melanchvoly

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Eugen von Blaas (detail)

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elcwyn​ !!

Não pretendia passar o remanente da fatídica noite perambulando pelas calçadas impecáveis de Novi Grad, tampouco regressar a modesta casa adquirida há alguns anos pela bibliotecária. Habituada à investir inúmeras noite em claro na biblioteca, Elwyn deliberou locomover-se ao prédio antigo, porém acolhedor no centro da cidadezinha. “ —– Pequeno sangramento? Certo, se você diz…. —– ” não possuía o gene desvelado da matriarca dos Lloyd, e dificilmente dedicava-se a cuidar de terceiros ou impor uma falsa solicitude. “ —– Posso imaginar, as pessoas surtarem, e embora não possa ver escutei perfeitamente os gritos e a bagunça subsequente —– ” um riso seco escapou-lhe, embora pega de sobressalto e assustada, a Lloyd retornara ao prumo celeremente.

Elwyn convergiu as feições com o súbito contato de Hana com a pele alva circunscrita pelo líquido escarlate, não endossava aproximações como àquela, porém, sofreou ímpeto de resmungar. “ —– Está me comparando à uma criança, Hana? Sabe que meu conhecimento médico é provavelmente superior ao seu…. Mas vá em frente, doutora —– ” o sorrisinho cínico adornou os lábios. “ —– Qual é o prognóstico? Tenho quantos dias de vida? —– ”

��� oh, céus! permita com que eu me desculpe, caso tenha sido intrusiva. realmente não fora minha intenção. todavia, não precisava ser tão cruel me replicando... ouch. “ principia fala conduziu um timbre de desornada ( e dissimulada, claro ) contrição, antes de hana se afastar completamente da figura dela. quiçá, a persona de garotinha angelical não contemplasse a pertinácia dela —–—– algo que ela, em sua psique, considerava louvável. deixou com que um riso fosse ouvido por elwyn, a voz de hana não é nada mais do que um suspiro tênue entre a estática inquietude que paira no vazio entre ambas. outro toque símile ao prévio e ela incenderia em chamas. quase gostava daquilo. “ me permite acender um cigarro? “ 

pergunta retórica, ao que ela conduziu flama ao filtro, enchendo os pulmões paulatinamente. antes de perscrutar novamente o líquido escarlate que ainda manchava suas feições. não sentia nada, ali, vendo-o. “ essa geralmente é a hora em que você me deixa falando sozinha... “ disse-lhe, ainda portando o timbre suave. não havia falácia dançando em suas palavras desta vez, todavia. de mulher à mulher, tormenta à intempérie e todos os intricados sentimentos cravados nisso. 

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aldrifcn​ !!

Aarin passou a canhota pelas madeixas castanhas, livrando-se dos fragmentos de gliter, a Sainz esforçava-se para atenuar a ansiedade infligida pelo caos na festa. Habituada a brigas e comoções no bar, não presenciava nada análogo a histeria coletiva dos cidadãos há algumas horas. Poderia retornar a própria casa e beber um pouco na esperança de acabar dormindo, mas possuía consciência de que aquela caracterizava uma noite perdida. Regressar ao bar e abrir o estabelecimento para àqueles em busca de uma distração lhe soava como o preferível. Por isso, cruzava as ruas de Novi Grad, desprezando alguns olhares curiosos, girava a chave do estabelecimento dentre o indicador e polegar direito. Não possuía interesse na maioria dos indivíduos dentre a calçada da cidadezinha, conquanto a presença de Hana lhe forçara a parar por meros segundos. “ —– Hana, vejo que foi vítima da chuva de gliter, huh? —– ” indicou os resquícios coloridos no cabelo desta, um sorriso frouxo nos lábios da proprietária do bar. “ —– Um pouco, passa da meia noite quase, imagino que deveria estar em casa numa hora dessas —– ” o riso escapou-lhe fronte a alusão á noite caótica. “ —– Para ser honesta só estou indo agora abrir o Valhalla, mas imagino que algumas pessoas devam passar lá para afogar as mágoas —– ” brincou, enfiando as mãos e a chave do estabelecimento nos bolsos da jaqueta, Aarin ponderou por alguns segundos o quê deveria fazer. “ —– Quer que eu lhe acompanhe até em casa, ou prefere dar uma passada no bar? —– ”

. . o intrínseco inane de hana insistia em reter uma espécie de afeiçoamento à outra, inda que ela houvesse digladiado muitas e muitas vezes contra si própria nesta ímproba questão. não demorara, ela abrira um sorriso genuíno que trazia consigo um tom opaco de vermelho às bochechas. “ bem ... não é como se fossem notar a minha ausência em casa! “ replicou-a, num timbre que soara muito mais como um abrandamento mental do que algo sequer símile a divertimento. aproximou-se dela, enquanto as mãos pequeninas buscavam se livrar do glitter nos longos fios que escorriam por sua figura também franzina, suspirando baixinho. sentia-se um completo desastre, sendo observada de tal maneira. “ oh ... isso é um convite? “ indagou-a, rindo baixinho. não era de seu feitio sequer ser vista naquelas ruelas já tão tarde, conquanto não conseguiu resistir. mordeu o lábio inferior ainda colorido d’um escarlate agora já empobrecido e respirou fundo, o ar gélido fazendo-a encolher-se, um calafrio dançando por seu dorso. “ eu juro que uma taça da sua gin tônica com especiarias resolveria o completo infortúnio que foi o dia de hoje. me concederia a honra? “  

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browniecostcie​ !!

Seus olhos encaravam ansiosamente o prefeito com aquele objeto misterioso nas mãos, enquanto mantinha uma certa distância da multidão que se encontrava muito perto do gestor municipal. Então, tudo aconteceu. Não sabia como descrever a situação espontânea, mas sentia que aquele acontecimento não foi uma das melhores coisas que ocorria na cidade. Embora não tivesse se machucado fisicamente, era totalmente divergente com o seu estado mental, visto que uma dor em sua cabeça começo a latejar assim que ocorreu o barulho da bomba explodindo. Mais uma noite com uma dor de cabeça complicada… Ela sabia que seus pais iriam agir normalmente, por isso, afastou-se deles levemente para que pudesse resolver aquele caso sozinha até que seus olhos notaram um pequeno rastro de sangue quando encarou sem querer o braço de alguém. —Tem certeza que está tudo bem? Sangue, muitas vezes, não é algo bom. — Comentou, inclinando levemente sua cabeça pro lado esquerdo, enquanto aproximava da moça. — Não falarei nada. — Respondeu com um pequeno sorriso em seus lábios. — Embora receber biscoitos não seria uma má ideia, ou seria? Apenas estou com uma minha cabeça latejando, uma noite comum. Acredito que vai passar daqui a pouco. — Apesar de tentar acreditar naquela sua fala, Cielo tinha pequenas dúvidas se aconteceria realmente.

" oh ... acredite! após anos trabalhando como babá, até mesmo os biscoitos das mamães de novi grad se tornam repetitivos. não que seja ruim, claro. mas, após toda essa confusão admito que adoraria tomar uma xícara de chá e esquecer. “ ela respondeu, num timbre de voz que procurava ser amigável, apesar da conjuntura. hana não apreciava ‘ small talk ‘, por assim dizer, conquanto não poderia sair de seu papel de eterna boa-moça. “ tenho de concordar com você, aliás: sangue não é algo bom. olha o que houve com meu vestido! “ disse ela, como se completamente alheia à toda situação, mostrando-lhe o líquido escarlate manchando o tecido cor-de-rosa. “ aliás, céus ... uma noite comum? eu quem tenho de perguntar se tem certeza de que está tudo bem! “

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lemvnn​ !!

             quem está fazendo isto? talvez aquela fosse a pergunta mais correta a ser feita, diante do caos generalizado que havia se formado, diante da explosão. apesar de ter a sensação de que a pergunta que flutuara no ar em letras garrafais não era nada próxima de uma indagação referente ao acidente. aideen tivera a sorte de não estar próximo do ocorrido, ainda que não tivesse escapado de seus resultados. diferente dos mais curiosos ou dos azarões que estiveram em mesas próximas, ele não estava coberto de glitter ou com pequenos arranhões espalhados pelo corpo, como flagrara uns e outros por ali. mas foi quando os olhos azuis encontraram uma figura feminina, com sangue escorrendo pelo nariz, que ele se aprumou e se aproximou. 

             ela percebeu. se adiantou em eliminar os rastros de sua condição de vítima daquele acidente e até pareceu preocupada em fazer aquilo sumir permanentemente, pedindo a aj completo silêncio sobre o assunto. ele estranhou, mas, respeitou sua decisão. — eu imagino que já teremos muito trabalho tentando solucionar toda essa confusão, uh? – um sorriso pequeno e a mão foi a parte traseira da cabeça, onde sentia uma dorzinha proveniente da batida. — eu estou bem, estou bem! apenas com uma enxaqueca, mas, isso será um mal comum já já, quando a noite cair – o riso dado não tinha humor e os olhos azuis traziam preocupação. — a senhorita tem certeza que não precisa de ajuda? 

. . orbes obscuras feito a noite em ausência de luz argêntea lunar observaram-no, por uma fração de segundos, antes que ela retornasse ao semblante masculino. não se recordava em conhecê-lo, fato tanto cômico uma vez que todos ali se conheciam d’um jeito ou de outro. sem mais delongas, hana aproximou-se cordialmente de figura varonil que se portava diante de si, abrindo um sorriso polido e ínfimo, que não dispunha de anseio em causar reação alguma nele. como se desperta de um transe, ela começou seu vocábulo, de modo a respondê-lo.

“ digo-lhe que prefiro aguardar o término deste desastre no jornal. ademais, creio que logo seremos enxotados daqui. você sabe ... o bom e velho policiamento amigável. “ disse, de maneira divertida. conquanto, suas falas não eram nem um pouco símiles àquilo. “ imagino que todos estaremos bem em breve! não há com o que se preocupar. no mínimo, manchei meu único vestido bonito. “ e encolheu os ombros, transmitindo certa mágoa em seus trejeitos. ergueu o rosto muito delicado ao olhar dele, para sua indagação que veio não muito após: “ agora, me diga: nos conhecemos? céus, tenho um péssimo problema de memória, porém realmente não me recordo de já termos nos falado antes ... “

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elcwyn​ !!

Elwyn contraiu o braço ao mero impacto com o chão, empurrada por um dos cidadãos atemorizados pela singela surpresa, a bibliotecária congelou por alguns segundos antes de reerguer-se. A canhota cingiu a bengala, utilizando-a para tatear os arredores, desprezou a dor advinda do corte no braço e o líquido escarlate umedecendo a derme. Não obstante pudesse tatear o caminho, a Lloyd optou por conduzir-se ao burburinho meio ao caos, reconhecendo o timbre de Hana, Elwyn resolveu interromper o colóquio dela com outro cidadão. “ —– Hana?! —– ” inquiriu por mera educação, receosa de ter confundido a voz da garota com a de outro conhecido. “ —– Você está bem? —– ” os dedos ágeis puxaram a manga da jaqueta para esconder o sangue no braço, não pretendia chamar atenção ou assustar a garota. “ —– Que droga foi àquela na festa? Estou tentando entender o quê aconteceu, ouvi alguém dizendo que foi uma bomba de confete… Não faz sentido algum —– ”

atentando-se à presença d’outra, a mulher desfez-se das feições tipicamente afáveis por meros segundos. conquanto, o timbre ergueu-se inda mais inócuo de modo a atrair convicção e persuadi-la conforme bem entendesse. “ oh... elwyn! céus, houve apenas um pequeno sangramento. creio que minha pressão tenha abaixado, graças à infortúnia surpresa. não há com o que se preocupar, todavia. “ os saltos tilintavam contra as pedras hexágonas do chão, de forma despreocupada, paulatinamente   —–— quase como se quisesse trazer dubiedade à outra. “ você não acreditaria o quão ... terrível foi! “ proclamou, contérrita. conquanto, se a outra pudesse vislumbrá-la, quiçá distinguisse quão antagônico a tudo aquilo ela realmente se sentia. 

gentilmente, como um pequeno inseto é atraído à luz, hana permitiu com que seus dígitos ( gélidos e macios, uma insólita contradição ) tocassem a derma da outra. um mísero toque e a voz agora grave, movendo-se ao redor delas como fumaça. “ agora ... não seja birrenta. deixe-me ver essa ferida. não sou uma enfermeira, mas após tantos anos cuidando de crianças diria que sei bem auxiliar nisso. “

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principia noturna, luzes fantasmagóricas alumbravam de maneira falha alguns cantos das vielas e tornavam tudo aquilo em questão inda mais anômalo à hana e através dela, também. dígitos atormentados recorriam à franzina derma de seus braços e as garras afiadas que eram suas unhas abriam fissuras por cima de fissuras, até o sangue verter dali ――― vil tentativa de silenciar o oculto, descontinuar as vozes. 

... oh, não pense que isso fora suscitado pelo burburinho que acontecera em novi grad horas antes. os delírios perseguiam-na desde que era nada além d’uma criança. algo anciente e mórbido. apenas esperando o momento de acordar. o ato fora, no mínimo, anedótico às várias personas de hana. 

conquanto, por abnormal razão seus sentidos encontravam-se ridiculamente aguçados desde aquela ‘ explosão ‘. fora assim que ela percebera a chegada de alguém familiar, mirando à figura feminil par de olhos muito escuros e incongruentes por alguns milésimos de segundo. como um sopro d’uma doce e longínqua brisa, os movimentos foram cessados de modo gracioso, deixando a impressão de que ela estava apenas ajeitando as longas luvas de cetim, comicamente cobertas em glitter.  ❛❛ aarin! ❜❜ ela começou, em um tom amigável e baixinho. ❛❛  perdi a noção do tempo e já é demasiadamente tarde? pensei que seria uma noite agitada para você após ... bem ! ❜❜ e apontou para si própria, coberta com confeitos brilhosos, rindo um pouco da conjuntura.

@aldrifcn

[melanchvoly]

. . . os tons crepusculares preenchiam orbes naturalmente obscuras, tingindo-as n’uma releitura lúdica  ——— como uma daquelas quadraturas de van gogh. inda que a conjuntura fosse de solenidade e júbilo, hana se portava como uma divergência . . . um erro, de certa forma. sua presença era espectral e de mínima invitação para que se aproximassem, enquanto ela esfregava os braços de forma quase frenética. em cenários como esse em descrição, a mulher estaria próxima às crianças, mantendo sua persona. conquanto, não havia nenhuma ali. 

bizarro . . . ? sim. 

mas.

honestamente . . . ? ela estava agradecendo. odiava crianças.

𝚜𝚎𝚛𝚒𝚊 𝚞𝚖 𝚍𝚒𝚊 𝚍𝚊𝚚𝚞𝚎𝚕𝚎𝚜.

( . . . )

[ 𝙱𝙾𝙾𝙼 !! ]

𝚍𝚎𝚏𝚒𝚗𝚒𝚝𝚒𝚟𝚊𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎.

mil agulhas perfuravam-na: a derma alva em estado trêmulo, como se não reconhecesse o conjunto de nervos e sinapses sob si. a mente estava um completo caos  ——— estrépitos altos, princípios de choros, dor e ... silêncio. como se houvessem programado-a para retornar ao estado anterior. todas as lamúrias se refundiram e restou-se apenas um filete de sangue que escorria por suas narinas e manchava o delicado tecido cor-de-rosa de seu vestido, junto ao glitter. ela não sabia há quanto tempo, todavia. quando percebeu a presença de MUSE, buscou um lencinho entre os pertences de sua bolsa, removendo o que podia do líquido quente e escarlate de si.  ❛❛ oh ... não se preocupe, por favor !  ❜❜ disse ela, apontando para si própria em seu melhor tom cordial e alegre, conquanto o restante de seu corpo exibia o desalinho presente.  ❛❛ nosso segredinho, sim? não quero ninguém me enviando biscoitos por ter me ferido depois ... seria trabalhoso para todos ! ❜❜

❛❛ . . . e você? como está? venha, deixe me ver se posso ser de ajuda. ❜❜

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( 𝙰 𝚂𝙴𝙽𝙷𝙾𝚁𝙰 𝙳𝙰 𝙼𝙴𝙻𝙰𝙽𝙲𝙾𝙻𝙸𝙰. ) && sobre ,, informações extras ,, pinterest !

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You were full of joy and happiness. You weren’t alone like you are now. You had someone by your side. The man who taught you how to write your name, Man Weol. Is that the person you miss the most… over your long stay here? You have been waiting for that person… over this long period of time. 

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✨Collars✨

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I and me are always too deep in conversation.

Friedrich Nietzsche (via dostoievski)