meninomarr

[meninomarr]

você vai ser sempre a vitima.

não importa o quanto eu berre e grite que não é sobre você, eu vou sempre ser culpada.

você não quer mudar, e não vai. está na hora de eu desistir disso: da mudança. preciso parar de tentar me encaixar no seu abraço apertado, que me sufoca até não sobrar nada mais. eu queria poder deitar no seu colo, derreter nos seus braços e deixar a dor ir embora com o conforto do seu toque, mas não vou. não vai.

no final, a única coisa que vai escorrer pelos seus dedos sou eu.

[meninomarr]

Meu bem, vai doer um bocado ainda até sarar.

[meninomarr]

o próximo enterro que eu atender, estarei dentro do caixão.

[meninomarr]

as palavras sempre entalam na minha garganta quando o assunto é você. não é justo que eu não me lembre do seu toque, da sua voz, do seu amor.

eu tento fingir que está tudo bem, mas como você lida com algo que ninguém te ensinou a controlar? “o tempo cura todas as feridas”, então por que ainda dói?

já fazem 11 anos e eu ainda te espero. eu ainda te procuro.

[meninomarr]

eu tenho tantas vozes na minha cabeça que as vezes esqueço que a sua não está lá.

o que aconteceu? mamãe me diz que você amava falar, então por que está calada?

não sabia que a morte era assim silenciosa.

[meninomarr]

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[meninomarr]

Virginia Woolf, The Years

[meninomarr]

i think you mean what you say when you say you wanna die. i think you mean what you say when you say you want to stay alive.

[meninomarr]

me desculpa, eu não queria nascer.

[meninomarr]

eu sinto que estou afundando em um buraco profundo e terrível. eu deveria sair da cama e fazer alguma coisa, e eu não sei porque eu não consigo.

[meninomarr]

as vezes eu queria que homens me desejassem para poder rejeitá-lo,

mas daí percebi que esse é só o meu jeito de querer provar que agora eu sei dizer não.

[meninomarr]

Eu não quero uma cicatriz eu quero ser adolescente.

[meninomarr]

você me vê na rua e sorri, acena para mim e continua o caminho.

eu te vejo na rua e penso em tudo que você me fez passar, aceno de volta e choro até chegar em casa.

[meninomarr]

know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better know its for the better

[meninomarr]

eu sou uma medrosa.

tenho medo de sentir, medo de te fazer sentir demais, medo de retribuir, medo do que vai ser.

eu nao quero ter medo disso

[meninomarr]

uma vez vi alguém dizer que em toda sua vida, apenas seus irmãos estão contigo desde o dia em que nasceu até a morte.

eu me pergunto cadê você aqui, se ainda estou viva? se eu ainda te espero?

eu penso nos dias em que você me prometeu o para sempre, quando você me amava e me segurava em seus braços. penso em como não reconheceria sua voz se a ouvisse no telefone.

eu sei que mudei, mas ainda sou a mesma menina que tem medo do escuro. ainda preciso de você. eu sinto sua falta, augusto.

[meninomarr]

“I didn’t know what to call it, what was happening between us, but I liked it. It felt silly and fragile and good.”

— Ransom Riggs; Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children