marianaseffrin
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Sabe-se lá quando.
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marianaseffrin · 1 year ago
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marianaseffrin · 1 year ago
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marianaseffrin · 1 year ago
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Cumpleaños
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marianaseffrin · 1 year ago
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Moiras
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marianaseffrin · 2 years ago
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001
foi decretado pelo presidente da república pelo papa todas as autoridades masculinas pela mãe pela dermatologista todas as autoridades femininas
_acabou a tristeza
mas amanhã tem mais
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marianaseffrin · 2 years ago
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Im In
As ruas da minha infância Não são mais as mesmas
As casas mudaram de cores e de cercas Minha entrada não é mais permitida
Meu rosto, no espelho, revela anos E anos irreconhecíveis
O tempo passou e não me pediu permissão Nada permanece e nada me pertence
_Como ousam?!
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marianaseffrin · 2 years ago
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Três, dois, um
O zabelê entrou na roda Brinca, pula, cai, quebra O zabelê virou Beleza
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marianaseffrin · 2 years ago
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Azul
em você penso muito
na penteadeira as maquiagens – sombras azuis – penso muito
ainda gosto de roupas bonitas ainda como sua comida penso muito
o espelho nega nasci dessemelhante me pareço muito
o céu – também azul – o verão, as manhãs penso muito
no retrato sua figura calada penso muito
[dei pra brincar de falar com você]
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marianaseffrin · 2 years ago
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Felicidade cor-de-rosa
Olha, amor a amoreira que plantou parece que vai vingar
Quando tinha dois anos tiraram meu retrato colhendo amoras
Uma jardineira jeans sapatos brancos e mãos manchadas
Se eu pudesse se me permitissem se deus quisesse
Eu andaria sempre com manchas nas mãos, boca e roupas de cor-de-rosa magenta
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marianaseffrin · 2 years ago
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Cânticos malogrados
Sou do meu amado e meu amado é meu seus dedos gotejam carinhos e suas mãos derramam dor
Sou do meu amado e meu amado não é meu quando saio à sua procura não me ouve nem me responde
Sou do meu tão amado e meu amado é meu o seu coração bate febril e talvez morra em meus braços
Sou do meu não amado e meu amado é meu ele recita poemas diluvianos e seu bálsamo cheira a óleo de baleia
Sou do meu amado e meu amado quiçá seja meu mas não possui pérolas do Nilo nem se veste com sedas atlânticas
Não sou do meu amado nem o meu amado é meu ele é pobre e comum eu sou morena mas mirrada
Se meu amado não chegar cantarei versos alexandrinos dormirei no relento e comerei terra
Quando o meu amado vier montado em um burrinho acéfalo o amor porventura desfaleceria
Queria ser do meu amado mas meus olhos cegaram e não o reconheço mais
Meu amado nunca foi meu sua voz não falou meu nome nem seu punho bateu à minha porta
Se meu amado fosse meu eu me banharia em banhos abissínios me perfumaria com perfumes vesuvianos
Se eu fosse do meu amado me embriagaria todos os dias com uva e com mel
Mas meu amado é abstêmio
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marianaseffrin · 3 years ago
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Necromancia
Mesmo no escuro teus olhos continuam me seguindo me esquivo, nego tua presença procuro sinais tangíveis da realidade, tocar o mundo através do vidro, o semáforo brilha verde e meu coração se acalma _Verde, verde, verde - eu, viva
[Vó] Se dormir vou até tua casa, sento na tua mesa sinto na boca o gosto das delícias crustoli, pudim, pé de moleque - delícias intangíveis mas teus olhos nunca desgrudam de mim num assombro quimérico
[Vó] Tua casa é lugar dos mistérios todos meu espírito é pueril e curioso eu fujo de ti por quartos e quartos e quartos infinitos me escondo nos armários e perscruto teus segredos - é por isso que me assombras? por que minha alma é igual a tua? - as mesmas marcas, as mesmas manchas, os mesmos pecados teus anéis nos meus dedos, tuas roupas no meu corpo - feitiços que deixaste para me apanhar - conheço tuas sombras, lugares de minha concepção eu herdeira dos teus dissabores e da tua vidência
[Vó] Agora reapareces, frágil me encontrou escondida no meio das coisas que não levou contigo exige cuidados e eu cuido de ti zelosa procurando perdão nos teus olhos mas teu rosto, disforme, não me fita mais te alimento com a minha carne e meu sangue como o Cristo pregado na tua parede te faço grande e forte, imensurável
[Vó] Tomas os espaços todos
[Vó] Renovado e imenso teu espectro me esmaga e me seduz me pega pela mão e me leva mal respiro - mau espírito - meu corpo desfalece a cada passo sinto minhas forças consumidas pela intempérie da tua vontade não me levaste antes me levarias agora? meu coração nervoso teima revela meu medo e meu desejo _Deveria ter te matado enquanto era tempo
Levanto sobressaltada e encharcada de suor volto à janela consultar meu oráculo urbano mas a madrugada já pôs os semáforos para dormir no seu incessante pestanejar luzio
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marianaseffrin · 3 years ago
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Terrores noturnos
Lembro-me de sempre dormir tarde. Desde pequena, depois de me deitar, ainda gastava algumas horas entretendo devaneios recheados com os possíveis desenrolares dos eventos do dia ou relendo gibis que já eram meus antigos companheiros. Passar as noites assim, imóvel sobre a cama, era uma aventura pela qual aguardava durante todo o dia, e a presença de minha irmã, na cama ao lado, não me roubava a solidão de que precisava para, por aquelas breves horas, habitar outros mundos possíveis.
Era na casa de minha avó materna que essas fantasias me eram usurpadas por uma realidade mais maravilhosa e terrível. As vezes que dormi na sua casa foram poucas e a rara frequência só fazia aumentar o encantamento daquele apartamento. Com pai descrente e mãe não praticante, o catolicismo impresso nos adornos, nos quadros e nos rosários, me enchia de estranhamento e temor infantil. Mesmo as flores artificiais, que careciam de significado religioso, somavam à atmosfera e se tornavam também sagradas e assombrosas. As imagens daquele Deus tão distante e tão terrível, cujo coração deixava o peito, me perseguiam pela casa, deixando rastros de sangue. Uma pequena capela, com uma santa completamente negra, sem olhos nem feição, iluminada por uma única e insuficiente lâmpada, atiçavam minha imaginação e me mantinham alerta. Quando finalmente me deitava, depois de apagadas as luzes, procurava no escuro as imagens que agora estavam ocultas, esperando que me fossem novamente reveladas graças ao seu poder miraculoso. Tinha medo de fechar os olhos, adormecer, e ouvir as confidências daqueles seres que pareciam tão destituídos de humanidade.
Meus avós pareciam imunes ao feitiço daqueles objetos mágicos, que já lhes passavam desapercebidos; seu descaso aumentava em mim a sensação de que brevemente seria iniciada nos mistérios da revelação divina, como imaginava que eles o tinham sido. A iminência da iniciação, que seria seguida da familiaridade com estes homens e mulheres, atormentados e feridos, que habitavam as imagens, me deixavam atemorizada e inundavam meu sono e meus sonhos.
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marianaseffrin · 11 years ago
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marianaseffrin · 12 years ago
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marianaseffrin · 12 years ago
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