m-ari-ano-libriano

[m-ari-ano-libriano]

-Sobre as dores?

existem várias, da alma, do corpo, do coração, dor moral, dor pelo outro...a vida em si é dor, eu? Sinto a dor da saudade, que também é uma forma de cor convencida, aquela dor que precisa se sentida pra passar, não tem remédio que cure, milagre que faça, é só aquilo ali mesmo faca na carne quente, tecido rompido, vermelho escarlate. A dor que faz morada em mim se apresenta sempre quando ninguém ajeita os travesseiros, as risadas altas que fazem tanta falta, o perfume, que saudade daquele cheiro, daquele sabor, daqueles olhos, me afogo em lembradas armagas que antes eram doces. Romper com o passado é quase como ter que nascer de novo, ouvir o próprio grito de choro confuso, vindo de pulmões novos que experimentam o ar pela primeira vez. Com sorte, antes do fim dessa vida alguém me inventa uma máquina do tempo, caso não, cabe a mim o ardoroso processo de me perdoar.

Feliz aniversário dor, lhe desejo pouquinhos anos de vida e que logo se vá

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eu me devo: desculpas paciência amor.

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Eu era alegre como um rio

Um bicho, um bando de pardais

Como um galo, quando havia

Quando havia galos, noites e quintais

Mas veio o tempo negro e a força fez

Comigo o mal que a força sempre faz

Não sou feliz, mas não sou mudo

Hoje eu canto muito mais

Muito mais! 🙂

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Não há, como ela não há, posso continuar procurando, mas não tem. O beijo quente a pele macia, os detalhes, os carinhos, o cheiro, sentirei eterna falta. Foi um sonho bom, mas infelizmente acordei. A vida tem dessas coisas, meu jovem, tem dessas coisas.

Mas evite comparar, é melhor evitar...

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[m-ari-ano-libriano]

As vezes é cansativo tentar, insistir, continuar, confiar em si próprio, você vai sentir da cabeça a ponta dos pés.

No início a dor vai te virar do avesso, depois menos, depois menos ainda, a vida não é fácil mas também não é sempre tão ruim assim, levante a cabeça e faça a sua parte até onde der, depois se não der mais, viaje, crie asas e voe, ninguém é de ferro meu jovem, ninguém é de aço, nenhum merece sofrer tanto assim, pegue as asas e voe.

Talvez num planeta, numa ilha, numa Marina, você encontre algo pra cintilar a vida!

[m-ari-ano-libriano]

A saudade é um pedaço de mim

Torno-se parte do meu cansado corpo

Meu mais novo membro

Vitalício e aparente

Quem me conhece, sabe

Quem me vê, logo nota

A saudade pesa, pesa tanto que cansa carregar

Ela parece ter uns séculos, sete mares inteiros, quatro ou cinco planetas de peso

Mas eu aguento, mais do que falta, talvez seja também castigo.

[m-ari-ano-libriano]

Eu acredito que todo mundo tinha gozar mais, sabe? Sentir o prazer com mais vontade, sabe aquele encontro por acaso? Aquele momento que a música favorita toca? Aquele dia frio no domingo? Aproveita!

Dá aquele beijo de verdade, se entrega ao momento, não fica aí juntando pensamentos no depois, no amanhã, no daqui a pouco.

Se prenda no agora, nesse instante e goze!

[m-ari-ano-libriano]

Eu não bebo, mas com você aceito um vinho

Eu não fumo, mas com você dou um trago

Eu não sou rico, mas com você me sinto afortunado

Como você tudo faz sentido, eu sinto.

[m-ari-ano-libriano]

Tudo outra vez, o que vemos é a profunda transformação do corpo, novas possibilidades para braços e pernas, uma nova dança para o tronco, mulher cansada deitada sobre a cama larga em vasta necessidade de apertos e massagens. Tua pele limpa, quente, derrete de desejo na palma das mãos, um cheiro doce invade o quarto enquanto o vinho corre nas veias se misturando com o desejo.

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[m-ari-ano-libriano]

Tenho em mim todos os sonhos do mundo, dizia Pessoa, o Fernando. Amigo, sinto que lhe copio, entretanto ando tendo poucos sonhos e não cabendo em lugar algum.

[m-ari-ano-libriano]

Preciso de um tiro

Um tiro no peito

Que mate o que sinto agora

Preciso de um fim

De Semana

De cena

De papo

Preciso exorcizar seus demônios

Desapegar do conto

Das fadas

Por a mão nas facas

Me cortar

Recortar

Reciclar

Recriar

Reviver

Refazer

Retomar

Seguir

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Amo amar-te

Presentemente

Nas paralelas

Sujas de batom

Alucinando

Tudo outra vez

Na divina comédia

Comentando

sobre John ser

Um sujeito de sorte

Que na hora do almoço

Tem seu pequeno

Mapa do tempo

De retórica sentimental

E medo de avião.

-devaneios de Ana.

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Eu sou um bom partido

Um rapaz partido

Mas bem partido

Partido da parte que me era ruim

Partindo para uma nova parte

Seja aqui ou em marte

Partir é necessário para se chegar

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[m-ari-ano-libriano]

Você é a parte que nunca faltou

É a primeira vida

Tem sentido como fórmula, com a física, fundamental como água

Você é muito e por vezes fui tão pouco

E estava lá como lua e também como planeta

Parte I