k-lysndr
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E P I P H A N Y;(n) a moment of sudden revelation.King Lysander Raleigh. 27 years old. Kingdom of Khemor.
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k-lysndr · 8 years ago
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. *┆‘one fool... one liar;;
O palácio principal de Cadid, capital de Khemor, nunca fora visto em tamanho esplendor. Não havia nada que o olhar atento de Lysander tenha vislumbrado fora de ordem ou com uma leve camada de poeira. O local costumava ser taxado como deslumbrante com frequência, mas mesmo a realeza dispunha de funcionários preguiçosos que limpavam apenas o suficiente para manter o emprego (não que Lys pudesse culpá-los, dada a enormidade da propriedade). Naquele dia, entretanto, cada centímetro do piso refletia as figuras daqueles que caminhavam pelas pedras roseas do mármore. Era como atravessar um lago durante a aurora, refletira Lysander. A não ser pelos flashes causados pelas jóias, acrescentou para si com um sorriso desgostoso curvando os lábios discretamente. Enquanto os guardas com seus uniformes de corte simples e sóbrio estavam impecáveis, os nobres que perticiam a sua corte… Bem, tinham esvaziado seus cofres nos trajes. De fato, não havia acabado de ver sua tia avó com o colar que ganhou de casamento ao redor do pescoço? Era sua jóia mais preciosa e odiada, dado que o marido não demorou a trai-la após a consumação do matrimônio.
Toda aquela pompa estava colocando seus nervos, normalmente tão controlados, à prova. Para onde olhava percebia a aura de ansiedade ao redor das pessoas — ansiedade e veneno.
Compreensível, dado o motivo por trás de toda aquela comoção. Ao contrário do que sussurravam às suas costas, não temia que sua visitante o apunhalasse antes do jantar — talvez durante a madrugada, mas não antes. Uma risada curta escapou dos lábios, atraindo a atenção daqueles que, porventura, já não estivessem o observando. Piadas de cunho obscuro sempre lhe acometiam em momentos de tensão, embora não as compartilhasse com ninguém. Quando o mordomo abriu as portas do salão verde — onde aguardavam a chegada da Pfeifferin ele e mais algumas pessoas de posição elevada —, interrompeu o fluxo de pensamentos em sua mente, substituindo-os por um velho mantra. “Não há nada que com um pouco de calma não se resolva”, repetia pelo caminho.
Ao chegar no átrio do palácio — cortesia muito criricada por aqueles de opinião fortemente contraria aos seus planos —, as rodas das carruagens encenavam uma parada, diminuindo a velocidade até cessarem por completo na frente da escadaria. Pelo canto do olho, via através das janelas de vidro a movimentação da sua nova hóspede. Deus o protegesse, pois aquela postura altiva não poderia ser considerada um bom sinal. Teve pouquíssimo tempo para fazer desaparecer a ruga que surgiu entre suas sobrancelhas antes do modormo anuncia-la.
— Lady Alina de Pfeifferin.“
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