kaliljuca
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A ti, que conheci apenas na superfície,
mas algo em mim ecoava, como se viesses de outras vidas.
Tive apenas um vislumbre,
mas algo em teu olhar incendiou minha alma.
teu sorriso entreaberto,
teu perfume, gravado na memória,
se fundem aos ecos do desconhecido.
Algo em ti irradiava luz, sem esforço, sem querer.
Tão tímida e suave, serena em tua presença,
mas, em teus gestos, havia um ímpeto pulsante:
uma força que não se disfarça,
que carrega a luta em cada palavra;
um mistério que não esconde tua coragem.
Por um instante, apenas um suspiro,
achei que compartilhávamos uma dor parecida,
mas logo se desfez,
como uma faísca que se apaga:
tão leve, tão breve, tão fugaz
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Queria ter contado a verdade,
Que a conversa era chata, então enchi a cara.
Que eu, amante da risada, não ri de nada,
Nem fiz piada, nem fui leve, nem fui nada.
Queria dizer que no início, foste pensamento,
Que teu nome virou pauta em alguns momento.
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Ela, a Liberdade
Ela surgiu como um raio de sol,
Nos meus dias sombrios, um farol.
Loira, alta, de olhos que são mar,
Uma presença que não podia ignorar.
Ela não veio com pressa, mas me intrigava,
Seu sorriso gentil, aos poucos se revelava.
Entre conversas de sonhos e paixões tão reais,
De cavalos e fé, éramos iguais.
Filhos da mesma Santa, laços de proteção,
Que amarravam nossos passos em outra dimensão.
Onde outras escondiam, ela brilhou,
Segurou minha mão, e ao mundo se revelou.
O que cinco anos não ousaram trazer,
Em meses, ela fez florescer.
Ela ignorou as línguas que a julgavam,
E contra as correntes, ambos nadavam.
Sem medo dos preconceitos que nos seguiam,
Éramos livres; simplesmente vivíamos.
Eu amei porque ela se permitiu, se entregou, se jogou.
Onde outros hesitavam, ela era coragem,
Onde outros fugiam, ela era verdade.
Mas eu, carregando feridas que ainda sangravam,
Traumas antigos que me amarravam.
Ela tão jovem, tão crua, tão nova,
Eu tinha certeza: era o momento errado,
E, mesmo assim, estávamos ligados.
Eu, confuso, perdido em incertezas,
Ela, buscando respostas nas mesmas fraquezas.
O que em outros amores me faltou,
Entre nós, a consideração e empatia brotou.
Hoje, nela, há um carinho guardado,
Não como amor eterno, mas algo edificado.
Ela foi força, paixão e ternura,
Um presente que a vida deixou como cura.
Ela foi tudo o que eu precisei aprender,
Amar é se entregar e também reconhecer.
Ela abriu portas, e a liberdade pude ver.
E no escuro da dor, tua luz me guiou,
E o que era prisão, tua coragem quebrou.
Com ela, descobri que merecia mais,
O amor me libertou, me fez capaz.
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E, no fim, o que sobra é o vazio:
O vazio de um quase —
Quase nós, quase amor, quase amizade —
Que nunca teve a chance de ser.
Porque o quase não é amor.
É apenas um eco perdido no medo de sentir, de ser, de viver.
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Lembro do dia exato em que te vi pela primeira vez,
E, de algum jeito, passei a gostar de azul por tua causa.
Você, com suas paletas coloridas, e eu, preso nos meus tons escuros.
Você, tão bipolar, e eu, tão certo de tudo — menos de você.
Você, tão lá, tão cá,
E eu, sempre ali.
Você, que se achava dona da verdade, e eu, errado que tentava acertar
Você, com medo do que sentia,
E eu, com medo do quanto você me machucaria.
Você, que me achava cafajeste, marrento e autoritário,
Me vi, de repente, nas tuas mãos:
Tão frágil e vulnerável
Você, que arrancava minha verdade,
Mesmo quando era dura, amarga, difícil de engolir.
E eu, sem saber lidar com o poder que você tinha sobre mim.
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