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eu precisei passar por muitas tempestades pra entender que nem todo mundo e abrigo.
is.
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eu sempre imaginava que os meus dias se acabariam comigo só, eu realmente não acreditava que pudesse gostar de alguém novamente ou que alguém olharia para mim e sentiria que desejasse passar o resto dos dias ao meu lado. não sei, essa ideia ainda me parece meio absurda, mas então, você surgiu. e em questão de pouco tempo e muita intimidade, os seus sonhos, os meus sonhos, se transforam em nossos sonhos. se algo a entristecesse, eu me entristecia também. se algo a fizesse sorrir, meu coração sorria junto. eu adorava saber que em algumas circunstâncias eu era o motivo de parte da sua felicidade, e tudo isso era muito recíproco. nos dias densos, em silencio, num abraço, você me dizia o mais importante – não se preocupe, aconteça o que acontecer, você tem eu – você me olhava, me dava um cheiro, passava a mão em meus cabelos, me tocava, respirava perto da minha pele, e eu me sentia vivo, me sentia eterno. sentia como se o mais certo a se fazer de agora em diante fosse tentar ser minimamente feliz ao seu lado. nem sempre a gente conseguia, nem sempre as coisas eram boas, bonitas e ideais, nesses dias, eu também te abraçava, e em silencio, dizia o mais importante, você tem eu.
@kaiobrunodias
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talvez o problema fosse esse, pensou ele, estava preso ao mesmo passado de sempre. apesar da falsa sensação de movimento que o mundo impunha, ele olhava a si mesmo e se sentia estacionado no tempo. apesar dos algoritmos das plataformas de música, das playlists semanais, as canções e artistas preferidos ainda eram os mesmos de sempre. mesmo que assistisse novos filmes, animes e séries, nada supria a boa sensação de reassistir filmes, animes e séries que foram únicos em sua vida. não conseguia (ou não sentia interesse) em fazer novas amizades. até as fotos pessoais eram desatualizadas, estava há quase dois anos sem novos registros de si mesmo. o último amor que remexeu com as suas certezas interiores aconteceu há pouco mais de três anos, diz ele que já superou, mas o baque foi tão grande que não amou mais depois disso. ele estava preso em uma versão passada de si mesmo, e isso soaria confuso de se explicar, pois aquilo tudo era de fato ele, ou ao menos, deveria ter sido, mas os dias passavam, o mundo e as pessoas mudavam, mas ele queria ficar para trás, e como quem não quisesse acompanhar o fluxo continuo da vida, como quem quisesse ficar onde estava, ele tentava existir em silêncio, não queria ser o centro de nenhuma atenção, sentia-se bem assim, enganava o tempo enquanto enganava a si mesmo.
@kaiobrunodias
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ligou o chuveiro, se despiu quase que por inteiro, sentou sobre o vaso, e de forma mecânica usou o dedo para passear aleatoriamente pelos feeds das mesmas redes sociais de sempre. repetiu o gesto robótico por minutos a fio, num ato de não existência, pois ao mesmo tempo em que estava ali, não estava. ou talvez não quisesse estar. olhava para todas aquelas pessoas, todos aqueles sorrisos, viagens, animais de estimação, restaurantes bonitos, passeios divertidos, e se perguntava. será que há algo de errado comigo? será que há um mundo paralelo ao meu, do qual não me deixaram participar ainda? sentia-se deslocado daquilo tudo. por curiosidade, lembrou-se de que há mais de um ano não atualizava se quer a foto de perfil ou o feed das redes sociais que utilizava. a última vez que tentou registrar um momento especial, foi quando uma borboleta daquelas mais comuns, aquelas meio alaranjadas, pousou sobre a sua perna, quando abriu a câmera do celular para eternizar o momento, ela fugiu de forma fugaz e saiu rodopiando junto ao vento. o ar úmido e quente do banheiro o despertou de seu transe de pensamentos aleatórios, decidiu que era de fato o momento de entrar na água e tentar se livrar do cansaço que estava impregnado em seu olhar. tomou um banho quente e demorado, caso fosse possível, ficaria ali por setenta e duas horas, mas sentia a pele das mãos se enrugando. levou os pensamentos, ainda mornos para a cama, deitou-se na esperança de dormir e descansar. precisaria estar de pé novamente daqui exatas cinco horas e trinta e dois minutos.
@kaiobrunodias
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eu precisava chorar, precisava colocar em dia todo o choro reprimido, todo o choro que guardei nos momentos em que precisei me conter e demonstrar uma força que estava além da minha existência. e especialmente hoje, choro por qualquer coisa, choro muito, mas esse choro não me dói, não há tristeza ou agonia em minhas lágrimas. se me perguntassem por que choro, não conseguiria apresentar apenas um único motivo, mas diria que é por causa de todas as coisas, especialmente hoje, parece que todas as coisas estão atravessadas por uma partícula de dor, uma dor leve, nostálgica e elegante, que nos deixa percebe-la aos poucos, pois ela sabe, que se chegasse de uma só vez, nossa estrutura não a suportaria, e elegante como é, ela chega em partes pequenas, se acumula com o passar dos dias, e quando se cansa da gente, desaparece junto com as lágrimas, tal qual o refrão de uma música triste que vai sumindo aos poucos nos momentos finais de um domingo.
@kaiobrunodias
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“Quero deitar no sofá e ver você cuidar das plantas, escolher a playlist no ipod e dobrar as roupas esquecidas em cima da cama. E que, sem mais nem menos, você desista da arrumação, me jogue sobre a bagunça, me beije e me abrace como nunca fez antes com outra pessoa.”
— Tati Bernardi
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Há algo em mim que não fecha, não cura e não cicatriza, e ás vezes dói.
Lapsus Scribendi.
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Faço silêncio enquanto minhas músicas favoritas conversam comigo a medida que toca... e toca.
Gravetos.
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Maturity is not seeking revenge. It's healing and moving on, so you don’t become like the people who traumatized you.
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eu vejo seus olhos castanhos e sempre me pergunto como é que galáxias inteiras couberam ali.
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Quando o desconforto bate em sua porta, porque sente que está distanciando até de si e por consequência se torna ausência na vida das pessoas. Há quem perceba, se preocupa, procura te ouvir, entender, respeitar e estende a mão para te tirar daquele breu e há aqueles que até notam alguma diferença, mas optam por se distanciar e até partir e, diante disso, se torna nítido sua importância na vida daqueles que te cercam. Por mais que essa situação traga clareza, não deixa de ser decepcionante.
@cartasparaseufuturo
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Muitas vezes só queremos um abraço demorado em um ambiente silencioso
Um abraço capaz de juntar todos os nossos cacos e fazer cessar nosso sangramento
Um abraço que nos faz sentir importante
Um abraço que nos tira do precipício
Um abraço com poder de silenciar a mente e acalmar os batimentos
Um abraço acolhedor, sincero e sem julgamentos
Um abraço que abraça a alma
Um abraço que nos faz sentir que não estamos só
Um abraço capaz de nos salvar de nós.
@cartasparaseufuturo
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Nos salvar requer muito de nós e para quem faz isso com certa frequência, é compreensível que algum dia se encontre completamente esgotado e desesperançoso.
@cartasparaseufuturo
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