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mabsverse · 3 months ago
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Akk já enfrentou diversas situações inusitadas como um caçador de vampiros. Mas nada, em seus poucos anos de vida, se comparava ao fato de virar um gogoboy.
O tailandês seguia um modus operantis:
Assim que uma pista surgia sobre algum vampiro, Akk se colocava em ação, fazendo pesquisas para então se infiltrar. Isso nunca foi a pior parte, o difícil era descobrir o que acontecia e os vampiros, para então exterminar todos. Porém, nunca, em sua curta carreira de caçador, imaginou que estaria num lugar como aquele.
Com um longo suspiro, Akk terminou de passar o olho em seu peitoral quando ouviu a voz de Damon ecoar pelo corredor. Ele não precisou olhar para trás para saber que aquele tom doce carregava uma intenção muito menos inocente. Colocando a blusa de botões branca, começou a abotoa-los.
— Quanta consideração, chefe. — Sua voz era baixa, carregada com um leve desdém, mas perfeitamente controlada. Ele virou-se para encarar o outro, os olhos escuros avaliando-o com um misto de indiferença e cansaço. — Se queria me ver sem roupa, devia ter chegado mais cedo. — o canto de sua boca ergueu-se levemente em um sorriso sarcástico enquanto ele pegava sua jaqueta do armário, fechando a porta com um clique seco e virando-se para o outro.
— No que posso ajudá-lo? Ou melhor, ao que devo a honra de sua visita tão cedo? Se foi só para me ver nu, posso considerar uma taxa extra para um show privado… — riu baixo, sem humor.
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this is an closed starter with akk pakin / @mabsverse
A rotina de Damon era uma coisa bem incomum, o fato de ter uma casa noturna servia como uma boa desculpa, mas sempre ouvia o comentário de seus vizinhos de como ele estava pálido e como parecia precisar de um pouco de sol. Mal sabiam eles que o sol poderia simplesmente destruir o seu corpo inteiro. O jovem vampiro deixou o seu apartamento e seguiu até a casa noturna naquele caminho que conhecia muito bem, o prédio onde ficava o seu estabelecimento iniciava as atividades assim que o sol sumia do céu e só fechava quando sol dava os primeiros sinais da volta, sendo o vampiro o primeiro a deixar o lugar e confiando em seu gerente de que fecharia tudo mesmo sem ele por lá.
Ao chegar, fez a primeira conferência da noite, as bebidas na adega, se a cozinha estava funcionando bem e se todos os funcionários do quadro estavam na ativa, gostava que o local fosse um dos melhores e tudo deveria estar funcionando bem. E então percebeu a falta do seu melhor go go boy, se dirigindo até o vestiário a procura da figura que fazia muitos irem até lá só pra vê-lo tirando a roupa ou dançando seminu. "Senhor Pakin..." Chamou docemente enquanto caminhava pelo corredor onde ficavam os armários com as roupas e os pertences de seus funcionários. "Espero que esteja vestido..." Olha, essa coisa de chefe envolvido com funcionário era algo que não era bem visto pela sociedade, mas Damon achava aquele cara um gostoso e adorava vê-lo rebolando em cima do palco, só não precisava dizer isso em voz alta, ainda mais que os dois não tinha uma boa relação e as provocações de Damon não eram muito bem vindas. "Ou bem... não me incomodaria se não estiver também" Sorriu de canto.
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mabsverse · 3 months ago
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O ar daquela noite estava mais denso que o comum, e só por essa mudança de atmosfera, Minho sabia que algo iria acontecer.
Híbrido, filho de pai humano e uma mãe demoníaca (em muitos sentidos), aprendeu cedo que o equilíbrio entre duas naturezas era mais que uma luta interna — era uma arte. Uma arte que ele dominava com a mesma destreza com que gerenciava a galeria de fachada que comandava, na qual se retirava a passos tranquilos durante aquela noite.
Já havia notado a presença do estranho quando estava a poucos passos de seu carro, mudando sua trajetória para uma caminhada noturna sem muito rumo. Seguiu pela rua a passos leves, medidos, tentando averiguar onde o homem mascarado o seguiria. quando notou que nao se livraria tão facilmente de sua nova sombra, o minho mudou a estratégia, o levando a áreas mais conhecidas
Ele se virou devagar, analisando finalmente a figura mascarada que a seguia, seus olhos indo de encontro aos vermelhos do outro.
— Boa noite. Sim, sou Minho, mas… Presumo que não esteja aqui para falar sobre arte, estou certo?
Sua voz não soava ameaçadora, mas carregava um tom firme demais para ser apenas cortesia. Os olhos de tom roxo — ainda discretos — refletiam a luz do poste do beco sem saída que se encontravam. Minho deu um passo à frente, com as mãos nos bolsos do sobretudo.
— No que eu poderia ajudá-lo?
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ꕤ Close starter: @mabsanxious ꕤ
Era surpreendente como o trabalho daqueles irmãos eram muito mais famoso do que os mesmos esperavam quando abriram o negócio. Serviços mais espontâneos e imprudentes ficavam por conta do mais novo, enquanto o mais velho tomava conta do trabalho mais cauteloso.
Escolhia os dias com garoa e sempre em um horário mais noturno, assim podia andar pelas ruas de máscara e com os olhos avermelhados sem chamar a atenção. Carregava um pequeno mapa da cidade e algumas fotos do seu alvo: um rapaz de aparência comum. A cliente jurava que era um demônio que havia a manipulado. Porém eram descrições muito amplas e sem nenhum embasamento completo. Acontecia com bastante frequência. Por isso cabia a Diego descobrir a verdade disso.
Carregava sua katana nas costas, se locomovendo até um prédio de vidro. Pelo menos esse era o endereço que havia recebido da cliente, um prédio comercial na parte central da cidade. Pelo visto apenas pessoas importantes frequentavam aquele ambiente. Aguardou até o alvo sair do local, o reconhecendo imediatamente, o seguindo com uma distância considerável.
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Aguardou até ficarem apenas sozinhos no local mais deserto possível, até parecia que estava sendo conduzido a isso. - "Boa noite. Por acoso o senhor é o Senhor Min Ho?" - abortou educadamente.
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mabsverse · 4 months ago
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Perséfone nunca fora conhecida por ser uma mulher medrosa. Pelo contrário, possuía mais coragem do que muitos. Ainda assim, a situação não era nem um pouco favorável ao homem à sua frente.
Fechando o robe de seda ao redor do corpo e adotando uma postura mais imponente, ela o observou novamente, intrigada. Ele tinha uma beleza noturna, sombria e cativante, combinando com o aroma que carregava consigo. Nunca o havia visto por aquelas bandas, e, considerando a hora e a temperatura, era surpreendente encontrar alguém na rua.
O pedido dele a pegou de surpresa, desfazendo um pouco de sua postura rígida. Com passos lentos, caminhou até o portão que os separava e o abriu, permitindo sua passagem.
— Por favor, sente-se. Vou trazer algo para você.
Ela indicou a mesinha de ferro no meio do jardim florido. Com um breve sorriso e um aceno de cabeça, entrou em casa.
Perséfone sabia o quão terrível era a sensação de fome, e por isso não teve coragem de negar ajuda, mesmo que o desconhecido parecesse suspeito. Subindo as escadas até a cozinha no segundo andar, preparou-se para atender seu visitante. O frio da noite a fez, por instinto, colocar água para ferver para um chá. Ainda restavam sobras do jantar, então montou um prato com arroz, carne salteada e legumes. Preocupada que não fosse o suficiente, adicionou um pequeno cacho de uvas e uma maçã. Quando a água atingiu fervura, despejou-a em um bule com sachês de chá de frutas vermelhas, um de seus favoritos.
Em menos de cinco minutos, Perséfone retornou com uma bandeja repleta de itens, um sorriso discreto nos lábios. Colocou-a sobre a mesa e serviu o chá para ambos antes de se sentar.
— Por favor, coma à vontade.
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Aproximar-se de um desconhecido daquela forma, no meio da noite, certamente não era a melhor maneira de cortejar.
Mas Hades nunca fora conhecido por seu tato social.
Além do mais, havia algo… Demorou um instante para perceber, mas não estava falando com uma mortal, estava? Talvez estivesse apenas cansado. Ainda assim, havia algo sibilante no ar, algo que escapava à compreensão imediata.
— Fechados? — ecoou. E ele desviou o olhar. Foi quando ele percebeu a placa de entrada da loja. Mas isso não bastou para arrancá-lo da sensação de deslumbramento. A jovem ainda assim parecia quase etérea, um espectro entre as flores do jardim. Quase uma Ninfa. Uma Ninfa teria reconhecido sua aura, no entanto. E teria fugido do peso de estar perto do deus dos mortos.
Coçou o pescoço, um gesto inquieto e incomum, como se tentasse se humanizar. Havia algo na voz dela—um vibrar sutil, oscilando entre interesse e medo.
Por favor, não fuja.
Mas, claro, essas palavras jamais deixaram seus lábios.
Se estivesse diante de uma alma caridosa—e imprudente o bastante para ignorar o perigo—talvez pudesse apelar para a compaixão.
— Desculpe... teria algo para eu comer? — disse, por fim.
Seu longo casaco preto parecia ainda mais surrado sob a luz fraca. E, dessa vez, ele não se moveu, apenas aguardou a resposta.
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mabsverse · 4 months ago
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Irene sentiu o peso no ar assim que as palavras de Wei Feng ecoaram. Num instante, seu jeito suave e o bom humor diante da situação inusitada se dissiparam. Real ou não aquela história de ser um deus, ele estava ali, bem diante dela, e parecia prestes a perder o controle. E, definitivamente, ela não morreria numa caverna perdida no meio do nada.
— Ok, já entendi.
O lunático ainda segurava seu pulso, o que a incomodava profundamente. Mais uma vez, tentou se soltar, sem sucesso. Soltando um suspiro impaciente, agarrou a mão de Wei Feng num gesto sutil, mas carregado de intenção.
— Imagino que você seja carente há algum tempo, mas não crie esperanças. Você definitivamente não faz meu tipo. Eu gosto de homens bonitos.
Contrariada com toda a situação, Irene seguiu em direção à saída. Talvez, lá fora, finalmente se livrasse daquele maluco.
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Novamente, o olhar da moça contradizia palavras. E o amargor dele que até então era voltado para a situação como um todo, se focou nela.
Era um mestre de guerra. Lia soldados como um livro. Previa as intenções dos inimigos com a mesma clareza com que enxergava a garota.
Não foi ignorando sinais que ascendeu à divindade. E certamente não foi acreditando em tolices que se fortaleceu.
Apesar disso, e considerando seu espírito elevado, talvez não tivesse se ofendido com tanta facilidade se não tivesse acabado de despertar.
— Não teste minha paciência — ele disse, grosso. E infeliz.
Ainda estava tentando entender como foi parar ali... que artimanha dos deuses o colocaram naquele lugar. E como que, se os deuses haviam criado essa prisão com uma formação de runas, não haviam sentido e vindo checar a movimentação—
Wei Feng não soltou o pulso da moça. Mas um estalar de dedos fez com que a barreira desaparecesse, sem deixar vestígios.
Suas palavras foram ásperas, densas, seu olhar escurecido a encarava, aguardando.
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mabsverse · 4 months ago
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Perséfone, uma deusa que perdeu sua memória, e acredita fielmente que uma florista órfão, já que seus pais morreram cedo num acidente de trânsito. 
Perséfone estava finalmente pronta para dormir, envolta em um longo robe de seda branca, quando, subitamente, sentiu uma vontade irresistível de tomar um pouco de ar.
Apesar de passar os dias cercada por jardins devido ao seu trabalho, ela nunca se cansava de estar entre as flores. O perfume, as cores, a delicadeza de cada pétala — tudo a fazia lembrar de sua mãe, que, quando ela era criança, sempre a comparava à primavera.
Como morava no segundo andar de sua floricultura, decidiu aproveitar o momento para passear pelo jardim florido e observar suas plantas. Caminhava devagar pelo quintal, admirando os botões recém-abertos, quando um aroma distinto chamou sua atenção.
Era uma mistura envolvente de dama-da-noite e romã, despertando seu olfato apurado. Flores e frutos sempre foram seus aromas favoritos, e aquele, em especial, parecia mais intenso do que o normal...
Foi então que uma silhueta, iluminada pelo luar, chamou sua atenção, fazendo seu coração disparar. Parte pelo susto de ver alguém tão perto àquela hora da noite, parte pela própria presença daquela figura.
Perséfone respirou fundo, tentando manter a calma, e disse:
— Sinto muito, mas já estamos fechados, senhor.
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starter aberto! (inspirado no conto de hades/perséfone) hades raramente deixa o submundo, não se interessa muito pelo Olimpo e muito menos pela vida na superfície. ou pelo menos era assim... até o momento em que se deparou com a criatura mais linda que já vira. amor mútuo à primeira vista? uma obsessão? platônico? bem, até mesmo hades, que é muito mais cortês que os irmãos, não está pronto para ser rejeitado.
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De tudo que já havia visto no mundo, Hades não se lembrava de algo que havia feito sua alma gelada estremecer. Mas ali estava. E era de natureza encantadora.
Sinceramente, até então, superfície sempre lhe parecera caótica, viva demais, um reino onde o tempo se movia de forma impiedosa. Mas agora, enquanto seus olhos capturavam aquela visão, havia uma estranha hesitação em sua alma imortal.
O vento noturno carregava o perfume da terra recém-molhada, e causava o farfalhar suave das folhas. A luz do luar desenhava contornos suaves ao redor daquela figura, banhando-a em um brilho prateado, quase etéreo. Algo nela—ou talvez no próprio momento—tinha um peso diferente, algo que escapava da lógica fria a que estava acostumado. O deus do Submundo raramente se permitia a curiosidade, mas agora, ela o puxava, atraía.
Ele permaneceu ali, imóvel, enquanto o mundo ao seu redor parecia aguardar. Como se até os deuses precisassem de um fôlego antes do inevitável.
Mas algo era fato: ele não conseguia tirar os olhos dali. Se ele tivesse sorte, sua essência antiga e impiedosa não espantaria aquela criatura que tanto o interessava.
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mabsverse · 4 months ago
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Os olhos de Irene analisavam atentamente a figura à sua frente. Cada detalhe do rosto dele era único, causando um estranho desconforto nela. Ele era bonito demais para ser real… e real demais para ser um sonho.
Sua mão apertou novamente o braço de Wei Feng, como se quisesse confirmar sua existência, mas parou assim que sentiu o toque gelado segurando seu pulso. Seu coração martelava tão forte contra o peito que ela temia que ele pudesse senti-lo por meio daquele simples contato.
Eu estou fodida.
Na sua frente, havia um homem vestido de forma imponente, com um cabelo longo e sedoso, traços incrivelmente belos e uma postura impecável — e que, além de tudo, afirmava ser um mestre da guerra. Ele parecia real. Ele era real. Fazia paredes de gelo surgirem do nada, não sabia o que era um celular, se chamava Wei Feng…
— Meu Deus, eu só posso estar drogada. — Murmurou, livrando-se do toque dele e levando as mãos à cabeça antes de se agachar.
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Essa era a única explicação possível para tudo aquilo. Mas Irene nunca havia se envolvido com nada do tipo. Na verdade, até odiava quando Lin Jun fumava perto dela. Como poderia ter se deixado levar assim?
Não. Não. Aquilo não era culpa dela, nem poderia ser. O problema era o lunático à sua frente, cheio de histórias mirabolantes e truques baratos para enganar pessoas inocentes como ela, que obviamente tinham bom coração o suficiente para ajudá-lo. Não tinha outra saída: ela precisava dar o fora dali.
Levantou-se, respirando fundo, antes de olhar para o homem.
— Seu Shenjun… — começou, adotando um tom educado, mas calculado. — Para que eu consiga te mostrar alguma coisa, preciso que você remova essa barreira. Que tal fazer isso, hein?
O plano estava pronto em sua mente: assim que Wei Feng derrubasse aquela imitação barata de parede de gelo, ela o xingaria de lunático e correria como se sua vida dependesse disso.
Já havia falado com oráculos que pareciam saber tudo que já ocorreu e tudo que viria a ocorrer no mundo. Possuía, também, um espelho com o qual poderia ver e falar com alguém que tivesse o par deste. Mas nenhum, apesar de imbuídos de energias que costuravam a existência na terra, eram tão estranhos quanto aquele que a jovem manipulava.
Na imagem registrada, a cara de confusão de Wei Feng olhando para Irene era óbvia e até inocente. Algo que se manteve enquanto ele observava o 'momento registrado'.
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Ser tocado foi uma sensação estranha, e algo que o puxou para olhar para ela novamente. O que ela fazia? Ele não se lembrava da última vez que fora tocado. Era um deus, seu corpo era considerado sagrado por si e tantos outros. Um templo que exercia a guerra. Focado em artes marciais e na espada, que esculpiram os músculos de seu corpo ao decorrer dos séculos.
Quando falou novamente, sua voz continha um amargor evidente:
— Isso com certeza explicaria esse mundo estranho.
Nisso, seus dedos longos e gélidos buscaram o pulso dela. Mas não a afastou. Apenas parecia estudar, analisar,... pensou, por um momento, que talvez estivesse preso em algum tipo de ilusão.... faria sentido, afinal. Uma armadilha para que acreditasse estar livre.
— Preciso que me mostre o mundo em que estamos — disse então. — Agora.
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mabsverse · 4 months ago
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Irene achou a reação alheia engraçada, principalmente a maneira desajeitada que ele lidava com o aparelho, o que fez um leve sorriso surgir em seu rosto - o primeiro verdadeiro em muito tempo.
— Isso é um celular. Um aparelho muito útil, devo dizer. Consigo ver informações sobre todo o mundo, falar com pessoas distantes, registrar momentos importantes. Quer ver? — a garota tomou de volta o aparelho, se aproximando mais de Wei Feng e então tirando uma selfie juntos, com um rosto sorridente. Admirando a foto, ela a mostrou ao outro, quando pouco a pouco seu sorriso radiante foi diminuindo e sua ficha finalmente caiu.
A mão de Irene foi direto ao braço do homem, o apertando com certa força, sentindo o tecido e a musculatura contra seus dedos. Ele parecia bastante real para um sonho… Uma risada escapou da garganta dela, pouco desesperada. Em sua mente, voltou a sensação de frio e o toque gelado que sentiu quando tocou a parede que a impediu de sair… Isso não pode ser real, até parece. Pensou. Era possível ver nas feições da morena todo o dilema interno que acontecia dentro de sua cabeça. 
— Wei Feng, eu preciso que você me belisque. — disse num tom bobo, um tanto aéreo de quem não estava acreditando no que estava vivendo. — Porque acho que estou sonhando…
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Isso significava que a moça ao menos havia ouvido falar?— mas não se delongou muito em seu pensamento, pois não teve tempo. Aliás, até mesmo as explicações que ela deu quase foram perdidas, uma vez que a atenção dele se virou para o estranho objeto que ela manipulava.
Curioso, ele se inclinou.
Isto é, antes de, sem cerimônia, surrupiá-lo para si—com a destreza desajeitada de quem não sabia manuseá-lo, ao contrário de qualquer outra pessoa.
— O que é isso? — demandou, exasperado. Sua mão fazendo com que a tela piscasse, e o mapa desaparecesse, dando lugar ao que parecia ser uma pintura um tanto quanto realista que ele não tinha ideia de onde havia surgido...
A moça bem que havia usado termos estranhos... seria ela uma bruxa? Talvez outra divindade, uma que ele não conhecia?
Certamente ele sentiria se fosse o caso. Afina, uma essência imortal reconhecia a outra, mesmo que não soubesse dar um nome próprio.
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mabsverse · 4 months ago
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Agora que não tinha para onde fugir, Irene finalmente parou para analisar o homem à sua frente. As vestes longas e fluídas em tom escuro eram bonitas, quase como se tivesse sido tirado diretamente de algum drama; os cabelos longos combinavam incrivelmente com o rosto que com toda certeza lhe dariam o face card para ser visual de qualquer grupo de K-pop ou C-pop. Era um homem estranhamente muito bonito…para se encontrar um templo em ruínas como aquele. 
Como posso pensar em beleza? Eu estou presa com um homem cabeludo que faz mágica. Onde você se meteu, Irene?! pensou, xingando-se mentalmente por se distrair tão facilmente apenas por um rostinho bonito.
— Wei Feng… — a morena repetiu, já que o nome lhe trazia um leve alarme no fundo de seu cérebro, mas como tinha uma memória ruim, nada lhe vinha à mente de imediato. — Sinto muito, mas acho que o senhor não é mais tão famoso assim… — como sempre, a boca de Irene era maior que seu bom senso, e ela se segurou para não fazer uma careta ao notar o que havia feito, dando leves tapinhas sob os lábios. — Mas sou uma pessoa sem muita cultura, não leve o que digo em consideração. — tentou contornar, balançando as mãos com um sorriso no rosto.
Eu estou perdida. Irene soltou um suspiro, um tanto exasperada pela situação, seus ombros caindo pelo cansaço que tudo aquilo estava a fazendo sentir.
— Depende de qual informação exatamente você quer, senhor… — respondeu, pegando seu celular no bolso, para abrir o aplicativo de localização. Aproximando-se dele, um tanto receoso e mostrou a tela. — No exato momento estamos num antigo templo que está em ruínas, no interior de um vilarejo chamado Wutai. Estamos no interior norte de Zhõng guó, mas comumente chamado de China. — ela mostrava no mapa as regiões comentadas.
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Fa...? Seria a mesma...? De fato, havia uma semelhança física com uma certa guerreira que ele abençoou há muito. Uma que desafiou seus pares de forma nunca vista. Uma que, por um tempo, possuía olhos que discordavam de seus valores e postura, com uma cortesia breve, treinada, atrapalhada. Podia ver os respingos disso em Irene. Decorada com esses termos que pareciam ter sido inventados para distraí-lo—
De qualquer forma, a garota se dizia ao seu dispor.
Ótimo, pois precisava mesmo de uma serva para lhe mostrar o que havia perdido. Para contar sobre o mundo que não mais o conhecia.
— Shenjun, — disse. Um título para uma divindade, lorde imortal — mestre de guerra, Wei Feng.
Houveram anos que seu nome era reconhecido. Venerado. Referido como um deus. Mencionado em histórias e cantigas que misturavam seus feitos épicos com as requintadas de um bom contador de histórias. Ele estreitou os olhos, como que observando atentamente a reação da jovem ao seu nome.
Isso até seu olhar focar em alguns inscritos não muito longe de ambos, cravados nas paredes amadeiradas. Pareciam tão velhos...
— Onde estamos? — a pergunta veio mais humana, carregada por um momento raro de incerteza. Confuso, como alguém que havia sido lançado ao mundo sem aviso.
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mabsverse · 4 months ago
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Irene tinha um corpo esguio e ágil, mas, depois de passar meses parada, esperar que seus reflexos fossem tão bons quanto antes era um pouco demais. Havia conseguido uma distância aceitável quando uma lufada de ar gélido a atingiu, bloqueando seu caminho. Um arrepio percorreu seu corpo, fazendo os pelos de seus braços se eriçarem e sua boca tremer por causa do frio.
Como é que eu sempre me meto nesse tipo de situação? pensou, levando a mão até a grande parede de gelo à sua frente. Ao tocá-la, fez uma careta, já que parecia tão real. Tomando coragem, ela se virou para o homem e estampou no rosto um belo — e completamente falso — sorriso.
— Claro, senhor. Fa Irene, ao seu dispor. — Fez uma saudação formal, do jeito que sua avó costumava fazer ao visitar templos quando ela era mais nova. Endireitou-se e apontou para a parede gelada. — Como eu disse, não queria atrapalhar o seu sono. Então, que tal tirar isso daqui? — sugeriu em um tom simpático. — É que eu tenho muitas coisas para fazer, sabe como é a vida de idol… Tirar fotos, cantar músicas, gravar TikToks com outros grupos que eu nem sei quem são… — falava de maneira rápida, gesticulando sem parar.
Esse era um dos problemas de Irene: quando ficava nervosa, sua boca se movia muito mais rápido que seu cérebro, e ela simplesmente despejava palavras sem pensar direito no que estava dizendo. No momento, estava presa entre o pavor e a sensação de estar vivendo um sonho. E, se fosse um sonho, definitivamente era um dos mais estranhos que já tivera em toda a sua vida.
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A cabeça se inclinando para o lado, Wei Feng observou por um momento silencioso enquanto a moça se afastava. Então, lentamente, estendeu uma mão. A manga da túnica escurecida formando uma cortina majestosa enquanto seus dedos se moviam de maneira suave.
Outrora, aquilo teria exigido menos esforço. Por agora, ainda estava se recuperando.
O ar ao seu redor ondulou, carregado de um frio etéreo, e então se solidificou. Uma barreira de gelo robusta ergueu-se à frente de Irene, cortando-lhe o caminho—pura extensão da presença gélida de Wei Feng.
Ela parecia jovem. Mas nem mesmo uma origem humilde justificaria a ausência de um kowtow apropriado—exceto se… os tempos haviam mudado tanto assim? A etiqueta? O conhecimento sobre quem ele era?
Por outro lado, era estranho como o rosto dela lhe parecia familiar... precisava ver mais de parto...
— Presumo que carregue um nome de família também? — sua voz soou suave, mas com um tilintar de irritação.
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mabsverse · 4 months ago
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Os movimentos de Tiffany ficavam cada vez mais lentos, como se implorasse, silenciosamente, para que ele a segurasse, a abraçasse, a pedisse para ficar. Entenda, não que a mulher quisesse que Michele corresse atrás dela — embora isso fizesse um bem enorme para sua autoestima. Tiffany só queria uma confirmação de que ele ainda gostava dela, nem que fosse um pouco. Precisava de um sinal de que algo ainda existia por trás daquela fachada dura que ele sustentava, igual a dela. E se houvesse, mesmo que fosse mínimo, Tiffany se jogaria de cabeça naquela relação, porque sabia que, apesar de tudo, ainda o amava incondicionalmente.
O toque fez seu coração disparar. Virou-se lentamente, sentindo o calor suave que emanava dele, e aquilo era o suficiente para fazê-la se derreter. Ela amava essa sensação. Mas, mesmo que ele a segurasse como ela tanto desejou e mentalizou, temia o que viria a seguir. Michele poderia xingá-la, brigar com ela por estar indo embora sem sequer se explicar direito — como havia feito antes. Então, apenas esperou pelo pior. Os segundos se arrastavam, e sua mente disparava em todas as direções.
De alguma forma, seu pai estivera certo ao afastá-la de Michele e de todos aqueles que a cercavam. O que Tiffany havia feito poderia afetar não só a ela, mas a ele também. Pior: poderia colocar Michele em perigo por causa da obsessão de Gael. E essa era a última coisa que ela queria. Preferia se machucar mil vezes a vê-lo ferido uma única vez.
Seus pensamentos eram um caos, vozes se sobrepondo como um coral desordenado, mas tudo se apagou no instante em que seus lábios encontraram os dele.
O silêncio que tomou conta de sua mente era algo que só ele poderia causar. Sem hesitar, Tiffany fechou os olhos e se entregou à sensação dos lábios de Michele contra os seus, revivendo memórias, sensações, tudo o que um dia haviam compartilhado. Quando o beijo chegou ao fim, ela soltou um pequeno resmungo, abrindo os olhos lentamente, piscando algumas vezes para ter certeza do que via à sua frente. Lágrimas. Com delicadeza, levou as mãos ao rosto dele, enxugando-as com os dedos, que aproveitaram para acariciar sua pele. Olhou para Michele com ternura, doçura… amor.
— Não posso te dizer… — murmurou, apenas para ele, enquanto encostava a testa na dele e roçava seu nariz contra o dele, num gesto carinhoso. — Porque eu não quero isso. Mas… não vou te impedir de ir, se quiser.
Ela afastou o rosto para observá-lo melhor, enquanto uma de suas mãos deslizava até sua nuca, num toque suave.
— Eu apenas…
Wooyoung tinha aquele momento, e apenas aquele, para demonstrar tudo o que sentia da única maneira que sabia: não com palavras, mas com carinho.
Então, sem hesitar, puxou Michele para um beijo.
Era profundo, intenso, como ela mesma era. Mas também carregava carinho, amor, devoção. Queria que ele soubesse que, mesmo depois de tantos anos, ainda o amava da mesma forma que o amara na adolescência. Nada havia sido capaz de apagar ou diminuir esse sentimento.
Aquela era Wooyoung se entregando completamente, beijando-o com todo seu coração e todo o amor que possuía.
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não se importou com as unhas dela lhe machucando a pele mas o ato lhe chamou alarmou para olha-la com mais atenção , então viu tiffany chorando o que fez com que o coração de michele apertasse , se afastando dela logo em seguida mesmo que na verdade quisesse abraça-la . a culpa o corroendo o fazendo notar que não queria causa-la sofrimento mesmo que parecesse , pensava que seria reconfortante saber que tiffany sofreu com por sua causa mas naquele momento não foi . por um segundo ou dois sentiu falta de como ela recebia seus toques , então se viu se questionando se tinha passado do limite ou se algo tinha acontecido com ela , se alguém tinha feito algo a ela . tinha tanto tempo desde a ultima vez que se vira e agora estava preocupado com ela de novo como era no passado . o michele que havia sido apaixonado por tiffany .
eu te amei , michele . escutar aquilo deveria conforta-lo mas se sentiu incomodado com o verbo no passado . muito . michele suspirou frustrado . ❛ mas não o suficiente , não é ? ❜ o suficiente para que não fosse embora , para que ficasse mas porque ela parecia tão triste ? porque parecia doer tanto nela quanto nele ? tinha achado durante todos aqueles anos que tiffany sequer se importava mas ali , olhando nos olhos dela , não parecia . nunca te jogaria fora . . . não foi o que pareceu mas era bom ouvir que estivera errado de alguma forma , um sorriso teimando nos cantos dos lábios , porque tinha ficado feliz ? mas eu não tive escolha . não teve escolha ? as palavras lhe martelaram a cabeça gerando confusão , o que ela queria dizer com aquilo ? e porque se importava em saber ? o quanto a resposta dela poderia mudar tudo ? com medo e incerto optou por se manter em silencio .
então ela voltou a manter aquela mascara e michele não entendia porque dela fazer isso , logo depois de finalmente ter visto um pouco do seu eu real que ainda existia . mas quem era ele pra julgar quando fazia o mesmo ? ❛ eu consigo ver . ❜ podia ver claramente as mudanças mas ainda conseguia ver wooyoung ali em algum lugar e era isso que estava o matando tanto , seria mais fácil se tiffany fosse alguém completamente diferente , mas não era mesmo que ela tentasse parecer que sim . ❛ queria que eu me rastejasse pra você ? já foi humilhante demais saber que em um dia qualquer a mulher que eu amava sumiu e não me queria mais . ❜ os pais dela fizeram questão de deixar muito claro os motivos do desaparecimento de tiffany pra si , mas agora se questionava se era a verdade de fato . ❛ pelo amor de deus o que você quer dizer com contra a própria vontade ? ❜
sem explicações , lá estava ela indo embora , de novo , mas dessa vez bem diante de seus olhos fazendo com que michele congelasse no tempo e esquecesse de respirar , até mesmo seu coração pareceu não saber bater direito . porque doía ? michele a odiava por um motivo , precisava odiá-la para esquece-la , precisava odiá-la para deixa-la em seu passado . mas naquele momento se viu pensando mais uma vez que se tivesse sido daquela forma antes ele não teria a deixado partir , teria confrontado dos motivos e teria lhe explicado os seus . . . talvez fosse por isso que a alcançou e segurou seu braço , não apertou o toque ela podia seguir se quisesse , não a obrigaria ficar , mas esperava que ela não o fizesse , que olhasse pra ele mais uma vez confusa do porque depois de tudo que disse ele ainda queria mantê-la ali .
aquilo era uma péssima decisão não era ? havia sido uma péssima coincidência vê-la aquela noite , outra péssima ideia não terem ignorado um ao outro então mais outra péssima ideia terem ido ficarem a sós para conversar , apenas uma péssima ideia atrás da outra então o que seria mais uma ? talvez só queria estender a briga e alimentar os motivos para se odiarem porque sentia que precisava porque do contrario não estaria cedendo , não estaria parado ali em sua frente . e o que deveria fazer ? perguntar o porque ? porque ela foi embora ? porque tinha ido falar com ele aquela noite ? ou . . . beija-la , é era definitivamente aquele parecia o pior caminho que podia seguir , incabível e sem sentido , mas quando viu tinha segurado o rosto de tiffany em suas mãos e selados os lábios com os dela .
talvez quisesse levar um tapa , talvez quisesse provar a si mesmo que não tinha mais nada ali mas era tolice , tanto rancor guardado não podia significar nada e era aquilo que mais o deixava irritado sobre tudo , não conseguia apenas sentir nada por ela , todos aqueles sentimentos ruins o afogando significavam alguma coisa mesmo que quisesse negar . era por isso que tinha uma lágrima ou outra escorrendo o rosto , mesmo depois de ter se esforçado tanto para parecer indiferente , para permanecer firme , não fazia ideia que ainda podia ser tão frágil quando se tratava dela .
então silencio de novo , o que deveria dizer ? o que queria dizer ? tiffany tinha sido o primeiro amor de michele e também seu primeiro coração partido , o assombrando com o fato que talvez nunca fosse conseguir amar alguém tanto quanto a amou e talvez nunca fosse conseguir tira-la o poder de destrui-lo em pedaços . e era por isso que queria tanto odiá-la mas não conseguia , era por isso que queria ter detestado sentir a textura dos lábios dela contra os seus mas não detestou , era por isso que queria ter estranhado sentir o calor da pele dela sob suas digitais mas não estranhou , era por isso que não se afastou mesmo que devesse . ❛ me diz pra te deixar em paz . ❜ estava implorando mesmo que apenas tivesse murmurado as palavras um tanto fraco , precisava que ela lhe partisse o coração mais uma vez ou o ajudasse a encontrar um motivo pra ficar .
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mabsverse · 4 months ago
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Fa Irene é uma das descendentes do clã Fa, uma das descendentes da antiga heroína de guerra, Fa Mulan. Irene é uma idol, que após se envolver numa polêmica por causa de uma relacionamento, se isolou na antiga casa da família, no interior.
Havia muitas coisas das quais Irene se arrependia na vida, mas nada, absolutamente nada, superava a ideia de entrar naquele lugar. Principalmente quando uma voz rouca ecoou, fazendo todos os pelos de seu braço se arrepiarem com um calafrio que percorreu seu corpo inteiro.
Ela recuou, intimidada não apenas pelo cenário à sua frente, mas principalmente pelo homem que a encarava. Queria fugir dali o mais rápido possível, mas seu corpo não lhe respondia. estava travada encarando o homem.
E tudo isso era culpa do tédio.
Haviam se passado quase três meses desde que estava trancada naquela casa antiga e, para alguém criada em uma cidade superpovoada como Pequim, com uma vida tão agitada quanto a de uma idol, tanta calmaria era praticamente… o inferno.
Já havia lido todos os livros que conseguiu encontrar — e, definitivamente, não era do tipo que gostava de ler. Tentou escrever músicas, mas sua única inspiração era o ódio que sentia pelo ex. Limpou a casa tantas vezes que conseguia ver seu próprio reflexo na geladeira. Precisava fazer algo antes que enlouquecesse.
Sabia da existência de vários templos ao redor de sua casa e, quando mais nova, visitava alguns com sua avó. Então, por que não repetir aquelas antigas aventuras? Colocou alguns itens dentro da mochila e passou o dia vagando entre os templos, tirando fotos e admirando a paisagem. Pelo menos aquilo era melhor do que ficar em casa.
No caminho de volta, uma bifurcação na trilha chamou sua atenção. E era por isso que estava ali, praticamente congelada de frente aquilo.
— Irene… — balbuciou, quando recobrou a consciência do que estava acontecendo ao seu redor. Sentindo as palmas das mãos começarem a suar, ela agarrou as alças da mochila. Ela precisava sair dali! Recobrando o controle das pernas, a morena se curvou, num cumprimento. 
— Acho que aconteceu um engano, sinto por estragar seu sono, senhor. Boa noite. — ela sorriu, um dos seus melhores sorrisos falsos que sempre direcionava para os fotógrafos, mesmo que por dentro estivesse desesperada, e começou a correr para o mais longe que suas pernas curtas lhe deixavam.
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starter aberto. (um cenário beeeeem c-drama based) Wei Feng ascendeu como divindade, mas foi selado por outros deuses em seu próprio templo. O local se tornou ruínas. Ficou assim por muitos anos até que alguém (acidental ou propositalmente) o libertou. Talvez um mortal ou irmortal curioso? Um soberano desesperado para vencer uma guerra? Um antigo lacaio?
O mundo havia mudado.
Wei Feng soube disso no instante em que o selo se quebrou. Não pela luz que invadiu sua íris, nem pelo vento frio que carregava cheiros desconhecidos, mas pelo silêncio. O tipo de silêncio que não pertencia ao campo de batalha, nem ao domínio celestial. Um silêncio estranho, como se a própria terra tivesse esquecido seu nome.
Ele surgiu no centro das runas e se ergueu devagar, as vestes escuras repousadas sobre o chão poeirento. As cinzas dos séculos ainda pesavam em seus ombros, mas o gelo dentro dele já começava a derreter. Algo—ou alguém—o havia chamado de volta.
Seus pés tocavam a terra do novo mundo. O templo que um dia ergueram em seu nome não passava de ruínas, seu reflexo perdido na memória dos mortais. Uma lenda. Um espectro.
Wei Feng não se moveu de imediato. Os deuses do Céu o haviam selado uma vez. Se soubessem que estava livre, tentariam fazê-lo novamente. Seus olhos percorreram o horizonte. O chamado ainda vibrava em seus ossos, puxando-o para frente. Para quem? Para onde?
O guardião dentro dele queria responder. O guerreiro, esperar. Mas algo novo dentro dele—algo que ele não sabia nomear—queria apenas descobrir.
E então, ele percebeu que não estava sozinho. Seu corpo se virou brevemente, olhos negros pousaram na pessoa que estava por perto.
"Quem é você?" questionou, sua voz um tanto quanto rouca pela falta de uso, um lembrete de quanto tempo havia se passado.
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mabsverse · 4 months ago
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Seojin tinha toda uma rotina matinal muito bem definida: acordava cedo, fazia seus exercícios, tomava um belo banho e sempre, sempre, fazia café da manhã para ele e Minhyuk. Era uma coisa de Jin, uma forma silenciosa de demonstrar o carinho pelo melhor amigo de anos, quase como uma troca pelo outro sempre lhe dar carona. 
Jin estava na cozinha, ainda com a toalha na cintura, recém saído do banho, enquanto passava café, quando ouviu a voz do amigo. Soltou uma risada baixa, olhando sobre o ombro. — Bom dia, principe. — O tom era naturalmente galante, carregado da leveza de quem já tinha esse hábito. Abaixando a chaleira, virou-se para o amigo e apoiou-se na pia, cruzando os braços. 
— Não se preocupe, minha aula é mais tarde hoje. Venha tomar café direito — resmungou, fingindo indignação, apontando para a mesa posta. — Odeio quando você sai feito um cachorro raivoso devorando a primeira coisa que vê pela frente.
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⠀⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀𝒅𝒆𝒂𝒓 𝒔𝒆𝒐𝒌𝒋𝒊𝒏 ﹐
mais um dia , minhyuk enrolou na cama o quanto pode como sempre e sinceramente teria decidido faltar - estudar realmente não era sua praia - se não fosse seokjin , sabia que o amigo podia ir sozinho pra faculdade sem problemas mas preferia dar carona pra ele por isso mesmo que no limite lá estava ele se levantando e indo até a cozinha . ❛ bom dia princesa . ❜ disse pra chamar atenção do amigo , o apelido sendo só uma das varias formas de pirraça-lo - sem sucesso . ❛ não se preocupa vou me arrumar rapidinho . ❜ declarou se espreguiçando de pijama - que consistia em um moletom e uma cueca - quanto ao café podia pegar algo depois não se importava .
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mabsverse · 6 months ago
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As palavras afiadas trocadas entre os dois eram como lâminas, cada uma cortando mais fundo do que a anterior no peito de Tiffany. Ela tentava se manter firme, queria magoá-lo, afastá-lo, mas a proximidade entre eles era avassaladora. Michele sempre teve esse efeito sobre ela – sempre a puxando para perto, mesmo quando ela lutava para se afastar. E, mesmo que desejasse que ele a odiasse, ouvir essas palavras saindo de sua boca doía de uma maneira que Tiffany não havia previsto. Ela sempre soube que amar era algo complexo e, na maioria das vezes, doloroso. Mas, na sua inocência, acreditou que nunca sofreria esse tipo de dor. Tola. Porque, no final, ela se apaixonou apenas uma vez – e a dor de não ter essa pessoa por perto ainda a dilacerava anos depois. Ela queria apenas se encolher em seu quarto e chorar por dias. Queria fugir, queria esquecer. Queria… ele.
Quando provocou a proximidade entre eles, esperava ser repelida, talvez insultada. Era o que pessoas que se odiavam faziam, certo? Mas Michele nunca fazia o esperado. E esse era o verdadeiro problema. O olhar dele, a presença, o cheiro familiar – tudo a engoliu de uma vez. E então, o pânico veio.
Se sentir encurralada ou presa trazia memórias que ela não queria revisitar. O corpo de Tiffany se encolheu instintivamente, um tremor percorrendo sua espinha. Suas unhas se cravaram na mão dele, em uma tentativa falha de escapar. Seus olhos, antes apenas marejados, agora transbordavam lágrimas silenciosas. Ela os fechou com força, tentando conter a vulnerabilidade que a dominava. Mas não havia para onde fugir.
O calor de Michele era um lembrete cruel do que já foi seu refúgio. O cheiro dele, tão familiar, deveria acalmá-la. Mas nada amenizava a dor das palavras que ele despejou sobre ela.
— Eu te amei, Michele. Muito. — Sua voz saiu baixa, trêmula, carregada com tudo o que não conseguia dizer. Ela abriu os olhos, buscando os dele. Queria que ele visse a verdade estampada em suas íris escuras e molhadas. Porque, se não podia explicar, talvez ele pudesse entender assim. — Nunca te jogaria fora… mas eu não tive escolha. — Mordeu o lábio, segurando um soluço. Odiava estar tão exposta, tão frágil. Tão… diferente.
Quando ele finalmente a soltou, um suspiro de alívio escapou de seus lábios. Suas mãos foram automaticamente aos pulsos, massageando-os em um gesto inconsciente de autoproteção. Sua mente ainda gritava que marcas poderiam estar ali. Com a distância entre eles restaurada, Tiffany conseguiu respirar. Aos poucos, sua postura altiva retornou, como uma máscara familiar que escorregava de volta ao lugar. Seu rosto assumiu a expressão simpática e doce que ela dominava com perfeição – mas seus olhos ainda traíam a tempestade que rugia dentro dela.
— Aquela Wooyoung não existe mais. — Sua voz era firme, mas dentro dela, ecoava o que não conseguia dizer: Restou apenas Tiffany… que ainda te ama com tudo o que tem. Ela sorriu, triste, enquanto enxugava as lágrimas com as costas da mão. — E aquela Wooyoung gostaria muito que você tivesse a procurado quando a levaram embora contra a própria vontade, anos atrás.
Silêncio.
Eles estavam presos em um ciclo de dor, ressentimento e rancor. E Tiffany não queria que essa fosse a última lembrança que teria do primeiro amor da sua vida. Endireitou-se, jogando os cabelos para trás com um movimento gracioso. Arrumou o vestido, compondo sua melhor versão de indiferença. Então, virou-se e começou a se afastar, os passos lentos.
Talvez, só talvez, ele a segurasse e dissesse para não ir. Um desejo bobo. Ela sabia que não aconteceria. Ainda assim, virou-se levemente sobre os ombros e murmurou:
— Boa noite, Michele.
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ver os olhos marejados de tiffany doía, o fazia se questionar sobre como estava agindo mesmo que parecesse certo desde o início que era ela quem tinha lhe partido o coração e não o contrario, era ela que tinha ido embora e não ele, mas nada disso parecia importar naquele instante. michele vacilou por um segundo ou dois, encarando o rosto da unica que parecia sacudir sua cabeça por tanto tempo, porque não podia esquece-la, ele sabia que não podia porque só os deuses sabiam o quanto tinha tentado, ele precisava esquece-la mas não conseguia e por isso a pergunta dela o fez rir. ━ te cobrando? eu não tô te cobrando nada, só tô dizendo os fatos, o que foi feito não da pra ser desfeito. ━ infelizmente.
a aproximação porém o fez prender a respiração, mesmo que sem perceber, tenso, esperando pelo que viria a seguir e talvez nada pudesse prepara-lo para a sensação da mão dela em seu corpo, de novo, durante todos aqueles anos michele tinha sido tocado por tantas pessoas até mesmo aquela noite ainda assim era só o deslizar dos dedos dela sobre sua roupa para destabiliza-lo, ainda que tentasse permanecer firme por fora. ━ você não tem ideia do quanto eu odeio você. ━ odiava porque era mais fácil que fosse assim, mas todos sabiam que ódio e amor andavam juntos em uma linha tênue irritante, por isso ela ainda o afetava tanto, ainda virava seu mundo do avesso apenas por estar ali bem na sua frente e ainda conseguia partir seu coração, porque foi isso que o tom sugestivo fez, arraçando de michele um sorriso que não continha nenhum traço de alegria. ━ então é isso? você tá com saudades de como eu te fodia? ━ a ideia de ser só aquilo para ela o deixava puto, ao ponto de segura com força a mão que descia seu corpo e conte-la, mas não conseguiu afasta-la, não, ele queria ela mais perto e a cada segundo que passava se sentia mais e mais torturado pela ideia de só tomar os lábios dela de novo, a saudade o corroía mas tentar mata-la seria ainda pior não seria?
mas não podia evitar. deu passos para frente a forcando a ir pra trás, a prendendo contra si e a parede, o baque um tanto bruto pela raiva que sentia, segurou os pulsos acima da cabeça apenas com uma mão sua e a outra desceu o vestido, sentindo a textura até tocar a barra, só pela provocação da insinuação do ato. ━ quer que eu te toque como fazia antes? ━ ousou dizer tão rente que as bocas quase se tocavam, dizendo a si mesmo que tudo o que faria ali era apenas para atingi-la, tortura-la e não para própria satisfação. ━ eu era seu tiffany... ━ apontou o óbvio, baixo pela proximidade, dolorido pela verdade de que tudo se colocava no passado mas o atormentava no presente porque havia sido dela como nunca foi de mais ninguém e talvez nunca mais seria. ━ você me jogou fora. ━ e não queria repetir a dose, não queria se sentir usado por ela de novo, seu coração tinha se tornado pedra de gelo e ele não arriscaria derrete-lo, não queria sentir mais agustia do que sentia naquele momento, não daria aquele gostinho a ela de tê-lo em suas mãos de novo mesmo que apenas fisicamente, precisava manter o pouco de sanidade que ainda tinha e assim conseguir se afastar. ━ é uma pena. ━ era uma pena que tivessem acabado daquele jeito, concluiu.
com dificuldade mais determinado a soltou e deu passos para trás. ━ o michele que você conheceu no passado, ele não existe mais. ━ a alertou, porque não queria dar aberturas para que ela tivesse esperanças de que podia tê-lo de volta. ━ eu adoraria que você se arrependesse todos os dias da sua vida por ter perdido a melhor versão de mim mas... aquela versão minha... ela só iria querer que você fosse feliz mesmo sem ele. ━ podia aproveitar o momento para sanar as duvidas que tinha, para perguntar porque ela foi embora mas sentia que era melhor não, precisava deixa-la em seu passado e aquilo não era pela magoa ou ressentimento mas porque se preocupava com ela, era um criminoso agora.
ela não havia sido boa para ele e ele não seria bom para ela.
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mabsverse · 10 months ago
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" Não é sobre ser democratizada ou não, só que nem todos conseguem ter acesso a arte e apreciá-la de forma correta. Mesmo que eu não fizesse isso, muitas pessoas não teriam acesso a elas, de qualquer forma. Não haja como se eu fosse uma das culpadas do sistema, eu apenas o perpetuo. " Love dá os ombros, cruzando as pernas. " Talvez? Talvez mais para um trauma que eu aprecio atualmente? "
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" Mas não, não gosto de ser trancafiada. Mas gosto de trancafiar coisas."
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“é claro que vocês, degenerados, achariam que arte não deve ser democratizada,” angel faz um sonzinho de desaprovação no céu da boca, mais afetado que ofendido de fato—mas quando ela assimila as palavras, estreita os olhos. o dedo que segura o cigarro aponta despretensiosamente para a toreador.  “espera, você quer dizer que quer ser trancafiada? tipo, isso é algum tipo de fetiche?”
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mabsverse · 10 months ago
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A mudança repentina da mulher deixou Irene receosa, curvando levemente seus ombros, cabisbaixa. A chinesa achava aquela forma de pensar tão cruel com o outro e consigo mesmo, que a deixava triste. Sabia que estava sozinha no mundo, afinal, nascemos sozinhos e morremos sozinhos, mas pensar que seriamos obrigados a passar o resto da vida sozinhos ou se excluindo do mundo, por não confiar no outro, ou até mesmo ser empático, lhe parecia deprimente. ━━ se unni precisasse, eu seguraria sua mão... ━━ ela murmurou, um leve bico se formando em seus lábios, de forma inconsciente.
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A frase da mais velha atingiram Irene em cheio, a fazendo desviar o olhar para outro canto. Afinal, como podia dizer para Hyemin que não confiava nenhum pouco em si mesma? Irene sentia-se quase ridícula, que mesmo cercada de mulheres tão fortes quanto suas companheiras de grupo, era tão boba em relação em tantas coisas, principalmente aos outros. Por um breve momento, a mais nova sentiu seus olhos se enxerem de lágrimas, mas ignorou, colocando um sorriso no lugar. ━━ Melhor deixarmos isso para lá, unni. É um assunto muito ruim para ficar discutindo assim.
Hyemin apertou o copo entre os dedos, sentindo a textura fria e áspera do plástico contra a pele, como se aquele gesto pudesse conter as palavras que martelavam em sua mente. Ela olhou para Irine, seus olhos passando de um brilho relutante a uma sombra cautelosa. "Ser diferente é bom… mas não se iluda." Sua voz soou firme no começo, mas havia algo mais profundo, uma frustração que ela não entregaria de bandeja. "Ninguém aqui vai segurar sua mão de verdade." Ela deu uma pausa, inspirando como se o ar pudesse afastar aquela amargura que já conhecia tão bem.
Hyemin desviou o olhar, encarando o chão como se as palavras fossem mais seguras ali, longe dos olhos de Irine. "No fim, confiar em si mesma é o que resta." Sua voz agora era mais baixa, quase um sussurro. Seus lábios tremeram por um instante, mas ela não deixou o peso da frase transparecer completamente. "Mesmo quando a gente nem confia tanto assim." Ela sabia que Irine, com seu sorriso fácil nunca entenderia a extensão daquilo. Afinal, nem todos nascem para ter seus sonhos vendidos por alguém que nunca precisou lutar por eles.
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mabsverse · 10 months ago
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━━ Eu concordo, unni! Para tudo precisamos de outras pessoas, e eu disse para Hyemi unni. Somos idols, se não tivermos para quem apresentarmos, meio que somos inúteis. Sei que esse mundo é competitivo, mas não custa nada ser... simpático com o outro. ━━ enquanto ia falando, o animo de Irene ia diminuindo, como sua voz também, enquanto olhava a mais velha. Mesmo que dissesse tais coisas, sabia que sua simpatia ou empatia com os outros não melhoraria o mundo, na realidade, bem longe disso. Dentro de Irene, havia uma grande dualidade: ela amava seu trabalho, mas odiava ser uma figura pública. Só de relembrar todas as ondas de hate que recebeu por causa de seu... envolvimento com outro idol, calafrios corriam sua espinha.
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━━ Mas eu entendi que nem todos pensam como eu, acho que sou meio idiota para essa indústria.
Levantou o olhar do celular, para fitar a colega de grupo amiga, um pequeno sorriso se formando nos lábios. Soojung sabia na pele o que era isso, mesmo quando a pessoa deveria ser de seu time, mas agia como se não. “Acredito que isso é, em partes, um exagero.” Proferiu calma, com um dar de ombros, “pois mesmo que a indústria, ou o mundo, seja competitivo, isso não significa que estamos sozinhos nessa, não acha?” Indagou para a mais nova, sabia que Irene era a mais... dócil dentre o grupo, e verdade fosse dita, havia uma pequena parte em si que não queria que ela quebrasse diante a bruta realidade.
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mabsverse · 10 months ago
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━━ Só porquê nosso ambiente é assim, não quer dizer que também temos que ser, unni. Por todos serem assim, que acho que o melhor é ser diferente. Pessoas precisam uma das outras, principalmente quando se é um idol. ━━ Irene assentiu, refletindo sobre a colega de grupo disse. Talvez ela só fosse boba demais para todo esse mundo, e ela sabia o quanto isso poderia ser ruim, pela quantidade de vezes que havia sido magoada. Mas no final, essa era sua personalidade, não queria ter que mudar pelos outros.
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━━ Mas se minha opinião vale, você é totalmente autêntica! Você é demais, unni! Quando eu crescer, quero ser igual você. ━━ Irine fez joinha com as duas mãos, para Hyemi, dando um sorriso depois.
Hyemi parou por um instante, os dedos delicadamente segurando a franja de cabelo que caía sobre seu rosto. Ela respirou fundo, seus olhos escaneando o chão como se buscasse palavras perdidas. "Olha, isso é a verdade, não é?" disse, sua voz baixa, mas firme. "A indústria é uma cobra comendo cobra. Cada uma aqui está lutando por seu espaço." Ela levantou a cabeça, o olhar agora intenso, quase desafiador. "Mas eu prefiro ser autêntica, mesmo que isso me assuste." Uma pausa, e ela sorriu de leve, como se tivesse acabado de compartilhar um segredo sombrio.
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