desisti, né? Fui na pescaria, que era mais fácil, e consegui uns chocolates, porque estava com vontade.", deu de ombros, deixando um suspiro escapar. "Quer saber? Vou de novo, sim.", gesticulou com determinação, "vem comigo, dessa vez, unnie!".
Andou de volta para a barraca de tiro ao alvo, falando boa noite, novamente, para o moço que gerenciava e pediu mais uma rodada. "Ó, agora vai.", agarrou a arma nas mãos com firmeza e até fechou um dos olhos para focar com precisão. Atirou e... Errou. "Ok, não foi, exatamente, assim que eu previ...", sorriu, mas, daquela vez, de vergonha. "Mais uma vez, por favor!", pediu, quase como um impulso, não queria passar um vexame na frente da Kwon. Para sua frustração, no entanto, acertou, mas não chegou a derrubar a latinha. "Ok.", abaixou a cabeça, era certo que iria desistir, mas queria muito tentar de novo. "Ok, ok, foi um quase... Dessa vez, eu consigo. Mais uma, por favor.", nem ousou olhar para Haeryeon, com medo da reação dela. É claro, Aiko, teimosa que só, era capaz de gastar todo o dinheiro que reservou para o dia só para conseguir a maldita pelúcia, ainda mais do lado de alguém.
Mirou, engoliu em seco e atirou. A cena da latinha caindo passou pelos seus olhos quase em câmera lenta. Acertou. "Acertei? Mentira.", deu um pequeno gritinho de felicidade, pulando sem sair do lugar. "Você viu, unnie? Você viu?", disse, toda exasperada. Havia ganho uma pelúcia de tamanho médio e a que queria era uma de tamanho grande, mas tudo bem, estava mega feliz. Nem acreditava que havia, finalmente, ganhado. Nunca, em toda a sua vida, havia ganho uma recompensa maior que um doce ou uma coisa pequena. "Unnie, vou dar o prêmio para você, porque você me trouxe sorte. Pode escolher, eu insisto!".
007. Shooting stars with @journalvanille
Haeryeon era convicta que aquele tipo de barraca era um esquema de lavagem de dinheiro, os ursos gigantes pendurados atrás e pelo teto, raramente via alguém no parque saindo com um daqueles. Mesmo que fosse boa de pontaria - ou era o que achava, as latinhas ou os alvos que precisava acerta vibravam, mas nao caiam. Como estava aproveitando aquele momento de descanso depois de muita adrenalina, Haeryeon passou por algumas das barracas de jogos de azar, nenhum brinde interessante a não ser um chaveiro de crochet de ovelha, era fofo, então pendurou no ziper da bolsa.
Aqueles minutos em uma discussão interna que precisava parar de tentar, olhou para outras barracas como acertar a boca do palhaço, pescaria e mais tiro ao alvo, Aiko parecia confusa se tentava outra vez ou não. E como uma boa influência se aproximou ao lado da amiga - era assim que considerava já que Aiko aceitava suas sugestões de livros... dúvidosos ou tristes demais. "Aiko-chan!" Chamou acenando e aproximou-se, abrindo caminho entre algumas pessoas. "Ganhou alguma coisa? Eu consegui um chaveiro." Mostrou o item pendurado na bolsa e sorriu tentando não parecer desgostosa com seu azar. "Essas coisas são pura mentira, você vai tentar mais uma vez?"
#── interaction .ᐟ ♡ ૮ . . ྀིა#── with kwon haeryeon .ᐟ ♡ ૮ . . ྀིა#.. ficou um tico maior!#aiko sendo muito besta
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Para o dia no parque de diversões, Aiko escolheu se vestir de maneira despojada, nada, realmente, justo para atrapalhar a sua noite de diversão. Vestiu uma jardineira jeans com lavagem escura e combinou com uma blusa de manga longa, vinho com cinza, para uma primavera que ainda se mostrava gelada. Precavida — e frienta —, cobriu-se, também, com um casaco. Nos pés, decidiu calçar sapatos mais robustos que a deixavam mais alta e que garantiam conforto ao caminhar. Ao finalizar com as roupas, escolheu levar uma de suas fiéis companheiras para seus pertences: uma bolsa de couro preta, pequena e prática para a ocasião.
Ademais, mesmo ciente de que, no final da noite, o penteado estaria completamente desfeito, a japonesa não resistiu à vaidade de arrumar o cabelo com cuidado. Colocou hair pins aqui e ali e, em vez de modelar as ondas para fora do rosto, optou por fazê-lo para dentro, concedendo um toque fofo e delicado ao visual. Um pequeno charme que contrastou muito bem com as roupas escolhidas.
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O nariz de Aiko se contorcia com, absolutamente, tudo. Esse tique se devia ao simples fato de que a japonesa havia nascido com um distúrbio olfativo que aumentava sua percepção aos odores. A condição poderia se mostrar uma grande vantagem quando se tratava de sua vida profissional. No entanto, ela, também, poderia se revelar um inferno nas outras esferas de sua vida.
Com certa recorrência, a Kishimoto sentia incômodos e enjoos aos cheiros menos sutis. De início, eram coisas que conseguia ignorar com perfeição, mas quando se mudou e sua vida se tornou mais movimentada do que esperava, precisou deixar a teimosia de lado, ao ver sua condição piorar, e procurar um médico que a ajudasse. No fim, a busca não se mostrou muito favorável. Depois de algumas consultas e exames, descobriu que sua sensibilidade era causada por um fator genético e teria que, simplesmente, se acostumar com isso. O jeito foi fazer algumas terapias de dessensibilização quando se tornava mais sensível pós-cio e remédios, de vez em quando, para lidar com as náuseas e enxaquecas. Eram ótimos métodos e funcionavam, então, não reclamava.
O cheiro de seu mais novo conhecido era fraco, admitia que ele escondia bem, mas era uma tarefa difícil escapar de seus sentidos aguçados. Aiko reconhecia com facilidade os sujeitos que praticavam o camuflamento de suas classificações. Era um reconhecimento que teve como base sua sensibilidade, sim, mas, também, observação. Depois de tanto tempo sendo uma grande usuária de supressores e suas variações, passou a perceber que nem sempre eles eram tão eficientes; talvez, fosse o sistema se acostumando à dose ou porque, simplesmente, medicações não eram 100% eficazes. Um senso comum, não? Cada corpo reage de maneira diferente. Além disso, perfume era outra opção viável para ajudar, mas Paris a levou — forçou, sendo menos gentil nas palavras — a aprender a diferença entre cheiro artificial e feromônios, quando descobriu que banhos diários não eram tão comuns na Europa. Não era tão óbvio, e, na verdade, era difícil de dizer, mas as pessoas suavam, o perfume se esvaia aos poucos e, de maneira natural, os feromônios ficavam mais evidentes.
Aquela situação em específico, no entanto, era peculiar para Aiko. Não sabia dizer onde estava se metendo, de verdade. Conheceu muitas pessoas em toda a sua vida, afinal, seres vivos eram a base e natureza de seu trabalho, porém, não havia conhecido nenhum alfa, realmente, que mentisse sua classificação. Alguns betas e, com muita frequência, ômegas passaram pelos seus dias o fazendo, alfas eram uma novidade. Não era muito melhor viver com as vantagens que a vida lhe dava de mão beijada?
Durante a sua adolescência e início da vida adulta, não gostava muito de alfas, era um fato. Estavam sempre no topo, ocupando lugares, apenas, porque eram alfas, sem esforço algum. Então, sim, havia um quê na ousadia do seu questionamento. Ele estava escondendo algo mesmo? Pra quê? O que um alfa ganharia tentando ser um beta? Se ele fosse um ômega, até entenderia, Aiko mesmo já havia escondido a todo custo sua própria classificação para que não fosse menosprezada. Afinal, a cozinha que ela pertencia, de acordo com a sociedade, não era uma cozinha profissional e sim uma doméstica.
Parando para pensar a fundo, aquelas questões ainda faziam seu sangue ferver, sim, mesmo que um pouco. E ainda mais quando aquele comentário, sutil, mas, obviamente, irônico saiu dele. Aiko pendeu a cabeça para o lado, franzindo o cenho, um sorriso de canto nos lábios. Ele estava na defensiva? Estranho. No fim, talvez ela não estivesse tão errada em sua suposição.
Com a movimentação repentina para a sala de jantar, Aiko aproveitou para ir à cozinha guardar a garrafa de vinho presenteada e retirar a entrada do forno, soupe à l’oignon, uma sopa de cebola francesa que amava fazer. Estava tudo perfeito, havia deixado toda a comida por sua conta, porque estava feliz com o evento, empolgou-se e até decorou, também, a mesa com o cuidado e a expertise que se orgulhava em mostrar. Era uma ótima noite e nenhuma birra iria estragar a sua felicidade e, muito menos, a de seus pais e a do novo amigo deles.
Voltando à mesa, encontrou todos já sentados, entre conversas leves e risadas divertidas. Tentou não atrapalhar o embalo, mas foi inevitável puxar a atenção para a comida em suas mãos cobertas por luvas térmicas. "Essa é minha especialidade, depois da cozinha japonesa. Acho que eu nunca fiz para vocês, não é?", a mulher olhou em dúvida para os pais, um biquinho nos lábios que foi trocado, logo, por um sorriso e seu charminho típico e convencido, enquanto colocava a panela no centro da mesa. "Espero que gostem!~", disse, distribuindo os ramequins para cada um e, finalmente, sentando-se, também.
Aiko estava frente a frente com Chanhyuk, mas tentava não se importar, mesmo que sua curiosidade não deixasse tanto quanto queria. O que a distraia, de verdade, era como sua mãe se animava ao contar como ela havia começado a cozinhar, em meio aos elogios. "Naquela época, foi o Hiroshi que ensinou ela a usar uma faca e, quando eu menos esperava, ela voltava para casa cheia de cortes nas mãos.", Aiko riu, "eu não jogaria toda a culpa no meu pai, eu, também, inventava malabarismo achando que poderia cortar igual ele, com anos de experiência.", respondeu em defesa do genitor. "A culpa dele está em não ter te vigiado. Você tinha o quê? Treze, quatorze anos?", a filha encolheu, um sorriso bobo ao olhar para o pai, como se não pudesse ajudar ele naquela. Ele mesmo estava calado e com as orelhas vermelhas com a exposição, mas se divertia, conseguia ver através de seus olhos. Por um momento, como um impulso, desviou o olhar para o beta e, com rapidez, abaixou-o para a sopa, dando a sua última colherada, sentindo-a derreter, perfeitamente, na boca. Estava condenada mesmo.
De alguns meses pra cá, Chanhyuk vinha tentando incentivar o ahjussi a sair mais e socializar. Não que ele já não conhecesse a maior parte da população da cidade, com o antiquário em funcionamento desde meio que sempre, mas também existia uma diferença considerável entre saber da existência das pessoas e conhecê-las de fato. Tudo havia piorado depois do falecimento da sua esposa, era o pouco que Chanhyuk sabia, então ele sempre tentava cutucá-lo sutilmente na direção de qualquer interação social, quando possível. Como o jantar do casal Kishimoto, por exemplo.
Chanhyuk os conheceu por causa da loja, como era comum acontecer. Eles ficaram encantados desde a primeira visita, perguntando sobre um objeto ou outro com olhos curiosos e mãos mais curiosas ainda, e logo o ahjussi tomou a frente da situação, disposto a discursar sobre itens diversos como se fizessem parte da sua própria prole. Chanhyuk o deixou, naturalmente. Os Kishimotos retornaram mais vezes, pra examinar os novos recebimentos, mas às vezes só pra tomar chá e conversar, quando o movimento estava particularmente baixo. A recorrência eventualmente se transformou em amizade.
O que justificava os dois estarem ali, agora, parados na frente de uma casa iluminada e espaçosa em Yongdam, no meio da noite, aguardando num silêncio confortável. Da parte do ahjussi, ao menos, porque Chanhyuk ainda estava tendo dificuldade em entender qual exatamente era o seu papel naquilo tudo.
“Tem certeza de que o convite foi duplo?” Ele perguntou incerto, pela décima quinta vez, ainda sem acreditar. Ao seu lado, o ahjussi bufou algo que ressoou como uma risadinha divertida. “Eles não falaram pra você trazer um acompanhante só, sei lá, por educação?” A garrafa de vinho pareceu pegajosa, de alguma forma, debaixo das suas mãos suadas. “Eu nem tenho tanta intimidade assim com eles.”
A resposta – “Para de pensar demais, garoto!” – se perdeu no instante em que a porta de entrada cedeu e uma mulher apareceu, gesticulando para que os dois a acompanhassem e depois os conduzindo pelo corredor. Chanhyuk calou a boca e seguiu, sem hesitar, tentando processar a enxurrada de informação da maneira menos sofrida que o seu cérebro de ervilha conseguia: a decoração aconchegante da sala, as vozes diferentes que se sobrepunham, os cheiros misturados de comida e aqueles mais sutis, quase imperceptíveis, das pessoas. Era difícil de identificar, de dissecar um do outro, principalmente quando ele tinha estapeado um adesivo transdérmico na parte interna do braço só por precaução, mas ainda se faziam presentes. Vagos, talvez, e difusos, mas presentes.
Chanhyuk se atrapalhou pra oferecer a garrafa de vinho à mulher, de volta à realidade com atraso, que o apresentava alegremente à filha. Os seus olhares se cruzaram e muito, senão tudo, fez sentido. Ela era jovem, parecia nova, apesar do lenço no cabelo, e estava bem vestida, metida num vestido que marcava perfeitamente a curva da sua cintura. Obviamente bonita, de um jeito de quem não precisava se esforçar pra isso. O seu rosto pinicou, de repente cor-de-rosa com os próprios pensamentos, e então se contraiu numa neutralidade forçada. Aquele velho traiçoeiro tinha armado mais um encontro às cegas, bem debaixo do seu nariz.
Felizmente, Chanhyuk não precisou fingir por muito tempo. A garota abriu a boca e o encanto se desfez, frágil igual uma bolha de sabão.
“É, beta,” ele confirmou, como se precisasse. “Interessante? Aposto que você não deve ter conhecido muitos, sim,” o comentário escapou sem querer, pingando ironia. A impressão era que ela – Aiko, conforme a apresentação que ocorreu em seguida – não acreditava em sequer uma palavra sua, mas o esforço em se manter impassível era digno. Quase. “Mm. Prazer,” Chanhyuk concordou, naquele tom ambíguo de antes, e se curvou em cumprimento. “Pode me chamar só de Chanhyuk mesmo. Não precisa usar honoríficos.”
Ele quis se afastar na mesma hora, o desconforto da cena toda misturado com uma pontada de irritação se expandindo perigosamente. Mas uma mão desceu no seu ombro, num peso sólido que servia tanto pra acalmar quanto ancorar, e todas as intenções ruins escorregaram do seu corpo, uma a uma. Era o ahjussi, o espalmando nas costas como quem pedia silenciosamente pra uma criança se comportar. Chanhyuk jogou um olhar na sua direção, como quem respondia que ok, mas só dessa vez.
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"Acho que é só costume...", recordou dos dias que, também, lutava com todas as forças contra o sistema de defesa das cebolas. Depois de um tempo, havia cortado tantas que nem sentia mais nada. "Mas tem vários truques por aí, você conhece algum deles? Algumas pessoas mergulham a cebola na água e colocam na geladeira, outras esquentam no micro-ondas e tem aquelas que só ligam o ventilador.", lembrou das dicas que leu na internet e que, também, aprendeu através de algumas pessoas, mesmo que nunca tenha testado elas. "Só acho que deveria ter sido feito antes de cortar.", coçou a nuca, rindo. "Não fizeram?".
A fungada só deixou ele mais bonitinho, Aiko, simplesmente, achava muito fofo como ele ficava tão afetado com a hortaliça. "'Tá tudo bem se você quiser ficar com as batatas, temos que aceitar que algumas lutas não vamos vencer mesmo.", deu leves tapinhas nas costas do beta como consolo, um sorriso fácil nos lábios, achando graça da situação, "tenho que deixar a comida ferver por mais um tempo, então, fique tranquilo, eu te ajudo.".
Se colocou do lado dele, tomando as cebolas dele, começando a cortar as duas pontas de cada uma. No entanto, a curiosidade era grande e seu olfato sensível não a deixava relaxar. "Qual é o seu nome, aliás?", perguntou, despretensiosamente, com um bico nos lábios, consequência de seus pensamentos incessantes, "porque eu acho que te conheço, sabe...", poderia estar enganada, mas não custava nada perguntar.
Seus olhos eram mesmo sensíveis à acidez da cebola e mesmo até a cebolinha ao ponto de que, mesmo quando era outra pessoa cortando e ele passava por perto, os olhos já ameaçavam encherem. Em algum momento, continuar cortando seria um trabalho quase que literalmente às cegas, mas ele estava disposto à continuar. Mentalmente, contudo, desejou que alguém tivesse deixado as cebolas em água por tempo suficiente.
"Hum?" a resposta acabou distraída, sequer havia notado a aproximação dela. Yoonhak sabia que tinha lá sua dificuldade, e os olhos não estavam cooperando, mas jamais esperou que quase fosse mesmo terminar sem um dedo ou a lasquinha de um. Riu, só não sabia se era dela mesmo ou só de vergonha. "Está complicado." ele quase choramingou junto do risinho soprado enquanto deitava a cabeça e piscava freneticamente. Pronto. Havia conseguido atrasar o efeito um pouquinho. O toque dela, porém, pertinho como estavam, o fez notar o cheirinho tão diferente do de cebola. Talvez fosse natural para qualquer um, como instinto, procurar pela essência de quem lhe toca, e não foi diferente para ele. Assim, então, Yoonhak sentiu uma mistura de cheiro familiar.
Por instante, não prestou atenção no que ela estava mostrando. Deixou o pulso um tanto mole para que ela conduzisse, assim como deixou o olhar tentando espiar o rosto dela pelo cantinho. Lembrou: Chefe Kishimoto. . . Kishimoto Aiko, do baile. Daí, não sorrir grande demais foi um trabalho um pouco difícil de fazer. Não achou que a encontraria em um ambiente tão informal, casual. Menos ainda comunitário e com ela o segurando assim. As orelhas quase mudaram de cor. Só havia visto aquele em filmes e novelas, mas agora entendia.
"Ahn, uhum. Não sei como tu consegue." ele conseguiu falar ao voltar a focar na cebola, tentando imitar a posição dos dedos. "Parece que o espaço vai acabando e ela vai escapando. . ." e ao que ele falava, era o que acontecia, já chegando no final. "Me diz, eu prometo segredo: tu tem algum super-poder? Que te impede de chorar com cebola e cebolinhas?" brincou com um sorrisinho ladino meio bobo, espiando ela por instantes. Infelizmente, estava ridículo considerando o quanto os olhos já haviam voltado a marejar. Parecia um moleque confuso, sem saber se chorava ou sorria. "Porque estou achando que vou ficar com as batatas." e para fechar com chave de ouro e marcar uma impressão horrível na mulher bonita, ele fungou.
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#── visage .ᐟ ♡ ૮ . . ྀིა#me desculpem pela falta de respostas tanto nos turnos quanto nas mensagens TT esses dias tá punk mas vou responder assim que possível#SANINHA LINDA... SOU MALUCA POR ELA MDS
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⠀—⠀un flashback avec bruno taeil kwon ( @brvnintkwcnn ) à paris, france.⠀☾
As noites de Paris eram tão caóticas quanto as de Osaka ou de, até mesmo, Tóquio. Aiko aprendeu isso, logo, na primeira semana que pisou no lugar, com euforia percorrendo seu corpo como água em cachoeira. Quando não passava suas noites estudando ou trabalhando, certamente, era encontrada enfiada em alguma festa de cunho duvidoso, onde formou algumas de suas amizades mais importantes e grandes opiniões.
A França se provou digna de um capítulo inteiro, apenas para ela, no livro de sua vida, mas estava perto de finalizar e Aiko não esperava grandes coisas, afinal, viveu tanto em apenas um ano que não conseguiria imaginar situação a mais, além de um clima deprimente. Completaria seus vinte anos em poucos meses e tinha em mãos uma oportunidade — dada por um chef que conheceu durante os estudos na Le Cordon Bleu — para trabalhar na América no início do próximo ano, do qual pretendia aceitar. A Kishimoto sempre possuiu uma persona curiosa, era movida pelo desejo de conhecer novos lugares, culturas, pessoas e, claro, cozinhas. Parar em um só lugar não era algo que almejava, não tão cedo.
Despedidas eram o motivo de ter aceitado o convite daquela festa meio chique, ainda que faltasse bastante para ir embora. Sua amiga insistiu que era necessário já começar a dizer adeus com bastante diversão, afinal, em quanto tempo se veriam de novo? Concordou, porque ela não estava de um todo errada e, como em todas as vezes, cedia fácil.
Não seria um grande problema se não fosse preciso, junto, engolir toda a pomposidade sutil do ambiente e dos indivíduos ali presentes. Uma das opiniões que consolidou naquele país era, com certeza, o ódio por quem estava no topo sem um esforço sequer. No entanto, calar-se era necessário para um bem maior, então, Aiko o fez. Foi dessa forma, sabendo a hora de falar, que construiu um networking rico que aumentou, e muito, suas oportunidades e sucesso. Aquilo, talvez fosse apenas o seu desejo imensurável de fazer seus pais viverem bem ou, também, simples covardia, medo de perder tudo o que construiu com tanta cuidado.
Louise a fazia esquecer tudo, ria como uma garotinha na presença dela e lembrava como a vida poderia ser doce se não fosse tão dura consigo mesma. E, sendo sincera, era por isso que Aiko não soube dizer quando o álcool se fez presente em sua mente, percebeu a embriaguez ao ficar sozinha, observando, com um sorriso, a loira se divertir na pista de dança envolta dos braços de um alfa charmoso. Entretinha-se sempre com a facilidade do desenrolar dela, ela sabia flertar tão bem quanto o outro e a japonesa se sentia até meio perdida no meio dos dois.
Resolveu não atrapalhar o acaso do par recém-formado, virando-se para tentar mais uma bebida no bar, porque da mesma forma que ficava bêbada rápido, também ficava sóbria. Recostou-se no balcão, perto de um cara mais alto, sem grandes intenções. Por um momento, antes de pedir o coquetel, ao olhar rápido para ele, até pensou em puxar assunto, mas seu nariz torceu assim que sentiu a essência refrescante e, claramente, alfa embaçar seus sentidos como vapor em vidro. Lembrou-se, de imediato, da amiga dizendo, antes de sair de casa, para tentar se divertir sem pensar muito, pelo menos, dessa vez. Ela estava certa, tinha que admitir que precisava mesmo parar de ser tão teimosa em relação as suas politicas de conhecer pessoas novas — salvo algumas exceções —, mas teria que pensar mais se deveria se envolver ou não com alguém, considerando que faltava pouco para dizer tchau à França.
Não conseguia deixar de olhar o homem ao seu lado, vez ou outra, acanhada demais para tentar uma conversa, o que era engraçado, porque nunca teve problemas com chegar em outras pessoas. Ele, no entanto, tinha uma energia diferente. Talvez ainda estivesse insegura, havia perdido o costume com os alfas. Esforçando-se para distrair sua cabeça, chamou o barman, "un Manhattan, s'il vous plaît.", disse, escovando os cabelos para trás com os dedos e encolhendo-se na jaqueta. Concentrava-se com afinco nas mãos do bartender preparando a bebida solicitada, mordendo a ponta do polegar, mas seu jogo de desinteresse não parecia, realmente, funcionar.
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Era sempre mais divertido cozinhar com crianças por perto, especialmente, Chunmi, o entusiasmo dela lembrava Aiko de si mesma quando mais nova, sempre aos pés de sua avó, como um carrapatinho animado. O sorriso de Aiko era fácil com as interações e até as outras pessoas sentadas ao balcão se divertiam com a fofura da pequena. A japonesa, por si só, poderia jurar que seu coração iria, de verdade, começar a derreter de amores, "e eu adoro ela, do mesmo tanto.", cobriu a boca da mesma maneira, "mas é segredo, não conta para ela!", brincou, levando mais um prato a frente das duas e dos outros comensais, "por favor, comam bem!~".
Apresentou o prato por completo, conversando com cada um sobre, compartilhando opiniões e sensações. Quando a pergunta chegou aos seus ouvidos, fez um pequeno biquinho, pensativa, mesmo que a resposta estivesse na ponta da língua. "Sabe o que é interessante?", sorriu sem os dentes, olhando para a filha de Chaeyeon com carinho, "eu decidi quando era menor do que você, Chunmi-ah! Eu amava ver a minha avó cozinhar, era tão legal... Para mim, ela fazia mágica. Tipo, eu odiava cenoura, mas como ela conseguia fazer a cenoura ficar tão gostosa?", riu das memórias simples e doces, "então, aos poucos, conforme eu crescia e ficava grandinha, igual você, eu aprendi a cozinhar como ela. Descobri também que eu poderia trabalhar com isso e que eu tinha a capacidade de transformar cada refeição em um momento cheio de amor para toda pessoa que sentasse aqui, assim como ela fazia comigo.".
starter fechado com @journalvanille no restaurante jeong . . .
chaeyeon tinha reservado um horário no restaurante jeong a pedidos insistente de sua filha porque ela parecia não só adorar a comida mas a cozinheira , os olhos grandes se mantinham fixos na figura de aiko fascinados enquanto a assistia mais uma vez preparar uma refeição , os pés que não alcançavam o apoio da cadeira balançavam no ar indicando a animação . ❛ ela adora você sabia ? ❜ comentou entre um murmúrio a mão tampando os lábios parcialmente como se confidenciasse um segredo , vendo a menor lhe lançar um olhar matador entre as bochechas vermelhas fazendo com que achasse achava certa graça se perdendo entre a constatação do quanto chunmi era fofa ( só . . . estou explorando . . . as opções . . . sabe ? de . . . trabalho . . . pra quando . . . eu for grande . . .) as palavras saíram timidamente mas fáceis de ser entendidas , chunmi estava naquela fase de agir como se fosse muito mais velha do que realmente era porque queria ser levada mais a sério e não ser tratada mais como bebê mesmo que pra chaeyeon sempre fosse vê-la como um e muitas vezes ela ainda queria ser mimada como um . ❛ ah então agora você tá pensando em ser chef de cozinha ? ❜ perguntou entre um tom animado com a ideia tentando incentiva-la e fazê-la se sentir mais confortável pra falar mas apenas recebeu um assentir com a cabeça . ❛ bom acho que seria bem legal se a aiko contasse pra gente como ela decidiu seguir essa carreira né ? se estiver tudo bem pra você . ❜
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"Um pouco, sim. Vai fazer o quê?", pensou, por um momento, "um ano e cinco meses, quase.", balançou a cabeça positivamente, concordando consigo mesma. Talvez não fosse tanto, mas era um tempo considerável para se adaptar. No fim, Aiko não se arrependia de estar onde estava, sentia até que foi uma de suas melhores decisões. Acompanhou o olhar de Haeryeon para as crianças e sorriu; esperava que, se, por um acaso, um dia, tivesse filhos, que eles tivessem a sua mesma curiosidade, como uma daquelas crianças que folheavam os livros, enchendo-se de cultura rica e viva.
"Woah, é incrível saber que existiram mulheres que fizeram tanto impacto em lugares como a Coreia. Chegando a ter até alcance internacional como na Unesco... É muito importante. Temos mesmo que ter cuidado ao preservar a história delas, são coisas que não devem ser esquecidas, ainda mais por nós, mulheres.", Aiko colocou a mão no peito, sentindo uma espécie de orgulho crescendo. Estava impressionada, saber que essas mulheres cresceram tanto e tornaram-se tão importantes em profissões que eram exclusivamente masculinas era de se admirar. "Eu achei muito interessante, de verdade. Eu trabalho com peixes e frutos do mar todos os dias aqui em Jeju e não conhecia elas.", riu, desacreditada.
"Obrigada pelas recomendações, Haeryeon-ssi. Acho que, hoje, inclusive, vou pegar eles emprestados para levar para casa.", disse, um tom de satisfação na voz. Havia entrado na biblioteca com não muita expectativa, mas estaria saindo com grande deleite, estava muito feliz por isso. "Obrigada também por se disponibilizar para me contar tudo isso. É muito gratificante, para mim, descobrir coisas novas.", curvou-se em agradecimento.
Juntou as mãos, piscando e deixando um suspiro nervoso escapar, pensativa. Olhou em volta, rapidamente, esperando adiantar as coisas achando os livros pelo olhar. Porém, antes de deixar o assunto morrer pelo silêncio, esforçou-se em um pedido tímido, "hmm... Você vai estar livre depois daqui? Eu estava pensando em ir tomar um latte na cafeteria que tem aqui perto. Seria incrível se você pudesse ir, gostaria de saber mais sobre sua carreira como autora e de te conhecer, também!", sorriu bonitinho, um pouco acanhada.
close starter with @journalvanille at Biblioteca Marítima
Hae mantinha uma expressão interessada ao ouvir a mulher, se sentiu alegre em saber que as histórias não só cativavam as crianças dali, mas também os adultos - e estrangeiros. Não escondeu um grande sorriso que se formou, e se curvou no mesmo instante para mostrar o respeito e manter a cordialidade. "Caramba, que legal saber disso! Fico feliz que esse espaço tem te ajudado a compreender a cultura e história de Jeju! Aiko, muito prazer em te conhecer! Faz bastante tempo que se mudou para cá? "
O nome ecoou em seu pensamento, deixando memorizado e associando os olhos bonitos da estrangeira. Podia observar algumas crianças sentadas com seus livrinhos, ou explorando a biblioteca fingindo interesse, nem todos gostavam desse tipo de passeio com a escola então era normal ter vários ruídos e sussurros. Portanto uma pessoa realmente interessada deixava Haeryeon empolgada, com um leve cheiro de mirtilo e hortelã, sorria em explicar a cultura de Jeju. "Que bom que gostou de conhecer a história das Haenyeo, outra curiosidade é que em 2016, as hanyeos foram inscritas na Lista do Patrimônio Cultural Imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a Unesco." Comentou orgulhosa em repassar a informação para Aiko, tirou alguns livros da prateleira limpando a capa um pouquinho empoeirada e devolvendo a estante. " Gosto de compartilhar e ajudar a preservar a história e o legado das haenyeo... A maioria das mergulhadoras são mais de idade agora, vai se perdendo com o tempo." Esboçou um riso, imaginando que talvez o assunto começasse a ficar tedioso, então tendou conduzir para outro lado. "Bom... Fora da sessão infantil, tem livros bem interessantes chamados: A Ilha das Mulheres do Mar" , de Lisa See , foi lançado em 2019, e "A Sereia de Jeju" , de Sumi Hahn , lançado em 2020."
Balançou positivamente, talvez estivesse despejando informações demais, então se conteve. "Se quiser mais indicações eu fico a disposição."
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Tradução? "é tão bom finalmente conhecer você, paris.".
A morena achou estranho ter ganhado o like justamente naquela foto, daquela pessoa que sequer fazia ideia de quem era, havia seguido a pouco e curtido só aquela foto, mais nada. A maioria de seus seguidores eram pessoas que conheceu pela vida, clientes, etc, então, era estranho, e muito. Era algum tipo de brincadeira?
A foto posta ali, quase que imperceptível, era tão importante em sua vida. A primeira foto que tirou assim que chegou, pela primeira vez, na França. Poderia ter feito tantas outras coisas, mas assim que colocou as malas no chão do apartamento simples, arrumou um táxi para ir ver a imagem que tanto sonhou durante anos: a Torre Eiffel. Tão bobo, Aiko havia pedido uma pessoa para tirar a foto para ela e estava mais do que feliz com o resultado, mesmo que, hoje, achasse a foto um pouco peculiar. O like, apesar de suspeito, levou-a para aqueles dias, cheios de euforia e brilho nos olhos.
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Desde que fundara o restaurante, a visita de alguns dos moradores da Fazenda Wolnari não era novidade para Aiko. Entre seus clientes mais fiéis estavam, justamente, os membros da alcateia de alto respeito — um prestígio que ela logo compreendeu ao se estabelecer em Jeju. Nos dias mais importantes, até ocupavam todo o balcão e a conta final era sempre uma fortuna. De maneira natural, a intimidade surgia, então tinha o privilégio de conhecer alguns detalhes a mais, mesmo que não fosse uma pessoa de fofocas. O mais novo à sua frente, inclusive, era um dos assuntos, de vez em quando; as más línguas comentavam sobre sua persona problemática.
"Hm? Acho que vou precisar te prender essa noite comigo, então. Vai me ajudar a limpar a cozinha?", brincou de volta, um sorriso de canto brincando nos lábios. De qualquer forma, o tanto que sabia de sua personalidade temperamental, sabia, pelas mesmas bocas, do quanto era responsável. Aiko esperava que fosse mesmo, pelo menos. Sendo ou não, a Kishimoto possuía quase doze anos de experiência em restaurantes e isso incluía lidar com todos os tipos de clientes possíveis, tinha a paciência de um monge. Por isso, abriu o horário com tranquilidade, cumprimentando todos ao balcão com um sorriso no rosto.
Entre um papo e outro, deixava as folhas de shissô com massa de tempurá para fritar e cortava com perfeição o salmão em pequenos cubos para o tartare. Com o corte feito, certificou-se que a massa estava dourada e crocante antes de retirá-las do óleo, deixando repousar em papéis-toalha para que absorvessem o excesso do líquido viscoso. Tempurá pronto, posicionou o peixe fresco com delicadeza logo acima, finalizando com ikura no topo. Distribuiu os pratos para os comensais com cuidado, deixando o Shin por último, apenas para desejar uma boa refeição especial para ele, "se alimente bem, Kwangsik-ah!", Aiko disse, colocando diante dele um prato visivelmente mais caprichado: a folha mais perfeita, porções extras de salmão e ovas, e um drink, que um garçom pôs em sua frente, oferecido por sua conta, um pequeno sinal de seu voto de confiança no ômega — e, indiretamente, na reputação de união e respeito que a alcateia Wolnari cultivava.
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ〰 @journalvanille asked for a starter, so here it is!
Aquela era uma situação muito chata. Kwangsik só estava ali porque sua amiga havia feito uma reserva, mas assim que ele chegou, sentou e pediu algo pra beber, foi agraciado por uma mensagem de que ela não poderia ir. E, bom, agora o ômega estava em uma situação de merda porque nem mesmo carteira ele havia levado, já que sua amiga havia prometido que pagaria tudo. ━ Olha só, Aiko-san. ━ Mostrou a tela do celular para ela. ━ Agora você vai ter que fazer uma caridade e me alimentar de graça, porque eu não trouxe nada para te pagar. ━ Brincou, voltando o aparelho para si. Na verdade, Kwangsik já estava mandando mensagem pra algum dos seus contatos para ir lhe buscar e, de quebra, pagar a conta. O escolhido da vez foi @tianlci, só pela pirraça. ━ Já que estou nesta situação de barril, me serve uns desses pratos gostosos que você faz. Sou pequeno, mas meu estômago é grande, então capricha, por favor.
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What calms you down?
Silêncio ou algum barulho baixo e constante, pouca luz em um espaço seguro e coisas quentes, como estar enrolada em uma coberta ou um abraço, coisas do tipo. É o que me acalma, de verdade. Acho que essas condições me permitem respirar e deixam a minha cabeça pensar, sem pressão e interferências.
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caring prompt: ❛ you just relax and let me do the rest. you deserve a break. ❜
"Não estou cansada, está tudo bem...", Aiko tentou insistir, mas ele era mais forte no argumento, então, apenas, desistiu. Deitou-se no sofá, encolhendo-se entre os cobertores e travesseiros jogados, um pequeno indício de seu ninho se formando, aos poucos. A forma como seu corpo relaxou, quase que instantaneamente, revelava que, talvez precisasse mesmo de um descanso. Era teimosa demais para admitir isso, então, seu corpo fazia por si próprio, quando menos esperava.
Aiko assistia Yoonhak, divertindo-se de seu desajeito na cozinha, quando seus olhos começaram a pesar. Dessa forma, sem querer, a Kishimoto cochilou, mas foi acordada, no meio de algum sonho estranho. "Hm? Ah... Eu cochilei, desculpa.", respondeu, desorientada, com um bico enorme e cabelos bagunçados, ele parecia não ter a intenção de acordá-la, no entanto. "Yoonhak! Você fez quase a coisa toda...", choramingou, sentindo-se arrependida por ter deixado ele na mão. "Agora é sua vez de descansar.", acariciou o topo da cabeça do beta e levantou-se subitamente. Olhou para os lados, mas percebeu que não havia mais nada a fazer, as comidinhas estavam postas na mesa de centro, a luz havia sido configurada e a casa parecia mais quente. Coçou a nuca e voltou-se a sentar, "vai querer escolher o filme?", um sorriso bobo brincou nos lábios.
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cell phone headcanons
send me “#” for cell phone headcanons about our muses
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ㅤ🧪ㅤ𝘁𝗲𝘀𝘁 𝘁𝘂𝗯𝗲ㅤ:ㅤif you knew you were going to die tomorrow , what is one thing you absolutely have to resolve and/or do before thenㅤ?
Eu, definitivamente, me permitiria descansar, sorrir mais uma vez e amar livremente, ao lado de quem mais prezo na vida. A ideia de demonstrar meus sentimentos sem medo do que os outros possam dizer ou pensar me conforta muito...
E, também, comeria muitas comidas deliciosas. 😝
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❛ trust me, this is the last thing i want to do. ❜
Pelo menos uma vez por mês, desde que Aiko e os pais se mudaram, os filhos mais novos dos Kishimoto saiam do Japão para a Coreia do Sul com o objetivo de visitar a família. Como das últimas vezes, no entanto, eles não vieram sozinhos, mas acompanhados de seus respectivos parceiros. A presença de mais pessoas na casa tornava a noite mais divertida, enchendo o lugar de risadas e conversas descontraídas, o que Aiko gostava. Afinal, para ela, não havia nada melhor do que estar na presença daqueles que prezava.
Saindo do barulho da sala de estar, na cozinha, Aiko servia outra taça de vinho para si, quando sentiu o toque sutil de sua mãe em suas costas, "tenho uma notícia que eu acho que você vai gostar...", ela usava um tom de voz baixo e animado, dessa forma, fazendo a expressão da chef se iluminar num instante, com todas as boas possibilidades passando por sua cabeça, mas se apagou tão rápido quanto, "convidei seu namorado para te fazer companhia essa noite! Só não entendi porque não chamou ele antes, se os seus irmãos trouxeram os deles.". Virou-se, quase de imediato, com olhos arregalados, "o quê? Namorado? Que namorado?", pendeu a cabeça para o lado, confusa. "Chanhyuk! Vocês não estão sempre juntos? Você até vive falando dele pelos cantos...", ela sorria como se fosse óbvio e Aiko imaginou ficar roxa — de vergonha ou ódio, não sabia — ao sentir o calor subir insuportavelmente pelas suas bochechas e orelhas. "Não estamos sempre juntos...", riu, desacreditada. Talvez ela tivesse se enganado. "E eu também não vivo falando sobre ele, ele só me dá aos nervos. Só isso. Tipo, eu tenho certeza que ele esconde algo...", a genitora debruçava um olhar duvidoso sobre a filha, vendo-a começar a falar sem parar, como esperado, quando Aiko foi impedida de continuar com o barulho da campainha soando pela casa. "Deixa que eu atendo, okasan.".
Em passos rápidos, chegou ao portão e destrancou, mas antes de abrir, tomou um gole do vinho. Achou conveniente, já havia tomado uma taça inteira, um gole a mais para aguentar aquele momento não faria mal. Ao vê-lo, no entanto, por um segundo, parou e trocou olhares, poderia ter rosnado e levado ele de volta para a casa dele pelos cabelos, mas não era de sua índole. Que tipo de situação era aquela, sinceramente? "'Tá de brincadeira? O que diabos 'cê tá fazendo aqui?", talvez tenha rosnado sim, mas não se deu conta. "Acredite em mim, essa é a última coisa que eu queria fazer.", a língua da ômega estalou, os olhos reviraram e mordeu o lábio inferior, contendo uma risada. "Ah...", arregalou os olhos, em claro desdém. "Essa é, definitivamente, uma coisa que eu não gostaria de estar fazendo também.".
Agarrou o Im pelo colarinho e arrastou ele até a varanda, antes de entrar em casa. "Se era a última coisa que queria fazer, porque não deu uma desculpa, então?", disse, um bico frustrado nos lábios, os dedos massageando as têmporas. Olhou para o lado, através da janela, em silêncio, escutando a conversa se desenrolar com facilidade. Suspirou por vencido e deu dois tapinhas no peito dele, ajeitando a roupa que ela mesmo amassou, "hmpf, ok... Vamos fazer dessa forma, então, Chani.", brincou com o apelido na ponta da língua. "Só se comporte, por favor, meus irmãos devem achar que estamos namorando...".
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