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lgordinho · 3 years
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Perícope da Adúltera: Versão dos Fariseus
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A Perícope da Adúltera é um episódio bíblico que se encontra descrito no Evangelho de João. Trata-se de uma perícope muito conhecida e polémica, sobre uma mulher que teria sido julgada depois de surpreendida em pleno acto de adultério. Alguns exegetas identificam a adúltera como Maria Madalena, porém, aparentemente, não há base histórica ou evangélica que o confirme. Fornecido o contexto e identificada a fonte da versão bíblica, contemos então uma versão menos conhecida, a dos fariseus.
Uma manhã, estava Jesus no templo a ensinar o povo reunido à sua volta, quando escribas e fariseus lhe trouxeram uma mulher. Colocaram-na no chão, de joelhos, a uns dez metros do Messias e disseram:
“Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. A Lei de Moisés e a Lei Hebraica, extraída da Tora, ordenam que tais mulheres sejam apedrejadas até a morte. E Vós, que dizeis?” Isto diziam para testar Jesus e tentar arranjar algo de que o acusar.
Jesus, com a sabedoria, ponderação e presença de espírito que lhe são reconhecidas, respondeu:
“Eu digo: Quem nunca errou, que atire a primeira pedra!”
Quase todos os presentes ficaram cabisbaixos, recordando e contando, alguns pelos dedos, ocasiões anteriores em que haviam errado. Vexados, progressivamente foram recuando, afastando-se mais da adúltera. Após breves instantes, diante do Messias restava apenas um único fariseu, que deu um passo na direcção da mulher ajoelhada. Era um homem baixo de porte atlético e com boa postura. Tinha no rosto um ar sério e confiante e na mão direita uma pedra que atirava a ar, com movimentos pouco amplos mas muito precisos. Jesus ficou apreensivo com a atitude deste fariseu mas assumiu que apenas tinha sido mais lento a assimilar as suas sábias palavras que os demais. Por isso, limitou-se a repetir, pausadamente e com a voz bem colocada:
“Ouve bem o que te digo, meu filho: Quem nunca errou, que atire a primeira pedra.”
A tensão no rosto do fariseu aumentou significativamente, o que fez Jesus suspirar de alívio. Depois o fariseu alongou os músculos dos pescoço, inclinando lentamente a cabeça para um lado e depois para o outro, descontraiu os braços sacudindo-os soltos, respirou fundo, semicerrou os olhos, inclinou o tronco para trás e esticou perna e pé esquerdos para diante. Jesus pressentiu algo negativo e tentou rapidamente produzir novo e contundente argumento ou acto para evitar males maiores. De súbito, o fariseu esticou mão e braço esquerdos para a frente, à altura da cabeça da adúltera, rodou o tronco para a direita e puxou atrás mão e braço do mesmo lado, com o cotovelo bem dobrado e paralelo ao solo. Com o stress do momento, nada ocorria ao ponderado Jesus. E já era tarde. O fariseu lançou a pedra com enorme velocidade e precisão, atingindo mesmo no centro da testa a adúltera, que caiu para o lado fulminada. Jesus, de mãos na cabeça, gritou então:
“Meu filho, o que foste fazer! Mas como é possível?? Então tu nunca erraste?!”
Impávido e sereno, com um sorriso ligeiro mas sincero no rosto, o fariseu endireitou-se, encheu o peito de ar, e respondeu:
“A esta distância, não. A esta distância nunca errei Mestre.”
[Na imagem a cena do apedrejamento no filme “A Vida de Brian” dos Monty Python (1979)]
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lgordinho · 3 years
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Opinião: “Os nomes portugueses das aves de todo o mundo: projeto de nomenclatura” Paulo Paixão, 2021
Este texto não é uma recensão, no sentido estrito do termo. A análise crítica dos aspetos técnicos do livro que motivou a redação deste artigo não são o seu foco principal. Grande parte do artigo é uma reflexão mais ampla e concetual sobre listas de nomes portugueses para as aves. Essa reflexão serve também para dar contexto ao livro em epígrafe, sobre o qual se faz apenas uma breve análise técnica. Chamar a este texto recensão, seria trair os meus trabalhos anteriores desse tipo (Gordinho 2001, 06, 07, 09) e repetir o erro de outro autores (e.g. Castro Henriques 2000).
O fato de eu ser atualmente prestador de serviços da SPEA, onde coordeno a revisão da Lista Vermelha das Aves e o 3.º Atlas de Nidificantes, em nada condicionou as opiniões expressas neste artigo. Além disso, o que aqui escrevo, reflete unicamente a minha posição pessoal, não incorporando, no todo ou em parte, qualquer posição oficial ou oficiosa da SPEA ou do PortugalAves eBird.
No paleártico ocidental, os falantes do português usam predominantemente a variante de Portugal. Nesse contexto, quando aparecem Setophaga, Turdus ou Pluvialis americanos divagantes, pode ser útil designar estas aves por felosa, tordo ou tarambola (respetivamente), nomes conhecidos de muitos falantes do português de Portugal. Quando o âmbito geográfico passa a ser o mundo, na minha opinião, o caso muda de figura. Aí o português de Portugal já não é a variante mais usada e pode ser muito mais útil (por servir mais gente) e coerente (por serem os nomes utilizados na área de distribuição nativa) designar as ditas aves por mariquita, sabiá ou batuiruçu. Ora, como mudou o âmbito geográfico de tudo, num popular fenómeno chamado globalização, a ornitologia e a observação-de-aves não são exceções. É nítido que as listas nacionais, europeias e do paleártico ocidental perderam popularidade. São tempos de “observação-de-aves global” (Global Birding). Mesmo quem, como eu, não aderiu a essa modalidade, não deve negar a sua existência e peso crescente.
Outra ideia obsoleta de que só me consegui libertar há uns meses, é que uma lista de nomes em português para as aves do mundo que ambicionasse ampla aceitação, deveria ter como autores figuras destacadas deste campo (nomenclatura vernácula de aves) dos vários países da lusofonia. Na verdade, atualmente, não terá forçosamente que ser assim. Um “cidadão do mundo” com um bom domínio da língua portuguesa pode até talvez fazer um trabalho melhor, mais coeso e coerente que uma equipa internacional. E aqui emprego o termo “cidadão do mundo” também no sentido de alguém que tenha andado por todo o planeta a observar aves e a contactar com os que localmente se interessam por ornitologia de campo, incluindo muitos falantes das diferentes variantes do português. “Cidadão do mundo” nesse sentido, mas também por aliar experiência de vida a uma visão moderna da sociedade global em que vivemos. E será realmente necessária uma “figura destacada”? Sempre me bati pela autoridade dos argumentos, em detrimento do argumento da autoridade. Mas a verdade é que, durante quase 40 anos, aceitei a lista de Sacarrão e Soares (1979, 1986), que não tem grande introdução ou notas explicativas. Claramente a autoridade dos autores (que a tinham, inequivocamente, e no bom sentido) teve uma importância subliminar para a minha aceitação. Não será que temos mais a ganhar com a chegada de alguém de fora do “sistema”, com uma visão mais fresca e imparcial, que não tenha participado, por exemplo, na polémica de 1998? (gerada a propósito da possibilidade da lista de Helder Costa e colegas se tornar a lista oficial da SPEA). Eu acho que, provavelmente, sim.
Mas e não terá o autor ido longe demais ao seguir Costa et al. (2000) na recuperação de nomes que estiverem muitas décadas sem uso, como cagarraz, pombalete, ou guincho para Pandion? Na minha opinião, a resposta aqui também é sim. Mas, neste caso, sou igualmente sensível aos argumentos do autor: Costa et al. (2000) é atualmente a lista mais usada na literatura técnica e científica ornitológica nacional (mas não necessariamente online, por exemplo no Facebook) e já está em uso há mais de duas décadas. O "barco" dos nomes que se calhar não deviam ter sido recuperados já "navegou". Não queremos gerar mais instabilidade na nomenclatura vernácula, como se gerou em 1998.
Estarei eu a insinuar que esta lista não tem defeitos e poderia ser adotada pela SPEA, ICNF ou outra instituição sem revisões nem alterações? De todo. Obviamente que há problemas. E não é necessário enveredar por crípticos passeriformes de regiões remotas para os encontrar. O vulgar pilrito Calidris alpina, que nunca tem o peito preto, por confusão entre este e a barriga (ou abdómen), é designado por pilrito-de-peito-preto. Um erro que já tem vastos antecedentes, mas que nem por isso se torna aceitável.
Globalmente, o autor parece ter feito um bom trabalho de pesquisa e definição de critérios. Trabalho esse que foi amplamente documentado nas secções introdutórias (quase 100 págs.) e nas notas explicativas ao longo da lista propriamente dita. A autoridade dos seus argumentos pode ser avaliada por cada um, quase caso a caso. Também é nítido o processo iterativo usado na elaboração da lista, partindo da definição de critérios para a escolha/conceção de nomes, mas regressando frequentemente à definição de novos critérios, sempre que a seleção/conceção o exigia, e assim sucessivamente.
Esta é, apesar de tudo, uma lista de nomes para as aves do mundo com foco no português de Portugal. E, nessa medida, distingue-se da lista de 2015 do CBRO (Piacentini et al. 2015, Revista Brasileira de Ornitologia 23(2): 91-298, www.cbro.org.br/listas) que, além disso, é só das aves do Brasil. Aqui os Stercorarius pequenos são moleiros e não mandriões, Arenaria é rola-do-mar e não vira-pedras, as Calidris pequenas são pilritos e não maçaricos, etc.
E como ficam, na minha opinião, Sacarrão & Soares (1979, 1986)? Ficam como pioneiros e referência nas décadas de 1980 e 1990. Não é pouco. E Costa et al. (2000)? Ficam como visionários. Homens à frente do seu tempo. Que adivinharam a mudança antes desta acontecer. E Paixão? Será ele o Homem certo, que fez uma nova lista no momento oportuno? Veremos. A min parece-me uma forte possibilidade. Fiquem atentos!
Luís de Oliveira Gordinho
Referências
Castro Henriques P (2000) Livros: Nomes Portugueses das Aves do Paleárctico Ocidental. Pardela 13: 19-20.
Gordinho L (2001) Livros: Pigeon and Doves – A Guide to the Pigeons and Doves of the World (recensão). Pardela 15: 22-23
Gordinho L (2006) Recensão: Aves de Portugal por D. Carlos de Bragança. Pardela 25: 26.
Gordinho L (2007) Recensão: As Aves do Estuário do Sado. Pardela 29: 30-31.
Gordinho L (2009) Läsvärt: Frontiers in Birding. Vår Fågelvärld 5: 46.
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lgordinho · 3 years
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O temível mainá-indiano estabelece-se em Lisboa*
O mainá-indiano, uma das espécies de aves exóticas mais invasivas do mundo, começou a ser observado regularmente em Lisboa este Verão (2005)
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O Mainá-indiano (Acridotheres tristis)
Com 23 cm de comprimento da ponta do bico à ponta da cauda, o mainá-indiano é apenas 10% maior do que o estorninho-malhado (Sturnus vulgaris), embora seja nitidamente mais volumoso que este (Snow & Perrins 1998). Relativamente à sua estrutura, plumagem e partes nuas, remetemos o leitor para as fotografias que acompanham este texto.
O mainá-indiano ocorre naturalmente do Afeganistão para Leste até ao Sul da China, atingindo a latitude de Singapura. Esta espécie estabeleceu-se amplamente em numerosas ilhas tropicais e subtropicais (incluindo Madagáscar), no Leste de África do Sul, na Austrália e no norte da Ilha do Norte, na Nova Zelândia (Lever 1994).
A época de reprodução do mainá-indiano varia muito de local para local (Feare & Craig 1998), não existindo informação para as populações do Paleárctico Ocidental (Snow & Perrins 1998). A uma latitude próxima da de Lisboa, temos as populações da Ásia Central que nidificam de Março a Agosto (Feare & Craig 1998).
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  Impactos das populações não-nativas desta espécie
Tratando-se de uma espécie omnívora e muito rústica, esses impactos fazem-se sentir a diferentes níveis (Lever 1994):
 Impacto enquanto herbívoro
Poucas espécies de aves tiveram um impacto directo importante nos seus novos ambientes, comparativamente, os exemplos de espécies que os afectaram indirectamente, sobretudo através da dispersão de sementes, são múltiplos. Este fenómeno foi particularmente nítido e amplamente distribuído com o mainá-indiano nas Ilhas do Havai.
Em 1858 a planta ornamental Lantana camara foi introduzida do México (onde é inofensiva) para os jardins das Ilhas do Havai, onde rapidamente o mainá-indiano se adaptou a comer as suas bagas (que eram ignoradas pelas espécies nativas). Cedo se verificaram flutuações correlativas nos números de frutos e de mainás, com estes a dispersarem as sementes (cuja taxa de germinação aparentemente aumenta devido ao atravessamento do tracto digestivo da ave) até o crescimento de densas formações de Lantana se tornar um flagelo agrícola.
 Impacto enquanto predador
O mainá-indiano foi geralmente introduzido para tentar controlar pragas de insectos ou por razões estéticas (Feare & Craig 1998). Apesar do principal impacto ecológico da sua introdução ter sido através da competição interespecífica e da disseminação de doenças e parasitas, também foi relatada alguma predação directa.
Os casos mais relevantes de predação foram registados nas seguintes ilhas: Nova Zelândia, Fidji, Havai, Polinésia Francesa e Santa Helena. O leque de espécies afectadas é muito vasto, abarcando pardelas, limícolas, gaivotas, andorinhas-do-mar, pombos e rolas, andorinhões e passeriformes nativos e não-nativos. Os mainás predam quase exclusivamente ovos e crias dessas espécies.
 Impacto por competição com outras espécies
Este tipo de impacto também se verificou em diversas ilhas, incluindo as já citadas Nova Zelândia e Fidji, mas também as Maurícias, as Seychelles e a Austrália (Pell & Tidemann 1997). Os mainás competem por alimento (exploração) e, especialmente, por locais de nidificação (interferência) com outras espécies que utilizam cavidades. Os grupos mais afectados são essencialmente os periquitos nativos e os passeriformes e afins, nativos e não-nativos. Mas os mainás também podem competir por uma cavidade com pequenos falcões (Feare & Craig 1998). Entre as espécies ameaçadas cuja situação tem vindo a piorar por competição com os mainás, citamos o periquito das Maurícias (Psittacula echo) e o pisco-pêga das Seychelles (Copsychus sechellarum).
 Impacto directo na agricultura
Na sua área de distribuição nativa, o mainá-indiano é considerado apenas como um pequeno problema para as culturas de fruta, bagas e cereais, onde o prejuízo que causa é mais que compensado pela destruição de insectos causadores de pragas.
Na Austrália, foi registada a depredação de alguns frutos, especialmente figos, e na Nova Zelândia os mainás causam prejuízos nas culturas de alperce, maçã, pêra, morango e grosselha, mas também matam muitos insectos nefastos, tais como as carraças dos ovinos e dos bovinos. Na Ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, o mainá-indiano causa prejuízos consideráveis nos pomares e no Tahiti também consome frutos cultivados.
A estes impactos directos, acrescem alguns impactos indirectos, tais como o descrito na secção “Impacto enquanto herbívoro”.
 Impacto por introdução ou disseminação de doenças e parasitas
Todas as espécies de aves naturalizadas nas Ilhas do Havai, incluindo o mainá-indiano, constituem um reservatório de malária e de varicela avianas, doenças às quais são imunes. Os depanidídeos endémicos e nativos, muitos dos quais ameaçados, não são imunes, sofrendo com a disseminação dessas doenças pelas espécies exóticas (Lever 1994).
Na África do Sul, o mainá-indiano foi relacionado com surtos de dermatite em humanos provocada pelo piolho Ornithonyssus bursa (Feare & Craig 1998), espécie que se pensa ter sido introduzida no Havai pelo mainá-indiano (Lever 1994).
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  Situação na Europa Ocidental e em Portugal
De acordo com Snow & Perrins (1998), em França vários indivíduos fugidos de cativeiro têm sido observados no Porto de Dunkerque, pelo menos desde 1986, incluindo um máximo de cinco casais reprodutores.
Martí & Del Moral (2003) referem que a espécie nidifica desde 1993 na Ilha de Tenerife (Arquipélago das Canárias, Espanha) e que uma recente campanha de erradicação não chegou a eliminá-la definitivamente. Posteriormente conseguiram escapar-se mais aves e pelo menos um casal mantinha-se no núcleo central em Santa Cruz do Tenerife. Na Ilha de Maiorca (Arquipélago das Baleares, Espanha) observou-se um exemplar a cantar em Maio de 2002. Ao que parece um casal estaria estabelecido nessa ilha desde 2000 e, em 2001, teria produzido quatro crias.
 Em Portugal, Matias (2002) assinala que, em Abril de 2000, foram observados seis indivíduos desta espécie perto de Corroios (Seixal), conjuntamente com mainás-de-crista (Acridotheres cristatellus), indiciando a possibilidade de nidificação no local. De acordo com a mesma fonte, existem outras observações desta espécie em Portugal Continental, mas são referentes a indivíduos isolados e sem evidências de reprodução.
Matias (2004) compila as primeiras observações efectuadas em Lisboa: um indivíduo no Campo das Cebolas em Dezembro de 2001, outro frequentando um orifício num muro perto da Sé Patriarcal, no fim de Maio de 2002, e um último na Av.ª da Liberdade, em Junho do mesmo ano. Nesse ano continuaram as observações na margem sul, com mais de cinco indivíduos observados em Corroios na mês de Fevereiro.
A espécie voltou a ser observada em Lisboa em Julho deste ano, primeiro um indivíduo no Campo das Cebolas (Elias 2005a) e depois duas aves adultas juntas perto da estação fluvial do Terreiro do Paço (L.Gordinho obs. pess.). Estas observações na margem norte do Tejo prolongaram-se pelo mês de Agosto, com um indivíduo junto à estação de caminho de ferro de Carcavelos e duas aves no Campo das Cebolas (Elias 2005b), fazendo suspeitar que um casal se terá estabelecido na zona do Campo das Cebolas – Terreiro do Paço.
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  Referências
Elias, G. (Comp.) 2005a. Noticiário Ornitológico Digital N.º 195. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Lisboa.
Elias, G. (Comp.) 2005b. Noticiário Ornitológico Digital N.º 199. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Lisboa.
Snow, D.W. & Perrins, C.M. (Eds.) 1998. Cramp’s: The Complete Birds of the Western Palearctic on CD-ROM. Optimedia Software & Oxford University Press.
Feare, C. & Craig, A. 1998. Starlings and Mynas. Christopher Helm/ A & C Black, London.
Lever, C. 1994. Naturalized Animals: The Ecology of Successfully Introduced Species. T & AD Poyser Natural History, London. 354 págs.
Martí, R. & J.C. del Moral (Eds.) 2003. Atlas de las Aves Reproductoras de España. Dirección General de Conservación de Naturaleza, Sociedad Española de Ornitología. Madrid.
Matias, R. 2002. Aves exóticas que nidificam em Portugal Continental. Instituto da Conservação da Natureza e Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Lisboa. 110 págs.
Matias, R. (Comp.) 2004. Aves exóticas em Portugal: ano de 2002. Anuário Ornitológico 2: 55-63.
Pell, A.S. & Tidemann, C.R. 1997. The impact of two exotic hollow-nesting birds on two native parrots in savannah and woodland in Eastern Australia. Biological Conservation 79: 145-153.
* Artigo publicado originalmente no portal Naturlink (http://www.naturlink.pt) a 29-Ago-2005 mas actualmente offline.
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lgordinho · 4 years
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Sagres/ Barão de São João, 11-25Set2020
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lgordinho · 4 years
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Cobra-de-ferradura/ Horseshoe Whip Snake/ Hemorrhois hippocrepis (ex Coluber hippocrepis)
Exemplar com cerca de 150 cm. Capturado para fotografar as escamas da cabeça e libertado incólume. Notar as duas escamas temporais e a fila de escamas entre as supralabiais e o olho características desta espécie.
Sapal de Aldeia Nova, Vila Real de Santo António (Faro); 14-Ago-2020
Canon PowerShot SX50 HS (fotos da cabeça) & Xiaomi Redmi Note 4
© Luís Gordinho
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lgordinho · 4 years
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Lagarto-de-água/ Schreiber’s Green Lizard (aka Iberian Emerald Lizard)/ Lacerta schreiberi
Obrigado ao Pedro Moreira por recomendar uma visita à área
Ribeira de Fráguas, Albergaria-a-Velha (Aveiro); 07-Ago-2020
Canon PowerShot SX50 HS
© Luís Gordinho
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lgordinho · 4 years
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Pato-real/ Mallard/ Anas platyrhynchos
Fêmea adulta seguida por 4+ juvenis. Notar bico e espelho completamente anegrados, listra escura conspícua partindo da comissura bucal rumo às coberturas auriculares, ponto loral claro óbvio, tamanho reduzido e estrutura ligeira, etc, tudo fazendo lembrar uma fêmea de Marreco (Spatula querquedula). De acordo com David Rodrigues (www.pt-ducks.com), fêmeas de Pato-real criadas em cativeiro para largadas e repovoamentos podem ter todas estas características.
ETAR de Alverca (Vila Franca de Xira, Lisboa); 13-Jun-2020
Canon PowerShot SX50 HS
© Luís Gordinho
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lgordinho · 4 years
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Parece impossível mas no dia 12 de Junho fará UM ANO que entreguei a minha tese de doutoramento! (que só viria a defender ca. 8,5 meses +tarde, a 21Fev2020) (em Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) https://www.instagram.com/p/CBJY9vdAIUv/?igshid=1qq70qnaormb3
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lgordinho · 5 years
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Pato-de-cauda-afilada/ Long-tailed Duck/ Clangula hyemalis
Fêmea em plumagem de inverno descoberta por Mário Estevens e Daniel Raposo a 23-Nov-2019. Observada com Graça Martins
Herdade da Aroeira, Almada (Setúbal); 22-Dez-2019
Canon PowerShot SX50 HS
© Luís Gordinho
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lgordinho · 5 years
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Poupa/ Eurasian Hoopoe/ Upupa epops
Herdade da Aroeira, Almada (Setúbal); 22-Dez-2019
Canon PowerShot SX50 HS
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lgordinho · 5 years
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Gaivota-hiperbórea/ Glaucous Gull/ Larus hyperboreus
1.º inverno descoberto por Isidoro Teodoro dia 20Nov (info H.Costa in https://ebird.org/portugal/checklist/S61926506). Observada com nevoeiro e chuva moderada na companhia de Graça Martins.
Fonte da Telha, Almada (Setúbal); 08-Dez-2019
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lgordinho · 5 years
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Ganso(-campestre)-da-tundra/ Tundra Bean Goose/ Anser serrirostris
Self-found & ID to superspecies (sensu IOC/ Clemens; species: sensu AERC/Collins 2nd ed) on 11-Nov-2019; refound & ID to species by Magnus Robb & Peter Alfrey on 24-Nov-2019; refound, ID to spp & confirmed as the 11-Nov individual on this occasion; with Ricardo Tomé, Filipe Canário and Alexandre Leitão. 1st for Continental Portugal, if accepted by PRC.
Lezíria Sul de Vila Franca de Xira (Lisboa), 30-Nov-2019
Canon PowerShot SX50 HS
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lgordinho · 5 years
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Ganso-das-neves/ Snow Goose/ Anser caerulescens
Adulto da forma branca descoberto por Marcio Cachapela a 09-Nov-2019
Lezíria Sul de Vila Franca de Xira (Lisboa), 11-Nov-2019
Canon PowerShot SX50 HS
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lgordinho · 5 years
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Ganso-grande-de-testa-branca/ Greater White-fronted Goose/ Anser albifrons albifrons
Adulto descoberto por Magnus Robb a 01-Nov-2019
Lezíria Sul de Vila Franca de Xira (Lisboa), 11-Nov-2019
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lgordinho · 5 years
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Papamoscas-cinzento/ Spotted Flycatcher/ Muscicapa striata
Adulto territorial a vocalizar (nidificação possível). Primeiro registo desta primavera na lagoa, segundo a Paula Lopes (SPEA)
Lagoa de Albufeira, Sesimbra (Setúbal); 02-Jun-2019
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lgordinho · 5 years
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Coruja-do-mato/ Tawny Owl/ Strix aluco
Juvenil da forma ruiva. Muito obrigado ao Hélio Batista (SPEA) pela localização.
Lagoa de Albufeira, Sesimbra (Setúbal); 02-Jun-2019
Canon PowerShot SX50 HS
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lgordinho · 5 years
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Íbis-escarlate/ Scarlet Ibis/ Eudocimus ruber
Escaroupim, Salvaterra de Magos (Santarém); 01-Jun-2019
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Fotos 1 a 3: Provável sub-adulto e/ou ave sem morfologia nupcial, aparentemente sem anilhas. Possivelmente um macho, dado ser maior e mais volumoso que o outro indivíduo (Sibley 2000). Muito semelhante a uma ave observada em Cáceres há 2+ meses (https://ebird.org/view/checklist/S54140596)
Fotos 4 a 6: Adulto com morfologia nupcial (partes nuas) e anilha de avicultor no tarso direito. Possivelmente uma fêmea, dado ser menor e mais elegante que o outro indivíduo (Sibley 2000). Fotos mais detalhadas aqui: https://ebird.org/view/checklist/S55854650
Fotos 7 e 8: Os dois indivíduos juntos, para comparação de tamanho e estrutura
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