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Aprendi a odiar estudar, não, não o ato de estudar, mas o "ter que estudar". Paulo Freire dissertou sobre a educação ser libertadora, mas eu tenho noção que no ideal dele essa "educação" abrangia mais do que matemática, naturezas, gramática e humanas. Esse mandamento levava também a educação filosófica do viver, de resolver problemas que não limitavam-se a números e sinais, mas sociais. Por que a ética é deixada de lado? E do que vale a sociologia se não temos crédito por fazer interpretações sobre determinados acontecimentos? Porque uma prova exige de mim 180 questões sobre assuntos que de nada serão úteis para a minha vivência? Realmente não sinto atração pelo peso descomunal de livrar um sujeito de uma doença ou tratar machucados de outros, possuo feridas abertas e roxos de pancadas que não sei quando, onde e nem o porquê de ter recebido. Sou um ser humano, pelo o que dizem, quase na maturidade, porém, minha sabedoria é diminuta, posso sim fazer um cálculo de quarto grau e resolver uma equação sobre log, se quiser eu cito todos os sistemas do organismo humano e o que eles compõe, onde eu devo ou não devo por uma vírgula, sei até quando é de minha escolha ela estar ou não lá. Contudo, permaneço sentindo uma incapacidade gigantesca de viver. Vergonhas em festas, cuidar de amigos alterados pelo álcool ou flertar com uma pessoa a noite toda pra no fim nada acontecer? Nunca experimentei isso. Espero um dia conseguir, mas até lá serei a pessoa que sente raiva por conta de dois domingos em uma escola diferente, sentada em uma cadeira por 5 horas para desvendar o porquê daquele amontoado de papel ter que definir minha vida

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Haikyuu! FanFic O pouso

18:00, rodoviária da cidade, professor Takeda espera ansioso na frente de uma das áreas de desembargue, de momento em momento conferindo o horário no relógio, esfrega as duas mãos e volta a recordar a igação que recebeu na semana anterior

“-Irmã! A quanto tempo, tudo bem? Alguma novidade? A Yuba participará de alguma competição?

-Irmão, tudo ótimo, eu quero realmente falar sobre a Yuba

-Alguma coisa aconteceu??

-O Mauro recebeu uma proposta de trabalho, a empresa pediu para que ele cuidasse de alguns negócios no interior..

-Que ótima notícia!

-Sim! Mas nessa cidade não tem como a Yuba continuar treinando, e esse ofício tem a duração mínima de 2 anos

-Como ela tá com isso?

-Então...ela ficou completamente triste, mas teve uma ideia

-E qual foi?- o modesto professor conhecia muito bem sua sobrinha e já esfregou os dedos na testa esperando o que estava por vir

-Já que ela não pode ficar aqui em Tóquio sozinha, ela perguntou se não pode ir morar com o tio preferido em uma cidade que tem vários centros esportivos e um ginásio de ginástica- ele ria pelo outro lado da chamada como se já esperasse por isso

-E a escola? Ela vai mudar no meio do ano?

-Não tem tanto problema, ela já passou no exame de admissão daí, e as notas dela estão ótimas, além do mais, não é o ano de vestibular. “

Tudo aquilo já tinha sido milimetricamente planejado, sua irmã não sabia receber um não, então fazia de tudo para que essa resposta não fosse possível

-Você me deve uma irmã.- desabafou com um fino sorriso

Segundos depois o ônibus apareceu, e de dentro dele saiu uma mestiça de cabelos negros e longos, alta, corpo de dançarina e um sorriso enorme no rosto, acenou de maneira exagerada para seu tio que riu e foi ajudá-la a pegar as malas

-Tio Takeda, que saudades- o abraçou sem mais nem menos

-Yuba-chan, a quanto tempo- tentou encurtar ao máximo o tempo do abraço- seu pai sempre te influenciando a ser o mais brasileiro possível.

-Aí desculpa, esqueço que estamos em uma cidade pequena- recolheu seus braços- não queremos que o respeitado professor Takeda seja alvo de boatos - 

-Não mesmo-

Os dois riram um pouco e foram para a casa do mais velho, o pássaro havia pousado.

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MY OC

PLEASE NO REPOST

~Queen Bee or Mitsuko Hachimitsuu

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Aizawa com uma taça de vinho