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mcrnamidia · 2 years
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Consequências sociais e artísticas.
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Um dos pesquisadores na Escola de Chicago foi o psicólogo John B. Watson, e para explicar a MCR e suas consequências na sociedade e na arte, ele desenvolveu a teoria do comportamentalismo, que afirma que as causas do comportamento das pessoas são os “estímulos” que recebem do ambiente e o comportamento é a “resposta” a estes.
"O “homem massa” é determinado pelos meios de comunicação."
A Cultura de Massas no cinema, oferece ao público sempre um modelo de personagem para identificação e/ou projeção, prontos para o consumo de todos os públicos. Desde o jovem rebelde sem causa ao charmoso herói quarentão que dirige carros conversíveis e mata os vilões sem ajuda. 
Devemos entender o homem moderno como um indivíduo reprimido instintivamente, que recalca a sua agressividade. Pela psicanálise, quando o sujeito recalca um desejo, este vira uma espécie de fantasma; e o sonho é o espaço para que se possa realizar esses desejos reprimidos.
A cultura de massas se baseia nos desejos reprimidos do homem moderno, como amor, dinheiro, sexo, violência, entre outros, e materializa em forma de histórias; funciona como uma indústria de sonhos que sonha por você, realizando assim seus desejos não realizados. Seus desejos de expulsão da violência retida são exibidos na caricatura de heróis como, por exemplo, James Bond e Rocky Balboa, permitem ao telespectador se projetar nesses heróis e nas suas aventuras violentas e/ou eróticas, de um modo que não poderia viver em sua vida real. 
Porém, isso faz com que haja uma generalização desse tipo de identificação e projeção, diminuindo ou, até mesmo, retirando a individualidade dos indivíduos consumidores e nivelando a cultura de várias partes do mundo, uma vez que impressiona e cria essa necessidade.
Outra consequência social da massificação do cinema é, através desse nivelamento de cultura e dos blockbusters, o amadurecimento precoce de crianças e adolescentes, e a infantilização da vida adulta simultaneamente. Isso acontece porque os blockbusters são feitos para serem vistos tanto por crianças, como por adultos (para aumentar a bilheteria), através da criação da necessidade e do nivelamento cultural supracitado. 
Além das consequências sociais, porém, há consequências artísticas devido a essa massificação.
Não há o interesse de se dedicar uma vida inteira a fim de se produzir uma obra-prima, e sim, o de se produzir rápida e massivamente a fim de se conseguir o maior lucro possível. Isso faz com que se busque apenas reproduzir incessantemente padrões de identificação e projeção da sociedade, reforçando todos os preconceitos, restrições e opiniões de um tempo, restringindo a criatividade de um diretor.
É a produção que dita os moldes de como vai ser produzida a arte.
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mcrnamidia · 2 years
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O que significa a massificação dessa arte?
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ARTE~ CINEMA
A Pesquisa de Comunicação de Massa (“A Mass Communication Research”) é centrada nos estudos sobre a relação e interação entre os meios de comunicação de massa, bem como os comportamentos dos indivíduos na sociedade. Desse modo, faz- se uma análise os efeitos que a cinematografia causa nos homens devido essa interação com os meios comunicacionais 
A massificação dessa arte, significa que ela é acessível à maioria da população e não está restrita a um grupo seleto. No caso da indústria do cinema, os produtos audiovisuais seguem uma lógica de mercado, utilizando as famosas “fórmulas do sucesso” e a distribuição é dada pelos canais de comunicação. 
Hoje em dia, o entretenimento tem papel fundamental no controle e manutenção do sistema imposto pela indústria cinematográfica, pois a diversão torna-se fuga do estresse e do trabalho. Porém essa diversão é previamente escolhida por alguém, a exemplo do streaming Netfilx, que possui uma variedade de séries e filmes, os indivíduos ficam sujeitos a uma escolha, dando uma sensação de livre arbítrio  para decidirem o que querem assistir, mas o que aparece para o consumidor é algo que já foi previamente escolhido pra ele, através dos mecanismo de satisfação ( Gostei e não gostei) que a empresa consegue ter noção do que aquele indivíduo gosta e começa a indicar temas semelhantes, gerando um feedback e um controle sobre as pessoas. Por isso, tal movimento circular, tal feedback, graças ao qual imagens alimentam os homens para serem por eles realimentadas e para engordarem sempre mais durante o processo (FLUSSER, 2008, p. 56)
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mcrnamidia · 2 years
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Massificação da Arte: como e onde acontece.
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“Se até então a arte se colocava como momento individual, diretamente ligada ao próprio artista, progressivamente foi se tornando mais instrumento de massa.” 
MASSIFICAÇÃO: Adaptação de um fenômeno à massa, a um grande número de pessoas, pela retirada de suas características próprias e únicas - massificação da cultura. Padronização de valores e de costumes através dos meios de comunicação de massa. Ou seja, a massificação da arte nada mais é do que a retirada da arte dos seus locais originários - instrumentos musicais, museus, teatros e etc. - para propagar nos veículos populares. 
É importante destacar a diferença entre “democratização da arte” e “massificação da arte”. A democratização propõe livre acesso aos objetos artístico-culturais. Exemplo disso é o Cinema Líbero Luxardo, em Belém - com preços acessíveis, abaixo da média dos cinemas comerciais e com programações diversas que abordam temas sociais, culturais e subjetivos, além de dar visibilidade ao cinema independente e estrangeiro. A democratização cultural tem como precondição a ideia de que os bens culturais são direito de todos e não privilégio de alguns. Já a massificação produz objetos de rápido consumo, transformando-os em propaganda, status social e, inclusive, controle da sociedade. Massificar é banalizar a expressão artística e intelectual.
A massificação das obras acontece quando os grandes veículos se apropriam delas a fim de as propagar para a sociedade, sem se importar com a distinção de tais indivíduos e com o local originário desses produtos. Voltando ao conceito de democratização artística, que visa garantir o acesso da sociedade à cultura, a massificação desvia-se desse conceito ao focar naquilo que a elite social dita como verdadeiro. Ou seja, ao invés de representar uma cultura regional, a massificação artística rebaixa os valores de uma comunidade, colocando aquilo que é estrangeiro - a exemplo dos filmes milionários ou séries de um grande meio comunicacional - em destaque. 
De acordo com a análise funcionalista-comunicacional, a partir de Harold Lasswell, o entretenimento é uma das principais funções exercidas pela comunicação massificada. Vera França e Paula Simões (2016) ressaltam que a grande parte da programação midiática cumpre o papel de distrair a população. À luz de tal ideia, surgem as adaptações audiovisuais “Capitu” (2008), minissérie da TV Globo; “Gabriela” (2012), romance da Globo e “A Barraca do Beijo” (2018), da Netflix.
O ponto convergente das três obras abordadas é a adaptação de um objeto artístico para os meios comunicacionais de massa: televisão e cinema. A intenção de trazer essas adaptações é demonstrar a maneira como uma produção artística pode ser transformada para os veículos de comunicação massificados, já que as obras baseiam-se em dois nomes consagrados da literatura brasileira, no caso de Capitu e Gabriela, e A Barraca do Beijo também é uma produção literária.
Podemos considerar essas produções como produtos massificados pelos veículos que as produziram. A TV Globo possui um apelo comercial e ideológico fortemente instaurado no imaginário brasileiro, e o renome da empresa é fortalecido pelo poder monetário de suas obras. É o mesmo caso do serviço de streaming Netflix, atualmente, uma das maiores produtoras e patrocinadoras do audiovisual global.
Apesar das mensagens artísticas e culturais presentes nessas produções pelo fato de serem embasados em nomes conhecidos pela população, a reformulação de tais títulos põe em debate se realmente estamos acessando uma obra artística ou um produto comercial mascarado de produção cinematográfica.
Em diálogo com o cenário americano do pós-guerra, a propaganda de um estilo de vida análogo ao crescimento econômico da região foi a febre entre os primeiros veículos de comunicação, voltados à sociedade dita massificada do período. “Este foi um momento  decisivo para o sistema de produção que  ampliou, alargou, multiplicou o seu  território através dos mecanismos de reprodução” (FERRARA, 1981, p. 63). Assim, os indivíduos passaram a consumir, fortemente movidos pelo desejo e apelos das propagandas largamente veiculadas já nessa época. 
“Na nova realidade midiática que se inaugura no limiar do século XX, são os novos meios de comunicação - o jornal, o rádio, o cinema - que vão dar a identidade do homem massa, que vão lhe dizer quem ele é.” (FRANÇA, SIMÕES, p.56)
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mcrnamidia · 2 years
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Mass Communication Research
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A Escola iniciou com um investimento americano em pesquisas no âmbito da comunicação por dois interesses, a preocupação ética sobre os efeitos dos meios comunicacionais sobre as pessoas e um interesse instrumental, de vertente política e empresarial, voltado para a eficácia no uso dos meios na obtenção de objetivos pretendidos. Esse investimento em estudos culminou no pioneirismo da Mass Communication Research, ou Escola Fundamentalista Americana.
Com o surgimento do rádio, cinema e, posteriormente, televisão, os estudos evidenciavam preocupações como qual era a eficácia da propaganda política, a utilização comercial dos meios sobre a massa e a influencia que estava tendo nos comportamentos e questões sociais.
A partir disso, foram desenvolvidas algumas teorias principais. A Teoria Fundamentalista, em que a comunicação é avaliada pelas funções que efetua na sociedade, se caracterizando pelo seu funcionalismo. O Behaviorismo, o qual aponta para a presença da intenção, com objetivos pré-definidos, e não sendo resultado de uma ação e resposta involuntária.
E a Teoria da Sociedade de Massas, sendo o conceito de "massa" um conjunto heterogêneo de indivíduos, anônimos, que mesmo sem se conhecerem são capazes de compartilhar do mesmo sentimento e desencadearem uma ação de forma coletiva, sem a racionalidade. E por não existir um pensamento racional, a massa é facilmente controlada por uma figura de autoridade. A identidade do homem-massa, é ditada por algum agente externo, como os meios comunicacionais(rádio, cinema, jornal, televisão).
As funções mais especificas dos meios comunicacionais que serão expostas aqui, são ditadas pelo cientista Harold Lasswell e os sociólogos Paul Lazarsfeld e Robert Merton. Eles apontam as seguintes funções e/ou disfunções:
Vigilância
A correlação das partes da sociedade
A transmissão da herança social
A função de entretenimento ou recreativa
A função de atribuição de status
A função de execução ou reiteração das normas sociais
A disfunção narcotizante (apatia das massas)
Nenhuma é excludente entre si. Posteriormente, vieram muitas outras funções e disfunções a respeito e estudos sobre os efeitos na sociedade. Essas características, mesmo com o tempo, são extremamente atuais e podem ser percebidas no cotidiano através dos meios modernizados de comunicação, especialmente o cinema.
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