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“Não importa qual seja a verdade, as pessoas vêem o que querem ver.”

— Blair Waldorf.

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Amor

Ela te amou cara, lutou por você desde o começo e olha o que você fez, deixou a garota ir embora sem nem lutar. E se lutou não fez diferença, ela já estava machucada de mais. Todo mundo via as cicatrizes em seu sorriso, aquele que ela insistia em forçar só pra fazer você sorrir. Foi um mês ate ela descobrir que na verdade, as coisas já tinham acabado a um tempo. Você não a tratava igual, ela chorava todas as noites quieta e no começo do dia, se fingia de forte e fria, como se todos não enxergassem as olheiras repletas de maquiagem. Ela te amava cara, ainda a ama, quem sabe só esteja machucada de mais pra ver isso. Sua indiferença doeu nela também. Foram alguns dias perdidos tentando te puxar de um poço que ela não sabia como entrará. E ela ficou mal, chorou todos os dias no meu ombro, pediu socorro pra Deus em suas orações, não comeu. Ela tentou cara, eu sei que tentou. Eu estava lá, a cada lágrima, a cada soluço desesperado, a cada texto escrito, quando ela falava contigo todos os dias, frustada por nunca mais ser chamada de amor, e outras meninas fazerem parte do seu dia. Eu tava lá quando você a negou um beijo, quando preferiu outras a ela. Quem sabe ela seja a mesma um dia, as feridas sarem e não doam mais. Só se sabe que agora doí, e como doí. Mas falam por ai que é assim mesmo, que os seres egoístas sempre sofrem no final. Você pode achar outra agora, outra melhor, que more mais perto e te de mais carinho, que possa ficar mais tempo com você como ela nunca conseguiu, que tenha uma família legal contigo e tudo mais. Mas cara, uma que te ame tanto quanto ela, isso você não vai achar.

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Para alguém que não irá ler,

Ainda tem muito de você aqui, tanto que chega a doer. Ultimamente eu tenho lembrado de você, de como éramos íntimos e hoje somos estranhos. Eu sinto tanto a sua falta, J. Eu pensei que seria fácil deixar você ir, mas não, não é fácil lidar com ausência de alguém que juntou todos os meus pedacinhos e me fez ser quem eu sou hoje. Quando você desapareceu da minha vista, eu me escorei na janela daquele maldito carro e lembrei de cada momento em que você colocou um sorriso nos meus lábios, de quando você tocou pra mim, de quando tocou em mim pela primeira e pela última vez, eu queria tanto te dizer que eu amei você pessoalmente mas nós dois sabemos que isso não é possível. Você seguiu sua vida e eu estou aqui tentando idealizar a minha. Seria tão mais fácil se eu tivesse você aqui, J, porque eu não aguento mais esses “talvezes”: talvez seja culpa, ou não; talvez eu te veja na rua, ou não; talvez você me esqueceu, ou não; talvez minha sina seja viver esperando sua volta… talvez.

W.