Tumgik
mariahwlena · 5 months
Text
minha terapeuta está de recesso. preciso escrever. me sentir ouvida, e sentir que tudo bem.
tudo bem eu me permitir sentir as coisas. a raiva. a incerteza. a ansiedade. a indecisão. o desanimo. a euforia. o ciúmes…
e pela primeira vez, eu digo isso sobre tudo. porque por mais incrível que pareça, eu passo muito tempo. mais muito tempo mesmo querendo desistir de tudo. me isolar. por que uma pessoa tão perdida deveria sair de casa?
a realidade é que eu odeio o fato
de que, se eu me permitir sentir algo, eu corro o risco de continuar em uma dependência emocional foda. mas, eu também não posso me fechar pro mundo.
de que, se eu me dedicar 100% ao meu profissional, eu corro o risco de um dia cair dura porque a falta de perspectiva e acúmulo me causou um burnout. mas eu também não posso (e nem quero), ficar em casa sem fazer nada.
de que, se eu continuar respeitando o tempo do outro, eu não estarei me respeitando. mas se eu não respeitar, eu não estarei sendo empática.
de que, se eu continuar tendo redes sociais, estará tudo bem, todo mundo hoje em dia é meio refém dessa merda. mas se eu não continuar. não tem contra nesse caso. mas não seria muito legal com meus amigos. aliás seria ótimo. eu não compraria mais nada, não veria mais gatilho, não ficaria horas a fio vendo reels. é.
enfim.
nada tá bom, né?
é bizarro. eu mesma me canso disso. minha mente devaneou nisso hoje e quando terminei de escrever no papel, eu mesma queria me
sabe?
que chata! que garota chata.
acho que é por isso que eu aceito tanta coisa ruim.
no final todo mundo vira bom, quando eu percebo o quão chata e ruim eu sou.
quem iria se relacionar com alguém assim?
eu disse que amanhã eu iria descansar. não vou, porque amanhã nada disso mais fará sentido.
que menina instável.
um dia vou colocar tudo em ordem. ficar um ano sem redes sociais. não é uma ameaça nem nada pra chamar atenção. eu pretendo mesmo. mamãe não quer que eu faça isso. mas parece certo. talvez ela seja a única que eu permita me ver nesse um ano. meu pai também. minhas irmãs e meu cachorro também. só. o colo deles é muito bom.
0 notes
mariahwlena · 6 months
Text
oi, sou eu de novo.
fazem 3 anos que tudo começou.
quando começou eu mergulhei como uma criança. senti muitas coisas pela primeira vez, do sentimento mais bonito ao mais feio. e claro, tudo intenso na minha cabeça.
faz 3 anos que eu sinto que não vivo a minha vida. claro, eu vou no médico, tomo medicação, vou ao psiquiatra e faço terapia semanalmente. até iniciei algumas coisas no meio do processo. algumas continuei, outras larguei… e por ai vai.
li muitos livros. continuo amando ler.
mas, parece que eu não vivo a minha vida, saca? parece que, eu vivo a vida com medo, ou com muita empolgação, ou sofrendo demais, sentindo coisas boas também, mas elas não são recorrentes. eu sempre dou um jeito de estragar tudo. e eu não gosto. definitivamente não gosto, mas minha terapeuta diz que eu tenho que entender que isso faz parte. eu sou ser humana, e enquanto viver, eu vou sentir. mas é um saco. é um saco porque sentir demais me causa falta de ar, me causa choro, me causa pensamentos horríveis e uma necessidade absurda de atenção. eu não gosto.
parece que eu dependo de alguém pra viver. e esse alguém não sou eu.
e eu tentei me lembrar hoje que eu consigo, eu conseguiria, eu sou forte. mas eu não consigo.
eu não deveria estar falando disso em rede social, mas talvez eu tenha recorrido à cá pois sabia que ao menos alguém iria saber: estou sofrendo.
grande coisa né?
amanhã vai passar. sempre passa.
mas volta. e dói muito.
0 notes
mariahwlena · 11 months
Text
te amava como uma criança que acredita que todo amor é para sempre. não fomos.
Vanessa Gomes, voarias
2K notes · View notes
mariahwlena · 11 months
Text
reencontros e recomeços
você ria e dizia “meu bem, a vida é um monte de reencontros e recomeços” enquanto dava um gole e outro na garrafa de cerveja duvidosa naquela sexta-feira à noite. me olhou com os olhos semicerrados de quem já sentia o efeito do álcool e chegou perto de mim. eu nunca gostei de cerveja, mas amei o gosto dela quando teus lábios encostaram nos meus. “meu bem, a vida é um monte de reencontros e recomeços” e depois disso, nossas bocas, assim como nossos corpos, se reencontraram e se recomeçaram várias vezes. tua silhueta marcada pela luz que entrava pela veneziana da janela ainda é quadro pintado na minha memória, e ainda sinto o perfume que você deixou no meu edredom nas noites que meu desejo encontrava o teu. “meu bem, a vida é um monte de reencontros e recomeços” você me disse que amava contar histórias, pois parecia que podia reviver aquele momento várias vezes, quantas vezes quisesse. é por isso que hoje, sentada no bar com alguns amigos que fiz depois de você, gosto de contar a história do dia que bebemos vinho barato e passeamos pelas vielas e becos da cidade, falando sobre coisas aleatórias entre um encontro e outro da tua boca na minha. “meu bem, a vida é um monte de reencontros e recomeços” nos reencontramos e recomeçamos várias vezes, porque no final era a vontade de ser. seguramos nossas mãos como quem não quisesse aceitar o fim, mas, no fundo, sabíamos que precisávamos nos encontrar. uma longe da outra. te vi partir com as lágrimas nos olhos de quem não queria contar nossos momentos para reviver, queria vivê-los. tive que ir embora na certeza que não queria me enroscar em mais nada que não fossem teus braços.
meu bem, a vida é um monte de reencontros e recomeços, e espero te reencontrar no mesmo ponto que te vi partir, e recomeçar contigo uma história que não tenha mais fim.
voarias
594 notes · View notes
mariahwlena · 2 years
Text
é que você me lê tão bem.
mesmo, que em muitas vezes, eu seja um livro sem palavras.
7 notes · View notes
mariahwlena · 2 years
Text
les chansons et la poésie
sont mes vitamines pour la vie
3 notes · View notes
mariahwlena · 2 years
Text
tenho vontade de gritar do fundo dos meus pulmões,
sobre o quanto te odeio.
mas você acharia que é só brincadeira,
e que na verdade,
eu estava querendo gritar sobre o quanto eu te amo.
e no final das contas,
nem eu mesma vou saber sobre o que eu queria gritar.
0 notes
mariahwlena · 2 years
Text
Acredito sim, que pessoas dodóis da cabeça,
fazem pessoas saudáveis ficarem doentes também.
E digo isso porque eu já estive nos dois lados.
0 notes
mariahwlena · 2 years
Text
era para eu ter escrito isto ontem.
evito ver as atualizações de sua vida atualmente.
com quem você está,
onde tem ido,
já não vejo mais seus stories, e muito menos seus status do whatsapp.
em uma dessas, posso ver algo que me magoe.
como naquela vez, em que vi você com ela, e me lembrei que foi ela quem você escolheu.
me dói ver que eu não faço parte da sua vida, fora daquele lugar.
2 notes · View notes
mariahwlena · 2 years
Text
to aqui,
como toda quinta-feira,
- de quinta a quinta, na verdade...
pedindo à toda força maior, que me dê um sinal
minha tela brilhando
com uma mensagem tua.
por favor,
me manda um sinal.
que ainda me ama.
eu já te mandei tantos.
tantos.
0 notes
mariahwlena · 2 years
Text
estação alterada.
linha amarela do metrô
eu entro na estação são paulo - morumbi, e você na de pinheiros.
nós dois descíamos na mesma estação, a paulista.
e quase sempre, nos esbarrávamos. ou ao menos, eu te avistava, e sei que você também. mas não havia uma troca de palavras.
nunca te disse, mas te ver às 8h da manhã, fazia meu dia. independente. nós podíamos passar o dia inteiro discutindo. mas ter te visto no metrô, sempre fez meu coração palpitar e as borboletas no estômago ganharem vida. e mesmo que haja quem diga que isso nunca conseguiria me afetar. você conseguia (e ainda consegue), de alguma forma. as pessoas só nunca me viram com você. que pena. pois, tudo o que tivemos foi totalmente em segredo, e eu não sei bem como me sinto em relação a isso. enfim, assunto para outro dia.
a questão, é que já fazem alguns meses desde que isso não acontece mais. a gente não avista mais um ao outro no metrô. e não existe mais palpitação no meu coração. e as borboletas estão tão silenciadas. elas não morreram, mas-. e nem discutimos mais. isso faz falta, também.
e mesmo assim, por incrível que pareça... eu ainda espero avistar você quando a voz do metrô diz "próxima estação (...), pinheiros...". mesmo sabendo que, você entrava na segunda porta, enquanto eu, devo entrar na décima primeira, se não mais. e mesmo sabendo que, além disso, agora nós temos expedientes diferentes um do outro.
doidera, né?
te espero já há tanto tempo.
e vou continuar assim. até você voltar.
saudades.
0 notes
mariahwlena · 2 years
Text
te conheci,
você me apresentou àquela banda.
me viciei,
em você,
e na banda.
e agora, o que me resta é só ir aos shows da mesma.
imploro aos deuses pra (não) te esbarrar lá.
0 notes
mariahwlena · 2 years
Text
ontem senti teu cheiro no metrô.
engraçado que depois de meses, eu ainda me lembro. e sinceramente, acho que nunca vou me esquecer.
era esse o cheiro que eu sentia ao entrar de manhãzinha na tua sala pra te irritar. era esse o cheiro que as árvores espalhavam quando nós dois estávamos naquela praça. era esse o cheiro que eu senti ao afundar meu rosto no teu peito e chorar até não aguentar mais. e é esse o cheiro que sinto em casa abraço nosso.
infelizmente, eles já não são tão recentes como eu gostaria que fosse.
mas eu ainda assim continuo procurando.
e foi assim que fiquei ontem, olhava para todos os cantos, jurando que em algum deles, eu te encontraria.
mas não aconteceu.
ainda acho sim, que deveria ser crime alguém usar o mesmo perfume que você.
0 notes
mariahwlena · 2 years
Text
tenho medo de orar para que, tudo que não me pertença e não me faça bem, vá embora.
tenho medo de que, com isso...
você vá.
opto então,
por pedir que, se for para ser, que seja. e o que não for para ser, que vá embora...
mas se for você,
que você vá aos poucos,
para que assim,
eu consiga me acostumar com a sua ida.
0 notes
mariahwlena · 2 years
Text
drama de adolescente só é bacana em livros.
em filmes, me dá vergonha alheia.
e na vida real, me dá
pre
gui
ça.
0 notes
mariahwlena · 2 years
Text
chorei como uma criança hoje, por você.
das 9 às 18.
e eu disse que era o fim. ponto final.
o pior, amor,
é que eu estou tão presa a você,
que eu já estou te desculpando mentalmente, e procurando motivos pra justificar a quebra que você me causou novamente.
0 notes
mariahwlena · 2 years
Text
eu não sou boa em escrever sobre coisas atuais.
sou boa em escrever sobre passados e memórias boas.
sou boa em escrever sobre nós. nossos lugares. nossos dias, tardes e noites. nossas playlists. nossas conversas paralelas, e até sobre quando eu perdia o fio da meada porque ficava olhando pra você naquela luz vermelha.
e eu poderia escrever um livro sobre nós.
mas você definitivamente saberia que é sobre nós. e eu nunca, jamais, vou te dar o gosto de saber o quanto você me marcou.
desgraçado.
0 notes