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“Le Bateau Ivre” é um poema escrito por Arthur Rimbaud
Ivre em português significa bêbado, logo ao nos depararmos com esta palavra, automaticamente faríamos a ligação com o excesso de álcool no organismo. Porém, Ivre em francês também pode significar: quem está perturbado; exaltado, transportado; apaixonado (tradução nossa, CNRTL). Ao que se encaixa com o significado de “embriagado” em português: Que se encantou; EXTASIADO; Que está com a mente ou os sentidos perturbados (dicionário aulete). E o poema é realmente uma “viagem”, com descrições fantasiosas e exageradas. Porém, estaria o autor descrevendo apenas o estado de uma embriaguez causada pelo álcool, ou estaria tentando disfarçar todo esse sentimento exagerado de solidão, incerteza (afinal, ele próprio só tinha 16 anos quando escreveu), paixão, criatividade, perturbação, medo, aventura, etc, como um simples efeito do álcool no organismo? Afinal, é o álcool que permite que nosso verdadeiro eu seja visto.
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literaturacriativa · 2 years
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“Le Bateau Ivre” é um poema escrito por Athur Rimbaud
Ivre em português significa bêbado, logo ao nos depararmos com esta palavra, automaticamente faríamos a ligação com o excesso de álcool no organismo. Porém, Ivre em francês também pode significar: quem está perturbado; exaltado, transportado; apaixonado (tradução nossa, CNRTL). Ao que se encaixa com o significado de “embriagado” em português: Que se encantou; EXTASIADO; Que está com a mente ou os sentidos perturbados (dicionário aulete). E o poema é realmente uma “viagem”, com descrições fantasiosas e exageradas. Porém, estaria o autor descrevendo apenas o estado de uma embriaguez causada pelo álcool, ou estaria tentando disfarçar todo esse sentimento exagerado de solidão, incerteza (afinal, ele próprio só tinha 16 anos quando escreveu), paixão, criatividade, perturbação, medo, aventura, etc, como um simples efeito do álcool no organismo? Afinal, infelizmente, ou felizmente, o álcool permite que nosso verdadeiro eu seja visto.
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literaturacriativa · 3 years
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Um brevíssimo resumo sobre o início do romantismo
O romantismo teria se iniciado na Alemanha e Inglaterra no século XVIII. Ele surge como um movimento de quebra e rompimento com os valores clássicos das épocas anteriores, se opondo principalmente ao Iluminismo e sua valorização da razão e do equilíbrio. É característico do romantismo o excesso de sentimentos, a melancolia e a obsessão com a morte. Apesar disso, o romantismo não é simplesmente um movimento de expressão dos sentimentos, é uma época de muito subjetivismo, em que os autores escrevem sobre o que acham que estão sentindo, e as emoções são valorizadas de forma racional, para que de fato pudessem refletir sobre elas. 
- Algumas outras características do romantismo são: exaltação da natureza, nacionalismo, fuga da realidade, exagero, individualismo.
- Dentre os representantes do romantismo europeu, destacam-se: Walter Scott (Inglaterra), Madame de Staël (França), Goethe (Alemanha), Garrett e Castelo Branco (Portugal). 
- No Brasil vemos o romantismo se desenvolver desde as temáticas indianistas com José de Alencar e Gonçalves dias até os temas mais mórbidos e obscuros (o ultrarromantismo) com Álvares de Azevedo.
Fonte:  Portugal no tempo do romantismo -  Maria da Conceição Meireles Pereira
Estilos de Época na Literatura - Domício Proença Filho
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literaturacriativa · 3 years
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(Almeida Garrett)
Um outro brevíssimo resumo sobre o Romantismo em Portugal
O romantismo português surge em um momento em que Portugal está passando por um conturbado período político, com revoltas entre liberais e conservadores. Em 1823 acontece um Golpe de Estado que vai abolir a constituição de 1822, causando mais tarde a Guerra Civil Portuguesa em 1832.
O marco inicial do romantismo português acontece com Almeida Garrett e a publicação do poema Camões, em 1825. Garrett se tornou um dos principais representantes dessa corrente literária, e ao lado dele destacam-se outros autores como Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco, Júlio Dinis e Soares de Passos.
O romantismo em Portugal apresenta três gerações:
A primeira geração entre 1825 e 1840, marcada por ideais nacionalistas e autores ainda com influência do Neoclassicismo.
A segunda geração vai de 1840 a 1860, é a geração ultrarromântica, com mais obras com temáticas mórbidas e sombrias.
A terceira geração dura apenas cinco anos, entre 1860 e 1865, sendo mais considerada uma transição para o Realismo, em que há um rompimento com as características românticas.
Fonte: https://www.mindmeister.com/pt/1487619516/romantismo-em-portugal?fullscreen=1#https://www.todoestudo.com.br/literatura/romantismo-em-portugal
Estilos de Época na Literatura - Domício Proença Filho
Portugal no tempo do romantismo -  Maria da Conceição Meireles Pereira
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literaturacriativa · 3 years
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Romantismo português: Exílio e nacionalismo
O nacionalismo dos autores românticos contribui para a construção da imagem idealizada da pátria, e em Portugal esse nacionalismo se torna bastante evidente com os dois principais nomes que marcam o início: Almeida Garrett e Alexandre Herculano. Os dois passam por um período de exílio na Inglaterra, com passagem pela França, onde são influenciados pelo estilos dos autores românticos de cada país (Garrett escreve o poema Camões - marco inicial do romantismo portugal - com influências de Byron e Scott, dois importantes nomes do romantismo inglês), e irão escrever criando essa imagem romantizada de Portugal.
O Natal em Londres
Que Natal este! – sempre sois herejes,
Meus amigos Ingleses.
Bem haja o santo padre e a sua bula
De fulminante anátema,
Que excomungou estes ilhéus descridos!
Oh! nunca a mão lhe doa
Ver na minha católica Lisboa
As festas de tal noite!
Sinos a repicar, moças aos bandos
Co’a a bem-trajada capa,
E o alvo-teso lenço em coca airosa,
D’onde um par de olhos negros
Dão as boas-festas ao vivaz desejo
Do tafulo devoto
Que embuçado acudiu no seu capote
À pactuada igreja!
Natal da minha terra, que lembranças
Saudosas e devotas
Tenho de tuas festas tão gulosas,
E de teus dias santos
Tão folgados e alegres! Como vinhas
Nos frios de Dezembro
De regalados fartes coroado
Aquecer corpo e alma
C’o o vinho quente, c’os os mechidos ovos,
E farta comezana!
E estes excomungados protestantes,
(Olhem que bruta gente)
Sempre casmurros, sempre enregelados,
Bebendo no seu ale,
E tasquinhando na carnal montanha
Do beef cru e insípido!...
Nesse poema de Garrett, percebemos como ele idealiza sua nação e se sente nostálgico em relação aos bons tempos vividos lá. Comparando a fria Londres com a convidativa Lisboa.
(Vale lembrar do representante romântico brasileiro, Gonçalves Dias, que é menos conhecido do que seus versos iniciais do poema Canção do Exílio, escrito durante seu exílio em Coimbra:
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá...)
Fonte: As Origens do Romantismo em Portugal - Álvaro Manuel Machado.
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literaturacriativa · 3 years
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(Saturno devorando um filho, de Francisco de Goya e Pesadelo, de  Johann Heinrich Füssli, respectivamente)
O romantismo não tem nada de “romântico”
O romantismo é um período de exaltação dos sentimentos. Fosse tristeza ou alegria, haveria um exagero na forma como era sentido. Grande parte dos autores pendiam mais para o lado melancólico e tenebroso e mesmo que houvesse de fato uma história romântica de fundo, é provável que fosse composta por diversas tragédias e também terminasse em uma.
Os Sofrimentos do Jovem Werther, do romantismo alemão, começa de uma forma tão alegre e viva que cria um grande contraste com o final mórbido do livro, que trata de suicídio e assédio. Representando o Brasil, temos Álvares de Azevedo com Noite na Taverna, uma coletânea de contos que envolve canibalismo, assassinato, estupro, incesto e vingança. Nos Estados Unidos, Edgar Allan Poe se destaca pelas suas narrativas tristes com temas sombrios, é bastante conhecido pelo poema O Corvo. 
Nas artes também, esse fascínio pela liberdade de expressão criam obras que representam muito bem o contexto literário da época. Francisco Goya ilustra a mitologia romana, em que Saturno come seus filhos (Figura 1). Johan Heinrich Füssli cria um cenário um tanto perturbador com algumas figuras deformadas ao redor de uma mulher desacordada (Figura 2).
Fontes: https://www.ebiografia.com/edgar_allan_poe/#:~:text=Caracter%C3%ADsticas%20da%20Obra%20de%20Edgar%20Allan%20Poe&text=%C3%89%20considerado%20o%20criador%20do,das%20modernas%20hist%C3%B3rias%20de%20detetive.
 http://romantismoemtudo.blogspot.com/2015/03/saturno-devorando-seu-filho.html#:~:text=%E2%80%9CSaturno%20Devorando%20Seu%20Filho%E2%80%9D%20%C3%A9%20considerada%20uma%20obra%20precursora%20do,uso%20de%20uma%20t%C3%A9cnica%20radical.
 https://artrianon.com/2018/05/22/obra-de-arte-da-semana-o-pesadelo-de-johan-heinrich-fussli/
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literaturacriativa · 3 years
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Amor de perdição: Adaptações cinematográficas
Camilo Castelo Branco escreveu mais de 260 obras, é conhecido por ser o primeiro escritor de língua portuguesa a conseguir viver apenas com a renda das vendas de seus textos. Sua obra mais famosa foi lançada em 1822, Um Amor de Perdição, escrita enquanto Castelo Branco estava preso na cadeia da Relação do Porto, e baseada na vida de um homem preso no junto com ele. Resumidamente, a história é sobre o amor entre Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, que não podem ficar juntos pela oposição entre suas famílias.
O livro possui três adaptações para cinema. A primeira foi lançada em 1943, dirigida por António Lopes Ribeiro, é considerada uma adaptação bastante fidedigna da obra de Castelo Branco. Em 1978, Manoel de Oliveira dirige e lança seu longa baseado na obra com duração de 4 horas, e que não foi bem recebido pelo público português. Por fim, em 2018, Mário Barroso dirige o filme “Um amor de perdição”, livremente inspirado na obra literária.
Fontes: https://www.planocritico.com/critica-amor-de-perdicao-1978/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amor_de_Perdi%C3%A7%C3%A3o_(1943)
https://www.coladaweb.com/resumos/amor-de-perdicao
https://pt.wikipedia.org/wiki/Um_Amor_de_Perdi%C3%A7%C3%A3o
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literaturacriativa · 3 years
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O romantismo como música
Uma coletânea de músicas para entender algumas características do período romântico.
(OBS.: todas as definições foram copiadas do livro Estilos de Época na Literatura, de Domício Proença Filho)
- Imaginação criadora: Os escritos românticos revelam no artista uma capacidade de criar mundos imaginários, e acreditar na realidade dos mesmos.
Somewhere Over the Rainbow - Israel IZ’ Kamakawiwo’ole -https://www.youtube.com/watch?v=V1bFr2SWP1I
- Evasão ou escapismo: Fuga para um mundo idealizado à base do sonho, das emoções pessoais. 
City of stars (La la land Soundtrack) - https://www.youtube.com/watch?v=GTWqwSNQCcg
-Senso do mistério: A vida surpreende o artista a cada instante, na medida em que varie o seu estado de espírito.
Dark red - Steve Lacy - https://www.youtube.com/watch?v=L0wusEVceek
- Consciência da solidão: Ainda decorrente da inadaptação ao mundo “real”. Não há lugar nele para o artista. Então ele mergulha em seu mundo interior.
Jão - Vou morrer sozinho - https://www.youtube.com/watch?v=f0V0pOgQums
- Reformismo: Ao invés de isolar-se, o artista se propõe reformar o mundo.
Geração coca cola - Legião Urbana - https://www.youtube.com/watch?v=MXwYl1Xfc08
- Culto da natureza: O romântico encontra na natureza o lugar de refrigério, de tranquilidade, onde seu espírito pode encontrar a paz
Refazenda - Gilberto Gil - https://www.youtube.com/watch?v=sCtNUspOzlU
- Sentimentalismo: Entendido como predomínio do sentimento sobre a razão. O amor vence à razão.
Partilhar - Rubel - https://www.youtube.com/watch?v=ivHE7pQEEHI
- Exagero: O romântico não admite meio termo. As qualidades e os defeitos são radicalmente colocados
Ai ai como eu me iludo - O Terno - https://www.youtube.com/watch?v=ePTv8Hjx2SA
- Ânsia de glória: Outra característica que pode marcar o autor romântico é o seu desejo manifesto  de “ser o centro da sociedade em que vive”.
Eu me amo - Ultraje a rigor - https://www.youtube.com/watch?v=BIrZS5oQgDs
- Gosto pelo noturno: Que atende, ainda, à atmosfera de mistério, tão de preferência romântica
Bury a friend - Billie Eilish - https://www.youtube.com/watch?v=YFervpMG_sM
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literaturacriativa · 3 years
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Os Sofrimentos do Jovem Werther e a Natureza
Uma das principais características do romantismo é a exaltação da natureza. Essa exaltação contribui para ditar o ritmo da obra e refletir as emoções do personagem.
No romance epistolar Os Sofrimentos do Jovem Werther, escrito por Goethe, vemos como o autor descreve a natureza acompanhando as mudanças de sentimento de Werther. Em um primeiro momento, Werther se mostra feliz e encontra qualquer desculpa para descrever de forma meticulosa a paisagem bucólica ao seu redor, sempre com um ar sonhador e sem medo de transparecer esse amor pela natureza que o cerca, transportando o leitor para esse cenário da vida tranquila no campo.
“A solidão destas campinas paradisíacas é um bálsamo delicioso para o meu peito, e essa época de juventude aquenta com toda plenitude meu coração tantas vezes tiritante. Cada árvore, cada moita é um ramo de flores, e a gente faria gosto em se transformar num besouro para esvoaçar nesse mar de perfumes e poder sugar todos os seus alimentos. A cidade em si é desagradável, mas nos arrabaldes a natureza é de uma beleza indizível”
“O pequeno muro, que faz a proteção pela parte de cima, as grandes árvores, que fazem sombra envolvendo o espaço, o frescor do lugar... tudo tem algo tão insinuante, tão estremecedor”
Do meio para o fim do romance, Werther passa por uma reviravolta em seus sentimentos e a forma como ele vê o mundo. A natureza não passa a ser tão importante, e suas descrições, antes longas e muitas, se tornam curtas e quase monótonas, com um tom melancólico e sombrio. Possuindo muitas vezes um ar nostálgico, em que o triste e depressivo Werther se recorda dos momentos de felicidade.
“Sim, é bem assim. Do mesmo modo que a Natureza se inclina ao outono, o outono principia em mim e ao redor de mim. As minhas folhas amarelam, e as folhas das árvores vizinhas já caíram”
“Quando olho da janela para a remota colina, é em vão que vejo acima dela o sol da manhã atravessar o nevoeiro e brilhar no fundo pacífico do prado, e o brando ribeirão serpentear à minha busca por entre os salgueiros despidos de folhas... Oh, toda essa magnífica natureza é fria para mim, inanimada como uma estampa colorida, e todo esse espetáculo já não consegue bombear do coração à cabeça a menor gota de um sentimento venturoso, e o homem total está ali, em pé diante de Deus como um poço seco, como um balde furado”
(Acho que essa descrição bem detalhada é a característica que eu mais gosto no romantismo, a gente fica tão imerso nas palavras do autor e consegue de fato entender os sentimentos do personagem.)
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literaturacriativa · 3 years
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O Efeito Werther
Após a publicação do livro Os Sofrimentos do Jovem Werther, em 1774, ocorre uma série de suicídios na Europa inspirados no ato de Werther, que atira em si próprio após não ter seu amor correspondido. Essa reação em massa acabou recebendo o nome de Efeito Werther, pelo relato de jovens que se mataram, e até mesmo recriaram a mesma cena de Werther. Isso fez inclusive com que o livro fosse banido em vários lugares, como Leipzig e Copenhague.
Recentemente, foi lançada a série “Os Treze Porquês”, inspirada no livro de mesmo nome. A série conta a história de uma adolescente que se mata após deixar uma série de gravações em fitas cassetes. Durante a primeira temporada acompanhamos os motivos que teriam feito com que ela se matasse. Essa série teve uma grande repercussão, incentivando que houvesse mais discussões e pesquisas sobre o tema. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental (INSM), a série provocou um aumento de 28,9% nos índices de suicídio entre crianças e adolescentes.
Ver que o Efeito Werther ainda repercute na sociedade atual, mesmo depois de séculos, evidencia como os transtornos mentais ainda são vistos como temas tabu, apesar que tenha tido avanços dos estudos nessa área, a sociedade ainda se mostra sensível em compreender a importância em falar abertamente sobre as doenças mentais e oferecer apoio a quem precisa.
  Fontes: https://www.bbc.com/portuguese/geral-48112247
https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Werther
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literaturacriativa · 3 years
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(O Homem desesperado, de Gustave Coubert) Os sofrimentos do jovem Werther: O herói romântico e o ser humano
No romantismo, a figura do herói estaria completa ao ter como fim uma “morte romântica”, de forma melancólica e teatral, em que essa morte seria uma forma de reafirmar e mostrar a coragem do protagonista em fazer qualquer coisa pelo que acredita. 
No livro Os Sofrimentos do Jovem Werther, o protagonista, Werther, vê no suicídio o refúgio para um amor que não pode ser correspondido. Se em uma primeira leitura, pode parecer simples chegar a conclusão de que Werther morreu por causa do amor, ao analisarmos outros ocorridos durante o livro, é possível encontrar o Ser Humano de Goethe, o EU de Werther que se afasta do personagem romântico e idealiza alguém que poderia estar passando por problemas psicológicos. 
Se distanciando um pouco das cenas em que Werther sofre pelo seu amor - amor esse que chega no limite da obsessão - 
“Hoje não pude ir ver Carlota, uma visita inesperada me segurou em casa. Que havia a fazer? Mandei o meu criado ao encontro dela, só para ter junto de mim alguém que tivesse estado em sua presença. Com que impaciência o esperei, com que alegria tornei a vê-lo! Não tivesse vergonha e teria me atirado ao seu pescoço e coberto seu rosto de beijos” 
vemos que Werther se torna cada vez mais solitário, o que intensifica sua melancolia e observação crítica do mundo. Além disso, ao longo da história Werther passa por algumas perdas e mágoas, ele vê pessoas próximas morrerem e serem mortas, se irrita com a hipocrisia da sociedade, é julgado por não ser suficientemente abastado e vê a própria natureza ser morta e chegar ao fim do seu ciclo. O ponto é que, antes de chegar ao ápice da obra, em que Werther realiza seu suicídio apenas por não ser correspondido, ele passa por diversas situações que o fazem se distanciar cada vez mais do seu eu critico, o que mostra que ele estaria mesmo passando por transtornos mentais, que apesar de ter sido desencadeado pelo seu amor falido, não configura a principal causa do seu suicídio. Werther representaria na verdade o Eu que está solitário e depressivo e não procura ajuda, mas acaba se entregando cada vez mais a sua solidão.
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literaturacriativa · 3 years
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O Jovem Werther do Século XIX
-Oi, tudo bem?
-Não. Eu estava muito bem até pouco tempo, mas agora que você veio me perguntar, eu de verdade não posso te responder algo tão relativo assim. Tipo, “o que é estar bem?”. Enfim, acabei de chegar da faculdade, acho que vou trancar o semestre… ou o curso, é muito chato, sabe. Eu te falei? Eu saí com aquele guri lá, foi extremamente cansativo conversar enquanto a criatura tentava pagar de cinéfilo cult a cada duas frases, enfim né. Sabe que eu passei na frente daquele ipê amarelo do lado da estação perto da loja que fica em frente ao prédio que tu trabalha. E quase, quase mesmo eu tive a maior discussão com aquela menina lá, tu sabe quem é né, mas que preguiça só deixei ela falando sozinha e fui embora. Ah! Acho que preciso viajar, respirar novos ares. Eu acho que entendi algumas coisas da minha vida depois que comecei a terapia, você devia fazer também. Todo mundo devia fazer terapia pra se conhecer melhor né… e construir relacionamentos saudáveis. Me avisa quando você tiver saindo pra gente ir tomar um café naquele lugar do lado da pracinha que cortaram as árvores. Eu gostava tanto de ir lá ficar vendo as árvores, lembra que a gente sentou lá um dia pra ver a lua. Acho que estou vivendo de saudades. Tipo, faz dois meses que ele morreu, sei lá, tá voltando aos poucos. Me avisa!
-Nossa, é sobre isso
(Digitando...)
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