kaderrah

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Meu primeiro amor era um cara de aparência mediana, que faz aniversário no mesmo dia que eu. Ele me ganhou com coisas tão simples que as pessoas de hoje em dia não entenderiam.

Eu amava as horas que passavamos ao telefone, conversando sobre o nosso dia. Os nossos sonhos e a nossa família. Eu amava o quanto ele era atencioso e paciente. Amava que com ele eu podia conversar sobre qualquer coisa, sem medo de ser julgada ou menosprezada. Podia contar as minhas dores e chorar, porque ele sempre me acolhia com palavras que me aconchegavam tanto quanto um abraço apertado. 

Mas como sempre eu recuei. E não vou mentir, esse é até hoje o único arrependimento da minha vida. Ele me amava de forma tão genuína e isso me encantava porque eu nunca fui amada por ninguém. Por isso, obrigada por ter me amado assim por tanto tempo e ter me esperado por muito tempo também.

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Tem um grito preso dentro de mim e nada que eu faça é eficaz o suficiente para que ele saia. Mas ele está me enlouquecendo. Eu voltei a ter pensamentos suicidas e a sentir a morte pertinho de mim. Eu nunca conto nenhuma dessas coisas pra ninguém, porque por mais que eles não se importem, eu não quero que sintam nem a preocupação de fingir. Agora eu tô ouvindo barulho de chuva e trovões, não sei porque já que eles me dão um arrepio na espinha e um embrulho no estômago. Eu sou estranha, eu sei. Sempre fui o estorno dessa família e sinto muito por isso. Meu coração grita socorro, mas o meu cérebro grita descanso. E eu fico no meio desses gritos ensurdecedores, sem saber a quem atender.  Eu sinceramente queria poder dividir isso com alguém ou melhor ter com quem dividir isso. Mas não tenho. Tudo que tenho é uma dívida eterna com essas pessoas por aguentarem tanto tempo uma estranha e diferentona na família. Obrigada, gente. Se eu morresse hoje, não sei se chegaria ao céu, mas sei que deixaria essa terra com imensa gratidão.

Eu não consigo encontrar ninguém que me ame de verdade por quem sou e isso é tão solitário ver todos os meus amigos construindo uma família e eu sempre sozinha. É difícil. Inclusive quando todo mundo se reúne. E é por isso que eu evito sair de casa, encontrar pessoas conhecidas. Porque elas sempre falam do meu corpo ou do quanto eu estou a vida inteira sozinha. E isso dói, porque é tudo verdade. Não é como se eu estivesse escondendo um namoro por aí, é só que eu não tenho ninguém que me ame ao ponto de querer ficar.

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Cuidado para não se afogar com todos os sentimentos que engole, na tentativa de parecer mais forte.

- Érica Nadotti

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Se você já espera a decepção, você nunca se decepciona.

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Apaixonado

Sinto saudades da sensação de estar apaixonado por alguém, de ter alguém à minha espera em casa ou perguntando se já cheguei, despertando o desejo de nos encontrarmos. Saudades de ter alguém para dividir tudo, da comida até às memórias, momentos bons e ruins que nos tornam mais unidos.

Quero ter alguém comigo, para que eu possa cozinhar para ela, do café da manhã até o lanche da madrugada, quero um amor para chamar de meu, fazer massagens depois de um dia estressante, tomar um vinho em noites chuvosas, fazer amor em dias de fogo, carinhos ao decorrer do dia e lembranças por toda a vida.

Não quero um amor cinematográfico, mas sim um amor que seja semelhante ao de uma peça de teatro, com comédia, drama, romance, momentos inesperados e únicos. Desejo encontrar um amor que me permita aproveitar cada instante do presente, planejar o futuro e aprender com o passado.

— Thadeu Torres

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Lembre-se! ✨

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Meu sonho ♥️

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Reconciliação

Acordei pensando em você, em como seria bom conversarmos sobre tudo, especialmente o tempo que se perdeu, na esperança de que possamos nos reconciliar e recomeçar algo. Senti seu perfume no meu travesseiro, seus pequenos beijos por todo o meu corpo, a conexão de nossas energias, a química do nosso beijo. Seria ótimo voltar a ser como antes, uma reconciliação e um passo a mais rumo ao nosso novo amor.

— Thadeu Torres

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“Algumas pessoas são como rios. O rio flui, segue seu ritmo sem interrupções. E pelo caminho vai acumulando sentimentos, pessoas e admirações. Abraça os que em suas águas transparentes querem nadar, observa os que não tiveram coragem de se aventurar. O rio tem seus momentos calmos e tranquilos, ele ajuda as pessoas trazendo alimentos, auxilia na irrigação do solo, muitos apenas observam suas águas passarem e alguns o utilizam para trabalhar. Mas não se engane, o rio também possui suas quedas e profundidade, seu local de raiva, turbulência e suas pedras no caminho. Muitos que sem preparo ali desejam nadar, infelizmente vão se afogar. Em alguns pontos a intensidade é muito grande, sua profundidade absurda… Sua água fica escura. Não existe pé para te reerguer a superfície, você não consegue sair da correnteza… não existe ar para respirar. E quando você sair do rio, porque de alguma maneira ou outra você vai… Alguma coisa embaixo daquelas águas você deixou, um pedaço seu, um sentimento, um arrependimento.”

— Leandro S.

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Eu gosto de você como gosto de dias nublados.

Gosto de você como gosto de observar o entardecer. 

Eu gosto de você por quem você é. Mesmo que me diga que precisa de algumas reformas. 

Gosto de você tanto quanto gosto do silêncio do meu quarto. 

E não sou capaz de negar.

Mas não se apaixone por mim.

Eu te levaria a museus, parques e monumentos. Te beijaria em lugares lindos para que você nunca consiga voltar sem sentir meu gosto como sangue em sua boca. 

Eu te destruiria da maneira mais bonita possível. E quando eu me fosse você finalmente entenderia porque tempestade tem nome de gente.

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Não controlamos o que sentimos. Num dia você acorda querendo gritar aos quatro cantos da cidade onde dói e no outro você só quer ficar em silêncio.

(E isso é inevitável)

Psicoativos.

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No início, não havia forma,

apenas poeira cósmica errante,

átomos soltos sem destino,

sem ordem, sem unidade.

Mas até o caos possui suas regras,

e o universo aprende a dobrar-se.

Nada é inteiro porque nada precisa ser.

Estrelas nascem de colapsos,

não de plenitude.

E brilham;

não por serem sólidas,

mas porque queimam,

consumidas por dentro.

O que é partido não é pedaço.

Um caco não retorna ao vaso,

uma estrela morta não volta ao núcleo.

Ainda assim, há inteireza na ausência,

uma completude que floresce no vazio.

Tudo o que somos é fluxo,

uma transição entre ser e deixar de ser,

apenas uma versão pela qual se passa.

Enquanto morremos, carregamos o cosmos,

desenhamos trilhas em meio ao vazio.

E haverá um fim?

E assim, o universo segue,

não como algo unido,

mas como algo que reluz,

mesmo em sua fragmentação.

Ser partido é ser plural,

e ser plural é conter o infinito em cada parte de si.