mementosupra
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paulo j. tavares
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detective particular
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mementosupra · 30 days ago
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escrever para mim é um exame de sangue cada palavra que derrama na página uma agulha, que supera a minha pele transportando com ela, épocas de mim eu detesto escrever, mas adoro ter escrito isto de um jeito explícito sugere que estimo o passado muito mais do que prezo o contínuo para sempre processo da adversidade presente de escrever
para mim amar o passado de escrever significa que a erupção sanguínea parou e eu posso apreciar a pintura que compus sem ter que passar pela mesma outra vez, eu sou o leitor não mais o escritor, eu sou a testemunha não mais a vítima das minhas próprias balas no entanto, pretendo escrever um livro correcção livros e prevejo um longo, doloroso caminho de doenças conduzindo a duradouras canções desoladas — flores e uma fartura de trajes de tons negros ao meu redor mas que no final de contas terá valido a pena.
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mementosupra · 30 days ago
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o espalhar de água por mim sobre a minha cabeça através dos mares apelidados de poeta, escritor é algo que sabe a uma pretensão é algo que sabe a uma presunção da minha parte com um aroma de aspiração insustentável é algo que não me atrevo, a eleger, não por não ter uma coroa, mas por essa mesma coroa ser inserida em exclusivo no presente paço da escrita no princípio do primeiro passo da letra que componho até ao fim da última letra que passo para o papel porém, uma vez o desenlace dessa caligrafia em série esse palácio de confiança altera-se numa humilde residência numa noção, que as minhas palavras são nulidades porque possuir um corpo contínuo, repleto de convicção poderia significar surgir no auge da minha existência mas ingressar num declínio num instante, iria ser sempre uma certeza imperativa, por não existir um equilíbrio entre ter os pés bem assentes na terra e alcançar as estrelas.
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mementosupra · 1 month ago
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@ negraitta
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mementosupra · 2 months ago
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mementosupra · 2 months ago
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mementosupra · 2 months ago
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estar vivo é conservar a capacidade de res‏pirar  é a previsível coreografia de inspiração e expiração  absorvendo oxigénio do ar inalado e libertando  dióxido de carbono por exalação. estar vivo é existir  num conforto de rescindir qualquer que seja aquilo  que exceda a familiaridade dos cobertores da tua cama 
mas viver, viver é relinquir o fôlego várias vezes é substanciar a tua frequência cardíaca devido  ao envencilhar da tua vida com a cinesia de face para aquilo que alicerça o teu sangue  em efervescência, mas também em sintonia com aquilo  onde reside o cenário de na sequela da serventia da mesma o teu sangue se estagnar na antítese de efervescente viver é ser a manifestação física da matiz que te desliza nas veias, viver é ser o vizinho do risco
contudo, estas duas condutas de chefiar a vida alcançam um círculo perfeito  apenas, quando se abraçam  com alforria de hierarquias, porque  por exemplo o sistema de segurança estar vivo, a solo
é lançar a âncora de um barco que se apresenta na areia este método de viver estabelece a textura da tua vida metálica e isso para mim soa a decesso intrínseco soa a uma vida onde o teu coração não se inscreve na equação da tua vida
já o viver a solo, é conduzir um veículo desservido de um travão, tudo o que conhece é velocidade e possuir somente esse mecanismo é uma missão suicida  no entanto o eco do seu desempenho  irá conceber extensos instantes de letícia infelizmente suspendidos pelos efeitos restritivos que irão se suceder a seguir
em síntese estas duas condutas, singulares  desenham figuras geométricas assimétricas  possuintes de um desfilar semipleno  que só quando se esboçarem de existências soldadas irão conseguir alvejar o vértice do andar de ambas   elas em simbiose, as vejo como uma pintura  enquanto que a conduta viver é a vibrante cor saciada no quadro a conduta estar vivo é a prudente moldura que restringe  a tonalidade salientada na mesma, para que ela  não esteja à mercê do sofrear de forças alheias  o que licencia a presença da frutífera euritmia entre se enraizar na realidade e florescer com a bússola de elucidar idílios.
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mementosupra · 2 months ago
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a mulher.
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mementosupra · 2 months ago
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mementosupra · 3 months ago
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mementosupra · 3 months ago
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mementosupra · 3 months ago
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Isidore Hippolyte Brion by Ackteon
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mementosupra · 3 months ago
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mementosupra · 3 months ago
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tetraplegia auto-induzida.
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mementosupra · 3 months ago
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ela, episódio um.
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mementosupra · 5 months ago
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quando escrevo à mão os sismos que suscitam reticências à minha respiração esses sismos acenam a bandeira branca da página em minúsculas, amansando a fonte da sua morfologia versal e desatando o tão necessitado espaço em jejum para que eu possa sentir o mesmo na sua orgânica família tipográfica e não na caricatura que os meus sentimentos à flor da pele o espigam. os sismos nunca irão ser sanados aqui, porque os seus parágrafos enunciam o seu pulso na realidade, no entanto é no ponto final último dos meus pensamentos onde situo-me itálico ao sangue-frio e com mais perspectivas de o conseguir decifrar do que quando esbocei a balbuciante palavra desse fluxo de consciência
pincelar a folha com a minha caligrafia tem sido num excerto substancial um exercício saudável o que significa que na afluente fracção dos quadros eu tenho municiado esta pluma como uma espécie de ginásio ao contrário, em que solto os pesos que reúno para me hospedar um alcácer mas também já esfolheei este exercício e plagiei de uma natureza afim a um viciado em álcool que exerce baptismos por absorção com o desígnio de fazer mergulhar o alarme de uma verdade adversa.
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mementosupra · 9 months ago
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na página do meu coração tu escreveste a grafite o teu nome, agora com a borracha eu o cego às cinzas mas nas seguintes folhas do livro da minha pulsação, a tua caligrafia persiste — participando na mesma pele da página e maquilhando-se na mesma de tal maneira que só sentida pela minha carícia é que consigo
presenciar o méleo eflúvio e a escarlate melodia
que exerceste na silhueta das letras que estabelecem a tua essência, ainda, na metrópole do meu mar.
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mementosupra · 9 months ago
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a noite, ela acende a luz que o dia rescinde e espelha a minha solteira de enigmas existência para mim mesmo
todas as fragrâncias das minhas aflições dos meus medos são explícitos não há estilo de escapar dos mesmos de noite — a realidade alcança-me como balas que se fossem de dia seriam interrompidas pelo colete à prova de balas de forma incógnita colocado em mim, pelo dia.
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