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leitorabookshin · 11 days ago
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Capítulo 1 — Quando o destino troca o óleo de uma moto
Era uma segunda-feira de cĂ©u dourado. O fim da tarde pintava as calçadas com tons quentes, e o barulho abafado dos carros contrastava com o silĂȘncio interno da sua mente. O dia tinha sido longo — e, ali estava vocĂȘ
 com o corpo cansado, mas o coração curioso.
Atravessou as portas de vidro da oficina com passos cautelosos. Um sino tocou com o movimento da entrada, e a brisa misturada com cheiro de óleo queimado e graxa te envolveu. A iluminação amarela suave deixava o ambiente menos hostil do que imaginava. Quase aconchegante, para uma oficina.
Seu olhar percorreu o espaço. Havia adolescentes sentados prĂłximos, rindo e conversando entre si — o tĂ­pico grupo que parecia gostar mais de observar do que trabalhar. Mas o que realmente chamou sua atenção foram trĂȘs homens mais velhos.
Um deles, vocĂȘ reconheceu de imediato: Haruko, seu amigo desde os tempos de recreio e cadernos rabiscados. Ao lado dele, um sujeito de cabelo tingido mascava um palito entre os dentes e jogava charme atĂ© pro ventilador de teto. O terceiro
 estava de costas, no centro do estabelecimento, curvado sobre uma moto antiga, vestindo um macacĂŁo jeans ligeiramente aberto no colarinho.
Seu coração deu um tropeço. Uma coisa pequena. Mas real.
Todos pararam quando perceberam sua presença. Foi automĂĄtico — como se o ar mudasse de densidade. VocĂȘ congelou por dentro, mas manteve a postura. Um sorriso discreto, e sua voz educada rompeu o silĂȘncio:
— Boa tarde.
Eles responderam, todos em coro, de forma surpreendentemente gentil. Mas foi o homem de cabelo preto, ainda agachado sobre a moto, quem mais demorou a se virar. Quando o fez, limpando as mĂŁos com uma toalha cinza, seus olhos encontraram os seus
 e vocĂȘ sentiu que tinha esquecido como se respirava direito.
Olhos escuros. Focados. Diretos. Um olhar de homem.
VocĂȘ juntou as mĂŁos diante do corpo, num gesto involuntĂĄrio para conter o nervosismo. Ele continuava a te olhar, como se quisesse entender sua presença antes mesmo de saber seu nome.
— Lara! — Haruko se aproximou com o sorriso largo de sempre. — VocĂȘ chegou! DĂĄ sĂł mais uns minutos, o Shinichiro tĂĄ quase terminando de concertar a minha moto.
VocĂȘ assentiu, olhando brevemente para o chĂŁo, depois voltando os olhos para Haruko.
— Tudo bem. Eu espero.
Haruko se virou e apontou com o polegar:
— Aquele ali Ă© o Take, esse Ă© o Seiji — ele indicou os dois rapazes jovens e falantes. — E aquele
 — virou-se entĂŁo para o homem alto e sĂ©rio. — Esse Ă© o Shinichiro. Ele Ă© o mecĂąnico e dono da oficina.
Shinichiro limpou as mãos novamente, ergueu o corpo completamente e deu dois passos até ficar mais próximo. Ele te fitou por alguns segundos com aquele mesmo olhar calmo e firme.
— Oi, Lara. Seja bem-vinda.
Sua voz tinha um tom grave, mas aveludado, que se encaixava perfeitamente com o ritmo da sua presença. Ele não era o tipo que tentava impressionar. Ele jå era impressionante por existir daquele jeito tranquilo e confiante.
— Obrigada — vocĂȘ respondeu num fio de voz, encolhendo levemente os ombros.
Em seguida, Shinichiro se virou e pegou um banquinho dobrĂĄvel, entregando a Haruko.
— Pra ela se sentar. Ainda vou levar uns 15 ou 20 minutos.
VocĂȘ levantou a mĂŁo, recuando gentilmente:
— Não precisa se incomodar. Estou bem assim.
Mas Shinichiro apenas olhou por sobre o ombro e disse, com a voz firme e serena:
— NĂŁo Ă© problema. É melhor se sentar.
Sem mais insistĂȘncia, vocĂȘ se rendeu. Aceitou o banco, agradeceu com um sorriso tĂ­mido, e sentou-se perto da parede lateral da oficina, longe do movimento, mas perto o suficiente para vĂȘ-los.
âž»
Enquanto os outros voltavam Ă  conversa animada, risos ecoando sob o teto metĂĄlico, Shinichiro voltava Ă  moto. Mas agora, algo nele era diferente. De tempos em tempos, ele desviava os olhos do motor e olhava para vocĂȘ com o canto dos olhos — como quem mede a temperatura de algo que ainda nĂŁo sabe se vai tocar.
VocĂȘ se sentia observada. Mas nĂŁo com desconforto
 e sim com uma atenção que raramente sentiu antes.
Era como se ele notasse coisas sutis:
o jeito que vocĂȘ segurava sua bolsa no colo;
como mexia nos dedos quando ficava nervosa;
como o seu olhar se perdia na prateleira de capacetes novos.
Ele nĂŁo dizia nada. Mas o olhar dizia muito.
O som das ferramentas preenchia o ambiente com estalos metĂĄlicos suaves. A luz amarela da oficina ainda deixava o espaço com um toque morno, quase caseiro, contrastando com o clima de oficina pesada. VocĂȘ permanecia sentada no banquinho que Shinichiro te ofereceu, os dedos entrelaçados no colo, o olhar alternando entre ele e Haruko, que havia voltado a conversar com os outros rapazes.
O grupo estava animado, rindo alto, trocando piadas e histĂłrias antigas. VocĂȘ sorria discretamente, mesmo sem participar diretamente — era do tipo que gostava de observar antes de mergulhar. E Haruko, como sempre, era falante e caloroso. Em meio a uma dessas conversas, um deles perguntou com curiosidade:
— E aĂ­, Haru, vocĂȘs se conhecem de onde mesmo?
O amigo se virou com naturalidade, como se jĂĄ esperasse a pergunta.
— Desde sempre. A gente foi vizinho a infĂąncia inteira. Estudamos juntos no fundamental, no mĂ©dio
 e agora estamos na mesma faculdade.
VocĂȘ sorriu, meio sem graça, mas com carinho. Haruko sempre falava com orgulho de vocĂȘs dois. Mas o que te pegou de surpresa foi a leve pausa no som metĂĄlico da oficina.
Shinichiro, que atĂ© entĂŁo parecia completamente imerso na moto, virou levemente o rosto em sua direção. Sua expressĂŁo nĂŁo mudou muito, mas os olhos
 os olhos mostravam atenção real.
Um tipo de interesse que nĂŁo vinha da curiosidade banal. Era discreto, mas denso. Ele escutava. Absorvia. E, entĂŁo, perguntou:
— E entĂŁo, Lara
 — sua voz soou mais grave naquele instante — Qual curso vocĂȘ faz?
VocĂȘ congelou por um instante. O nome na boca dele. A forma como ele te dirigia a palavra. Como se te enxergasse
 mesmo num ambiente onde vocĂȘ estava invisĂ­vel atĂ© segundos atrĂĄs.
Sua mente embaralhou e, com o rubor leve tomando suas bochechas, vocĂȘ respondeu com a voz macia:
— Psicologia.
Shinichiro soltou um pequeno “hm”, assentindo com a cabeça. Ele deixou a ferramenta de lado, limpando as mãos com calma em uma toalha.
EntĂŁo, com um olhar fixo, ele disse:
— Que legal
 A primeira vista, vocĂȘ apresenta uma personalidade que combina com o curso.
A frase foi dita com naturalidade, mas vocĂȘ sentiu o impacto dela como se ele tivesse lido uma parte sua. Seu coração bateu um pouco mais forte. A forma como ele te observava era gentil, mas analĂ­tica — como quem nota mais do que as palavras revelam.
Ele entĂŁo se virou mais, apoiando os cotovelos sobre os joelhos, as mĂŁos ainda ocupadas com a toalha. A postura dele era descontraĂ­da, mas o olhar permanecia centrado em vocĂȘ. Sem desviar.
— Em qual perĂ­odo vocĂȘ estĂĄ?
VocĂȘ respirou fundo, sentindo o nervosismo crescer, mas tambĂ©m um conforto surgindo pela atenção genuĂ­na.
— Irei iniciar o Ășltimo perĂ­odo no prĂłximo semestre.
Os olhos dele brilharam levemente, e um sorriso discreto surgiu nos lábios dele — sincero, sem exageros.
— Nossa, entĂŁo vocĂȘ jĂĄ estĂĄ quase concluindo a graduação
 que legal. Como se sente com isso?
A pergunta era tĂŁo simples, mas tĂŁo cuidadosa. Como se ele realmente quisesse saber. Como se quisesse conhecer vocĂȘ, nĂŁo sĂł suas respostas.
VocĂȘ se animou com o tom acolhedor e respondeu com mais confiança:
— Eu estou animada para concluir os estudos
 e começar a atuar na área.
Antes que a conversa pudesse seguir, Haruko, empolgado como sempre, soltou:
— E ela tirou nota máxima no projeto de conclusão, viu? Primeira parte entregue e já surpreendeu todo mundo!
VocĂȘ arregalou os olhos, claramente sem esperar aquela exposição. Seu rosto ficou visivelmente corado, os ombros encolheram e, como um reflexo, vocĂȘ levou a franja para trĂĄs da orelha.
Mas Shinichiro
 ele não riu. Não fez piada. Ele te olhou com um semblante sereno, quase surpreso. E então sorriu — não com a boca, mas com o olhar.
— Nossa
 parabĂ©ns, Lara.
VocĂȘ mordeu o lĂĄbio inferior, tentando conter o sorriso tĂ­mido. O calor no rosto era inevitĂĄvel.
— Obrigada

Shinichiro não desviou o olhar. Por um instante, ele parecia
 contemplativo. Como se estivesse tentando entender como aquela garota meiga e tímida, sentada ali tão quietinha, tinha tanto a oferecer. Como se admirasse sua calma, sua educação, seu jeito doce — e se perguntasse por que ainda não te conhecia.
VocĂȘ desviou o olhar, mas sentia o peso leve — e bom — da atenção dele.
Quase vinte minutos depois

Shinichiro se levantou, limpou as mĂŁos novamente e disse:
— Terminado. A sua criança tá pronta, Haruko.
O amigo riu e correu pra ver a moto. Mas vocĂȘ permaneceu ali, e entĂŁo, Shinichiro voltou o olhar pra vocĂȘ com aquele mesmo ar calmo e presente.
Shinichiro te fitava de forma mas curioso. Tinha te observado durante toda a conversa, absorvendo cada gesto seu como quem grava um detalhe raro. Quando terminou o conserto da moto de Haruko, ele limpou as mãos mais uma vez com a toalha, e se aproximou com naturalidade — nada forçado, nada ensaiado. Apenas ele sendo ele: direto, gentil e presente.
— Quer entrar? — ele perguntou, com naturalidade. — LĂĄ atras tem cafĂ©. NĂŁo deve estar quente, mas posso aquecer se quiser.
A proposta era simples. Inofensiva. Mas vocĂȘ sabia que Haruko iria te levar pra casa logo em seguida. E mais que isso: seu coração jĂĄ batia acelerado com a troca de olhares, e com a atenção que Shinichiro havia dedicado a vocĂȘ. Ir com ele
 era um passo que nĂŁo parecia errado, mas parecia rĂĄpido demais pro seu ritmo calmo.
VocĂȘ hesitou por um segundo, e ele notou.
— É sĂł um convite. Pode ficar aqui tambĂ©m, se preferir.
Havia algo nos olhos dele. Um respeito silencioso. Ele não te apressava, nem seduzia. Apenas oferecia presença.
VocĂȘ sorriu com delicadeza, os ombros levemente curvados, a voz educada:
— Agradeço o convite, mas
 Haruko vai me deixar em casa. Já estamos de saída.
Shinichiro nĂŁo pareceu decepcionado. Ele apenas assentiu, com um sorrisinho curto, como se tivesse entendido mais do que suas palavras disseram.
— Claro. Sem problemas.
Havia respeito no tom dele. E algo mais: um tipo de cuidado silencioso, como se dissesse: “Tudo bem. Te vejo de novo.”
Haruko apareceu com a chave na mĂŁo e a expressĂŁo animada:
— A moto ficou ótima, Shinichiro! Valeu, cara.
Shinichiro estendeu a mĂŁo para cumprimentar o amigo com um aperto firme e breve. Depois, voltou o olhar para vocĂȘ.
VocĂȘ se levantou com suavidade, ajeitando a alça da bolsa no ombro. O grupo de garotos se despediu com um aceno coletivo e barulhento, e vocĂȘ respondeu com um aceno tĂ­mido, mas gentil.
Mas foi com ele que o clima mudou.
Shinichiro deu um passo mais prĂłximo — o suficiente para vocĂȘ sentir o perfume amadeirado dele, misturado com algo metĂĄlico e quente.
— Foi bom te conhecer, Lara — disse, com o olhar nos seus olhos e o tom mais baixo.
— Igualmente — vocĂȘ respondeu, e sorriu. Sincera, embora tĂ­mida.
Haruko ligou a moto, e vocĂȘ subiu com cuidado. Antes de saĂ­rem, vocĂȘ lançou um Ășltimo olhar em direção Ă  entrada da oficina.
E lå estava Shinichiro, com o corpo levemente encostado na moldura da porta, braços cruzados, te observando partir.
Sem insistir. Sem correr. Sem apressar nada.
Mas os olhos dele

Os olhos diziam que ele queria te ver de novo.
Aquele homem sério, de voz grave, mãos firmes e olhar gentil
 ia mudar sua vida.
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leitorabookshin · 11 days ago
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Shinichiro Sanos
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Shinichiro Ă© o tipo de homem que ama com firmeza, maturidade e constĂąncia. Aos 27 anos, jĂĄ passou por muitas experiĂȘncias, o que o tornou alguĂ©m seguro, estĂĄvel e profundamente comprometido com quem ama.
Ele nĂŁo precisa provar nada pra ninguĂ©m — sua forma de demonstrar amor estĂĄ nos detalhes, na presença, e na forma como cuida de vocĂȘ com açÔes mais do que com palavras vazias.
🌙 Romñntico silencioso, mas presente
Shinichiro prefere demonstrar carinho por meio de gestos e serviços, especialmente quando estão a sós. Ele:
te traz doces ou acessĂłrios sem vocĂȘ pedir;
cozinha com vocĂȘ;
enche sua garrafa d’água enquanto estuda;
te observa com admiração enquanto trabalha na oficina.
Mesmo sem dizer, ele mostra diariamente que vocĂȘ Ă© importante, Ășnica e essencial.
🧠 Maturidade emocional
Ele Ă© maduro, calmo, racional e acolhedor. Quando vocĂȘ estĂĄ sobrecarregada, triste ou insegura, ele nĂŁo pressiona — escuta, acolhe e oferece apoio com atitudes e palavras diretas e carinhosas, como:
“TĂŽ aqui, com vocĂȘ.”
“Me fala o que precisa. Eu cuido.”
đŸ§â€â™‚ïžÂ Protetor e firme
Ele Ă© extremamente protetor, principalmente quando estĂĄ em pĂșblico com vocĂȘ — seja na oficina, num lugar cheio, ou atĂ© andando de moto. EstĂĄ sempre de olho, atento a qualquer desconforto seu, sem invadir sua liberdade.
Ele te chama de:
“minha garota”
“minha namorada”
Com orgulho e respeito, para deixar claro que vocĂȘ tem alguĂ©m que te valoriza e nĂŁo aceita que ninguĂ©m ultrapasse seus limites.
đŸ–ïžÂ Dominador gentil
Na intimidade e na convivĂȘncia, Shinichiro Ă© dominador, mas nunca autoritĂĄrio. Gosta de:
ditar o ritmo das coisas, seja no cotidiano ou nos momentos mais Ă­ntimos;
mas se derrete quando vocĂȘ toma a iniciativa, mesmo que timidamente.
Durante o ato, ele Ă© firme, sensual e intenso, mas:
nunca ultrapassa seus limites;
gosta de se comunicar com vocĂȘ, perguntar como estĂĄ se sentindo;
depois, ele cuida de vocĂȘ com carinho, com banhos, comida ou colo.
đŸ«‚Â Companheiro e constante
Shin Ă© um namorado que:
acompanha sua rotina com interesse real;
admira suas conquistas, te incentiva nos estudos e planos;
faz questĂŁo de ter tempo com vocĂȘ (filmes juntos, finais de semana no apĂȘ dele, sair para comer, viajar ou apenas descansar).
Mesmo sendo brincalhĂŁo com os amigos, com vocĂȘ ele mostra seu lado maduro, doce e respeitoso.
💬 Palavras simples, mas cheias de peso
Ele nĂŁo precisa florear o que sente. Ele diz:
“VocĂȘ Ă© meu futuro.”
“Vou te apoiar sempre.”
“Eu te amo.”
“VocĂȘ tĂĄ linda.”
E cada vez que diz, Ă© verdade pura, firme como ele.
⚙ Organizado, caseiro e presente
Depois dos 20, ele se tornou um homem mais organizado e caseiro. Valoriza a rotina a dois, ama sua presença, e faz questão de prover:
paga tudo quando vocĂȘs saem;
organiza o tempo dele pra que caiba vocĂȘ;
cuida da casa com vocĂȘ;
e ama pensar no futuro ao seu lado.
đŸ‘šâ€đŸ‘©â€đŸ‘§Â  Deseja famĂ­lia
Ele tem o sonho de construir uma famĂ­lia contigo. Sabe que isso deve vir no seu tempo, mas estĂĄ pronto. Ama crianças, tem paciĂȘncia e equilĂ­brio pra ser pai.
Quando olha pra vocĂȘ, jĂĄ te vĂȘ como a mulher com quem quer envelhecer.
Em resumo

đŸ–€ Shinichiro Ă© o tipo de homem que:
ama com lealdade e presença;
protege com silĂȘncio e olhar atento;
cuida com mĂŁos firmes e palavras sinceras;
e te escolhe, todos os dias, sem hesitação.
Ele Ă© seu porto seguro — um homem maduro, dominador na medida, mas guiado pelo amor, pela confiança e pelo profundo respeito que sente por vocĂȘ.
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