But inside the beast still grows,waiting... Chewing through the ropes.
Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
❛ ——– Enquanto a sorte sorria-lhe por ter tido a chance de reaver o colar roubado antes que a ladra conseguisse tomar as vias de escapar, a consciência lhe pesava por conta das palavras por ela ditas; A dona do cordão agora entre seus dedos não era digna de tamanha proteção, uma vez que todas suas posses eram constituídas sobre o esforço brutalizado de terceiros. Cedric, todavia, não vinha a sentir-se mal pelos meios tomados para conseguir retirar de Marina o objetivo que não a pertencia - aquela não era a primeira e tampouco seria a última vez em que teria os dígitos ao redor do pescoço de um ser humano, ainda que raras fossem as vezes que suas vítimas escapassem com vida de tal enlace odioso. Ainda que condecorado como um Guarda Real e ainda mais ao fazer-se como absoluto protetor da jovem princesa, era do conhecimento geral que Folder já havia jogado por terra diversas outras vidas que, de algum modo, haviam representado uma ameaça; E, ainda mais, que não exitaria em repetir todos os atos condenáveis caso viesse a ser necessário, sem ter em seu espirito qualquer peso de remorso pelos mesmos. A atenção tornou a recair-se sobre a figura de Argus agora ao chão, os olhos claros não apresentando nada além da severidade que raramente era contida por trás dos mesmos. ‘ Deveria agradecer por ainda ter o pescoço colado ao restante de seu corpo. ’ Dedicando à ladra uma resposta tão atravessada quanto a recebida, o homem afastou-se mais alguns passos - sem nunca dar as costas à Marina -, o suficiente para alcançar uma figura de idade avançada que caminhava com certa dificuldade ao longo da rua agora quase deserta. Chamou-lhe a atenção com um simples estalar de dedos, apenas para no momento seguinte presenteá-lo com o colar roubado da tirana; Sabia estar tomando uma atitude errada, uma vez que a ética dizia para devolver o objeto à dona legitima, mas Cedric simplesmente não conseguia evitar. Deixando a hostilidade de lado por apenas alguns segundos, o Cão de Guarda orientou a idosa ainda boquiaberta a dirigir-se ao porto de maneira imediata e vender o colar pelo maior preço - talvez até viesse conseguir algumas moedas de outro pela relíquia, o que findaria por hora alguns dos problemas da senhora. Uma vez dada as orientações, o moreno tornou a aproximar-se alguns breves passos da ladra que o havia levado até ali, a agressividade mais uma vez presente em sua postura ao lidar com a mesma. ‘ Agora levante-se e suma da minha frente, antes que eu mude de ideia. ’ ❜
Segundos. Era o que ela precisava a mais para então se capaz de pensar em algo que a tiraria dali. Ouvia atentamente as palavras do guardião, se não fosse Cedric a sua frente e sim outro qualquer Marina apenas debocharia de tal frase. Não cabia à eles julgar alguém como aquela escória? A caçadora não concordava com tais palavras e pensava, mesmo com certa incerteza, que até mesmo Folder não estava sendo totalmente honesto. Pronta para dar réplica a sentença do homem, foi interrompida por suas palavras novamente. Marina realmente não era incapaz de achar qualquer outra coisa em que pudesse trabalhar, entretanto depois de tantos anos vividos com desonestidade e violência, saquear e por vezes até matar pareciam ser as únicas coisas que faziam sua vida ter sentido. Em muitos de seus devaneios imaginou-se no lugar de Cedric. Guarda real não soava tão mal em sua concepção, entretanto a mercenária não simpatizava fervorosamente pelo que acontecia dentro dos muros do castelo. Marina não podia pensar naquilo no momento, quando percebeu a movimentação do homem, nem ao menos teve tempo para pensar em algo, apenas sentiu o aperto em sua garganta e o ar escapando, esgueirando-se para fora de seus pulmões. Ela gemeu em um som estrangulado, buscando vias possíveis para inalar o ar a sua volta novamente. As mãos de Folder pareciam pedra, esmagando seu pescoço lenta e dolorosamente. Sua visão se tornou turva rapidamente e sua mente era tomada pela neblina, mesmo assim a teimosia não lhe deixara desviar o olhar das feições raivosas de Cedric. Argus não entendia como alguém com tanto poder não se revoltava contra as mazelas que constituíam a realeza, mas no momento soube que este deveria ter seus motivos. No momento em que o colar fora tirado de sua posse e seu corpo arremessado ao chão novamente a única coisa que a mercenária pode fazer foi levar as mãos a própria garganta, agradecendo por não ter sido descartada ali mesmo. - Devo agradecê-lo por não cumprir tal ameaça neste exato momento? - Não pôde evitar a resposta atravessada, parecia entranhado em si a natureza hostil e desconfiada que adquirira no tempo em que estava em cativeiro. Olhou o guardião de Phoenix de lado, não sabia bem como reagir aquela altura. Sentia-se humilhada e fraca demais para sequer mover-se.
#⟨ ✦ — chat ☓ ⟩#⟨ ✦ — little lion girl ☓ ⟩#{ NÃO TINHA GIF MELHOR então foi esse }#{ imagina sei lá que ele tá olhando pra ela no chão?!?!?! IDK PERDOA }
14 notes
·
View notes
Text
❛ ——– O crispar sutil de lábios fez-se como resposta para a princesa acerca da suposta aposta com uma de suas damas de companhia. Sabia que a mais jovem estava certa ao tentar lhe conceder um dia livre de suas obrigações, mas ainda assim não conseguia seguir adiante com o descanso fornecido - principalmente pelo fato de não sentir-se fatigado diante das tarefas exercidas como Cão de Guarda de Phoenix. Com ambos os braços atrás do próprio corpo, Cedric permitiu que um pequeno suspiro o escapasse enquanto seguia a figura feminina que ia em direção ao segundo guarda ali presente; Sua atenção, então, se recaiu sobre o mesmo ao que o olhar lhe fora dedicado por alguns segundos mais longos que o necessário - ato que foi prontamente correspondido de igual modo, ao que os olhos azuis se fixaram nos do outro homem em uma severidade característica. ‘ Consigo descansar bem durante minhas noites, princesa... Não há a necessidade de um dia inteiro dedicado a isso. ’ Rebateu apenas por costume, enquanto permanecia imóvel e atento à mais jovem. Arqueou levemente as sobrancelhas ao escutar o que Thorn tinha a dizer e tornou a crispar levemente os lábios ao ver a mão estendida em sua direção; Ainda que pouco adepto a contatos físicos desnecessários, Folder mais incomodava-se com a descaracterização de seu trabalho como protetor ao deixar-se afundar em atitudes pouco profissionais como aquela. Não iria, no entanto, negar os pedidos de Phoenix, o que fez com que o homem se adiantasse alguns passos para então pegar um dos braços da mesma por entre um dos próprios. ‘ Um passeio pelos jardins, então. ’ Repetiu, enquanto guiava a monarca para fora do cômodo que ainda habitavam. ‘ Sobre Allyria... Ela está bem. A situação com as sombras ainda está um pouco fora de controle e eu me vi tomando a possivelmente estúpida decisão de contactar a mãe dela em busca de ajuda para com essa parte. ’ ❜
Ver o guarda sorrir era um dos raros momentos de sua vida. A princesa lembrava de que quando era menor que tentava ao máximo arrancar um sorriso dele e em como tinha dificuldades. Infelizmente aquilo era algo bom no ramo em que Cedric trabalhava pois facilitava para as pessoas lhe temerem. “━━ Realmente seria, entretanto, eu estava torcendo para que ela ganhasse.” Por mais que se sentisse mais segura com Cedric ao seu lado, ele também era um ser humano e precisava de descansos. Sua pergunta retórica fez Phoenix erguer uma sobrancelha e esperar pela continuação. Sabia muito bem o que ele iria dizer, entretanto. Em menção a um apelido carinhoso dado para sua filha, a princesa sorriu. Agora que já estava maior, Allyria ficava mais longe de si e acabava por sentir saudades da pequena. “━━ Isso não ignora o fato de que você também precisa de um descanso.. Era só um dia. Mas se prefere trabalhar, aguarde um momento.” Dito isso, a princesa passou por ele, indo até o outro guarda, dispensando-o de sua tarefa. O homem olhou para Cedric por alguns instantes antes de assentir com a cabeça e partir em direção a entrada do castelo. Virando-se novamente na direção de seu guarda costas, Phoenix sorriu mais uma vez. “━━ Está feito. Porém, agora terás que dar uma volta comigo pelo jardim e me contar como Allyria está. Estou com saudades dela.” Murmurou, esticando a mão na direção de Cedric. Não era o certo um guarda andar de braços dados com a princesa, mas era de Phoenix que estávamos falando, aquela que não se importa muito bem com regras.
7 notes
·
View notes
Text
❛ ——– Era agora oficial que Folder não mais conseguia compreender o rumo seguido pela confabulação que ainda acontecia - não recordava-se de, em algum momento, ter apontado o homem que cruzara seu caminho apenas instantes antes como perigoso, e mesmo assim via-se fronte a pergunta da mais nova. ‘ Aquele homem? ... Em nada perigoso, Joanna. Ao menos não o suficiente para despertar a minha real preocupação ou instigar-me a impedi-lo de seguir o próprio caminho sem grandes problemas. ’ Explicou, ainda que de maneira superficial, postando-se no auge de uma paciência ainda pouco desenvolvida; Cedric estava longe de ser um homem banhado em qualidades, mas esforçava-se para não vir a mostrar os dentes para todos aqueles que o cercavam diariamente. Incomodava-o, também, pensar que alguns ainda conseguiam pensar que ele seria capaz de permanecer inerte caso algo realmente grandioso estivesse a acontecer - caso o homem fosse tão perigoso quanto a criada parecia crer, o Cão de Guarda já teria exercido sua função em eliminar a ameaça antes mesmo que a outra parte apresentasse chances de defesa, jamais deixando-o correr livremente pelos corredores do palácio. Limitou-se a responder o pedido de desculpas com um leve meneio de cabeça, optando por não fazer uso das próprias palavras para tal uma vez que pouco era adepto a desperdiçá-las. Cedric veio a girar levemente o corpo ao ter a mais nova próxima a si, dando ali início à caminhada que os levaria até os aposentos da mesma - caminho que, mesmo não sendo tão longo, tomaria alguns minutos para ser findado. Fora durante tal momento que o homem veio a apresentar o primeiro esboço de sorriso de toda a sua longa noite; Era de absoluto entretenimento observar a jovem Rivers perder-se em meio as palavras de educação que lhe haviam sido ensinadas, ainda mais pelo fato de a mesma não estar errada em momento algum. ‘ Teoricamente, eu carrego esse título em meu nome, Rivers... Mas prefiro deixá-lo para aqueles que se importam com tal. ’ Começou, vindo a rolar brevemente os olhos ao recordar-se daqueles que vinham a de fato levar em consideração as pequenas palavras que poderiam ou não colocá-los em um patamar mais elevado na hierarquia monárquica. Ainda que o próprio Folder houvesse sido horando com o título mencionado por Joanna, o mesmo pouco fazia uso deste apenas pelo fato de não encontrar sentido em impor-se de tal maneira. ‘ É de muito mais de meu agradado ser reconhecido como ‘Cão de Guarda’ do que como ‘Sir’... Mesmo que o primeiro modo de reconhecimento possa parecer baixo e desimportante, foi concebido as beiras de minhas capacidades como protetor, e não como um mero capricho. Entende o que digo? ’ ❜
O homem havia fugido? Mas como?, ela pensava. Devido aos boatos que Joanna ouvia a respeito do guarda costas da princesa, não conseguia imaginar que alguém poderia escapar de sua espada, muito menos em um momento como aquele. A criada antes sentia-se amedrontada por acreditar haver uma piscina de sangue e um cadáver deformado em seu caminho, mas sentiu seu coração bater em um ritmo muito mais acelerado ao saber que um homem digno de uma morte terrível e hábil o suficiente para não ser derrotado por Cedric Folder estava à solta pelo castelo. De fato, sentia medo do guarda, porém, não conseguia imaginá-lo ferindo um inocente, portanto realmente acreditava que seu oponente deveria ter cometido algum crime muito grave. “Quão perigoso exatamente ele é?” perguntou, soando mais receosa do que aterrorizada ao tentar manter o controle sobre suas ações. Esperava atitudes perversas do fugitivo, contudo, passou a se perguntar o porquê de Cedric perder seu tempo conversando com uma criada enquanto poderia estar perseguindo o criminoso para impedir alguma tragédia. Talvez ela estivesse se preocupando demais, considerou. Talvez o problema entre os dois homens fosse algo pessoal e não o perigo de ocorrer uma chacina ou algo do gênero no castelo. Joanna suspirou. “Creio que eu não precise saber a respeito do acontecido, certo? Peço perdão pelo meu descontrole” ela disse, não tão aflita quanto antes. Embora ficasse ansiosa algumas vezes e deixasse o sentimento transparecer em suas ações, raramente desesperava-se daquele modo. Joanna entendia que o medo levava boa parte das pessoas a agir de modo impulsivo, no entanto, detestava parecer tão tola e mal educada daquela forma. “Oh” murmurou, um tanto surpresa com a oferta do guarda. Esperava tal cortesia em relação a mulheres nobres, mas não direcionada a uma simples criada. “Obrigada, é muita gentileza da sua parte, sir.“ Joanna deu um leve sorriso em agradecimento e caminhou na direção do guarda. “Quer dizer… Cedric?” corrigiu, mas sem saber ao certo como chamá-lo. Não atreveria-se a usar o apelido “Cão de Guarda”, afinal, não tinha conhecimento dos sentimentos do homem sobre a expressão. “Eu sinceramente acreditava que o senhor fosse Sir, perdoe-me pela minha ignorância” ela confessou, abaixando levemente a cabeça. Joanna não havia recebido uma educação formal, tendo aprendido a teoria da magia até certa idade e, após chegar em Stormhold, a cozinhar, vestir damas nobres e limpar o chão. Não entendia bem como funcionavam os títulos nobiliárquicos, portanto se dirigia a quaisquer homens de boa fortuna chamando-os de “m’lord”, quaisquer membros da realeza chamando-os de “vossa alteza” e quaisquer guardas próximos à família real chamando-os de “Sir”.
14 notes
·
View notes
Text
❛ ——– Mostrar-se afável quando na lida direta com a filha já havia se tornado uma característica de Folder, que pouco exibia qualquer sinal da agressividade cravada em seu espírito durante tais momentos - a não ser, claramente, que a segurança de sua pequena herdeira estivesse ameaçada de alguma forma. A cólera do homem, em tais situações, repousaria sobre pontos críticos, alarmantes e provavelmente fatais para aquele que viesse a enfrentá-la de forma direta, como seria o caso do outro progenitor que foi poupado pelo simples fato de ter-se afastado. Longe deste, Cedric mostrava-se em meio ao agradável humor que o acometia sempre que tinha Allyria perto de si, mostrando-se tão energética como uma criança de nove anos poderia ser. ‘ Não disse que estava errada em fazê-lo, principalmente levando em conta o roubo, apenas para tomar cuidado... E com certeza ele não seria nem ao menos louco de avançar contra vossa pessoa em minha presença. Estaria banhado no próprio sangue caso o tivesse feito ’ A risada da mais nova foi acompanhada com a do próprio pai, que agora se deixava levar ambos os braços para enlaçar o corpo da filha em um abraço repleto de carinho e proteção, enquanto sorria abertamente por conta do beijo depositado em seu rosto. ‘ Ah, realizou mesmo tal façanha? Assim vai matar a mim e a seus tios de orgulho, sabia? E, oras, eu vou defendê-la até o fim de meus dias, sabes bem disso... ’ Os lábios permaneciam alargados em um sorriso genuíno conforme avançava em suas palavras e fazia uso de uma das mãos para colocar uma mexa clara dos cabelos da mais nova atrás de sua orelha, em um gesto cuidadoso. ‘ Mas tendo isso resolvido... Creio que seja o nosso momento de voltar para o castelo, não achas? ’ A questão se formava ao mesmo tempo em que Cedric desfazia o abraço ao levantar-se, mas oferecia a mão para que a filha segurasse logo em seguida. ❜
Allyria nunca pode ser classificada como uma criança fácil de se lidar, em suas escola sempre fora um pouco agressiva e ameaçava a todos os seus colegas ao menor sinal de algo que não fosse muito de seu agrado, então quando o menino roubou seu boneca nada fora feito no mesmo dia, até porque ela não veio notar a ausência do animal de pelúcia que havia sido um presente de seu tio, Aerys, até a noite quando já estava em casa, porém no dia seguinte medidas foram tomadas pela pequena e ameaças muito bem feitas que fizeram o colega de classe da Folder pedir a seu progenitor que entregasse o urso nas mãos da menina. Enquanto o outro homem parecia um pouco bravo com as palavras da menina, também aparentava estar com medo de seu progenitor, algo que sempre divertida de certo modo a menor. Todos pareciam ter medo do grande e raivoso cão de caça da princesa Phoenix. Ela porém não tinha nenhum medo do pai, sabia que ele não seria capaz de lhe ferir e sempre iria lhe defender, talvez por isto tenha tido a audácia de dizer o que havia dito na presença do outro homem. Ao ouvir as palavras de seu pai sorriu de forma inocente e deu de ombros. ❝ —— Ele não seria louco de fazer algo com você por perto, papa, e o filho dele merecia ser chamado também de ladrão. Sabia que ele roubou o meu ursinho sem que eu nem notasse? ❞ Uma risada foi solta pela menina, que se aproximou um pouco do progenitor que se encontrava naquele momento ajoelhado em sua frente e deu-lhe um beijo na bochecha sorrindo. ❝ Já aprendi! Eu quem ameacei o menino e ele ficou com tanto medo que nem veio me entregar, mandou o pai, mas ainda sim o senhor vai continuar me defendendo, não é? Você faz isso bem melhor. ❞
14 notes
·
View notes
Text
❛ ——– Em circunstâncias favoráveis a uma demonstração de humor, o homem conhecido como Cão de Guarda teria deixado-se sorrir ante ao susto óbvio da mais jovem - era notável o fato de a mesma parecer encolher-se em sua presença quase que todos os dias, mas o sobressalto propriamente dito era quase divertido demais para se deixar passar em branco. Seu estado de espírito ainda carregado pela taciturnidade dos momentos anteriores, no entanto, impediram qualquer demonstração que fosse além de um simples arquear de sobrancelhas na direção da loira. ‘ Eu não sou um ‘Sir’ e deverias saber disso. ’ Não rebatia com a intenção de uma represália, mas sim pelo simples fato de não se encontrar adepto a permanece sob tais demonstrações de um respeito desnecessário; Não exibia um título nobre ao qual honrar, então dispensava qualquer outra forma de educação que fosse além da fundamental. A expressão foi tocada pela sólida confusão no segundo seguinte, Cedric tentando compreender a torrente de afirmações sem sentido por parte de Joanna - e recebendo por meio dessas a real resposta que justificava a presença da mais baixa pelos corredores do castelo em um horário tão impróprio. Permaneceu submerso no absoluto silêncio, dando à Rivers tempo suficiente para alcançar as próprias conclusões sobre o que havia acontecido - ou deixado de acontecer - no corredor que fazia-se palco tanto das ameaças anteriores quanto da confusão quase cômica que ainda vinha a se desenrolar. ‘ Muitas são as coisas que uma criatura pode fazer para merecer tal destino. ’ A simplicidade com que verbalizava as próprias palavras pouco condizia com a gravidade imposta no conteúdo das mesmas, em um indicativo de que Folder realmente tomaria tais vias violentas contra qualquer um que viesse a protagonizar algo grave suficiente; Não queria, conquanto, acentuar ainda mais o nervosismo já latente da criada diante de si, de modo a interromper-se antes que falasse algo que apenas serviria para piorar toda a situação. Observou-a movimentar-se para longe da pilastra contra a qual havia permanecido pelos últimos instantes, mais uma vez deixando que buscasse as conclusões sem seu auxílio. Ambas as sobrancelhas se arquearam e se mantiveram em tal forma por alguns segundos ao que a questão sobre um possível cadáver foi levantada, a quietude acompanhando o ato antes de ser jogada por terra pelo moreno que não entendia como Joanna poderia deixar-se levar por um assassinato não cometido. ‘ ... ... Corpo? ... Não tem corpo algum dessa vez, lady Rivers. O homem ao qual me referia já seguiu o próprio rumo, não dando vias de me forçar a completar a ameaça propriamente dita. ’ O menear negativo de cabeça fez-se em conjunto com um pequeno suspiro cansado ao constatar que o foco da mais jovem era equivalente ao de sua própria filha, que se dispersava perante qualquer coisa que viesse a cercá-los. ‘ Eu disse que não é seguro permanecer sozinha nas atuais conjuntura e que acompanharei-a até seus aposentos. ’ ❜
Concentrada em suas preces desesperadas, Joanna sequer foi capaz de deduzir o desfecho da discussão pelo som dos passos, tampouco perceber a aproximação de alguém. Assim que ouviu o guarda dizer seu nome, deu um passo brusco para trás e bateu as costas na pilastra. “S-Sir C-Cedric” gaguejou, enquanto tentava pensar em uma resposta. Normalmente, tinha facilidade para se comunicar, porém, a proximidade do guarda e a provável presença de um cadáver afogado no próprio sangue tornavam a tarefa mais complicada. O que teria feito aquele homem para merecer tal destino? Com certeza algo terrível! E por que teria o Cão indagado a respeito de seus motivos para estar naquela parte do castelo? Seria uma suspeita? “E-Eu não sei quem é aquele homem, juro! Nunca havia ouvido aquela voz antes! Sou inocente, por favor, acredite! Eu estava apenas…” Oh, Deus, o que estava fazendo mesmo? “A princesa!” se lembrou. “Fui levar água fresca nos aposentos da princesa. Imagino que ela tenha sentido sede à noite, afinal, esses últimos dias têm sido tão secos! Pensei em passar por aqui na volta porque é um caminho mais rápido sabe? Um atalho! Não estava ajudando aquele homem a… fazer o que quer que ele tenha feito” ela explicou, falando rápido e transparecendo o nervosismo tanto em seu tom de voz quanto em sua expressão. “O que houve, aliás!? O que uma criatura deve fazer para merecer se afogar no próprio sangue!?” Joanna deslizou para longe da pilastra, tão distraída com o que imaginava ter acontecido que não prestou atenção às outras palavras do guarda. Tomados pela curiosidade, seus olhos revistaram o corredor, procurando pelo corpo do outro homem, mas a criada logo forçou-se a desviar o olhar, decidindo que era melhor não vê-lo. Instantes depois, porém, chegou à conclusão de que não havia o que olhar. “Onde está o corpo?” perguntou, aterrorizada. Em poucos segundos, sua mente percorreu todas as hipóteses imagináveis para a resolução do conflito e, em meio às suas teorias, Joanna se lembrou de ouvir o guarda dizer algo a mais. “Perdão, o que disse?”
14 notes
·
View notes
Text
❛ ——– A paciência minguada de Cedric tomava vias de ser atirada através de seu fim definitivo conforme a ladra avançava em sua arenga equivocada; O homem pouco importava-se com os motivos que haviam levado-na a cometer a transgressão que havia o colocado em seu caminho, apenas se incomodava com o fim que a circunstância viria a tomar - que, por sua vez, não parecia mostrar um futuro dos mais agradáveis, tampouco dotado de uma serenidade tão almejada. ‘ O trabalho de um guarda nunca é qualquer. ’ A resposta, tal como as anteriores, fez-se por entre a mandíbula tensa em animosidade e sem dar margens para sensações amistosas, ainda mais ao que Folder chegava à conclusão de que a outra estava a usar de seu tempo para planejar a fuga perfeita. Marina poderia não ser exatamente uma adversária notável em um embate hostil onde a força faria-se útil, mas com certeza era exímia ao planejar retiradas estratégicas capazes de deixar qualquer um a ver navios; E tendo isso em mente, Cedric sabia ter apenas alguns minutos para agir antes que tivesse a morena escapando por entre seus dedos em um novo delito. ‘ Não interessa os meios utilizados pela dona do cordão... Do mesmo modo que não cabe a mim julgá-la, e tampouco você. ’ A respiração saiu em um pequeno bufo ao fim da frase, uma vez que não era do agrado do homem o modo com o qual a monarca roubada ganhava o sustento - não poderia, no entanto, permitir que a caçadora tomasse vantagens de tais atitudes com outras tão erradas e condenáveis quanto. ‘ Poderia sustentar-se de modo justo como tantos outros fazem... És incapacitada, por acaso? Com uma resposta que creio ser negativa, não tens qualquer desculpa para fazer o que faz. ’ E, ao concluir a própria linha de pensamento, aquele conhecido como Cão de Guarda colocou as ameças anteriores em atividade, ou ao menos parte delas. Um, dois, três passos e a distância para com Marina estava praticamente destruída - e, com esta, qualquer chance de uma evasiva eficiente. Em um movimento fluído, o mais velho levou a canhota até o pescoço da ladra perante a si; Os dedos foram de maneira instintiva até o local anatomicamente perfeito na garganta alheia para vir a controlar o fluxo de ar que poderia - ou não - vir a entrar. Com as feições marcadas pela agressividade agora não contida, os olhos azuis voltaram a se prender nos escuros não tão distantes de si e os dígitos se apertaram em um aviso em seus respectivos descansos sobre a tez delicada do pescoço da ladra. ‘ O colar. ’ O pedido mostrou-se como em um novo rosnado e fez-se quase inútil no momento seguinte, ao que Folder tomou para si as rédeas da situação e usou da mão livre para arrancar da pirata o cordão que não a pertencia. Com um último apertão contra a garganta da morena, o Guarda a soltou e afastou-se os mesmos três passos de outrora, ainda que sustentasse o olhar - não tinha para si reais intenções de ferir fatalmente Marina, de modo a não mais ter motivos para dar continuidade à agressão uma vez já estando na posse do colar roubado. ‘ Talvez deva pensar melhor antes de roubar por aqui de novo, garota... Mandarei-a presa se encontrá-la em tais atividades uma nova vez. ’ ❜
Marina podia conhecer o reino como a palma de sua mão, cada beco e viela alinhados entre casebres, igrejas, torres, castelos… Mas era difícil concentrar-se em qualquer rota para seguir. Para onde quer que olhasse o vulto de Cedric a perseguia. Bufou, sentindo seus pulmões em chamas e de tempos em tempos suas pernas lhe traírem, a fazendo tropeçar e perder velocidade. Sabia que era questão de tempo até ser cercada pelo guarda de Phoenix. Não fazia ideia como a princesa conseguira alguém como ele, porém uma coisa era certa. Seria praticamente impossível alguém encostar um dedo na herdeira de Stormhold. Marina por um lado sentia-se grata, pois gostava dela, mas seus negócios eram constantemente atrapalhados pelo alto senso de justiça e punição de Cedric. A mercenária fora parada com um tranco forte vindo de seu braço. Rugiu quando sentiu os dedos do guarda apertarem-lhe a carna e o encarou sem sequer uma emoção nos olhos. Ao ser solta podia perceber o grande dilema que lhe foi imposto, ou lhe entregava o artefato ou lutava. Lutar estava fora de questão. Contudo, Argus era muito boa em criar novas opções. Analisou, sem que ele percebesse todo o redor. Os camponeses, comerciantes, as casas, ruas, becos. Por fim deixou os ombros antes tensionados relaxarem estalando o pescoço. - Ok. - Assentiu, mordendo o interior da bochecha. - Mas, Folder vamos com calma. Você vai mesmo se rebaixar a um trabalho de um guarda qualquer? - Ergueu uma de suas sobrancelhas sabendo que suas palavras apenas lhe dariam algum tempo para pensar em algo. - Sei que desde sempre sua vida deve ter sido apenas isso de servir a realeza. Não estou dizendo que é errado! Muito pelo contrário, é um trabalho nobre, se feito para proteger alguém que mereça ser protegido. - Ergueu os dois indicadores para intensificar, por meio de gestos, o que estava dizendo. - A dona deste cordão ganha a vida explorando pessoas, maltratando os próprios criados e abusando de seu poder para oprimir. - Cada palavra que saía por seus lábios era verdade, e de conhecimento da pirata que sabia muito bem quem roubava. - Algo como isto. - Ergueu o cordão. - Não faria diferença alguma para ela, mas é aquilo que me sustenta, ambos sabemos disso. - Embora em sua concepção Marina estivesse certa, não tinha certeza quanto ao guarda, por isso amaciava a voz tentando parecer o mais inocente possível esperando que ele não lhe arrancasse a cabeça.
14 notes
·
View notes
Text
❛ ——– Deixar-se sorrir ante a risada da mais nova foi inevitável - como todas as vezes em que ouvia o som tão agradável aos ouvidos de qualquer um. O alargar de lábios por parte do guarda, no entanto, foi momentâneo e perdurou por apenas alguns segundos antes de desfazer-se por completo; A expressão de Cedric, no entanto, não veio a carregar-se mais uma vez em severidade e pendeu a trejeitos mais serenos. ‘ Tola teria sido ela por tentar apostar contra o óbvio, não achas? ’ O arquear de sobrancelhas fora breve e servindo apenas para pontuar um pouco mais a própria frase uma vez que o estranho seria se seus atos tivessem sido contrário aos que realizava. A devoção para com o trabalho e a princesa relacionada ao mesmo era notável e Folder estava ciente disso. A careta fez-se clara ao que os olhos azuis desviavam-se de Phoenix por alguns instantes perante a pergunta que lhe fora direcionada - a pergunta para a mesma sindo de forma quase automática àquele que acompanha a herdeira há mais de uma década. ‘ Prefere que eu seja educado ou sincero, minha princesa? ’ A pergunta retórica e com um raro toque de humor acompanhou um breve meneio de cabeça ao que a atenção voltava-se diretamente à Thorn. ‘ Sabes que não sou afeiçoado aos ditos ‘dias livres’, principalmente quando estamos em meio a tamanha ocasião... Ademais, puppy está ocupada com os próprios colegas e prefiro preservar sua segurança do que me entregar ao ócio ou festividades as quais não me adapto. ’ ❜
Por mais que não fizesse muito parte de sua pose de princesa, Phoenix riu. Uma risada que não duvidava de que poderia ser ouvida por todo o castelo. Não demorou para virar-se e fitar seu guarda costas, sorrindo para ele. “━━ Uma pena eu não ter apostado com a Rose. Teria ganho.” Deu mais uma risada antes de negar com a cabeça. “━━ Ele estava fazendo o trabalho em que você não deveria estar fazendo. Você não sabe o que significa ‘dia livre’?”
7 notes
·
View notes
Text
❛ ——– Ainda recluso em sua índole apegada à hostilidade, Cedric manteve-se firme em sua ameaça ante ao outro homem não tão distante de si; Já era de conhecimento geral que o moreno não afeiçoava-se à alguns daqueles que habitavam o palácio em meio aos acontecimentos recentes, então o homem pouco esforçava-se para conter-se. Pronto para colocar atitudes no lugar das próprias palavras, todavia, o guarda-costas viu a possível ameaça afastar-se e desaparecer em meio aos inúmeros corredores - finalmente entregando-o a chance de desfazer-se de parte da agressividade adotada. Respirou fundo uma única vez ao que relaxava sutilmente a postura e preparava-se para continuar seu caminho como se nem ao menos tivesse visto-se obrigado a pará-lo; Ato que não veio a, de fato, realizar. A atenção desviou-se de maneira automática até a figura de Joanna não tão distante a si e tão calada quanto nunca. O cenho veio a franzir-se em uma pequena confusão, enquanto Cedric virava-se na direção da mais jovem que costumava circular pelo castelo. ‘ Joanna, o que estás a fazer por aqui a essas horas da noite? ’ A questão foi levantada em seu tom ainda sério, mas isento de qualquer odiosidade por parte de Folder. Ainda que não nutrisse qualquer forte sentimento amistoso para com a mais jovem, também não tinha em si qualquer coisa que incentivasse um comportamento parvo perante a mesma. ‘ Sabes que pode ser perigoso com tantos estranhos hospedando-se por essas paredes, não?! ’ A frase foi completa por um pequeno suspiro de Cedric, que aproximava-se um único passo da aparentemente frágil Joanna. Não tinha qualquer objetivo de tocá-la ou intimidá-la, apenas via-se incapaz de simplesmente deixá-la sozinha e a mercê de situações pouco agradáveis ante a outros que rondavam pelo palácio. ‘ Vamos, eu a acompanho até seus aposentos. ’ ❜
Ao ver o guarda bloqueando seu caminho, Joanna imediatamente se aproximou da parede do castelo. Embora estivesse acostumada a vê-lo, sempre sentia seu coração bater mais rápido quando Cedric fazia algo além de ficar parado ao lado da princesa. Tudo nele era amedrontador e, mesmo se esforçando para não julgar ninguém com antecedência, sentia que um pequeno passo em falso poderia fazê-lo ver a criada como uma ameaça. No momento, Cão parecia estar ameaçando alguém. Joanna não supunha quem poderia ser, mas imaginava que as próximas cenas não seriam nada bonitas. A criada se escondeu atrás de uma pilastra, em um canto escuro do corredor e apenas esperou. Esperou e rezou para o que quer que estivesse acontecendo acabasse de forma rápida e limpa — e para que sua presença não fosse notada, obviamente.
14 notes
·
View notes
Text
❛ ——– Não somente o intenso estampido notado em alguma área não tão distante, mas também a correria dos homens que o seguiu foram suficientes para colocar o Cão de Guarda em um de seus incontáveis modos defensivos; Em companhia de um membro da família real, no entanto, tal condição era apenas agradava pela responsabilidade de zelar em prol da integridade alheia. Pouco habituado aos comportamentos e rotinas do príncipe River - principalmente ao caracterizar-se normalmente como escolta principal da princesa, de não dos demais herdeiros -, Cedric reagiu do modo que parecia-lhe mais apropriado, pouco levando em conta o fato de que os responsáveis por parte da confusão fossem conhecidos do mais novo. A postura tomou vias de relaxar apenas ante a intervenção de Thorn, que alegava estar tudo sob controle; Longe de manter para com River a intimidade que tinha com Ira, Folder apenas reassumiu o porte profissional e manteve-se envolto na seriedade típica de sua figura ao afastar-se um único passo e postar ambas as mãos entrelaçadas atrás do próprio corpo. ‘ Um acidente que poderia ter deixado vítimas. ’ O tom de voz era severo e ocultava os semblantes de uma ameaça irritadiça, ainda que obviamente não voltada ao herdeiro, mas sim à um dos responsáveis pela explosão e que por pouco não tivera o pescoço cortado por si. Assumindo agora uma tonalidade mais respeitosa e contida, a atenção de Cedric voltou-se a River mais uma vez. ‘ Deveríamos prosseguir com o caminho, meu príncipe. ’ ❜
Não havia nada no Sucout que River não gostasse. A comida era deliciosa, a música muito agradável e ver todas aquelas pessoas sendo gentis e ajudando umas as outras era algo que fazia o príncipe desejar que fosse Sucout o ano todo. River tinha muitos amigos fora do castelo e naquela manhã havia decidido presentear a todos, mas, por conselho de seu irmão, foi seguido pela guarda real. O segundo príncipe não gostava de ser seguido, mas sabia que aquilo era para sua própria segurança e acabou aceitando. Quando ele e sua comitiva chegaram a quinta casa, puderam ouvir uma grande explosão, seguida de alguns homens saindo do local. River reconhecia alguns deles, mas seus guardas não e isso poderia causar problemas. “Tudo bem, Folder!” Colocou o sorriso mais convincente nos lábios e se pôs entre os homens. “Ninguém vai afogar ninguém! Foi só um acidente.”
14 notes
·
View notes
Text
❛ ——– Toda aquela balburdia era mais do que suficiente para destruir qualquer traço de amistoso que pudesse fazer-se notável no humor de Folder, que assumia completamente a severidade que tão bem lhe servia; Causada pelo fogo ou não, a confusão trazia toda uma gama de preocupações e possíveis perigos com os quais o Guarda não sentia-se a vontade para simplesmente ignorar. Sua atenção, no entanto, desviou-se do centro de toda a agitação que o cercava e voltou-se à jovem que parecia clamar por sua ajuda em um pedido que foi prontamente atendido. Passando um dos braços pela figura esguio e delicada de Hazel para mantê-la junto a si e certificar-se de sua proteção ante ao caos, Cedric usou do próprio corpo para abrir caminho até um lugar seguro - como tantas outras vezes já havia feito com a princesa que costumava proteger. Uma vez longe de qualquer ameaça escancarada, o homem veio a soltar a outra e tomar a devida distância para com a mesma, apenas alguns instantes antes de ouvi-lha mais uma vez; As palavras, no entanto, vieram a instigar o surgimento de uma momentânea expressão confusa por parte do moreno, que tomou alguns segundos para apenas observar a mais baixa no mais absoluto silêncio. Havia alguma coisa em Hazel que despertava sua desconfiança, mesmo que não soubesse apontar exatamente o que - ato que, por sua vez, fazia com que tudo viesse a parecer ainda mais fruto de uma implicância quase infundada. ‘ Não precisa tomar qualquer atitude em agradecimento, milady. ’ As palavras fizeram-se finalmente presentes em um típico tom educado usado para dirigir-se às mulheres presentes na corte, em um respeito que há tanto lhe havia sido ensinado. ‘ Não fiz nada além do que fui treinado para fazer. Tem certeza de que estas bem? ’ ❜
Até o presente momento, Hazel havia tido sucesso em manter sua verdadeira natureza longe dos olhares curiosos, mas como a boa bruxa que era, por vezes, não conseguia conter seus instintos mais básicos. Num minuto, tudo parecia calmo, mas no outro, um rápido feitiço começou uma grande confusão, com os feirantes correndo para salvarem suas mercadorias do fogo lançado pela bruxa. ━━ Por favor, Sir Folder, tire-me daqui! ━━ Hazel queria soar como uma dama indefesa e assim ganhar mais com sua conduta recatada. Quando se encontravam a distância segura, Hazel segurou a risada e usou de tudo o que tinha para agradecer ao seu suposto herói por tê-la salvo algo que ela mesma havia começado ━━ Muito obrigado, Sir! Eu senti tanto medo! Como posso lhe agradecer? ━━
14 notes
·
View notes
Text
❛ ——– Ele sabia estar colocando-se fora de suas funções reais; Fixo ao papel exercido como escolta da princesa, pouco era de se esperar que Cedric viesse a atuar como um ativo membro da Guarda Real propriamente dita - mas, com sua protegida em segurança e longe de qualquer possível tumulto, o homem não via problemas em auxiliar seus amigos na contenção daqueles que buscavam apenas se aproveitar do cenário oferecido pelo Scout. Era justamente tal decisão que o levava ao momento em que proferia ameaças reais para que a ladra já conhecida por si escutasse, soando firme o suficiente para não deixar margens para qualquer duvida quanto ao cumprimento de cada uma de suas palavras. A respiração saiu-lhe irritadiça, quase como num genuíno rosnado quando os olhos fixaram-se na figura a disparar em uma nova tentativa de fuga que apenas servia para elevar ainda mais os níveis de irritação do homem pouco contido. Tomando vias de perseguir Marina, Folder poupou-se da fadiga em correr e optou por cortar caminhos em passos rápidos, usando de uma lógica quase corrompida pela raiva ao tentar definir onde a mulher iria ressurgir; Suas escolhas não eram nada além de tiros dados ao acaso, que poderiam tanto dar certo quanto levá-lo a lugar algum. A sorte, no entanto, pareceu sorrir-lhe ao que conseguiu identificar a figura esguia e feminina não tão distante de si, em uma nova chance de reaver o item roubado pela mesma. Alguns passos a frente e poucos metros em uma corrida foram suficientes para que Cedric alcançasse a caçadora de recompensas, a destra indo até o braço da mesma para impedir que uma nova tentativa de esquivar-se fosse concluída e os dígitos vindo a se apertar contra a carne apenas por alguns segundos antes de liberar a mais nova de seu enlace - deixando-a, no entanto, sem grandes escolhas para uma nova fuga; Ou rendia-se ou enfrentaria-o diretamente para conseguir escapar. ‘ O colar, garota. ’ Com a mandíbula tencionada em ira e os dentes cerrados, a voz do Guarda escapou-lhe em um tom mais ameaçador que o normal, os olhos hostis presos na morena diante de sei. ‘ Agora! Ou eu juro que farei desse roubo idiota o seu último ato. ’ ❜
Não sabia como poderiam ter tantos guardas em um só lugar. Pelos amor de todas as constelações, era apenas um colar! Um dos mais caros deveria admitir, mas mesmo assim. As pernas de Marina pareciam pegar fogo àquela altura e não sabia ao certo se conseguira despistar todos os demais guardas. Mordendo o lábio inferior colocou-se contra os tecidos de uma das tendas do festival, sentindo que alguém se aproximava. Sentiu um arrepio subir por sua nuca assim que escutou a voz imponente soar até seus ouvidos. - Oh God… No. - Fechou os olhos com força. Cedric era a última pessoa que Marina achava possível encontrar em locais como aquele. Em meio ao desespero ela olhava em volta, em busca de qualquer coisa que pudesse tirá-la dali, mas aquele maldito sentia cheiro de medo à quilômetros de distância. A caçadora então respirou fundo e fez a única coisa que poderia ser feita e que tinha certeza que se tivesse sorte funcionaria. Correu.
14 notes
·
View notes
Text
❛ ——– A inquietude após a anunciação de que o mais velho dos príncipes não seria o único a tentar o trono era completa e quase palpável; Grande parte dos súditos mantinha-se fiel ante o ideal de ter Ira ocupando o lugar deixado por seu pai, enquanto uma ínfoma parcela apoiava-se com maior firmeza sobre as mudanças que Caine traria caso viesse a assumir - e era justamente essa fração que trazia à tona o cuidado exacerbado de Cedric por sobre a segurança alheia, fazendo-o abandonar seu lugar natural ao lado da princesa para acompanhar o futuro rei em sua travessia. A desordem imediata não fora surpresa alguma para o guarda, que agiu sobre seus instintos e ensinamentos ao tentar pôr-se entre aquele ao qual havia jurado lealdade e qualquer possível fonte de perigo; A expressão carregada por uma hostilidade que seria posta em uso e uma das mãos até mesmo escondia por trás do próprio corpo ao que os dígitos se prendiam ao cabo de uma das adagas parcialmente escondidas sob as vestes negras, pronta para colocar em ações a ameaça há pouco proferida. A calmaria não fez-se imediata após a voz do amigo e príncipe soar de maneira conciliadora e o guarda costas apenas veio a respirar fundo e soltar a arma em seu descanso ao que a outra parte do pequeno tumulto tomou vias de se afastar. O olhar esquadrinhou rapidamente o local em uma última verificação de segurança antes de se voltar ao mais velho dos Thorn, que agora proferia um pedido divertido suficiente para arrancar de Folder um pequeno e contido sorrido. ‘ É claro que consigo... Ou achas que saio distribuindo ameaças que não posso cumprir?! Não seria agradável caso eu me mostrasse incapaz de cumprir minhas próprias palavras, não achas? ’ Respondendo ao mais novo em tons mais baixos que o normal, Cedric permitiu-se um breve rolar dos orbes antes de conter um singelo riso.. ‘ Não é tão difícil quanto imagina, príncipe. Mas com certeza pode lhe ser útil algum dia... Marquemos alguns dias de treinamento que prometo tentar passar-lhe tal técnica. ’ ❜
❛❛ ━━ — Mesmo com todas as adversidades causadas pela recente declaração do irmão mais novo, Ira não podia deixar-se abalar por tal fato. O primogênito Thorn ainda era detentor do apoio de seus servos e também se mostrava o mais apto para governar Stormhold, sendo assim sua presença no festival algo esperado e, de certa forma, uma prova de que o príncipe ainda acreditava em si mesmo. Quando uma pequena balburdia teve início em meio a sua travessia, Ira teve que logo tomar uma atitude, pedindo para ambos os lados se acalmarem. ❝ — Tudo bem, Cedric. Não precisa fazer ninguém se… Afogar no próprio sangue.” A ameaça do amigo era de fato, verídica e Ira sabia que nenhum mal seria a ele causado quando na companhia do Folder, mas não podia dizer o mesmo daqueles que tivessem o azar de atravessar seu caminho. Ao notar que as animosidades estavam diminuídas, permitiu-se relaxar. ❝ — Você realmente consegue fazer alguém se afogar no próprio sangue? Porque, se sim, tem que me ensinar.” Qualquer um que conhecesse os dois sabia da amizade ali formada e já estava habituado com as conversas informais entre o Príncipe e o Guarda.
14 notes
·
View notes
Text
❛ ——– Mesmo após as palavras da filha fazerem-se audíveis, Cedric não relaxou sua postura e tampouco desviou o olhar do outro homem perante a si; Não era qualquer surpresa o fato de o guarda ser portador de um absoluto instinto protetor, do mesmo modo que era do conhecimento geral que o mesmo se ampliava gritantemente quando o assunto em pauta era Allyria. Uma vez já sendo detentor de uma índole tendente a agressividade, o moreno postava-se pronto para dar vazão à mesma ante ao menor movimento do outro que pudesse significar algum perigo para a criança entre ambos - principalmente após a audácia da mesma ao denominar o herdeiro alheio como ‘estúpido’. Os olhos claros vieram a se desprender do homem que se afastava apenas quando este não mais se fazia como uma ameaça em potencial, e a atenção veio a recair-se de maneira automática sobre a jovem agora agarrada ao boneco. Como se toda a postura hostil de segundos antes jamais tivesse existido, Cedric presenteou a filha com um singelo sorriso acompanhado de um meneio negativo de cabeça - esse, por sua vez, pouco contendo algum significado. ‘ Deverias ter mais cuidado com suas palavras, my love. Pode arranjar problemas algum dia desses. ’ As palavras, no entanto, não carregavam qualquer intuito de uma real repreensão sobre as atitudes de Allyria ao que o guarda veio a ajoelhar-se diante da mesma, arqueando brevemente as sobrancelhas antes de voltar a fazer-se audível em nuances divertidas. ‘ Ou será que já aprendeu a morder para se defender, puppy? ’ ❜
❝ —— Papa! Não seja tão duro com ele, é apenas o pai de um dos meus colegas da escola e deve estar aqui para devolver a mim aquele urso que o estúpido do filho pegou de mim! ❞ Allyria saiu de trás do progenitor e parou ao seu lado, estendeu a mão para o homem que parecia um pouco irritado de ouvir seu filho sendo chamado de estúpido e logo estava com a pequena boneca de volta em mãos, no mesmo estado que havia sido pego pelo outro menino. ❝ Obrigado, senhor, se puder se retirar agora para que eu possa aproveitar o resto do tempo com meu pai seria uma prazer. ❞
14 notes
·
View notes
Text
❛ ——– Os traços postavam-se carregador em uma animosidade típica e necessária ao que a atenção se desviou àquelx que se aproximava, os olhos azuis e ausentes de qualquer traço de humor se prendendo na figura que poderia vir a apresentar algum tipo de ameaça - fosse ela qual fosse. ‘ Move or you’ll be moved. ’ O aviso veio a esculpir-se pela voz severa e sobre o mesmo tom de aviso que tomava todas as atitudes de Cedric, que jamais postava-se menos centrado nos movimentos alheios. O Guarda não viria a relaxar até que a ordem superior lhe fosse direcionada, e era algo que ficava absolutamente claro para quem quisesse ver; O apelido de Cão de Guarda não era lhe dado atoa, afinal. ‘ Último aviso. Um passo a mais e garantirei pessoalmente que se afogue em seu próprio sangue. ’ ❜
#stardust:starter#{ ÓBVIO QUE o cão não vai estar falando com x sua/seu char assim se elx for parte da monarquia né }#{ JUST SAYING }#{ pode ser cão 'defendendo' seu/sua char ou algo! o contexto tá meio dúbio ai <3 }
14 notes
·
View notes
Text
❛ ——– A respiração veio a escapar de forma irritadiça ao que o guarda diante de si, mais uma vez, anunciou que seria necessária a permissão da princesa para que a presença de Cedric se fizesse completa; Malditos fossem os novatos membros da guarda real que ainda desconheciam seu real trabalho, que fazia com que a autorização para pôr-se junto à mais nova fosse quase automática. Contendo as ganas de simplesmente empurrar para o lado o outro homem por puro respeito a nobre em sua presença, Folder aguardou o consentimento da voz feminina por si tão conhecida para enfim aproximar-se, colocando-se alguns poucos metros atrás de Phoenix ao assumir sua posição de escolta. Sabia estar errado ao ignorar por completo as instruções recebidas no dia anterior para que aproveitasse as festividades como apenas mais um civil - mas simplesmente não conseguia desprender-se do trabalho como tantos outros. ‘ Me ajudaria em dispensar esse imbecil antes que eu o arranque a garganta, princesa. ’ ❜
Phoenix estava apenas de longe, observando como a cidade parecia ganhar mais vida com os festivais. Estava feliz por ver seu povo se divertindo, mesmo que vontade maior era de estar no meio deles. Sua atenção foi tirada quando um guarda se aproximou informando que alguém gostaria de falar com a menina. “ ━━ Pode deixar.” Murmurou ao guarda, permanecendo de costa para seu visitante assim que x mesmx se aproximou. “ ━━ Em que posso ajudá-lx?”
7 notes
·
View notes
Text
❛ ——– O silêncio instalou-se sobre Cedric conforme a estrela avançava sobre a conclusão errônea que justificaria sua presença; Ao mesmo tempo, a expressão tornava-se severa pelo cunho da mesma, sendo esse mais do que suficiente para liquidar parte do humor já limítrofe do guarda. ‘ Se está se referindo a Caine, lhe informo que ele não é meu príncipe e tampouco detentor de alguma lealdade de minha parte. ’ A voz acabou por escapar-lhe mais seca do que o habitual ao referir-se ao odioso irmão de Ira - incapaz de deixar de lado as diferenças que tinha com o monarca, o homem não fazia qualquer questão de ocultar o seu desdém. Conquanto, tendo em vista um assunto muito mais importante e relevante do que o outro, decidiu por conter outras palavras em aversão e seguir o caminho mostrado por Ophelia sem oferecer qualquer resistência. ‘ Ela, a nossa filha, está bem... Mas algumas coisas andam acontecendo, e eu simplesmente não sei como reagir. Talvez precise de ajuda ’ ❜
❛❛ – — Não, nós não temos, se seu príncipe…” A voz da Estrela não se sustentou até o fim de sua sentença. Ophelia já sabia o tal assunto que Cedric que tratar, mas falar da filha perdida não era algo que a Dreyfuss apreciasse. ❛❛ – — Não está aqui para falar de vosso príncipe, não é?” Parte da cadente desejava que aquela fosse mais uma das investidas do Thorn. Oplhelia respirou fundo, indicando para que o outro a seguisse. ❛❛ – — Como ela está?”
27 notes
·
View notes
Text
❛ ——– Gentileza de sua parte caracterizar-me apenas como um soldado do príncipe, Aurora… Conquanto, prefiro o termo amigo. E é exatamente este que me impede de simplesmente deixá-la seguir em uma liberdade solitária que pode lhe ser prejudicial. Em outras palavras: Não vai acontecer, little star. ❜
❛ — Achas mesmo que lhe contarei como fugi de meus aposentos? Claro que não contarei! Você quer saber para ir, como um bom soldado, até Ira e contar o meu novo método de fuga mas não ira acontecer. Agora, se me da licença, aproveitarei meus momentos de liberdade.
27 notes
·
View notes