Text
Talvez estivesse sendo radical demais, porém a verdade é que lhe inquietava ver Luca tão cedo depois do beijo e das coisas que lhe foi dita na enfermaria enquanto fingia estar dormindo. Não daria indicações de que a verdade é que tinha estado acordada, não sabia ao certo como agir diante de tal situação. Estava nervosa, sentia-se culpada por não ter sido forte o suficiente para ocultar e abafar seus sentimentos naqueles poucos dias após o momento na sala dos quadros. Incomodava? Sim. Porém não tinha intenção de espantar-lhe. Se sua mãe convidou-lhe, não seria ela a ser mal educada e fazer algo para que Luca fosse embora. Isso não a impedia de continuar sentada de maneira rígida no sofá, forçando um sorriso quando sua mãe se aproximou. “Mas você não ia ficar para o jantar, amor? Tenho certeza que seu pai pode esperar um pouquinho mais, faz tempo que não vem aqui. Faz tempo que os dois não vem aqui.” Isabel reclamou, olhando para a filha. Mina tinha evitado ir para casa nos últimos tempos pois por estar vasculhando o passado, era complicado ficar na presença dos pais sem dizer a verdade. Para crédito da espanhola, ela ainda pareceu um pouco sem graça de ter aquele segredo e sequer mencionar um momento enquanto os dois namoravam. Mina recordava das perguntas da mãe e da forma como ela sempre parecia querer saber mais de Luca, como a mulher ficou triste com o término deles e como, ainda hoje, buscava sempre perguntar ainda sobre a amizade dos dois. Agora fazia sentido. “Sim, você é.” concordou prontamente antes que Gianluca abrisse a boca para despejar sobre os pertences de Abraham ou porquê estavam os dois procurando aqueles assuntos. “Mina!” sua mãe repreendeu. A loirinha apenas ofereceu um sorriso para o italiano antes de tomar um pouco de seu chá. “Eu não estou mentindo. Mas apesar de ser péssimo agora, eu tenho certeza que no fim da eletiva vai ser um dos melhores.” declarou para corrigir a provocação anterior. Tudo no que Luca se esforçava, afinal, ele acabava conseguindo desenrolar bem. Não seria diferente com aritmancia, Mina tinha certeza. “Você sabia que sua amiga era mãe de Luca.” acusou sem hesitar, mas a voz não tinha julgamento algum, apenas curiosidade. “Não era interesse apenas por ele ser meu namorado ou meu amigo quando fazia todas as perguntas, não é? Você sabia, de alguma forma. Por que nunca disse nada, mama?” indagou confusa.
Tudo parecia tão errado. Sua cabeça explodia de tantos pensamentos que freneticamente a rondavam. Luca sabia que mais uma vez corria o risco de estar sendo egoísta. Primeiro tinha brigado e ferido Niklaus, depois beijado sua melhor amiga pelas faíscas do passado e agora estava ali recorrendo justamente a ...ex sogra! As palavras dóceis de Isabel lhe golpeavam mais do que as duras de Mina, porque era nos convites, nas lembranças com Ìris ou nos simples chamamentos de “amor” que se lembrava de tudo que perdeu. Emudeceu, simplesmente o garoto mais comunicativo da escola não conseguia pensar em uma palavra se quer que pudesse destravar aquele bolo de coisas na garganta. Encolheu os ombros e os olhos outrora confiantes miraram o salto creme que acompanhava o terninho. Não soube quanto tempo se passou sem conseguir replicar sobre ser ruim em aritmancia, a discussão das Van Dijk ou... a mesura de ter sido namorado dela. Foi naquele instante que os olhos azuis escuros voltaram a conversa, correndo a sala rapidamente para recobrar os minutos perdidos. “Desculpe, é... muita informação” exclamou com honestidade, mas negou com a cabeça sobre ficar, não criaria ainda mais desconforto para a loira. Engoliu em seco antes de reunir a coragem para continuar.
“Eu não podia Mina, fidelizei isso à Íris. Mas agora que já sabem...”a matriarca anunciou, fazendo com que o ruivo franzisse o cenho com a resposta. “Como assim fidelizou? Minha mãe está... morta! Não deve mais nada a ela” não deveria ter respondido daquela forma, o que o fez levar a mão ao rosto se recriminando. “Desculpa, ultimamente não estou escolhendo bem meus atos” e pelo visto nem as palavras, já que a ex facilmente poderia interpretar aquilo como uma mesura do beijo, já que não tinha ouvido seu discurso na ala hospitalar. “Quer dizer... não todos! Eu só não sei por onde começar, achei que sabia tudo sobre mim e agora... acha que pode me ajudar a desvendar isso? Já que vocês se conheceram no ataque que minha mãe teve a visão, talvez você consiga reconhecer o que está aqui...” mencionou sobre o pergaminho, empurrando para a mais velha ciente que aquele era um espaço seguro. Depois de ouvir sobre a profecia tudo pareceu se encaixar aos poucos. Mas havia uma coisa que não estava sendo dita ali, aonde estava a tal profeciae somente uma pessoa naquela sala podia lhe ajudar de verdade, mas temia que não tivesse mais o direito a pedir qualquer ajuda que fosse. Com um sorriso amarelado agradeceu a visita e com os olhos focados na loira tentou em uma linguagem não verbal, como faziam quando mais novos, dizer que queria falar com ela. Ao chegar nos jardins foi em direção ao balanço que brincavam quando mais novos e que mais tarde serviu para o primeiro beijo naquela mansão. (...)
continua...
(ENCERRADO)
8 notes
·
View notes
Text
“Quem disse que você tem rosto angelical? Você parece que está pronto pra aprontar algo a cada dois segundos!” argumentou, lançando-lhe um olhar confuso com a comparação. Talvez por lhe conhecer mais profundamente era que pensava daquela forma. Mas desde que eram menores, Giovanni tinha grudado em Luca justo por aquele fato: ambos não tinha medo de aprontar, se fosse preciso. O bruxo envergonhou-se um pouco com a pergunta, desviando o olhar. O rosto ruborizou ao recordar-se do que acontecera horas atrás na sala de arte, valia a pena esconder aquilo? “Não sei. Você… tem razão. Eu não devia ficar preso nisso.” descartou para tentar mudar de assunto, depois de tantos anos brigando com Da Vinci, deveria ser vergonhoso admitir o verdadeiro motivo. Seu olhar voltou a lhe encarar, soltando uma risada divertida, determinado a focar na brincadeira. “Eu não sei como comporta em uma sala, imagine em uma cama! Certeza não ia dar mesmo. Mas filhos? Alguém já está pensando em filhos?” ergueu as sobrancelhas, o sorriso travesso enfeitando os lábios. “Você quer fazer coisas pra evitar a velhice… mas já anda falando em filhos. Essas duas coisas vem acompanhados, sabia?”
“Todo mundo?! Inclusive meu nome é Gianluca que significa a luz divina” abriu suas mãos teatralmente ao dizer isso, mas provavelmente Giovanni estava certo. Embora seus cachos ruivos e bochechas róseas disfarçassem, aqueles que o conhecia verdadeiramente sabiam de sua impetuosidade e espírito livre. Felizmente o outro italiano não parecia se incomodar com aquilo, o que era ótimo em uma escola que presava tanto as regras. Notou que o semblante do melhor amigo mudou em instantes e até mesmo havia gaguejado, algo que alguém tão confiante como Buonarotti não costumava fazer. Franziu o cenho, sensível a tal oscilação, mas preferiu respeitar o que lhe era dito antes de colocar suas conclusões pessoais. Uma hora ou outra o garoto veria o que ele de fora enxergava. “A não ser que queira ficar” exclamou dando de ombros, mostrando que não lhe era tão importante a decisão que seria tomada e que apenas estaria ali independente dela, eram amigos justamente por essa abertura que tinham. “Eu penso em filho e casamento desde os 8, não é grande coisa” exclamou com um riso. De fato tinha um livro com colagens de vestidos de noivas e esboços de um closet perfeito para um bebê. “Você sabia que a marca do meu pai faz até chupetas cromadas em ouro? Impossível não pensar!” usou aquilo como justificativa, mas teve que concordar com o que era dito. “A não ser que eu tenha filhos ainda novo, dai eu posso ter disposição pra brincar com eles e ainda receber aquelas comparações de que parecemos irmãos. E você... pensa em ter família?” perguntou a esmo, não era algo que conversavam muito e tampouco sabia porque chegaram ali.
9 notes
·
View notes
Text
Ainda que não fosse tão experiente no quesito namoro, Mina andava surpreendendo-se com a doçura de Luca e a forma como seu coração parecia se descontrolar quando lhe tinha por perto. Com compromissos não tinha costume de lidar, mas com aquelas sensações? Com a forma como parecia ser fácil sorrir em torno dele? A loirinha já experimentou o suficiente para saber quando ia longe demais; e ali? Estava mergulhando de cabeça. Tudo o que já sentira, parecia pequeno diante do que agora era lhe proporcionado. Aceitando a rosa, trouxe-a para o nariz, respirando profundamente para capturar o cheirinho das pétalas. “Obrigada.” agradeceu baixinho, as íris azuis esbanjando o carinho que sentia. Mas depositou a flor no tecido para que pudesse focar na presença à sua frente, inclinando-se para deixar um beijinho em sua bochecha. “Não vai chegar a lugar algum com bajulação.” brincou, dando uma piscadela para então mover a atenção para os lanches. “Tudo parece uma delícia, o que me dá mais uma indicação de que sua parte aqui foi preparar a cesta.” o sorriso divertido deixava claro que não falava aquilo para zombar de maneira ruim, apenas o perturbar. “Mas fez um bom trabalho sim, eu acho que vamos ter que comer um pouco de cada pra fazer valer seu esforço!” declarou, pegando um morango para trazer para seus próprios lábios e depois levar aos de Luca, oferecendo-lhe também uma mordida.
Para Luca não tinha nada melhor do que saber que estava a fazendo feliz. Porque se lembrava de já tê-la visto ferida, de acompanhar seu processo de transição desde o primeiro ano e como um genderqueer, mesmo em Beauxbatons sabia que para eles nenhuma relação seria fácil. Mas quando juntos? Tudo parecia mais leve e os sorriso frouxos e livres, da forma como gostaria de ser. Por isso se encantou com a forma que ela aspirou a flor, se atentando aos mínimos detalhes para não esquecer aquela tarde. “Não tô te bajulando, to dizendo tudo que você merece ouvir.” e não passaria um dia se quer sem fazê-lo, sem mostrar o quanto ela era especial. Era sua primeira namorada depois de anos tentando reprimir seus desejos por erroneamente achar ser homossexual. “diria que foi uma observação inteligente, mas eu que sou bem óbvio quando o assunto é organização né?” ou traduzindo: apenas suas roupas eram impecáveis, todo o resto eram tropeços de sorte e uma imensa bagunça. Assentiu antes de pegar uma torrada passando geleia, mas abandonou aquilo ao perder-se na cena dela comendo o morango. Não era nada demais, mas quando o alimento lhe foi dado sorriu antes de mordiscar, sorvendo o caldinho que escorreu pelo dedo dela com gentileza. “Você me deixou quebrado sabia? Ainda bem que você é a jogadora de quadribol, com certeza eu cairia da vassoura” na realidade mesmo em condições normais cairia por seu medo, mas não precisava mencionar aquilo. “Quer suco?” ofereceu a garrafinha de vidro destampando-a.
9 notes
·
View notes
Text
HEADCANONS MEME: DATING EDITION!!
send me 💘 + A SHIP and i’ll tell you—
where they first met and how
how long their ‘flirting’ phase was before feelings got involved
who fell for who first ( if applicable )
where their first date was and what it was like
who asks who out and how ( with a sign? spelled out on a cake? just a simple ‘will you go out with me’? )
who proposes first
if they keep / kept their relationship secret or let everyone know right away
where the proposal happens and how ( kiss cam at a baseball game? on a hillside surrounded by ducks? at a disney park? )
if they adopt any pets together
who’s more dominant
where their first kiss was and what it was like
if they have any matching couples stuff ( mugs? sweaters? pillowcases? )
how into pda they are
who holds the umbrella when it rains
where their usual ‘date spot’ is ( if applicable )
who’s more protective
how long it is before they sleep together ( can be as in ‘had sex’ or as in ‘shared a bed’ )
if they argue about anything
who leaves more marks ( lipstick, hickeys, scratchmarks etc. )
who steals whose clothes and how often
how they cuddle ( spooning? facing each other? )
what their favourite nonsexual activity is
how long they stay mad at each other
what their usual coffee / tea orders are
if they ever have any children together
if they have any special pet names for each other
if they ever split up and / or get back together
what their shared living space is like ( messy? clean? what kind of decor? )
what their first christmas / hanukkah / etc as a couple was like
what their names are in each other’s phones
if they have any ‘couple traditions’ ( buying a new mug for their collection every year? baking every friday evening? )
who falls asleep first and who wakes up first
who’s the big spoon / little spoon
who hogs the bathroom
who kills the spiders / takes them outside
2K notes
·
View notes
Text
“Não dá pra viver e ser honesto.” completou também. A vida ensinava todos a mentir, pois pessoas honestas não obtinham sucesso, como sua mãe sempre dizia. Não gostava de mentiras exageradas, tentava pelo menos concentrar-se em gastar sua quota em mentiras para os trouxas. “Não sei como ainda acreditam em você com essas coisas.” revirou os olhos em diversão, não segurando a risada em seguida. “Convenhamos, eu não preciso esperar muito.” o Da Vinci sempre estava pronto para fazer alguma besteira, afinal. “Ora, mas também não seria mentira, certo? Um rosto desses, seria bem compreensível se eu me apaixonasse por meu reflexo.” considerou em brincadeira, dando-lhe uma piscadela. “E o que essa sua poção faz? Não que eu precise.”
“Algo que não ensinam na aula de etiqueta, franceses e suas besteiras!” revirou os olhos com aquilo, concordando com o amigo. Algumas mentirinhas podiam ser divertidas ocasionalmente. “Deve ser meu rosto angelical e sorriso dócil” levou as mãos ao rosto como se o emoldurasse, repuxando os lábios mostrando os dentes brancos. “Justamente Giovanni, se é algo tão comum... por que ainda presta tanta atenção nisso?” questionou com um arquear da sobrancelha, estava o provocando sim, mas tinha um fundo de verdade em sua pergunta. Era no mínimo curioso como o amigo geralmente direcionava o assunto ao arqui-inimigo. “Ainda bem que a gente virou amigo de cara, imagina se a gente se pegasse? Uma cama não aguentaria tanto ego junto! Embora nossos filhos... seriam modelos da witch weekly!” levou a mão a bochecha com o pensamento, uma mera brincadeira. “Não é óbvio? Realça a beleza, alinha pontas duplas, corrige marcas de expressão. É bem útil na verdade, quanto antes cuidarmos melhor pra evitar a velhice!”
9 notes
·
View notes
Text
Não conteve o riso com o que ouvia, em seu ver, Luca não precisava de nada, até hoje tinha adorado todas as chances que conseguiram arrumar de ficarem juntos. “Quem ousar dizer isso, está bem errado.” declarou. O beijinho perto dos lábios lhe fez sorrir, ainda que preferisse que fosse algo mais certeiro, qualquer carinho que ganhava, já era o suficiente para lhe deixar com um sorriso suave sim na direção alheia. “Sim, verdade. Tem razão. Você facilmente me trocava pelo selkie se ele chegasse com alguma fofoca.” completou a brincadeira, não poupando o riso. Tornava-se alguém mais leve na presença alheia, gostava disso, da facilidade com que Luca conseguia fazer-lhe sorrir. “Você preparando? É seguro a gente comer?” ergueu as sobrancelhas na questão. Com aquela sentença arriscava mais que provavelmente ele ficou foi arrumando a cesta, mas não zombou ou lhe perturbou sobre isso, apenas escolheu sentar-se assim que tudo parecia certo. “Eu acho que está perfeito.” comentou com segurança, ajeitando a saia para cobrir melhor as coxas. “Embora não sei se consigo comer metade disso tudo.” o que não era inteiramente verdade, já que estava morrendo de fome e nunca hesitava em comer o que bem desejava, mas a variedade enchia seus olhos de curiosidade. “Essa é sua maneira de insinuar que eu como muito, Gianluca?”
“Não ligo nada pra o que dizem, só pra o que você diz.” Murmurou com um sorriso e diante da maciez dos lábios dela encostando nos seus não aguentou e teve que levar a mão ao seu rosto puxando-a para mais perto para dar um selar mais casto, que preencheu sua boca com o gosto do gloss dela. “Mas até mesmo o que você diz posso tentar provar o contrário, adoro um desafio!” os olhos do ruivo brilharam em animação enquanto sua mão adornava a cintura fina, apertando um pouco para perto enquanto andavam até o lago. Por alguns minutos amaria ouvir as fofocas do selkie até que o assunto se tornasse sem graça demais para alguém apaixonado como ele estava. “Ora, não zombe dos meus dotes! Eu sou ótimo preparando uma cesta de piquenique, separo guardanapos de renda como ninguém” afirmou antes de tirar um tecido que havia costurado a ponta para parecer uma flor. “una rosa per una rosa.” Usou de seu italiano, mesmo que o ato fosse romanticamente francês demais. “too gay to function” soltou um riso com o comentário, arrumando da saia beje igualmente rendada sobre a camisa azul de beauxbatons. Seu pai provavelmente estaria levemente orgulhoso de não perder “as raízes” apesar do relacionamento hétero. Sentou-se melhor na grama, de modo a ficar mais próximo de Mina. “Minha forma de insinuar que você já é gostosa, mas sempre tem como ficar mais?” tentou aquela alternativa, sem tanta certeza se a desculpa colaria. A verdade é que era sua primeira relação com uma garota, a primeira vez que sentia seu coração bater como batia com ela e que suas veias bombeavam tanta adrenalina pela descoberta de sua sexualidade e até mesmo dos hormônios adolescentes. Queria que tudo fosse perfeito, mesmo que não precisasse de muito para achar a tarde ensolarada ótima.
9 notes
·
View notes
Text
“Sí. Mas também parece que não podemos ser sinceros.” revirou os olhos. Como líder do clube, precisava engolir algumas pessoas sem talento nos últimos anos. Ficava cada vez mais difícil dispensar as críticas que queria fazer, tendo que disfarçar com alguns mascarados de elogios. “Sério que não foi? Uau, por essa eu não esperava.” confessou. Quando alguém falava algo ruim sobre arte ou dava um conselho desastro para outro estudante, sempre ligava à figura de Matteo. Era automático. “Prego.” sorriu para Luca, tombando a cabeça para o lado direito. Contudo, o olhar foi desviado para o pátio ao surgir do assunto que sempre lhe deixava inquieto. “Eu deveria? Não sou um poeta, geralmente são eles os apaixonados. Eu me apaixono por minha arte, serve?” indagou. Era uma meia verdade que jogava sempre que lhe questionavam; a verdade é que Giovanni não sabia ao certo o que se passava consigo. As pessoas não lhe chamavam atenção daquela forma e quem lhe chamava, estava completamente fora de questão.
“Por esse motivo mesmo aprendi que não dá pra ter uma vida em beauxbatons e ser honesto ao mesmo tempo.” aquele era o pior conselho que poderia dar, mas era inevitável quando sua vida era guiada de impulsos. Deu um tapinha no ombro alheio, como se o incentivasse a mentir. “Não notou como sou adorado pelos professores? Certeza que não pelas minhas desculpas que tragicamente me levam a ala hospitalar” vomitilhas, bombons de febre colante, esses eram seus favoritos para matar aula. Ergueu os ombros como se dissesse que não entendia a fixação. “Parece que fica esperando que Matteo faça merda, eu hein!” comentou a esmo sem dar tanta atenção ao assunto, mesmo que fosse algo recorrente até demais. “Já é mais do que esperava, achei que diria que se apaixona pelo teu reflexo no espelho. Falando nisso, consegui uma variação ótima da poção embelezadora, mesmo que eu precise começar estudar as mais úteis pro torneio. Tô meio sem saco pra ser honesto!“ admitiu enquanto contornava a silhueta do crôqui que fazia.
9 notes
·
View notes
Text
O sorriso travesso de Mina não foi disfarçado. As memórias vívidas da noite anterior queimavam sua mente e traziam um rubor para sua face, não de vergonha, mas sim de uma leve onda de excitação. “Na próxima vez vou fazer alguma poção pra você.” brincou de maneira sapeca, os dígitos subindo brevemente para fazer uma distraída carícia nos cachos alheios. A loira, por sua vez, arrepiou-se ao sentir a mordidela em sua pele, mas logo se endireitou, o olhar curioso recaindo sobre a cesta. “Se eles aparecerem, eu saio correndo e deixo você lá.” ameaçou sem esconder as intenções, mas o olhar brilhava com a animação pelo passeio não ter sido cancelado, apenas reorganizado. “Sim, pra mim está ótimo, eu estou morrendo de fome.” garantiu-lhe, entrelaçando seus dedos finos nos de Luca.
“Uma revigorante eu espero, já me basta Girard dizendo que preciso de uma levanta vassoura para aguentar o mulherão que você é!” aquilo era uma grande mentira, apenas queria brincar com as palavras e elogiar um pouquinho a namorada, a puxando para próximo para depositar mais um beijo em seus lábios. Negou com a cabeça a possibilidade dela fugir. “Mas não mesmo! Dizem que os selkies são faladores, imagina eu, o perfeito fofoqueiro, fazer amizade com um? Mina você perderia seu namorado e nem completamos um mês!” aquela era sua forma de dizer que não pretendia sair de perto dela naquele encontro, com ou sem criaturas do lago. Entrelaçou sua mão na dela para seguirem e com um aceno da cabeça indicou que podiam se dispersar. Com a mão livre pegou a cesta, mas não sem antes tombar um pouquinho a cabeça sentindo o carinho em seus cachos ruivos de forma manhosa. “Eu imagino, eu espero que goste do que separei. Demorei horas preparando” aquela era outra mentira, Luca era péssimo cozinhando e apenas tinha reunido algumas coisas que os elfos prepararam, mas claro que ela saberia disso. Seguiu com Mina em direção aos jardins e após cruzar o roseiral parou diante da margem, conjurando um lençol para que se sentassem. Estendeu o tecido sobre a grama fofa e ao se sentar deu batidinhas para que ela o acompanhasse, abrindo a cesta e com um aceno da varinha organizando o café da manhã. “Acho que exagerei um pouco!”
9 notes
·
View notes
Text
“Sempre achei que Clubes eram para refinar nossos gostos. Caso contrário incluiriam artes na grade curricular de eletivas certo?” refutou o pensamento do professor. Embora defendesse a igualdade e fraternidade dos franceses, naquele quesito em específico não lhe parecia fazer sentido. “Antes tivesse sido Matteo, poderia ter retrucado falando das roupas de senhor dos anéis que ele usa” fez uma careta ao olhar a jarneira que parecia de um bardo ao longe, piscando algumas vezes como se para apagar da mente. “Fico comovido por seu apoio a minha pessoa” ironizou as palavras com um sorriso no canto dos lábios, levando a mão ao peito em reverência. O apoio do outro italiano era pautado em uma única cosia: ter ranço dos demais. “Você ao menos gostou de algum novato? Eu sempre achei que pintores eram apaixonados e coisas assim, no teu caso...” no máximo um conto de narciso, poderia dizer. @buonarott
9 notes
·
View notes
Text
liemina:
flashback
Ainda não acreditava que estava em um relacionamento que parecia bem mais sério do que os que tivera no passado. Ao avistar @gianlouca no refeitório, apressou-se para abraçar-lhe por trás, aproveitando que o fato de Luca estar acomodado na cadeira deixava-lhe com a vantagem de poder alcançar-lhe com facilidade para dar-lhe um beijo na bochecha. Os braços presos no pescoço alheio, Mina se apoiava em suas costas. “O que está fazendo aqui sozinho?” indagou, a bochecha agora pressionada contra a do namorado. “Achei que iamos caminhar perto do lago.”
“Nem todo mundo tem a disposição que você tem mia ragazza” declarou com um riso baixo se inclinando para subir beijinhos por seu braço até chegar no maxilar e mordiscar de leve. A noite que passaram em claro se escondendo no antiquário dos trouxas tinha sido maravilhosa, mas Mina aguentava muito mais talvez por seus genes de lobisomem ou aptidão física de Quadribol. “Se tivesse que esperar você ou Giovanni levantar morreria de fome. Então pensei em...” levou a mão a cintura dela fazendo com que ela se inclinasse para ver a cesta que arrumava. “Tomarmos café no lago! Corremos algum risco dos Selkies roubarem ous croissants, mas...” brincou com a loira antes de se levantar e pegar a mão dela. “E o que me diz?”
9 notes
·
View notes
Text
estar em casa após o tormento de semana horrível que teve no final do mês era um alívio que mina precisava. o feriado veio como um presente dos deuses para si, que não perdeu tempo e se dirigiu para a propriedade discreta dos pais. a família não esbanjava a condição que tinha, mas o espaço era bastante amplo e privado, algo que precisavam e não podiam abrir mão por causa de hendrik e suas transformações. em momentos assim que precisava de um pouquinho de paz, mina agradecia pelos mais velhos insistirem em manter o local o mais afastado possível de vizinhos. a menina estava relaxando no sofá com suas roupas leves e confortáveis quando a mãe entrou na sala alegando que receberiam visita. foi com uma tremenda relutância que a bruxa saiu do conforto para vestir roupas mais adequadas, embora o vestido fosse leve o suficiente para que gritasse ei, hoje é feriado, dia de relaxar, caia fora! como sua mãe não disse quem estaria visitando, foi uma surpresa quando a figura de luca entrou pela porta da frente, deixando-lhe imediatamente em alerta pois que diable! por que isabel não lhe contou a verdade? um olhar irritado foi lançado sem muito disfarce para sua mãe que recebia alegremente o presente bem pensado de luca e garantia-lhe rapidamente que seu cabelo estava em perfeito estado, como sempre. a mãe parecia um pouco tensa, mas talvez fosse por aquele imprevisto. e como se isso não pudesse ficar mais esquisito, a mais velha levantou-se, informando que precisava guardar o alimento para não estragar, embora mina suspeitasse mais que fosse para deixar ambos trocarem alguma conversa fiada e também preparar o lanche para servir com chá. “minha mãe sabia que você vinha?” perguntou de maneira direta. a verdade é que não havia muito o que fazer, considerando que a mulher não sabia dos últimos acontecimentos e deveria ainda presumir que a amizade dos dois continuava tão leve e fácil como sempre.
Luca se ajeitou na poltrona de forma desconfortável. O olhar lançado por Mina lhe indicava que não deveria estar ali e aquilo de certo machucava. Porque lhe mostrava que talvez jamais tivesse a oportunidade de concertar o erro, não deveria ter colocado a amizade em risco por ímpeto em beija-la, por mais que seu corpo clamasse por aquilo. Assentiu positivamente a pergunta. “Ela quem me convidou! Enviei uma carta depois da notícia do Jornal...” tratou de explicar rapidamente, não queria passar uma má impressão de que estaria se aproveitando da amabilidade da mais velha para tentar uma proximidade. Queria realmente descobrir mais sobre sua mãe ou o pergaminho. “Mas se te incomodar... eu não sabia que estaria aqui!” admitiu enquanto fazia sinal para a porta indicando que poderia ir embora. Queria que Isabel tivesse contado por cartas, mas segundo ela era uma conversa para ser feita pessoalmente. Suas mãos suaram e somente quando a viu se reaproximar esforçou-se por disfarçar o embaraço. “Ah obrigada!” agradeceu pelo chá pegando a xícara fumegante e assoprando “Eu prometi que ainda passaria no meu pai, não posso ficar muito...” aquela era uma grande mentira, mas dado as circunstâncias serviria. levou o líquido aos lábios bebendo em longos goles. “Eu não sabia que você e minha mãe eram amigas. Mas também, eu nem sabia que Iris era minha mãe!” seus olhos se arregalaram um pouco em ênfase e retraiu os ombros. Veja bem, Luca não era uma pessoa tímida nem de longe, mas aquela situação toda era confusa demais. “Eu achei um pergaminho atrás da foto na sala de troféus, de vocês duas... A Mina me ajudou a descobrir que era aritmancia...” quando se deu conta que poderia estar falando demais concertou em prontidão. “Na aula, nos escrevemos na eletiva mas sou péssimo! Não é Mina?” tentou pedir ajuda, mas se arrependendo em instantes. @liemina
8 notes
·
View notes
Photo
@astridhk
Waves (2019) Directed by Trey Edward Shults
851 notes
·
View notes
Photo
@buonarrot
#thats True Friendship™
56K notes
·
View notes
Text
buonarrot:
“É incrível como o pessoal da aula de arte vai perdendo o nível com o passar dos anos.” o tom zombeteiro não escondia como se sentia vislumbrando os desenhos dos colegas. “E parece que o pessoal que veio de Hogwarts consegue ser pior do que os que temos aqui. Se o tribruxo deles for tão ruim quanto os colegas de escola são em pintura, nós e Durmstrang vão ter uma vantagem tremenda no torneio.”
“Cabe a você presidente do clube dar um jeito nas coisas Giovanni! Um garoto quis me ensinar usar o giz pastel em crôquis e mal entende de anatomia básica pra fazer os esboços” revirou os olhos com aquilo. Estava longe de ser um perito em arte, mas se esforçava por aprender as técnicas para usar no ramo da moda, seu único objetivo com a aula extra. “Esse é seu jeito de demonstrar seu apoio ao seu tribruxo favorito? Você é tão doce Buonarotti!” se aproximou dando os saudosos beijos franceses em brincadeira. “Um doce bem azedo e quase incomestível, mas ninguém é perfeito!” brincou com ele.
2 notes
·
View notes