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𝑙𝑜𝑣𝑒𝑟 𝑜𝑓 𝒎𝒊𝒏𝒆 .
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jvpiters · 4 years ago
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A consideração de Benjamin com outra coisa que não fosse o próprio ego era inexistente, a níveis preocupantes. Era por isso (e por ser uma piranha) que o Herdeiro dos Griveaux se divertia com quase toda a população feminina da Truffaut em seu tempo livre, utilizando-se dos flertes e pegações quando lhe davam as condições necessárias. Não era difícil, afinal. Era o oposto, sempre havia sido. Qualquer coisa era melhor que estar e se sentir sozinho, consigo mesmo. Portanto, autorizava os toques alheios em seu torso, braços, pescoço, sem cerimônias, enquanto sussurrava no ouvido da loira que sequer lembrava-se o nome... até ele identificar Victoire, com o canto dos olhos, beijando Constantin no rosto. O maxilar trincou em simutâneo, automático, igualmente a onda crítica de ódio que começara a atingi-lo, começando com o calor no rosto. Aquele filho de uma puta. Um conjunto tímido de segundos após, Ben já havia direcionado os passos a Victoire e tirado metade da festa de seu caminho, usando nenhuma delicadeza, o mesmo fez para desvencilhar-se da outra garota, antes de garantir que a Villeneuve o notificasse em seu corpo, com o toque na curva de seu pescoço. Não existia um resquício de impassibilidade em seus jeitos agora, era quase tátil a irritação, e zero paciência para joguinhos. “Você não vai com ele, mon ange.” o grave rouco do timbre de sua voz dissipou-se próximo em demasia ao ouvido da Villeneuve, com uma única ordem, autoritária em excesso, quando a agarrou pelo braço, apertando os dígitos na área minimamente. Odiava mais do que gostaria de admitir a ver com outra pessoa, dignissímo hipócrita que Ben era e ciumento com quem achava que ele era proprietário na mesma intensidade. “Nem com ninguém, além de mim. Sugiro que o dispense, ou vou fazer isso pra você. Garanto que não vai ser limpo.” certificou-se em fitá-la ainda no fechamento da sentença, o par de íris cintilava em meio escuro, denunciando todo aborrecimento com o cenário. 
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Victoire possuía muitos defeitos, mas estava ciente que o pior da extensa lista era, sem dúvidas, seu egocentrismo. Main character syndrome, mimada, estrelismo — os sinônimos são variados, mas acabam possuindo o mesmo signo. Assistir Ben com uma garota, que desconhecia o conceito de manter as mãos para si, fez seu sangue borbulhar de ira, mas respirou fundo. Não ganharia aquela luta batendo de frente com eles, não era como funcionava, e, também, preferia falecer a admitir que sentia qualquer coisa que remetesse à ciúmes. Victoire Villeneuve não sente ciúmes. Para amaciar o próprio ego e receber atenção do loiro irritadinho, resolveu dar bola para Constantin Couillard, o maior nêmesis de Benjamín, como costumava fazer quando estava entediada. Só foi preciso um beijo no rosto e uma saída para pegar uma bebida que sentiu a respiração do Griveaux em seu pescoço, sendo necessário esconder um sorriso vitorioso em seus lábios ao virar-se em sua direção. “Posso ajudar, chérie?” Questionou, numa falsa casualidade, bebericando seu dry martini. “Achei que não o veria aqui hoje, pareceu tão ocupada com seu passatempo…” Deu de ombros, abrindo um sorriso falso, como se nada naquela situação a incomodasse. “Adoraria ficar e bater um papo, mas, olha ali, tenho companhia e ele está me esperando para irmos para a casa dele.” Sua cartada final, claro, antes de depositar um beijo no rosto alheio e fazer menção de sair.
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jvpiters · 4 years ago
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Fazia algum tempo que Sávio não se permitia relaxar. Claro que a ideia do reality havia sido unicamente para fugir da responsabilidade dos estudos, como o bom e velho estudante de medicina que havia se tornado não há muito tempo mas, ainda assim, relaxar era uma tarefa traiçoeira, principalmente quando sua família fazia a mínima ideia que trancara a faculdade para participar daquele experimento. Fazer o quê, hein?! Não adianta chorar pelo leite derramado e, se fosse ser sincero, estava exausto de se preocupar em demasia. Vez ou outra bebericando do conteúdo de sua longneck, o Frambach trilhava a ponta dos dedos sobre a pele exposta do braço de Maria Júlia, em carinho quase automático, enquanto observavam o movimento na casa. Embora fosse pouco suscetível a demonstrações de carinho em público, certificava-se em restringir esses à sua mãe e irmã, aliás, com Maju, em um programa de TV, o rapaz sequer notava a inclinação suave a, bom, amiga. Não sabia se era apenas isso que a Hoffman era também. "Hmmmm." ponderou, um franzir suave ocupando as esquinas de seus lábios a medida em que fazia, observando o casal. "Lembra quando ela pegou ele e a Raíssa ficando na piscina e disse que não ligava porque, no fim, era com ela quem ele dormia toda noite? Conta aí, dez minutos, e ela vai estar beijando o galã de novo.” outro gole na cerveja e Sávio concluiu seu pré-conceito, fingiu não perceber o rumo da outra opinião porém, permitindo-se sorrir, de maneira breve, ao fitá-la de soslaio. “Não acho que teria coragem de ser sacana desse jeito com alguém que gosto.”
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Noites de domingo costumam ser entediantes por natureza, mas Maria Júlia achou que as coisas mudariam no reality. Havia trabalhado a noite anterior e cansaço parecia um understatement, mas estava disposta a não mofar de tédio logo no primeiro mês; havia desafiado a família conservadora para estar ali e faria valer a pena. Precisava valer. Foi um alívio, então, quando os outros participantes decidiram fazer uma house party improvisada, apenas para não passarem a noite de domingo sem fazer nada. Deitada com a cabeça no colo de Sávio, no sofá, e seu copo equilibrado em sua barriga, observava alguns possíveis casais com um sorriso no rosto. Em sua cabeça, naquele momento, jamais se permitiria se envolver com alguém na casa — seus pais estavam assistindo, tinha certeza, e detestaria pensar no que diriam. “Olha ali.” Apontou para um casal discretamente, sem fitá-lo. “Você acha que eles vão se reconciliar depois dele ter ficado com Vanessa?” Questionou, curiosa, mordendo o lábio inferior. “Eu não perdoaria, nenhum dos dois. Mil perdões ao feminismo, mas…” Franziu o nariz em meio a uma careta. “Se fosse v…”  Iniciou, mas interrompeu-se antes mesmo que pudessem pensar no que quase havia dito. “Se fosse alguém que eu gostasse, não perdoaria assim.”
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jvpiters · 4 years ago
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cinnamzn​:
Os segundos gastos esperando uma resposta do ex foram excruciantes e doloridos, tanto pela dor emocional de sentir necessidade de fazer isso e estar executando a ideia quanto pelo incômodo de sentir o coração pulsando forte. Não conseguia respirar tampouco raciocinar apropriadamente, mas não conseguia desviar o olhar do rosto dele, examinando cada reação. Detestava sentir a sensação de que estava lhe machucando mais do que já havia o feito, mesmo tendo escutado de algumas pessoas que ele merecia — amava o homem à sua frente com muita intensidade para lhe culpabilizar de algo. Soltou um suspiro curto e inaudível ao lhe ouvir, passando a mão na testa em exasperação. “Eu também não queria acordar todos os dias sete da manhã para assistir aula, mas eu faço mesmo assim.” Rebateu, como se fosse algo óbvio. Esperava que ele entendesse as entrelinhas: não queria fazer aquilo, mas não enxergava outra opção. Sabia que, se continuassem, acabariam machucando um ao outro mais e mais. A fala seguinte masculina foi equivalente a quinhentas facas cravadas no peito de Ribeiro e, se não estivesse encostada na parede, teria caído. Pendeu a cabeça para o lado, de olhos fechados, e tentou pensar em alguma solução para aquele problema, porque não aguentaria magoá-lo e o pensamento de deixar toda uma história — a história — para trás era sufocante. “Cara.” Suspirou fortemente, sentindo o diafragma e expirando o ar, tão espesso quanto gesso. “Você sabe que também te amo, pra caralho, e se não amasse, não continuaria tentando. Nem estaria aqui, pra começo de conversa. Mas a gente tá rodando em círculos, Ravi.” Sentiu o peito subir e descer algumas vezes antes de permitir que ele lhe tocasse, tendo a certeza que fraquejaria em terminar tudo. De novo. Estava começando a ficar patético e acabaria virando uma piada em seu grupo de amigas, sabia. “Como você acha que me sinto quando vejo com a língua dentro da boca de outra menina também, hein? Esqueço todas as regras do feminismo nessas horas, só tenho vontade de puxar a menina pelo cabelo até saírem de perto de você.” Franziu o nariz ao revirar olhos, odiando-se por ter aqueles pensamentos tolos. O toque das mãos fez com que ela sentisse que estava fazendo a coisa errada ali: como poderia estar acertando se sentia que iria se arrepender? Uma parte de si sabia que nunca deixaria de amá-lo, mesmo se passassem meio século separados. “A gente não deveria e você sabe.” Foi o mais firme que conseguiu, olhando nos olhos dele, como se esperasse a próxima ação dele.
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Tão involuntário quanto o sorriso esticando as esquinas de seus lábios, a mão livre foi à lateral do pescoço de Letícia, e Ravi afastou os fios negros dali, colocando-s atrás do ombro dela antes de recolher a mão outra vez, no instante qual notificou o outro comentário sobre as ficadas sem significância quando davam um tempo. "O que eu sei é que não deveríamos estar remando contra uma maré que flui tão de boa, Lê..." usou o timbre terno da voz para tingir o apelido carinhoso, antigo, porque sabia que ela terminaria de ceder se ele falasse assim. E não era por maldade, se fosse ser sincero. Mas Ravi conhecia Letícia o suficiente para jogar e ganhá-la naquele jogo, a queria mais que poderia verbalizar, ali, e em qualquer circunstância, na verdade, era óbvio que não se contentaria com a ex-namorada tão distante, física e emocionalmente, dele. "Não é porque deu errado até agora que a gente não possa fazer dar certo. Eu tô errado?" a pergunta era retórica, claro, e o moreno ousou umedecer próprio lábio em sucessão, o ínfero, aproximando os rostos centímetro por centímetro, enquanto intercalava a atenção entre a boca e os olhos da ex-namorada pausadamente, um pedido de permissão silencioso, àquela altura, para ele terminar o que pretendia desde que decidiu iniciar aquela conversa. Já estavam perto demais, não recuaria. Perto demais para um ex-casal, pelo menos. Mas Ravi e Letícia nunca haviam estado no espectro genérico da coisa de relacionamentos, não era segredo algum em canto nenhum daquele campus. 
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jvpiters · 4 years ago
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os ombros subiram com tamanha indiferença que jamie sequer incomodou-se em fazer menção para ajustar sua expressão facial, aquela convencida, enquanto trazia outra colher cheia com cereal, do bowl a boca, sucessivamente, as íris mais claras atentas aos movimentos alheios. "defeitos? que defeitos? até achei que ele fosse um sonho, being honest." se fosse para ser verdadeiramente honesto, jamie se recusava a perceber qualquer date de maxine com suficiência. veja bem, não era por ele, de maneira individual, óbvio, era por ava, quem já havia perdido pessoas demais para alguém da idade dela. trazer alguém para vida da pequena significava ter a certeza de que aquela pessoa permaneceria na vida da afilhada, não poderia dar-se o luxo de permitir outra inconstância na dinâmica da casa pois não faria bem a avery. "apesar de ter achado o nariz grande pra caralho, quase imoral querer respirar o ar do mundo inteiro."
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Pragmatismo e sentimentalismo distribuídos num corpo só faziam com que Maxine tomasse decisões questionáveis o tempo inteiro (exceto quando o assunto é trabalho, óbvio!). Uma grande prova era, e sempre havia sido, seu histórico amoroso completamente falho. Saía com homens de qualidade questionável — com Jamie incluso nessa lista, em sua honesta opinião — e ainda se questionava do motivo de nunca dar certo com eles. Além disso, se culpava pelos erros alheios o tempo todo. Desde que virou responsável por cuidar de Ava, no entanto, tem se tornado mais hesitante com quem sai; ainda que, em parte, se venha ao medo de deixar a criança com o padrasto. Após dar uma desculpa qualquer para sair de seu encontro, e sendo recebida com beijos e abraços de uma bebê de dois anos, demorou para notar a presença do mais velho na sala de estar do enorme apartamento onde coabitavam. Assim que o fez, soltou um longo suspiro, como se já esperasse o que viria. E sabia que viria. “Consigo ver sua língua se contorcendo de vontade de falar.” Provocou, ao jogar a bolsa no sofá de qualquer jeito e sentar no sofá, ainda com Ava grudada em seu colo. “Então, por favor, diga: quais os defeitos dessa vez?” E, dita a frase, o encarou, cética.
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jvpiters · 4 years ago
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"se você se acalmar por 10 segundos, " começou, projetando o corpo para frente sobre o banco do carro, levemente, só para que conseguisse visualizar a estrada e os buracos que chacoalhavam a caminhonete, incansavelmente, durante o percurso. "e confiar um pouquinho mais em mim, talvez eu ache a saída pra estrada principal de novo." não encontrava resquício de lembrança alguma por entre a vegetação, mas se recusava a admitir que estava perdido. quer dizer, os anos a fio enfiados naquela mata, todo verão, o fizeram ter o senso deturpado que conseguiria, sim, desbravar o caminho inteiro (ou parte dele) sem um monitor veterano o guiando o caminho. o que reconheceu, e na marra agora, ser um ledo engano. não se culparia por querer ficar sozinho com a habsburg, entretanto. e como poderia? não conseguia com dylan na cola e os pirralhos o tempo inteiro sugando toda a atenção deles, sequer mencionaria o tempo que conseguiam à noite, depois do jantar, era ridículo do tanto que era pouco. queria uma tarde, um piquenique, e um 'eu realmente gosto de você, não só como amigos', mas estava mais longe do que gostaria que estivesse agora, mais porque o motor do carro engasgou, e cedeu, no meio do caminho revisitado pela quinta vez. "ah. for fuck's sakes, jesus christ" por impulso, asher girou a chave no painel e forçou a partida na caminhonete. sem sucesso. repetiu a mesma série de movimentos mais duas vezes e, de novo, sem resposta do automóvel. "tudo bem, a gente deveria ter parado e pedido informação. e, bom, enchido o tanque antes de sair do acampamento."
Irritação parecia um vocábulo eufêmico para o que Gisela estava sentindo naquele momento. Se não bastasse a situação inteira — estar perdida no meio do acampamento e sem sinal para ligações —, ela não havia sido a culpada por estar rodando em círculos há, pelo menos, uma hora. Não conseguia decidir onde estava com a cabeça quando aceitou dar um passeio com Asher e, pior ainda, quando deixou que ele guiasse o caminho. Reconhecia que poderia ser intolerável, por vezes, mas, em momentos como aquele, entendia que havia uma razão por trás. “Asher, já é a quinta vez que passamos pelo mesmo conjunto de árvores.” Reclamou, semicerrando os olhos para ele, a cólera explícita em seu olhar. “A gente deveria parar e salvar um pouco de gasolina, porque não vamos poder voltar se ficarmos zerados.” 
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jvpiters · 4 years ago
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os punhos manchados de rubro, machucados pela série de socos distribuídos no concreto da parede de seu quarto eram produto de um acesso de pânico cujo controle thomas jamais teria controle algum sobre. havia colocado um garoto em coma por meses, for fuck's sakes. havia feito outra pessoa refém de um par de muletas para o resto da vida provavelmente, porque ele estava muito longe de conseguir dominar seus sentimentos e se portar como um duque, se portar como, em verdade, neto da herdeira legítima do trono inglês. merda. precisava se acalmar, precisava respirar. as lágrimas corriam pelas bochechas, enquanto que dos olhos, tommy tinha certeza, assumiam tonalidade avermelhada em seus arredores pelo choro; o rapaz precisou afastar as gotas deste com as costas da mão direita para enxergar a tela do celular quando forçou-se a esticar o corpo para buscar o celular por cima da mesa de cabeceira, procurando o contato da única pessoa possível para ele: isabelle. 
​[ to babygirl / 3:14am ]: hey. i know its really late, but can you come over? ​[ to babygirl / 3:14am ]: cant fall asleep, kinda needing you 
escreveu as mensagens e as enviou, segundos de diferença entre elas. não se sentia em condições de reavaliar o conjunto de sílabas entregues a caixa de entrada do celular dela, mas sabia que havia sido enfático demais. kinda needing you. e precisava mesmo, não teria como negar. as engrenagens do cérebro continuavam funcionando e se enlaçavam nos erros, nos enfáticos, nos que o fariam perder perder o carinho, pior, a admiração da sua progenitora no instante que ela soubesse deles.
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jvpiters · 4 years ago
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cinnamzn​:
A sensação de tê-lo ali, tão perto de si, depois de meses excruciantes e tortuosos era inexplicável. Não conseguiria por em palavras, se tentasse, o quanto sentiu falta de Blake e da rotina que estava acostumada a ter ao seu lado, diariamente. Adoraria poder dizer não ser uma pessoa muito grudenta, mas, infelizmente, o era; e, com o melhor amigo, a necessidade de estar sempre por perto multiplicava na intensidade. Era sua pessoa favorita no mundo, afinal, e não conseguia sequer cogitar alguém ocupar essa posição. O risinho que escapou de sua garganta fora genuíno, talvez o mais genuíno desde que se separaram, balançando a cabeça em negativa. Adorava como as brincadeiras entre eles saíam tão naturalmente e apreciou ainda mais perceber que nada havia mudado entre os dois; era um alívio. sobreviveria qualquer término dramático, mas não aguentaria um fim de sua amizade — infelizmente, apenas isso — com o Hargrove. Era apegada demais para isso e o sentimento que nutria por ele ia muito além de amor e afeto; se existia algo mais forte que amor, era o que ela sentia por ele e perto dele. “Você não é o primeiro, silly. Muitos outros sentiram ciúmes, mas, você sabe, não posso colocar ninguém mais como prioridade.” Brincou, referindo-se, indiretamente, aos ex-namorados terríveis que insistiam em fazê-la escolher entre eles e Blake. Sorriu abertamente, aproveitando-se das sensações causadas pelos beijos espalhados em sua face, sentindo um frio na barriga — convenceu-se rapidamente que era fruto da saudade e falta de costume, após tanto tempo longe. “Nem me fale. Achei que a tecnologia estaria avançada o suficiente para não sentir tanta sua falta, mas estava terrivelmente enganada. Não dá pra apertar suas bochechas virtualmente.” Franziu o nariz numa pequena careta, ao lembrar-se de todas as vezes que sentiu seu peito apertar. O risinho dado, ao ser erguida, foi involuntário, ao ser pega de surpresa. “Nem me fale… agora tive que ir atrás de outras pessoas para serem meus amigos.” Murmurou, ainda sorrindo, num tom deveras dramático.
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a necessidade de revirar os olhos quando charlotte mencionou os ex fora mais impulsiva do que blake gostaria de admitir em qualquer circunstância na verdade, mas foi ligeira (e superficial) suficiente para ser dissolvida um conjunto tímido de segundos após, cedendo lugar ao esboçar de uma curva tímida no canto de sua boca, e então o hargrove ocupou o interior dela com ar, visível pelas bochechas, logo imitando um pesar que, em sua natureza, era inteiramente pseudo ao autorizar a saída deste por entre os lábios comprimidos. "deve ser horrível não ser eu." veja bem, não era implicância infundada que blake tinha pelos casos de charlie. calhava reconhecer as peças e as suas reputações cheia de manchas apenas, o que o obrigava a irredutibilidade da opinião que tinha da maioria deles. e só isso. não mencionaria a importância de charlotte no meio disso porque já era óbvio, aliás. se não fosse o incômodo no sapato daqueles caras, quem mais seria? se fosse ser honesto, não poderia se sentir mais satisfeito em observar quase táctil a irritação deles com sua presença. "achou alguém que valesse a pena ou seu plus one continua sendo privilégio meu? só depende de você o acesso às minhas bochechas agora, tem cuidado com as palavras." o tom de advertência apareceu apenas para cobrir o humor de sua sentença, que o hargrove fez questão de anular e destacar a existência ao direciona-la um novo sorriso sucessivamente. "o que você está a fim de fazer? tenho o dia pra ti hoje."
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jvpiters · 4 years ago
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cinnamzn​:
A cada passo que dava, dentro do próprio apartamento, Letícia tinha mais certeza que aquela decisão era errada; não dar um basta em tudo que tinha com o ex-namorado — isso era algo que ela sempre decidia, mas pouco cumpria —, mas ter essa conversa necessária depois de uma festa, com os dois ainda movidos ao álcool e, como sempre, ao ódio. Respirou fundo, ainda mantendo os braços cruzados, munida de sua expressão mais indiferente, antes de começar a falar. Ainda que tivessem várias discussões e que, na maioria delas, quando não terminaram transando, acabasse com o coração partido e alguns litros de álcool em seu sangue, tinha medo de estar sendo muito dura e acabar o magoando. Depois de tudo que ele fez e continua fazendo (sem demonstrar mudança alguma), ainda se preocupada com ele. Não possuía muitas relações saudáveis para saber se aquilo beirava à toxicidade, mas sabia que era recíproco; o amor. “Já passamos por isso diversas vezes, Ravi.” Começou, enquanto prendia o cabelo num coque, deixando de lado a confiança por alguns segundos para pensar em como dizer aquelas palavras. “Não consigo mais viver assim, em dúvida se vou encontrar você ou não sem querer.” Ou não tão sem querer assim, completou mentalmente, mesmo que ele soubesse. “E, se encontrar, será que você vai agir como se não me conhecesse até eu ficar com alguém? Ou vai ficar com alguém na minha frente como se, nas madrugadas, não tivesse deixado vários áudios bêbados, declarando seu amor por mim? Não consigo.” Explicou, ainda mantendo uma distância segura, pois não confiava em seu autocontrole. “Acho que você deve mesmo seguir em frente e me deixar ir, porque não acho que nada de bom vai sair disso… acabou. De verdade, dessa vez.”
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tinha vivido a mesma cena vezes demais para permitir-se levar a sério. não por ausência de empatia a ex-namorada, sequer precisava checar para anuir, mas havia certa constância naquela dinâmica dos dois que era antiga e ravi parecia não conseguir desvencilhar-se da ideia que seu futuro ainda pertencia à letícia. era difícil soltar-se do emaranhado que havia se tornado o relacionamento deles, e mais difícil era ele, orgulhoso e infantil suficiente para não enxergar dois palmos frente a si. não queria deixa-la ir, tampouco queria permitir-se esquecê-la, mas não era capaz de admitir nenhuma das duas coisas aparentemente. “não é isso o que você quer.” o som da voz foi diminuto, rouco a medida com que ravi oscilava em negação com a cabeça uma única vez à própria afirmação, e os olhos escaneavam face da ex-namorada. “foi mal, letícia, mas não é e você sabe, eu não preciso te dizer." dois, três, quatro segundos gastos antes do rapaz pressionar os lábios, agrupados todos os sentimentos em um lugar só e a coragem de verbaliza-los. "posso ser o maior babaca que esse mundo já teve o desprazer de conhecer e reconheço que às vezes ajo igualzinho um moleque mimado sem noção de coisa alguma contigo, mas eu amo você. eu te amo demais, véi. eu não me justifico no amor, sei que sou e estou errado, mas na minha vida eu só conheci esse tipo de amor. eu só... eu não sei o que fazer? ou como agir, principalmente quando te vejo com a boca na de outro cara ou dando mole pra alguém." permitiu-se dizimar aquela distância entre os dois, só porque podia, e orientou os dígitos aos dela, entrelaçando-os de maneira solta. adorava quando ela usava o cabelo assim, aliás. quase tinha vontade de beija-la, mas negligenciava o impulso por puro cuidado; não se sentia seguro o suficiente para arriscar aquilo, ainda. "não consigo esquecer você. não conseguiria nem se eu tentasse muito, muito."
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