lylirodrigues

[lylirodrigues]

“- Te amo. - Por que você me ama? - Porque você é meu, te amo porque você precisa de amor. Eu te amo porque quando você me olha, eu me sinto um herói. Sempre foi assim. Te amo porque quando eu te toco eu me sinto mais homem do que qualquer outro. - Eu também te amo. - Por que você também me ama? - Eu te amo porque quando eu te toco te faço sentir mais homem do que qualquer outro. Eu te amo porque nunca poderão nos acusar de amor, eu te amo porque para entender o nosso amor é preciso virar o mundo de cabeça para baixo. Eu te amo porque você poderia amar qualquer outra pessoa e mesmo assim você me ama.”

— Do Começo ao Fim.

[lylirodrigues]

Tédio

Deitada no sofá, com as pernas pro alto e um roupão que mal cobre a solidão, olho pro teto como quem reza sem fé.

O gesso moldado nos cantos parece esculpido por mãos renascentistas entediadas. Imagino Bernini suspirando ali, escondido entre arabescos de poeira. Imagino Caravaggio, bêbado e furioso, manchando a claridade com sombras de sangue.

Queria pintar.

Transformar esse teto anônimo num céu profano, como os das igrejas esquecidas no sul da Itália — úmidas, decadentes, cheias de histórias e de fungos.

Afrescar o branco com santos caídos, mártires sensuais, Madalenas em êxtase e anjos trincados pelo tempo. Queria Michelangelo me guiando — ou talvez eu mesma, guiando o caos com pincel e desespero.

Também quis vinho.

Um Nero d’Avola espesso, que queimasse na garganta como confissão. Mas acabou. Toda e qualquer bebida foi tragada em noites anteriores, cada gole um acordo com a desistência.

E faz frio.

Um frio que raspa os ossos como escultura inacabada. Não vou sair. Não vou me vestir. Não vou comprar nada.

Vou ficar aqui, imaginando a pintura que nunca vai nascer, a música sacra que não ouço mais, o frescor das basílicas vazias onde o tempo escorre pelas paredes.

Não pinto mais.

Mas escrevo.

Escrevo como quem sangra devagar, como quem segura o fogo no colo e finge que não queima.

Mas queria.

Queria com a urgência de uma mulher diante da fogueira em Florença, vendo seus livros queimarem.

Queria com a saudade de uma catedral prestes a ruir.

[lylirodrigues]

Confissões de Pele e Desejo

Eu tenho vontades que não confesso em voz alta. Que ficam guardadas aqui, entre a pele e o pensamento, esperando alguém que saiba decifrar olhares, entender silêncios. Que sinta o arrepio no ar antes mesmo do toque acontecer.

Não é só sobre sexo. É sobre presença. Sobre estar inteiro. Sobre o calor que nasce devagar e vai tomando tudo. É sobre me perder em detalhes, na curva do pescoço, no jeito como a respiração muda, no som que escapa quando o prazer vem sem aviso.

Eu gosto de explorar, com calma ou com fome, depende do ritmo da entrega. Gosto de provocar. De olhar fundo, como quem diz sem palavras: “vem, sem medo.” Gosto de fazer alguém esquecer do mundo só com um beijo, um toque, um suspiro no lugar certo.

Mas também gosto de ouvir. De perceber o que faz a pele acender, o que arranca um arrepio sem esforço. Pra mim, desejo é diálogo. É dança. E eu gosto de dançar até o fim, até o corpo não saber mais o que é começo ou limite.

Talvez seja essa intensidade que me faz parecer perigoso, mas não sou. Sou só alguém que sente muito. Que quer muito. Que deseja com verdade. Que sabe a delícia de um prazer bem cuidado, bem entregue, bem vivido.

E se um dia você se permitir, se deixar, se abrir… vai entender. Que não é sobre ter, é sobre tocar. E que comigo, não se transa apenas com o corpo, se transa com tudo. Com a alma também

-Thato.

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sou incompreensível, talvez —

mas não por capricho.

há coisas em mim que vieram antes das palavras,

e ainda vivem onde nenhuma alcança.

às vezes sou luz,

mas é a que se acende dentro da tempestade.

sou silêncio que grita entre quadros,

sou o intervalo onde o olhar demora.

meus cabelos?

não são arte:

são a noite em sua forma mais pura,

lisos, longos, escuros —

como se a escuridão tivesse aprendido a cair devagar.

minhas pernas?

não dançam para aplausos.

elas sabem de ritmos que ninguém escreveu,

são Rodin inacabado —

movimento à beira do eterno.

há beleza, dizem —

mas não é moldura.

é impacto.

é a beleza que machuca e consola ao mesmo tempo,

como Frida pintando com as vísceras expostas,

e ainda assim, oferecendo cor.

já fui vitral gótico,

e me parti com elegância sob a luz da manhã.

já fui Nascimento em Botticelli,

mas também fui o fundo —

o mar que engole a deusa depois da espuma.

sou quadro que muda com a luz,

sou moldura que recusa fixação,

sou Degas no instante em que a bailarina escorrega,

e mesmo assim, permanece arte.

cheiro de Natal?

sim —

há em mim os sinos da infância,

as toalhas bordadas de avó,

o açúcar no ar das manhãs claras.

sou feita dessas memórias

que não se compram,

só se guardam.

se pareço inexplicável,

é porque fui criada na ausência de manuais.

sou rascunho sagrado,

sou o tipo de beleza que não se entende —

se sente, ou se perde.

e se há um plano à espera,

não esquece:

não sou linha de chegada,

sou travessia.

só falta eu querer, você diz —

então ouve, no fundo do peito:

eu quero.

não por escolha, não por acaso,

mas porque não há mais lugar onde a minha ausência se faça.

e quando eu for,

não será de partida —

será a marca do que ficou,

a dor suave que se guarda como desejo.

[lylirodrigues]

Eu adoraria ser tua pessoa favorita… Eu adoraria ser a pessoa que você pensa ao acordar e antes de dormir. A pessoa que você ama ouvir a risada, que te faz sentir que a vida vale muito a pena ao encontrar alguém que possa te amar do jeito certo. Queria ser aquela que, após um tempo distante, te abraçaria forte e sentiria que, no abraço, o tempo e a saudade numa existiram.

Eu adoraria ouvir a sua voz pronunciando meu nome, e, de preferência, meu apelido, que soa tão sexy no seu áudio. Eu adoraria te ouvir cantando, sua voz falando qualquer coisa, até mesmo o que te deixou estressado ou algo engraçado que aconteceu no seu dia…

Eu te amaria de 31 de janeiro a 1 janeiro e continuadamente, todos os dias, em cada pequeno gesto, em cada palavra. Adoraria ser teu abrigo, teu porto, teu sorriso preferido.

Cada vez que eu te encontrasse, sentiria aquele frio na barriga, como se fosse sempre o primeiro encontro. Eu morreria de saudade pela distância, mas não hesitaria em sair do trabalho numa sexta-feira às 13h, apenas para correr até você, te abraçar e passar o fim de semana ao seu lado. E, no domingo à noite, voltaria para minha cidade, e desde já, morrendo de saudade.

Eu adoraria te mostrar lugares bonitos, cozinhar para você, ser tua pequenininha, ser o teu tudo em forma de pessoa.

Quero que você possa se entregar novamente, quero ser teu amor puro e te amar da forma mais bonita, da forma que você merece ser amado.

E se você também me quiser, eu te daria o meu coração inteiro, sem reservas.

[lylirodrigues]

Pedi ao Chatgpt que criasse algo com "Eu te amo" em outras línguas:

"Eu te amo" em diferentes idiomas: uma declaração universal

Je t'aime. I love you. Te amo / Te quiero Ti amo / Ti voglio bene

Cada uma dessas palavras carrega um peso único, uma história e um sentimento profundo.

O francês, com sua suavidade e romance, diz "Je t'aime", como se cada sílaba fosse uma carícia.

O inglês, direto e claro, diz "I love you", simples, mas carregado de emoção sincera.

No espanhol, o "Te amo" ou "Te quiero" expressa um amor intenso, quente, como o fogo que arde.

E o italiano, com sua musicalidade, revela o "Ti amo" ou "Ti voglio bene", um gesto de carinho que envolve a alma.

Por mais que as palavras mudem, o significado permanece o mesmo: um sentimento que transcende as barreiras da linguagem, do tempo e do espaço. Porque, no final, quando se diz "Eu te amo", em qualquer idioma, a essência é a mesma.

Chatgpt

[lylirodrigues]

As pessoas de hoje em dia são superficiais. É errado demonstrar sentimentos, ser intensa demais.

"Você não deve ser assim."

"Você não deve sentir."

"Você está errada."

"você tem problemas emocionais ou psicológicos?"

A intensidade é vista dessa forma, como uma vergonha, como algo errado. Mas eu quero o amor. O amor me motiva, o amor me faz rir. O que é uma vida sem amar algo? Sem ficar feliz com o simples prazer da chegada de alguém? Com o frio na barriga, com o som da voz, com ver algo e lembrar da pessoa. Não sei ser contida, não sei amar menos. Isso é como a morte para mim: esconder todo o sentimento que sou.

Lyli Rodrigues

(Texto autoral)

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We fight. You tell me when I'm being an arrogant son of a bitch… and I tell you when you're being a pain in the ass. Which you are, 99 percent of the time. I'm not afraid to hurt your feelings. They have like a two-second rebound rate… and you're back doing the next pain-in-the-ass thing. So it's not gonna be easy. It's gonna be really hard. We're gonna have to work at this every day… but I want to do that, because I want you. I want all of you, forever. You and me, every day.

Noah & Allie THE NOTEBOOK│2004

[lylirodrigues]

"It's a long story."

"I have time."

Bem, havia algum tempo em que eu não escrevia, mas ao ver essa imagem, por um momento, senti uma saudade de me expressar de forma plena, de me conectar verdadeiramente, de não deixar o "eu intenso" ficar guardado. O "eu" que se entrega ao amor, às trocas cheias de afeto, à disponibilidade de estar presente, olhando nos olhos, sentindo a intensidade do momento…

Paciência e presença: momentos em que podemos compartilhar com o outro, sem pressa, sem interrupções. Estar ali, de corpo e alma, oferecendo nossa atenção e energia, criando uma conexão genuína. Mais do que palavras, é sobre o que sentimos e trocamos em cada gesto, cada olhar, cada silêncio compartilhado.

A "intensidade" aqui não precisa ser algo grandioso ou turbulento; é o simples e profundo prazer de estar junto, de escutar com carinho, de estar disponível para criar uma comunicação que vai além da superfície. É um encontro que envolve todos os sentidos, onde as palavras se tornam apenas uma parte do que se transmite.

It had been some time since I last wrote, but upon seeing this image, I felt a sudden longing to express myself fully, to truly connect, to not let my "intense self" remain hidden. The "me" that surrenders to love, to exchanges full of affection, to the willingness to be present, looking into each other's eyes, feeling the intensity of the moment...

Patience and presence: moments when we can share with the other, without rushing, without interruptions. Being there, body and soul, offering our attention and energy, creating a genuine connection. More than words, it’s about what we feel and exchange in every gesture, every glance, every shared silence.

The "intensity" here doesn’t have to be something grand or turbulent; it’s the simple and profound pleasure of being together, of listening with care, of being available to create communication that goes beyond the surface. It’s a meeting that involves all the senses, where words become just one part of what is exchanged.

Texto autoral: Lyli Rodrigues

[lylirodrigues]

Muito se fala sobre felicidade, mas o que se diz sobre o vazio?

Sobre a estranheza de não se sentir pertencente a lugar algum?

Sobre viver uma vida automática, em que parece que você não vive... Você seria um robô? Máquinas não choram e não sentem nada.

Há um turbilhão em mim e eu gostaria de conseguir soltá-lo. O tempo está com um céu totalmente cinza, e isso parece combinar com o meu íntimo. Eu gosto dos dias cinzas e frios.

Oh, eu sinto muito e, por alguns momentos (raros, talvez), eu não sinto nada.

Estou observando o tempo. A chuva cai, e enquanto ela caía forte, parecia reconfortante, mas agora ela parou. Eu não queria que o sol aparecesse hoje. Gostaria que hoje fosse um dia reconfortante e que a chuva transbordasse o que eu não consigo transbordar.

Para onde vai o amor depois que o fim se aproxima? E você, para onde vai?

Você não se sente cansado?

Para onde você gostaria de ir nesses momentos em que tudo desanda?

O que fazer quando você não tem nada a dizer? Quando você se auto-silencia?

O que fazer com as suas dúvidas? Você consegue se encontrar?

E aí, voltamos ao começo daqui, o primeiro post...

"Sinto muito, eu não consegui te amar o suficiente esses dias..."

Junto com "eu não consegui me amar o suficiente também esses dias"... É hora de voltar para o princípio e tentar se reconectar.

-As lágrimas dela.

Lyli Rodrigues

(Texto autoral)

[lylirodrigues]

Acho que talvez as pessoas nunca entenderão a solidão que vem de dentro, a solidão da alma, da minha alma. Sobre como elas acreditam que estar presente em alguns momentos seria o suficiente, sobre ter pessoas ao redor, mas ainda assim continuar me sentindo sozinha. Acho que isso vai além. Estou só.

Talvez o amor pudesse preencher a solidão que habita em mim, um amor que transbordasse, que ocupasse cada partícula, que consumisse e me mostrasse um lindo pôr do sol numa tarde de verão, e, com aqueles olhos claros, sorrisse para mim, como se eu fosse tudo. Mas continuo sozinha, ouvindo o som da chuva, vendo as gotas escorrerem pela minha janela. Estou só...

Enquanto os pensamentos consomem minha mente, enquanto a pele queima e a alma se esgota. Inconsolável. O amor não é para mim.

O silêncio estrondoso na casa, na rua, enquanto ouço "Caruso" e tomo um vinho...

Lyli Rodrigues

(Texto autoral)

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