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Lokialoka
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lokialoka · 1 year ago
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Asgard
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Astrid ainda se lembrava da primeira vez em que viu o príncipe mais novo de Odin, entre todos os homens que acabará de voltar de uma batalha duradoura, ele era o único que não parecia nada animado por ter voltado vitorioso.
Ela era jovem e tinha acabado de chegar ao castelo com sua mãe e irmã. seu pai por outro lado, ela mal conseguia lembrar das vezes em que ele passava mais de uma semana com a família, nasceu e vivia em asgard, podia-se dizer que era como um irmão do rei, já que era braço direito de Odin e comandante do exército Argardiano. Tyr, o grande deus da guerra, violento e corajoso.
E infelizmente, nem um pouco amistoso com o herdeiro mais novo do trono.
Eles, por outro lado, pareceram não se importar muito com isso, já que a partir do momento em que se conheceram, era difícil verem os dois separados.
Astrid de certa forma se identificava com ele, fulla, sua mãe, era praticante de magia, assim como frigga. Mas ao contrário da rainha, que ensinara tudo que sabe ao filho, a mãe de Astrid preferia que a filha não seguisse seus passos.
Então, O responsável por ensinar tudo a Astrid era Loki, já que com muito custo cedeu a insistência dela. E ele tinha que admitir que a jovem aprendia muito rápido.
—Tenho quase certeza de que você mente para mim.—Comentou uma vez, Astrid lhe lançou um olhar confuso e o moreno se apressou em explicar.—Não acho possível que você execute tarefas tão complicadas com tamanha perfeição sem um conhecimento básico em magia.—Astrid corou, parecia bobo mas um elogio vindo dele, por menor que fosse, era algo que a deixava sem palavras.—Astrid.—Ela umideceu os lábios com a ponta da língua e fez um barulho com a garganta antes de responder.
—Eu tenho um bom professor.—Disse sorrindo.—Mas acho que você não sabe, sua majestade está me ajudando muito.—Loki levantou as sobrancelhas, surpreso, mas nada disse.
Os anos foram passando e o sentimento de amizade que tinham um pelo outro se transformou em algo a mais, E Não demorou muito para que Odin anunciasse o noivado dos dois.
(...)
—Está ansiosa, querida?—A bela mulher de cabelos castanhos perguntou, terminando de enfeitar os longos cabelos loiros de sua filha, a mais nova estava parada em frente ao espelho, mirando seu reflexo enquanto tentava controlar sua respiração, vestida em seu trage de noiva. Ela sabia que sua mãe não fazia por mal, é que não só ela, mas todos que conheciam Tyr sabia que o pai da jovem sentada agora em frente ao espelho, não estava feliz com a união dos dois.—Está com o semblante muito calmo para quem vai está casada em poucas horas, Astrid.—A mãe da jovem falou e quando a mesma se virou para encará-la ela segurou sua mão.—É isso mesmo que quer fazer?
—Pelos deuses, fulla. não confunda a cabeça de sua filha.
—Está Tudo bem majestade.—A jovem ajeitou a postura e olhou para a mãe.—Mãe, eu sei que meu pai não concorda muito com isso e que você, como esposa, se sente no dever de concordar com o que ele diz.—Disse e voltou a olhar seu vestido.—Mas eu quero fazer isso com loki, eu o amo, de verdade.—A morena suspirou convencida, estava sentindo estrema alegria pela filha.
—Seu pai quando quer, consegue ser insistente.—Disse e as três riram.—Eu apoio sua decisão e espero que os deuses saibam o que estão fazendo.
—Eles sabem.
Ledo engano. Nesse momento tudo estava girando, Astrid mal conseguia ouvir as pessoas ao seu redor. ela estava no corredor que dava para a ala de treinamento, procurava freneticamente sua irmã mais nova, a pouco tempo havia passado pela sala do trono e lá, os soldados aesir se esforçavam ao maximo para impedir que três gigantes ultrapassassem as portas que davam a sala das relíquias, no jardim o cenário não era diferente, os guerreiros lutavam com bravura para barrar os inimigos que ainda tentavam passar, os corpos caídos no chão mostrava os que já haviam partido para Valhala. Astrid apertou com força o arco e flechas que segurava e se posicionou, começou a atirar em qualquer coisa monstruosa que aparecesse em sua frente. Já havia procurado sua irmã em todos os lugares e se convenceu que se não tinha a encontrado é porque a menina estava escondida em algum lugar seguro.
Astrid estava tão destraida que não percebeu alguém se aproximar, apenas quando foi puxada com força.
—Você vem comigo.—Era Loki, ele estava furioso, não fazia muito tempo que ele havia pedido que Astrid encontrasse uma maneira de sair do Palácio e que se fosse possível, levasse Hilda, sua irmã. Mas lá estava ela, atirando flechas sem se preocupar com a própria proteção.
—Não, Me solta.—Tentou puxar o braço mas diante da força do moreno era impossível se soltar do seu aperto, Hilda apenas o seguia calada. Tentando não serem vistos. Ele tinha uma expressão nada boa estampada no rosto, estava com a roupa amarrotada e suja de sangue, segurava o elmo na mão me dando a visão do seu cabelo bagunçado e de um corte que começava perto da sobrancelha e sumia nos seus cabelos.
—Eu preciso que você faça algo, você tem que vir comigo.
—Onde?—A loira perguntou quando entraram na floresta, ele não respondeu, seguiu andando sem dizer uma palavra.
Depois de muito tempo de caminhada chegaram à uma área aberta, e se não fosse a guerra que estava acontecendo a alguns metros deles, poderiam parar para apreciar a beleza do lugar, a grama verde vívida que só perdia para as flores espalhadas pelo chão, as arvores que redeavam o lugar, e bem no centro um lago, mas não parecia ser um normal, pois em certo ponto ele tinha um tipo de cachoeira que levava à lugar nenhum, era uma queda livre em direção ao nada.
—Eu quero que você saiba que não estava nos meus planos fazer isso, Astrid..—Ela olhou para a cachoeira e lembrou do que Thor mencionou certa vez, de que loki sabia sobre passagens secretas para outros reinos, isso a apavorou e instintivamente ela deu um passo para trás. Engolindo seco.
—Eu não vou fazer isso.—Sua respiração tinha começado a ficar pesada e sem ritmo. Ele não teria a levado pra lá por nada.—Minha irmã...—Começou a falar mas ele a interrompeu
—Hilda ficará bem. olhe para mim.—Ele segurou os dois lados do rosto de Astrid com as mãos.-Eu vou buscar você, eu prometo.—Quando ela não o respondeu, ele a beijou, e por mais que sua respiração estivessem irregular ela retribuiu, retribuiu como se aquela fosse a última vez que sentiria os lábios dele nos dela, como se precisasse daquele beijo mais do que oxigênio.
—Onde?—Quando enfim cessaram o beijo, foi a primeira coisa que Astrid perguntou.-Para onde devo ir?
—Vanaheim.—Astrid apenas concordou com um aceno de cabeça, continuava receosa com a situação mas o conhecendo como ela conhecia, não tinha saída.—Eu vou até você quando tudo isso acabar. Terá que me prometer que vai usar isso.—Ele pegou segurou sua mão e colocou uma pulseira em seu pulso.—Prometa que não vai tirar.
—Prometo.
E depois daquele momento, se passaram anos. Sem asgard, sem loki e sem sua família
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lokialoka · 1 year ago
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Torre Stark
Assim que entrei na sala parei de imediato, respirei fundo e virei pra sair mas ouvi uma voz logo atrás de mim.
—Acho melhor você parar por aí.—Virei devagar para encarar um homem moreno de tapa-olho, mas meu olhar não demorou muito e logo pousou na parede de músculos que estava sentado em uma cadeira ao fundo da sala.—Eu suponho que o agente Coulson adiantou o assun...—O homem no centro da mesa começou a falar mas eu o interrompi.
—Ele não adiantou nada, estou esperando alguém explicar.—O mesmo me lançou um olhar nada agradável, possivelmente por eu ter o interrompido,  eu apenas Levantei uma das sobrancelhas.—Que foi?
—Como eu ia dizendo.—Continuou.—Como uma Asgardiana veio parar na terra, não é problema nosso mas se você oferece ameaça para o nosso planeta, cabe a nós tomar as devidas precauções.
—E vocês resolvem fazer isso agora?—murmurei.—Não me leve a mal, mas é que eu Estou aqui a anos e nunca ofereci perigo para ninguém.—Falei.—Só pra mim mesma.
—Depois do que Loki fez em Nova York, temos que tomar cuidado. Vai voltar para Asgard, De onde nunca deveria ter saído pra começo de história.—Revirei os olhos e cruzei os braços, tentando esconder o quão nervosa eu tava, só de ouvir a voz do herdeiro do trono Asgardiano já me causa arrepios.—Todos pensavam que estava morta, por que fez isso?
—Eu não fiz nada.—Falei, e isso era a mais pura verdade.—Eu sinto muito, Diga a todos que estou bem mas que não vou voltar.
—Essa não é a única opção.—Ouvir isso de certa forma me deixou um pouco mais aliviada, me sentei em uma cadeira próxima a mim e esperei que ele continuasse.—Você pode ficar aqui e treinar adequadamente pra entrar em uma de nossas equipes, claro, não teria tanta liberdade. Ou, pode aceitar ficar sob a vigilância do Thor, se não apresentar nenhuma ameaça, fica livre pra ir onde quiser.
—É sério?—Perguntei.—Posso até mesmo voltar para Malibu?
—Não tenho tempo para brincadeiras, Srta.Tyrsen.—Falou.—Mas fique sabendo que sua volta para Malibu será sua passagem só de ida para Asgard.—Respirei fundo. Pular de lugar para lugar não era a coisa mais difícil do mundo, até porque é assim que vivo desde que fui mandada pra cá.
—Eu topo.—Falei de supetão e me levantei.—Mas não posso deixar Luna sozinha, então peço encarecidamente que permitam que ela venha comigo.—Dei o sorri mais inocente (ou quase) que poderia dar e eles se entre-olharam.
—Se não for atrapalhar.
(....)
Olhei no relógio de pulso para checar as horas e vi que já eram quase 18:00 da tarde, passamos o dia na base. olhei para o lado de fora do carro e comecei observar as ruas de nova York enquanto cantava uma música qualquer na cabeça e rezava para que os dois ao meu lado calassem a boca ao menos um minuto, desde que saímos da base e Niki Fury fez alguns telefonemas para avisar da nossa chegada, os dois não pararam conversar. Como isso é possível, se nem ao menos se conheciam?
Quando já estava fechando olhos para tirar um cochilo senti alguém bater de leve no meu braço.
—Chegamos.—Thor avisou e assim que o carro parou pulamos para fora, olhei para cima tentando avistar o topo do prédio a nossa frente, era enorme e esplêndido.
Subimos tranquilamente no elevador sem nenhuma interrupção ou falatório e depois de uns cinco minutos as portas se abriram revelando uma sala bem luxuosa, a primeira coisa que vimos foram as grandes janelas de vidro com uma vista bem clara de nova York, olhei ao redor e logo depois ouvimos algo cair no chão e se quebrar.
—O que está acontecendo aqui? —olhamos na mesma direção que o barulho veio e vimos o dono da casa com uma cara de taxo olhando pra gente. Thor tomou nossa frente para começar a se explicar.—Sério Barbie? Duas? Você já ouviu falar em juizado de menores?—Disparou a fazer perguntas enquanto Thor o olhava com o rosto confuso, seria até fofo se não fosse comico.
—Olha, não leva a mal não mas eu acho que está acontecendo um mal entendido aqui.—Foi Luna quem começou, dando um passo a frente.—Foi aquele cara de tapa olho que mandou a gente... digo, ela.—Disse.
—DUAS?—pergutou/Gritou.—Ele não disse que eram duas, minha torre não virou pensão não.
—Stark.—Thor começou a falar mas eu o interrompi.
—Se nossa estádia aqui for um incômodo, podemos ficar em outro lugar.—Sorri.—Lhe garanto que temos recurso pra isso.
—O que tá acontecendo aqui?—Vimos uma mulher, muito bonita, entrar na sala. Ela pareceu um pouco confusa e olhou pro Thor.
—Essa é a Garota de quem Fury falou, menos essa.—Thor falou e logo depois apontou para Luna.—Astrid vai se juntar a nós, a ruiva veio de bônus. espero não ser incomodo algum.
—Claro que não é incomodo.—Disse vindo na nossa direção.-Sou Pepper Potts.—Falou e por algum motivo deu um abraço em cada uma de nós.—Sinto muito por qualquer coisa que Tony tenha dito, venham, eu vou mostrar onde vão ficar e mais tarde vocês conversam adequadamente.—Apenas concordamos e seguimos a ruiva simpática até as escadas, logo depois adentramos um corredor com várias portas e ela foi nos mostrando cada quarto.
—Bom, você pode ficar com esse, é simples mas com o tempo você pode decorar da maneira que quiser.—Disse e me mostrou a porta de madeira escura, sorri e me virei pra agradecer.
—Obrigada e desculpe aparecer assim de repente, não queremos incomodar.—Falei e ela apenas fez um gesto com a cabeça. depois de me apresentar de uma forma decente, entrei no quarto e deixei Luna com a ruiva. Nem reparei muito no comodo, a única coisa que me interessa agora é dormir, me joguei na cama e fechei os olhos.
(...)
—Astrid, pode abrir a porta por um instante?—Ouvi a voz do Thor do lado de fora e abri apenas um olho, fazia mais ou menos meia hora que eu havia acordado com uma voz do além chamando meu nome, depois de cair no chão e descobrir que a voz que falava comigo era a inteligência artificial do Stark e que se chamava Jarvis, apenas tomei um banho e voltei pra cama.—Astrid?
—Já vai.—Falei e me arrastei pra fora da cama, fui até a porta e a abri, dando passagem pro loiro entrar.—O que você quer?
—Vim chama-la pra conhecer o resto do pessoal, sua amiga já esta lá embaixo.—Disse.—E o Fury também.
—Eu tenho mesmo que fazer isso?—Perguntei, e ele apenas confirmou com um aceno de cabeça.
—Vamos logo.—Falei e o puxei pela mão, saindo do quarto antes que ele dissesse mais alguma coisa.
Quando chegamos na sala vi Luna sentada no sofá conversando com um carinha de óculos e quando me viu ela logo levantou.
—Aí está ela.—Disse vindo até a mim e entrelaçando nossos braços.—Até que enfim.—Sorriu.—Estava quase tendo um ataque.—Essa parte ela falou um pouco mais baixo, desfarsando com o sorriso.
—Astrid, quero que conheça os vingadores.—Thor começou a falar e apontou para o homem que estava conversando com luna.—Esse é Bruce Banner.
—Thor, eu acho que não é preciso apresentações.—Falei e ele franziu o cenho.—Antes de virmos para cá, o Pirata nos deu uma pasta que contem os nomes de todos vocês e algumas coisas a mais.
—Eu dei?—Ouvi a voz do dito cujo e virei para olhar para ele.—Eu realmente não lembro de ter feito isso.
—Não?—Dei um sorriso forçado. —Ah, desculpe. Talvez eu tenha pego emprestado.—Falei e quando virei vi todos me encarando, inclusive Luna.—Que foi? Aposto minha vida como ele entregou pra vocês uma ficha completa sobre mim.
—Falaremos sobre isso quando você for até a base na segunda.—Disse.—Por hora, sintam-se a vontade para conhecer uns aos outros, até breve.—Disse e saiu, sério que ele veio aqui só pra isso? Dei de ombros e olhei para os outros, sorrindo.
—Ouviram o que ele disse, vamos nos conhecer pessoinhas.—Luna Falou enquanto sentava confortávelmente no sofá.
Vai ser um longo final de semana.
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lokialoka · 1 year ago
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lokialoka · 1 year ago
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Tyrsen - A filha da guerra
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—...São mais de duzentos o número de pessoas que vieram até o local onde há dois anos ocorreu a batalha de nova york, eles prestam homenagens aos familiares que...—Desliguei a TV mesmo ouvindo o protesto de algumas pessoas que estavam na biblioteca, são exatamente 14:50h e desde cedo não param de falar sobre o dia em que varias pessoas perderam a vida quando um alienígena louco invadiu Nove York.
—Não é hora de entretenimento pessoal, se vieram para a biblioteca foi pra estudar.—Falei e fiz um movimento com o dedo.—Circulando cambada.
Certo, tenho que me apresentar.
Meu nome é Astrid Tyrsen, trabalho em uma biblioteca que fica localizada em uma área bastantes movimentada de Malibu, onde fica a universidade de pepperdine e a escola de direito, geralmente a biblioteca fica cheia de alunos a maior parte do dia. O que me faz ter bastante trabalho em organizar livros e mais livros nas prateleiras.
Moro com minha irmã mais nova Luna. bom, ela não é minha irmã de sangue mas é como se fosse.
Conheci Luna há sete anos quando me mudei de Manhattan, mas moramos na mesma casa há apenas dois anos quando os pais dela decidiram viajar pelo mundo por causa da grande linha de restaurantes deles. Bom, eu não tenho mais o que falar, apenas que vivi o bastante para saber o mínimo.
—É, as coisas não estão fáceis aqui não.—Murmurei e voltei minha atenção aos livros que estava organizando.
—Falando sozinha outra vez?—Luna parou na minha frente e apoiou os braços no balcão.—O caso tá sério. Já falou com sua terapeuta hoje?—Me virei para olhá-la e dei um sorriso, daqueles bem falsos.
—Não é nada de mais, só estou tentando memorizar o lote.—Menti e ela fez uma cara de quem não tinha acreditado muito.—O que você quer aqui? Não deveria estar na aula?
—Tenho um trabalho pra fazer.—Deu de ombros.—Vim buscar alguns livros que preciso.—Ela sorriu e começou a bater de leve os dedos no balcão. —Já recebeu o livro que vai traduzir?
—Diz o que você quer, eu estou ocupada.—Falei parando o que estava fazendo e coloquei as mãos na cintura, ela me encarou por um breve momento e suspirou antes de falar.
—Bom, você sabe que estou prestes a me formar.—Começou e eu levantei uma sobrancelha.—Então eu pensei em fazer uma pequena comemoração adiantada, só com os nossos amigos.—Disse e eu balancei a cabeça negativamente.
—Ainda é quinta-feira Luna, não damos festas no meio da semana.—Falei e ela  revirou os olhos.
—Qual é Astrid, você sabe que somos acostumadas com isso.—Falou, apenas a olhei e comecei  a tirar alguns livros de uma caixa, tentando, sem sucesso, evitar que a conversa continuasse.—E se você não lembra eu não vou participar da confraternização da faculdade.
—Eu não tenho nada haver com isso.—Ela apenas bufou e fez uma cara de quem não iria desistir tão fácil da ideia.
E eu estava certa.
(....)
Fechei o livro pela terceira vez em menos de uma hora e passei as mãos no rosto para espantar o sono, essa era uma das muitas tentativas que eu fazia para traduzir um livro que tenho que entregar em menos de um mês.
O relógio marcava 01h da manhã, eu estava na página trinta e cinco, mas pelo andar da carruagem não terminaria tão cedo, o barulho no andar de baixo não permite nem sequer que eu faça isso, maldita hora que eu decidi concordar com Luna. Se ao menos tivéssemos vizinhos maduros o suficiente para reclamar do som alto ou da gritaria que eles estão fazendo...
Não que eu não goste de festas, se quer saber eu adoro uma farra mas não em plena quinta feira, também não sou nada responsável, talvez Luna, mesmo sendo muito mais nova tenha mais juízo na cabeça do que eu.
De repente, ouvi gritos, isso mesmo que ouvi, levantei da cama vestindo apenas um blusão e um mini short e corri para o corredor, olhei do alto da escada e vi um pouco de fumaça vindo da parte da cozinha, desviei meu olhar pra sala e vi que algumas pessoa acuadas no canto da parede, então desci as escadas correndo e subi em cima da mesa de centro.
—O que em nome das nornas vocês estão fazendo?.—Gritei em pleno pulmão e logo depois vi Luna aparecer na minha frente.—Luna.
—A gente não fez nada.
—Vocês estão colocando fogo na casa, eu quero todos fora agora.—
De repente senti meus pés sairem do chão e percebi que estava nos ombros de alguém.
—Me põe no chão, droga.—Gritei, vi que estava sendo levada em direção a saida então a única coisa que pude fazer foi bater nas costas de quem quer que fosse a pessoa.—Eu mandei me soltar.—Gritei, mas me arrependi assim que senti a água gelada da piscina tocar minha pele, me debati debaixo d'água e assim que emergi me deparei com um dos amigos da ruiva. Mas infelizmente antes mesmo que eu pudesse dizer alguma coisa, ouvi a sirene soar em frente ao portão da entrada.
Perfeito.
....
—Olha só, eu não fiz nada.— Eu estava sentada em uma das poltronas da sala de estar, em frente a mim tinha alguns papéis cuidadosamente organizados na mesa de centro,  na verdade se me perguntarem o por que de estar algemada não vou saber responder, já que pela lógica, a culpada pela poluição sonora tinha cabelos ruivos, 1,60 de altura e se chama Luna.—Será que pode me liberar?—Luna abriu a boca pra falar mas eu praticamente a fuzilei com o olhar. O homem que ocupava o lugar do outro lado da sala nem siquer se mexeu, e isso estava me irritando.
—Na próxima vez lembra de colocar um horário.
—Da próxima vez eu te mato antes mesmo de você sonhar em dar uma festa.
—Olha, me descul...
—Acho melhor calar a boca se não quiser sua língua fora dela. —Eu estava a ponto de explodir, desde que cheguei em solo americano prometi a alguém que tentaria ao máximo me manter fora de encrenca, e era extremamente estressante ser pega por capricho de alguns jovens sedentos por baderna.
—Já chega, as duas.—O homem, que até então não tinha dito uma palavra, interrompeu a discussão, nos fazendo olhar pra ele.—Muito bem, Astrid Tyrsen, se eu não tivesse visto com os meus próprios olhos a ficha, confesso que não acreditaria que realmente é você.—Ele até que parecia inofensivo, quase tanto como um filhotinho de cachorro.
—Ficha? Que ficha?—Perguntei, mas não recebi resposta, ele apenas se levantou e ajeitou o paletó.
—Peço gentilmente que nos acompanhem.—Falou e eu respirei fundo, observei os homens ao redor e pude notar que os uniformes que eles usavam eu tinha visto algumas vezes.
—Posso saber o que a S.H.I.E.L.D. quer comigo?—Perguntei, tombando levemente minha cabeça pro lado. Notei que minha pergunta fez com que alguns deles me olhassem curiosos.—Qual é, já que sabe quem eu sou, deve ter imaginado que eu já fiz minha lição de casa.
—Com base no que sabemos srta.Tyrsen, esse é o melhor momento para ficar calada.—Disse e eu segurei uma rosada.—Eu disse alguma coisa engraçada?
—Eu fiz alguma coisa errada por acaso?—Perguntei.—Aposto que estou aqui a mais tempo que você tem de vida e não tenho nem mesmo ficha na polícia local.
—Se nos acompanhar até a nossa base, será uma honra explicar tudo a você.—Olhei de relance pra Luna e  pensei um pouco e enfim respondeu.
—Se ela vier com a gente, eu vou.—Disse e coulson apenas confirmou com a cabeça.—Nos espere um minuto.
(...)
Não demorou muito para o Quinjet pousar e nós três adentrarmos a base da organização, andamos por vários corredores e notei alguns olhares questionadores, até que decidi não prestar mais atenção nas pessoas, a única coisa que eu queria descobrir é o que eles querem comigo.
—Esperem aqui por um momento.—O agente pediu quando paramos em frente a uma porta e logo entrou.
—O que será que eles querem com a você?—Luna perguntou chegando perto,  olhei pra ruiva e suspirei.—O que foi?
—Eu não sei o que eles querem comigo, Mas eu já lhe disse sobre a Minha situação e espero que não tenha nada haver com isso.
—Aqueles papéis em cima da nossa mesa diziam alguma coisa. —Disse.—Acho que o máximo que pode acontecer é te mandarem de volta.
—Muito reconfortante.—Isso é a última coisa que eu espero.
—Já pode entrar.—O agente pediu para que Luna esperasse do lado de fora e eu respirei fundo antes de atravessar a porta que dava para uma grande sala de reunião.
—Boa sorte.—Foi a última coisa que Luna falou antes da porta se fechar comigo dentro da sala.
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