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a verdade é que ela nunca soube controlar muito bem os impulsos , a maternidade a deixara mais mansa , sim , mais tolerante . porém , com a vida de suas crianças ameaçadas , deixou o lado feroz falar mais alto . logo ela , que , antes de peeta , sequer pensava em ter filhos . se soltou dos braços de haymitch com dureza , fazendo com que ele cambaleasse e caísse sentado sobre a poltrona que antes habitava . o olhar mortífero que antes lançava para peeta parece morrer assim que as suas palavras lhe atingem , quase deixando furos em seu peito . então , como se tivesse acabado de levar um banho de água fria , se dá conta do que havia falado . não consegue parar as lágrimas que insistem em se formar , deixando-as escorrer livremente pelas bochechas . um clássico de katniss everdeen , agindo sem pensar . ignorando a feição de reprovação da mãe e as reclamações de haymitch , ela imediatamente vai atrás do marido . ‘ peeta ! ’ solta um chamado alto , mas , desta vez a voz não está cheia de raiva , mas sim completamente embebida de remorso . burra , burra , burra . repete em sua cabeça . diferente dele , katniss nunca teve o dom das palavras . as lágrimas deixam a sua visão um pouco turva , no entanto , não deixa de segui-lo . precisa até mesmo dar uma leve corrida para alcançá-lo . e , assim que o alcança , ela abraça suas costas com força , enterrando o rosto na camisa . ‘ me perdoa , eu não pensei antes de falar e . . . ’ não consegue concluir o raciocínio e um choro interrompe a fala . se pudesse , naquele momento , gostaria de se fundir com peeta . ‘ eu estou com tanto medo . ’ quando voluntariou-se no lugar da irmã , sentiu medo . no entanto , não se compara ao terror de possivelmente perder um de seus filhos . morreria um milhão de vezes se isso significasse manter as crianças bem e vivas . ‘ eu não sei o que vai ser de mim se um de nossos filhos morrer . ’
katniss sempre foi como um gato meio-feroz, tal como o gato da sua irmã, e não lhe surpreende que ela pule dos seus braços quase que imediatamente. em outro momento, o foco de peeta estaria em acalmar a esposa, segurá-la nos seus braços e tentar fazê-la ver alguma razão, mas, agora, ele entra em si mesmo com tanta força que até mesmo katniss everdeen, o tão conhecido centro da sua vida, se esvai do mundo. idiota! uma voz parecida com a de sua mãe enche-lhe a cabeça; a velha senhora mellark está à muito morta, graças aos céus, mas ela sempre vem a vida em momentos ruins, e peeta perde o ar. seu peito se aperta e ele olha freneticamente para os filhos; como ele poderia não saber que snow nunca irá parar de torturá-los por humilhá-lo há mais de 20 anos? como ele irá protegê-los agora?
seu ataque de pânico é interrompido quando a voz da sua mãe torna-se mais doce, mesmo que em meio a gritos, e seus olhos azuis se focalizam em katniss apenas momentos antes do ataque. sair da sua cabeça no momento é dificil, mas peeta se imagina um expert nisso. seu olhar foge entre a esposa e os filhos, encolhidos, e ele se vê em olive, apertado contra a irmã. em todos esses anos, ele imaginava que os filhos não tinham criado cascas duras como ele teve que o fazer durante a infância cheia de abusos - em que mundo ele esteve? cego pelos truques e pelo serviço que presta, tão crente que enquanto continuasse a ser servil e esguio, snow nunca os pegaria pelo pescoço e apertaria até que ele apagasse.
"como você pode pensar assim?" ele fala, mais em controle da própria voz do que ele poderia imaginar. "você acha que eu deixaria isso acontecer se eu soubesse? quem você acha que eu sou?!" sua voz se eleva só um momento; o vermelho parece querer tomar conta do seu corpo, a falta de ar um gatilho para a raiva que sempre lhe subia quando sua mãe estalava a mão no seu rosto. mas katniss não é a sua mãe e ele nunca gostaria que seus filhos fossem como ele, então ele segura o seu tom de voz, a raiva e a dor, e sai da sala e da casa pisando com força com os dois pés.
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durante a noite , a everdeen tão pouco conseguiu pregar os olhos; a ansiedade a consumindo de dentro pra fora . chegou até perder a contagem das vezes em que se remexeu na cama de casal , pra lá e pra cá . não soube dizer se o marido estava dormindo ou não , então reprimiu ânsia de esticar a mão e alcançá-lo . a madrugada passou e , após inúmeros pensamentos inquietos , os raios de luz começaram a iluminar levemente o quarto por trás da cortina . dessa forma , katniss entendeu que aquela era a hora de levantar da cama e tentar viver o dia como se fosse qualquer outro . hyacinth pedira para a mãe trançar o seu cabelo e , de bom grado , ela o fez . tomou seu tempo para pentear , separar as mechas e , por fim , juntá-las no penteado . depositou um beijo na cabeça da filha , vendo-a correr em direção a sala . antes de se juntar com a família na sala , katniss abriu a torneira da pia da cozinha , colocando ambas as mãos embaixo da água corrente e em seguida as levando até o rosto , procurando algum alívio . que não encontrou . achou seu lugar ao lado do marido , acomodando-se entre seus braços . com o tempo , aprendera a ser abraçada , a se permitir ser envolta . e , agora , era o que ela mais buscava em tempos de estresse e angústia . pergunta-se mentalmente se peeta consegue sentir a sua tensão . mesmo com todos ali reunidos , katniss não consegue se sentir plenamente confortável — sabe que haymitch e peeta também não . como vitoriosos , estavam incapacitados de esquecer a brutalidade dos jogos em que participaram , das vidas que ceifaram . a única coisa que os faria esquecer de tudo talvez fosse a morte . o hino insuportável soa e olhos da everdeen automaticamente se desprendem da feição de peeta e grudam na televisão . detestava aquela música maldita com todas as forças . escutava atentamente cada palavrinha de snow , apesar de igualmente o detestar ou até mais . no entanto , parece ficar surda quando a notícia é anunciada pelos lábios maldosos do ditador . katniss se levanta de supetão , os ouvidos zumbindo e o cômodo girando . haymitch precisa segurar o seu braço e fornecer estabilidade . ‘ não . ’ diz , baixo . ‘ não , não , não , não , não , não . ’ a cada não o tom de voz vai aumentando , expressando cada vez mais ódio . ‘ maldito! ’ ela pega o copo de bebida de haymitch e o lança longe . cega de raiva , tão pouco percebeu que seus filhos a olhavam assustados . ‘ você sabia disso , peeta? ’ gritou , a voz falhando e virando-se para o marido de maneira acusatória , apontando-lhe o dedo indicador . ‘ todo mês viajando para aquela merda de capital , não me diga que você não sabia! ’ tentou avançar para cima do loiro , como um animal selvagem , mas foi contida pelo mentor que , para um bêbado , parecia bem alerta . os braços de haymitch a seguravam com o dobro de força que ela fazia . a vontade de katniss era de prensar peeta contra a parede , colocar seu braço contra o pescoço alheio , assim como já havia feito anteriormente .
@yeagrist
o dia da apresentação da colheita é esperado, mas nunca aguardado com felicidade. no último massacre quaternário, pessoas de todas as idades se tornaram elegíveis para os jogos, mostrando-se viver para o nome com toda a matança horrível entre crianças, adultos e idosos. peeta lembra que o seu primeiro ano como mentor (e como marido) foi horrível, entre o casamento forçado, televisionado para toda panem, e as mortes que o precederam, como se a cerimônia fosse apenas uma lembrança feliz, uma continuação macabra da matança. só de pensar, ele sente frio na barriga, algo quase permanente agora; ele não se reconhece sem esse sentimento de pavor eterno, de pensar e repensar todas as opções de o que será o tema do massacre esse ano.
os everdeen-mellark começam a se aglomerar na sala. esse poderia ser um dia qualquer, um dos dias que peeta celebra por ser ridiculamente comum, com a esposa no braço e os filhos nos pés, haymitch em uma das poltronas, prim e a dona everdeen no outro sofá; o cheiro de comida ainda pesado no ar, e a tv ligada em um programa que peeta não presta atenção, pois ele só precisa do que está ao seu redor para se centralizar. mas a conversa ao seu redor não lhe traz conforto hoje, e o cheiro de floresta vindo de katniss parece mudo perto da catinga de bebida de haymitch. o loiro não tem palavras nem para repreender o velho mentor, não quando ele, também, as vezes deseja que ele tivesse gosto pela bebida para poder se entorpecer.
o hino de panem soa na televisão, e o seu braço se aperta ao redor de katniss. a voz do caquético ditador do país começa a falar besteiras, enrolando aparentemente de forma infinita, até que as palavras que todos esperam soam: a colheita do quarto massacre quaternário será composta de filhos e parentes de vencedores das 99 edições anteriores. o silêncio se petrifica.
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com a cabeça, ela assente. ‘ obrigada. ’ diz, oferecendo-lhe um pequeno sorriso. enquanto caminha até a cozinha, não deixa de perceber o quão a casa era mais bonita que a sua; talvez, por ser muito mais nova. mas também a faltava dinheiro, como sempre. tão preocupada em colocar comida na mesa e cuidar da família que a restara que, como consequência, deixou de prestar atenção na própria residência — não era nada parecida com um lar, aconchegante, caloroso. a casa dos everdeen era fria, anunciava a quem a olhasse, todo luto e dor pelo qual já haviam passado.
quando os dedos de peeta encontram os seus, um arrepio percorre seu corpo. ‘ obrigada, mais uma vez. ’ fala, bebendo da água que a fora entregue. estar ali, a sós com ele, era enervante. principalmente porque sua marca doía como nunca, e, por pura coincidência, exibia a letra inicial do nome alheio. ‘ estou bem sim. é só cólica. ’ mente. mais um gole na água. com a boca cheia, não precisaria falar nada. mas, para o seu nervosismo, ele insiste em fazê-la perguntas. hesita em responder; a verdade é que amaria comer um pedaço de bolo, ainda mais sabendo quem o fez. contudo, era péssima em aceitar qualquer coisa que vinhesse de terceiros. e, por fim, acaba aceitando. ‘ bem, talvez um pedaço pequeno? ’ katniss ri, sem graça. havia muito tempo que não comia um doce. torce o nariz para o ensopado, não porque não gostava, mas porque detestaria parecer uma pobre esfomeada. caso estivesse em casa, sozinha, comeria uns três pratos de ensopado. ‘ acredito que sim. ’ concorda, embora nunca tenha escutado ninguém falar o mesmo. ‘ quando chegar em casa devo pedir para prim me fazer um chá de ervas, sempre ajuda. ’ ela acaba por confessar, compartilhando-o com o rapaz. ‘ de qualquer forma, agradeço a preocupação. ’ educado como de costume, pensa.
sem disfarçar, no caradurismo inato e típico dela, deixa o olhar percorrer o rosto de peeta, admirando os seus traços por alguns rápidos segundos. e, mais uma vez, é acertada em cheio pela ardência — dessa vez, ela disfarça. não querendo deixar explícito que a dor era causada pela marca, pois bem, era impossível que peeta mellark fosse sua alma gêmea.
minafm:
chegara, cansada, após um longo dia de caça e sobre a bancada da cozinha estava o delicado envelope, de cor creme, com as iniciais do casal. e, naquele mesmíssimo instante, soube que não conseguiria escapar das garras bem cuidadas de madge undersee — que, ao contrário dela, era de uma grande vaidade. mas, a verdade é que se não fosse pela melhor amiga, a everdeen certamente estaria vestindo uma maltrapilha qualquer, combinando-a com a bota marrom e prestes a descamar. sentia-se esquisita e, bem, os olhares surpresos lançados à ela também não a ajudavam a apaziguar a sensação incômoda; é claro, ninguém ali estava acostumado a ver katniss everdeen de vestido. usava um vestido violeta de alças finas, feito do tecido mais sedoso que já tocara em vida. era de madge, é claro. o pai comprara para ela durante uma de suas viagens para o distrito oito. exibia, também, os longos e escuros cabelos caídos sobre os ombros, chocando àqueles que costumavam a vê-la sempre com a trança corriqueira.
katniss quase deixa escapar um chiado de desespero quando madge a deixa para poder cumprimentar um grupo de amigos; aquilo era o que mais odiava em ter, como melhor amiga, alguém tão sociável e amável. agora, só restava ela, com os próprios pensamentos. contemplou a idéia de, simplesmente, ir embora. no entanto, certamente seria duramente repreendida pela mãe e irmã, que, constantemente, imploravam para que tentasse socializar mais — uma grande besteira, na visão de katniss. já possuía gale e madge, e a bastava.
além do mais, tentava ignorar o arder tão conhecido no quadril; ela sabia, mais que ninguém, que a alma gêmea estava ali, naquele salão, porém, não fez questão alguma de procurá-la, apesar do sentimento de desespero começar a preenchê-la gradualmente. de repente, a marca doí mais, fazendo-a morder o lábio inferior em troca. apesar da bagunça sensorial, a everdeen percebe peeta muito antes de vê-lo pela visão periférica. culpa os inúmeros anos de caça, que a ajudaram a aguçar os sentidos, não o fato de, simplesmente, por razão nenhuma, notá-lo em todos os ambientes possíveis. contudo, não se vira até que a voz alheia a chame. ‘ peeta, ei. ’ finge surpresa. nota, também, as bochechas avermelhadas, mas assume que é por conta dele estar, com toda certeza do mundo, ajudando no casamento do irmão. segue o olhar até o bolo bem decorado, franzindo o cenho em confusão. mas, quando peeta a oferece um outro, katniss dá um sorriso pequeno. ‘ obrigada, mas, não precisa. ’ as bochechas esquentaram. e, mais uma vez, sentiu vergonha; deveria estar estúpida naquela roupa, tão estúpida e esquisita que, em toda sua bondade, peeta sentia a necessidade de oferecê-la comida. novamente. algo murcha dentro dela e, repentinamente, a pontada de dor a atinge. ‘ argh. ’ deixa escapar, colocando uma das mãos sobre o quadril. ‘ na verdade, aceito um copo d'água. não ‘tô me sentindo muito bem. ’
ela está linda - - bem, ela é, mas mesmo que peeta a achava a mulher mais feroz e adorável do distrito ao vê-la de cara feia quando vinha fazer as trocas com o seu pai, havia algo um tanto adorável em vê-la tão bem vestida. o sentimento de admiração falha, porém, ao notar que ela parecia desconfortável, e ele tenta não transparecer os pensamentos que são como um turbilhão na sua mente apaixonada. o dissabor de vê-la negar a comida, porém, fica claro no seu rosto. peeta gostava de alimentá-la, de vê-la cheia e feliz. mas seria estranho pressionar, ainda mais quando ele não faria isso para mais ninguém sem a permissão de delly. ele quase deixa passar, mas o olhar cai sob a mão dela, no quadril, e a felicidade inunda o rosto dele, antes que ele consiga controlá-la para deixar uma aparência um pouco divertida no rosto. a sua própria marca, no quadril, também queimava. mas isso pouco lhe importava quando parecia estar claro que katniss também tinha uma marca no quadril (ela o espancaria se ele comentasse sobre isso, pedisse para vê-la, claro, então ele certamente fica de boca fechada sobre isso).
"claro,“ ele responde, solícito, abrindo caminho para que ela o acompanhe para a pequena cozinha do casal. era uma das casas novas da costura, então havia a felicidade de não ser só um cômodo, e invés disso, pelo menos três; delly o contara que ela guardou dinheiro para ajudar na compra da sua casa de casada desde nova, e junto com o salário de thom, felizmente eles conseguiram um lugar mais aconchegante. "você está bem?” ele pergunta, quando eles chegam perto da caixa de gelo; ele pega uma das garrafas deixadas lá para gelar, e enche um copo para katniss, sentindo os pelos do corpo todo arrepiarem quando a ponta dos dedos deles se tocam. “tem certeza que não quer bolo?” ele pressiona apenas agora, longe de olhos e ouvidos curiosos. a pequena banda começara a tocar, o que adicionava para abafar quaisquer conversa que eles fossem ter - - graças aos céus, peeta pensa. “também tem ensopado.” ele levanta uma sobrancelha. o ensopado era de cervo, provavelmente caçado por gale e katniss há apenas uns dias, então ela já devia estar ciente da presença da comida mais farta hoje. “o que é que dizem? comer bem cura qualquer dor?”
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chegara, cansada, após um longo dia de caça e sobre a bancada da cozinha estava o delicado envelope, de cor creme, com as iniciais do casal. e, naquele mesmíssimo instante, soube que não conseguiria escapar das garras bem cuidadas de madge undersee — que, ao contrário dela, era de uma grande vaidade. mas, a verdade é que se não fosse pela melhor amiga, a everdeen certamente estaria vestindo uma maltrapilha qualquer, combinando-a com a bota marrom e prestes a descamar. sentia-se esquisita e, bem, os olhares surpresos lançados à ela também não a ajudavam a apaziguar a sensação incômoda; é claro, ninguém ali estava acostumado a ver katniss everdeen de vestido. usava um vestido violeta de alças finas, feito do tecido mais sedoso que já tocara em vida. era de madge, é claro. o pai comprara para ela durante uma de suas viagens para o distrito oito. exibia, também, os longos e escuros cabelos caídos sobre os ombros, chocando àqueles que costumavam a vê-la sempre com a trança corriqueira.
katniss quase deixa escapar um chiado de desespero quando madge a deixa para poder cumprimentar um grupo de amigos; aquilo era o que mais odiava em ter, como melhor amiga, alguém tão sociável e amável. agora, só restava ela, com os próprios pensamentos. contemplou a idéia de, simplesmente, ir embora. no entanto, certamente seria duramente repreendida pela mãe e irmã, que, constantemente, imploravam para que tentasse socializar mais — uma grande besteira, na visão de katniss. já possuía gale e madge, e a bastava.
além do mais, tentava ignorar o arder tão conhecido no quadril; ela sabia, mais que ninguém, que a alma gêmea estava ali, naquele salão, porém, não fez questão alguma de procurá-la, apesar do sentimento de desespero começar a preenchê-la gradualmente. de repente, a marca doí mais, fazendo-a morder o lábio inferior em troca. apesar da bagunça sensorial, a everdeen percebe peeta muito antes de vê-lo pela visão periférica. culpa os inúmeros anos de caça, que a ajudaram a aguçar os sentidos, não o fato de, simplesmente, por razão nenhuma, notá-lo em todos os ambientes possíveis. contudo, não se vira até que a voz alheia a chame. ‘ peeta, ei. ’ finge surpresa. nota, também, as bochechas avermelhadas, mas assume que é por conta dele estar, com toda certeza do mundo, ajudando no casamento do irmão. segue o olhar até o bolo bem decorado, franzindo o cenho em confusão. mas, quando peeta a oferece um outro, katniss dá um sorriso pequeno. ‘ obrigada, mas, não precisa. ’ as bochechas esquentaram. e, mais uma vez, sentiu vergonha; deveria estar estúpida naquela roupa, tão estúpida e esquisita que, em toda sua bondade, peeta sentia a necessidade de oferecê-la comida. novamente. algo murcha dentro dela e, repentinamente, a pontada de dor a atinge. ‘ argh. ’ deixa escapar, colocando uma das mãos sobre o quadril. ‘ na verdade, aceito um copo d'água. não ‘tô me sentindo muito bem. ’
não há surpresa, para peeta, que delly não demorou mais que seis meses para casar com thom. também não o surpreende quando ela o convida para a festa, e coloca especificamente nas suas mãos o trabalho de fazer o seu bolo de casamento (e o pão para o toasting). ele também não se choca quando ela o abandona pela festa, afinal, esse é o seu casamento. francamente, a única não-surpresa que o incomoda é quando várias pessoas - - coincidentalmente, todas com o nome cuja inicial é k - - se aproximam dele a qualquer oportunidade durante a festa.
graças aos céus, ele consegue fugir, de maneira geral. se ocupar com os afazeres da cozinha o deixa quase invisível no meio dos convidados, e peeta está bem contente com a situação, até o momento em que, em uma das passadas pela sala de estar (onde os convidados se reuniam), ele sente um ardor numa parte bem conhecida do corpo. pânico se dilui nas veias dele até desaparecer quando ele reconhece o cheiro de natureza, sempre suficiente para que ele se acalme - - e, ainda assim, ao mesmo tempo, sentir o seu coração pular (e o ardor? bem, peeta sempre sentira uma queimação por todo o seu corpo ao ver ou se aproximar de katniss everdeen, com marca ou não).
“katniss. hi.” ele tem certeza que sua voz lhe escapa fraca, talvez até trêmula, e logo as bochechas se avermelham - - é uma situação um tanto patética, mas ele tem esperança que ela nem o note (não seria a primeira vez). “você quer bolo?” ele pergunta, dando uma olhada pro bolo do casamento, ainda intacto. “eles ainda não partiram esse, mas eu trouxe um menor, just in case.”
@yeagrist
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These images just scream #mommykatniss to me 🥹🥹🥹🥹🥹🥹
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moonrlvers·:
não era uma surpresa que ela descesse logo, claro. mesmo depois de anos, katniss era uma pessoa alerta, uma sobrevivente nata, e teimosa o suficiente para quase nunca deixar-se descansar, e deixá-lo a atendê-la na cama. não há como reclamar hoje, porém, não quando ele vê-la sorrindo, o sorriso mais lindo do mundo na mulher mais linda do mundo - - e só para ele, de verdade, o que o faz ainda mais abobalhado. “teimosa.” ele ainda vocifera seus pensamentos, balançando a cabeça e os cachos no topo desta. mas, como ele pensava, as reclamações morrem na boca com o carinho oferecido tão prontamente, e ele tem certeza que seu coração ainda se apressa, animado com o toque e a proximidade de katniss, mesmo ela sendo sua esposa há tanto tempo. com as mãos limpas, ele levanta o braço com cuidado para que ela pudesse se aconchegar no seu lado, e ele levasse o braço ao redor dela; automaticamente, o rosto descende para sentir o cheiro do cabelo dela. tinha sentido a falta dela, também. óbvio. katniss poderia sair do quarto para a sala e ele sentiria a falta dela, sentiria aquele sentimento que nunca iria embora, da possibilidade de ela o abandonar para sempre. era possível, de certa forma. mas não. ela amava as crianças demais, e, de alguma forma, o amava também. em momentos assim, só os dois, ele conseguia ver isso, sentir orgulho deles, de si.
inflando o peito um pouco, ele controla a sua carência, mesmo quando ela se afasta. “belisquei umas coisas.” mas hábitos não morrem, e na casa dos mellark, eles nunca podiam comer até ter terminado todo o serviço, então a fome não o incomoda tanto, nem mesmo enquanto faz tantas guloseimas. “nove anos.” ele sorri, pensando no filho, ainda dormindo. “talvez você não sinta por que você não muda nada. nunca.” ele brinca, levantando suas sobrancelhas enquanto pega uma espátula para bater a farinha no bolo, o último passo antes de terminar, por enquanto. “they’re so big, katniss. too big.” até ela entende, principalmente ela, talvez, mas ele não quer deixar o clima triste demais em um dia que é feliz. ele é pai dos filhos de katniss everdeen, a garota que sempre amou. não deveria sentir um pingo de tristeza a partir desse fato. “acha que ele vai querer confeitar o próprio bolo? ou eu o faço sozinho? menos bagunça, talvez.”
a afronta inofensiva a arranca um pequeno sorriso, sem mostrar os dentes. com o barulho da ração caindo no pote, ela vê a complexidade alaranjada do bichano dar o ar da graça. como uma espécie de agradecimento, o gato se arrasta por suas pernas, mas, logo em seguida corre até a sua comida. ‘ você precisa se alimentar direito. ’ adverte o marido, dando um leve revirar de olhos. ‘ não sei o quê anda comendo na capital. ’ ela faz uma careta, desgostosa. detestava vê-lo partir, detestava ainda mais pensar nele rodeado daquelas pessoas coloridas demais, esnobes demais. a comida lá poderia até ser boa, no entanto, nada no mundo poderia comprar o seu sossego e paz — ter que conviver com eles durante os jogos já era tortura o bastante.
com a mão, ela deixa os cabelos escuros e longos caírem sobre um dos ombros, apoiando-se na bancada em que peeta trabalhava. curiosamente, vestia uma de suas blusas, uma das antigas, mas que ainda assim, quase a engolia. ‘ nove anos. ’ a everdeen repete, sussurrando. ‘ ei! ’ reclama, virando-se para ele com o cenho franzido. ‘ eu mudo. de vez em quando. ’ uma mentira deslavada, é claro. continuava a mesma de muitos anos atrás, exceto pelos traços mais envelhecidos e o comprimento do cabelo. sorrateira, ela chega até peeta, levando o dedo indicador até a farinha e passando-o na ponta de seu nariz. ri, abrindo um grande sorriso. ‘ queria voltar no tempo só para poder pegá-los no colo uma última vez. ’ confessa, a nostalgia pegando-a em cheio. a família era tudo para ela; algo um tanto quanto irônico já que, antes, tão pouco pensava em casar e ter filhos. mas, então, peeta lhe aconteceu. ‘ deixe-o confeitar. ’ diz, certa. ‘ alguma das crianças precisa levar o talento dos mellark adiante. ’ provoca. ‘ hoje, bagunça é o de menos. tenho certeza que olive vai adorar decorar o próprio bolo. ’
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“let me sleep to the sound of your breathing.”
— Mary Szybist, from Incarnadine: Poems; “Invitation” (via 89words)
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Come away with me. 2046 (2004) dir. Wong Kar Wai
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you have so much love in your eyes, it's almost painful to look into them
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suas vivências a levaram a ter um sono leve; dormir como uma pedra, em meio a uma arena com várias pessoas querendo lhe matar, era péssima ideia. além do mais, era mãe. acostumara-se a levantar mediante ao menor choro possível, às vezes, só o som da um respirar diferente já a fazia abrir os olhos. então, escutou o marido deixar o cômodo, como também o selar no canto dos seus lábios. mas, mesmo assim, ela esticou a mão para tatear o lado vazio, procurando o calor alheio. contudo, ainda permanece na cama, de olhos fechados, permitindo-se alguns mais minutos de descanso.
deixou o macio do colchão com leveza, sequer se importando em dobrar as cobertas como tinha o costume. o barulho da batedeira chamou sua atenção, fazendo com que, curiosa, se movimentasse até a cozinha para ver no quê peeta trabalhava. ' bom dia. ' katniss diz, um pequeno sorriso estampado no rosto. por mais que não quisesse admitir, adorava vê-lo cozinhando. e, é claro, adorava ainda comer da sua comida. de vez em quando, pegava-se admirando os braços fortes do marido sovarem a massa do pão. ela se aproxima dele, observando a bagunça sobre a bancada. ' para sua sorte, elas não acordaram. ' os filhos haviam passado o dia anterior inteiro brincando, estavam exaustos e provavelmente iriam acordar um pouco mais tarde do quê o normal. ' não quero voltar para cama, já estou bem acordada. ' responde, passando por trás do marido para, então, posicionar-se ao seu lado e, carinhosamente, encostar o rosto no braço alheio. como um gato, ela arrasta a bochecha contra o tecido da blusa de peeta. aquilo era saudade. ' o tempo passou rápido, não? parece que foi ontem que tive olive. ' que, curiosamente, resolveu nascer dentro de uma banheira. ' obrigada. já tomou café-da-manhã? ' perguntou, quebrando o contato físico para abrir uma das cabines de um dos móveis da cozinha e pegar um pouco da ração e encher o potinho de buttercup — aquele gato velho que, querendo ou não, acabara por se apegar.
@yeagrist
acordar cedo vem natural pra ele, mesmo depois de mais de década sem precisar acordar antes do sol raiar para carregar sacos de farinha e começar o preparo dos pães com os irmãos. ele deixa a quentura da cama com um pequeno beijo no canto da boca da esposa, antes de ir para o outro lugar mais quente da casa: a cozinha. é o seu domínio, aqui, mesmo que há apenas alguns anos, o dividia frequentemente com a sra. everdeen e prim, pratos de ingredientes alimentícios substituidos rapidamente por corpos se retorcendo em dor ou feridas, e potes de remédios. felizmente, hoje elas conseguiram um espaço na cidade para atendimento de doentes, e, às nem cinco da manhã, ele tem certeza que elas estão muito ocupadas dormindo, como deveriam. ele, porém, simplesmente não consegue. nem ao lado de katniss, que faz sono lhe vir mais fácil, nem depois de ver as crianças; voltar da capital, mesmo que só tenha passado uma semana lá, sempre o deixa agitado demais, a cabeça cheia e o corpo quase dormente.
o pão já está quase pronto para ser sovado de novo, e há uma massa de bolo sendo batida, quando ele finalmente escuta algo no corredor. espera que talvez seja hyacinth, e que não seja olive, mas a visão de alguém com pés bem mais leves o faz levantar as sobrancelhas, e colocar a vasilha em cima da mesa. “katniss. hi.” ele limpa as mãos automaticamente no avental. “as crianças não acordaram, né? pensei em levar o bolo do aniversário de olive na cama. ou, bem, já tê-lo pronto antes de ele acordar. iria levar ovos para você, também, se você não fosse apressada demais. volta pra cama.”
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moonrlvers·:
a possibilidade de uma viagem em topo do dragão de helaena era animadora. talvez, no começo da gravidez como estava, alysanne deveria ser comedida e mais cuidadosa, mas o próprio marido havia insistido que ela se acostumasse ao seu lado, e os filhos, mesmo os mais novos, todos já tinham as suas próprias montarias (mesmo que pequenas deveras para serem montadas). “para o castelo dos leffords?” dá um olhar um tanto repreendente pra cunhada. “não. ficará parecendo que você está considerando a proposta dele, e, pelo que diz, não há tal possibilidade. casterly rock, porém. ou as fair isles.” tanto tempo presa aos castelos do marido e do sogro, alysanne tinha se ocupado com leituras, e a princesa rhaena havia muito escrito sobre as ilhas de sua amiga, elissa farman.
não deixou de revirar os olhos para a maneira de falar de sua amada. “a mulher já está morta. querida seria a maneira mais cortês de falar sobre ela.” e alysanne sempre se importava com coisas tolas como essa. que deixassem as grosserias para os homens, afinal. os olhos se fecham levemente com o toque alheio, mas logo se abrem para fitar a loira em toda a sua magestria, levantando uma das mãos para cobrir a dela, sob a sua bochecha. “então vamos pedir a seu pai, juntas. ele não vai me negar, e muito menos a você.” um frio passou pela sua barriga, e ela apertou a mão da outra, a levando para o seu colo. sempre ficava nervosa quando precisava contar para helaena algo relacionado ao irmão dela, como seu marido. era como uma traição à ela, apesar de que ela era casada com o principe, não com a princesa.
“estou gravida novamente.” anunciou, finalmente. aenys, o seu mais novo, já tinha 6 anos, e havia bastante tempo que não tinha engravidado. “jaehaerys vai ficar tão feliz que não se incomodará se eu precisar de alguma ajuda. e eu só quero a sua.” ela se declara, da melhor maneira que pode. “fique. ou nos vamos, enquanto podemos.”
ajeitou uma madeixa do próprio cabelo , tirando-o do rosto . ‘ não necessariamente , aly . ’ então , abriu um grande sorriso . voar com a amada parecia uma aventura magnífica , digna de uma linda história de romance . o único problema era quê , a história delas , embora envolvessem romance , ainda estava longe de ser tão grandiosa como uma . ‘ casterly rock não , já passei tempo demais por lá . ’ comentou , uma expressão de desgosto transitando rapidamente por seu rosto . revirou os olhos diante do comentário de alysanne à respeito da falecida . ‘ oh , deuses , tenham piedade da alma desta pobre querida . ’ ironizou , colocando a destra sobre a testa de maneira dramática e tombando a cabeça para atrás com leveza . com a mão dela sobre a sua , a targaryen pode se sentir derretendo . ela amolecia o seu coração selvagem . talvez alysanne fosse a única pessoa capaz de domar o seu dragão interior . ‘ espero que sim . contudo , parece que querem me despachar o mais rápido possível , tendo em vista que estão querendo vender a minha mão mais uma vez . ’ comentou , o amargor presente na voz . a amargura aumentou consideravelmente com a revelação da outra . como se a queimasse , helaena arrancou a mão do contato com rispidez . ‘ o quê? ’ perguntou , a expressão tornando-se sombria e revoltada . furiosa , ela levantou do sofá de maneira rápida , dando-lhe as costas . se fosse capaz , teria cuspido fogo . caminhou até uma das janelas , tendo que respirar profundamente antes de a responder . ‘ eu não me importo com o quê jaehaerys sentirá . ’ falou , aumentando o tom de voz ligeiramente . ‘ eu a ajudo , mas quem me ajuda , alysanne? ’ já podia sentir as lágrimas se formando nos cantos dos olhos . assim como a amada , helaena também possuía filhos , gêmeos , suas bem mais queridos . mas , ao contrário dos dela , daemon e daeron não eram dragões e , sim , leões; nunca seriam bem-vindos ali . ‘ pelos deuses ! como eu sou burra . ’ choramingou , levando ambas as mãos até a cabeça . ‘ enquanto eu sofria pela sua falta , você dormia com o meu irmão . ’ sentiu repulsa , semicerrou os olhos e a encarou . ‘ você não tem vergonha , alysanne? uma mulher casada , com filhos , grávida , cobiçando a irmã do próprio marido . ’ deixou com que a frustração tomasse conta das palavras .
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chay suede as ari in travessia ( 2023 ).
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moonrlvers:
era verdade. seus pais batalharam bastante para isso, e pan sentia-se obrigado a honrá-los, mesmo que na frente de uma namorada falsa de 3 horas (no máximo); seu momento de lembrança, com um sorriso pequeno, é pertubado pela confissão dela, a qual o faz levantar as sobrancelhas, antes de soltar uma pequena risada. “isso não é uma coisa boa, moça. espero te mudar para o próximo?” ele tenta, dando uma piscadela para ela. ela quase esgasgando-se na sua frente o faz voltar á surpresa, e por um momento, pan está de volta ao salão, tendo que se preparar para performar um heimlich num cliente. “você tá bem?” ele pisca, oferecendo o seu guardanapo pra ela. ela parece bem - - demais - - então ele abaixa um pouco a preocupação e inclina a cabeça um pouco. “entendi. é tudo um esquema pra conseguir mais followers né? esse relacionamento?” ele fala, bem humorado, sorriso maroto nos lábios entregando a brincadeira. sua prima era parecida, embora pan esperava que nanda ainda não estivesse procurando namorados por aí.
“você acha?” ela não tinha muito contato com chefs, isso era claro. na experiência dele, uma cozinha só tinha gente suada, suja e, mais frequente que não, mal - humorada, gritando um com os outros; e ainda assim, cozinhas eram os seus lugares preferidos, de conforto. infelizmente, não ganhara muita buceta se gabando do emprego, mas talvez precisasse mudar a fita. a atenção dele redobra quando ela o chama pelo apelido carinhoso, e pan consegue sentir uma onda de desejo, misturada com vergonha, misturada com algo mais, quando ela enrola sua lingua para chama-lo de amore - - embora italiano fosse sua lingua natal, pois nascera aqui, ao contrário do que uns e outros falavam, havia poucas linguas mais sexy do que o italiano, e essa moça, mia, o provava como certo. passando a lingua pelos lábios, ele assente.
o garçom chega logo a mesa deles, e pan abaixa a mão dela, mantendo a dele sob as costas da dela, enquanto recita o pedido para o atendente - - como havia vindo meio que a mando do seu chefe, ele tinha dinheiro o suficiente para pedir quase tudo do menu, e com o desconto de casal, isso o assegurava dessa possibilidade, então ele fez questão de pedir quase tudo, começando pelo tasting menu. ele oferece um sorriso para o garçom, antes de virar-se para ela; lentamente, ele traz a sua mão para si, longe dela. “não foi demais, foi? qualquer coisa, podemos embalar pra casa.” claro, sua mãe lhe ensinara isso, e ele nunca deixaria comida estragar.
por muito pouco , mia não deixa um ‘ talvez você possa ser o próximo ’ escapulir . então , ela se permite suspirar diante das memórias de suas inúmeras desilusões românticas . mas , sim , talvez ele a mude para o próximo . só irá aceitar um homem caso ele seja tão bonito quanto pan e , é claro , gentil como tal também . a italiana sorri simpática diante da urgência alheia em ajudá-la , por deus , poderia se apaixonar por esse homem . ah , mia salvatore , emocionada como sempre . ‘ sim , exatamente . ’ o sorriso , agora , torna-se divertido . ‘ você não sabe o quão difícil é crescer na internet . caso tudo dê errado , vou abrir um onlyfans . ’ comentou , quase um desabafo . no entanto , se expor de uma maneira tão reveladora e íntima em uma plataforma não parecia nada agradável .
assentiu com a cabeça , concordando . talvez sua opinião sobre chefes de cozinha fosse um pouco romantizada; mas ela culpa bradley cooper por tal opinião . com a mão dele sobre a sua , a italiana cora . ignorou a sensação de borboletas no estômago , em nenhum momento quebrando o contato físico . se todos relacionamentos falsos fossem tão instigantes quanto aquele , ela queria viver uma mentira todos os dias de sua vida . sorri de maneira gentil para o garçom , apesar de tão pouco ter escutado o pedido de pan . cazzo ! como o mundo era injusto . ‘ não , não ! está ótimo , zero desperdício . ’ ela diz , sem jeito . também quis xingá-lo pela quebra da intimidade , embora entendesse completamente a razão dele ter recolhido a mão . oras , eram dois estranhos compartilhando uma situação esquisita . então , recolheu a mão e a levou até a taça de vinho , balançando-a delicadamente antes de a levar até a boca . ‘ estou com fome , talvez nem sobre nada . ’
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moonrlvers:
“senhorita não. senhora. tua senhora,” ela corrige, segura, puxando o cabelo dele de leve. “seus pais tiveram quatro, os meus cinco. uma poção anti-dor faz tudo,” e com dinheiro pra assegurar que nada faltasse as crianças, por que não? ela revira os olhos à auto-confiança dele. “e que bom por isso. te trocaria se você fosse um perdedor,” ela brinca, caninos visíveis quando ela sorri. “mas pra mim, você tem que perder. e vai. vamos ver, eu aposto uma semana sozinho com as crianças. eu tô precisando ficar no escritório por uns dias mesmo.” não que ela conseguisse ficar mais de três dias longe dos filhos - - o que significava que maeve ir para hogwarts era quase um pesadelo para ela, e talulla ainda lutaria muito para aceitar e se acostumar com isso.
o novo bebê ajudaria a distraí-la, bem ela sabe, mas a reação do marido apenas aumenta o seu animo sobre a noticia, roubando uma gargalhada da sua garganta; ela o aperta mais quando ele a puxa para si, cabelo loiro caindo em ondas sob o rosto e os ombros dele. “você vai acabar me fazendo gofar em cima de você.” a loira ainda está rindo quando brinca, balançando a cabeça e movendo-se só o suficiente para que ela possa olhar para ele quando fala. “sim, senhor. eu imagino que isso tenha acontecido naquele jogo inaugural em norfolk, quando o treinador te proibiu de ter relações durante o mês de treino. lembra, nós quase não andamos depois daquilo?” ela ainda lembra de se sentir flutuando o dia todo, e obviamente se esquecera de tomar a poção anti-gravidez. embora talulla nunca tenha duvidado que vitor não se incomodaria com a novidade, ver ele reagindo tão bem a fazia se sentir mais aliviada, e bem mais feliz também, um suspiro saindo por entre os seus lábios. “engordei, foi?” ela levanta uma sobrancelha. tinha ganhado peso, sim, distribuido pelo corpo, mas também tinha o empurrado mais pra fora da cama, e dormido no sofá algumas vezes, não querendo que ele tocasse em uma região dolorida ou acordasse quando ela precisasse ir no banheiro. “eu te amo por isso.” talulla o responde, plantando um beijo na ponta do seu nariz, antes de descer para tascar-lhe um beijo na boca.
revirou os olhos , mas de maneira divertida , fingindo desaforo . ‘ perdão , minha senhora . ’ ele pede desculpa pelo tratamento errôneo , o sorriso ainda nos lábios . com a menção às famílias , vitor percebe a grande família que seriam , ou melhor , eram; embora a de talulla não fosse tão presente , ou gostasse dele . queria que fossem mais próximos é claro , no entanto , a divergência de ideias os não permitia tal . ‘ me trocaria , é? ’ ergueu ambas as sobrancelhas , tombando a cabeça um pouco para o lado . ‘ nunca . você está presa comigo para o resto da vida . ’ apesar das palavras humoradas , vitor jamais a forçaria . se , por ventura , se separassem algum dia , a deixaria viver plenamente sem sua companhia — mas que merlin o perdoasse por tais pensamentos , era apaixonado demais por talulla e , só de se imaginar longe dela , fez seu coração doer . era um bobo apaixonado , de fato . ‘ pode ir , eu me viro bem com as crianças . só não espere pouca bagunça , é claro . ’ brincou . no entanto , faria de tudo para que as coisas corressem em ordem .
‘ acho que me empolguei , perdão . ’ se desculpa , um pouco desajeitado . vitor leva uma das mãos até os cabelos da esposa , enrolando o dedo indicador em uma das mexas . ele adorava a textura e a tonalidade dos fios alheios; durante hogwarts , não conseguia ignorar a cabeça loura pelos corredores , virando o pescoço para olhá-la sempre que passava por ele . ‘ há males que são para o bem . ’ comentou , sorrindo envergonhado . caso o seu treinador não o tivesse explicitamente , com todas as palavras , proibido de fazer sexo , talvez não tivessem mais uma criança . então , diante daquilo , ele até poderia agradecê-lo — apesar de ter sido um mês de pura tortura , é claro . ‘ também te amo . ’ amar tally era fácil , extremamente fácil . projetou a cabeça um pouco para frente , pressionando mais sua boca contra a dela . os braços ainda a segurando , percorreu os dedos por suas costas com delicadeza , acariciando-a . ‘ precisamos pensar em nomes . mais um filho meu na grifinória . ’ provocou . se os três filhotes fossem selecionados para a mesma casa que a sua , vitor certamente se gabaria pelo resto da vida .
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choramingou no sofá , claramente irritadiça . seu dia havia sido uma grandíssima merda; ao invés de trabalhar com a estilização das roupas , fora obrigada a comprar café-da-manhã , almoços e até lanchinho da tarde . sua vontade era de voar na garganta de seu chefe , no entanto , lá estava ela , sofrendo no sofá de seu apartamento . apesar do episódio de friends na televisão , joey não prestava atenção — e ela amava a série . sua chateação era tanta que até ignorava a interação de rachel e phoebe na tela . queria chorar , ou melhor , chorar e se empanturrar de porcaria . mas naquela geladeira não havia nada , já que hoje era o seu dia de fazer as compras e ela se encontrava afundada na própria desgraça . esticou o braço e puxou o celular de cima da mesinha , deslizando o dedo pela tela até achar o contato de connor — carinhosamente nomeado de ‘ sharkboy <3 ’ . após alguns segundos , a ligação caiu na caixa postal . ‘ saco ! ’ exclamou . estava sofrendo e seu melhor amigo sequer conseguia atendê-la , uma traição ! das maiores . no entanto , quando escutou o barulho da chave entrando na fechadura , a loira prontamente se levantou do lugar , correndo em direção a porta . e , quando connor apareceu em seu campo de visão , fez questão de pular em seu colo e enroscar as suas pernas no seu quadril e os braços em seu pescoço . como se joey fosse um coala e o outro , bem , uma árvore . ‘ onde é que você tava? ’ perguntou , o cenho franzido . ‘ atender o telefone é bom, sabia? de nada adianta ter um se você não usa . ’ deixou o canto da boca cair , projetando o lábio inferior e assumindo uma feição de coitadinha . ‘ vamos connie , me leva pro sofá de novo . tô triste demais pra andar . ’ por fim , deu uma risadinha .
( @usermina , @moonrlvers )
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moonrlvers:
mesmo ainda um pouco tonta, a ideia a interessa o suficiente para ficar claro na sua expressão, embora ela suavize um pouco quando ele nota o que ela está falando. “bom, ainda temos alguns anos com o tom antes de ele precisar nos deixar,” talulla tenta desconversar, mas pende a cabeça com a pergunta dele, lábios virando para cima em um sorriso afetado. “mais…dois, tá bom? não quero virar uma molly da vida,” conhecia a sra. weasley do trabalho e dos grupos de mães, e embora poderia admirar a luta da familia, dava graças aos céus não ter uma familia tão grande nem tão pobre quanto a dela - - não sendo interesseira, mas já sendo, ela nem consideraria mais filhos se o trabalho de vitor não fosse extremamente lucrativo.
quando ela ri novamente, é do jeito que ele a chama, de forma debochada, com os braços apertados ao redor dele novamente quando ele a levanta. “grifinória, tá certo,” a probabilidade não era pequena, ela sabia disso, mas as vezes talulla tinha que aguentar no que originalmente dissera, só as vezes. “quanto você quer perder?” ela franze os lábios em um biquinho, assentindo com a cabeça. “você me disse váarias vezes, né, amor. já sei que você tem tesão nisso.” a loira passa a mão pelos cabelos dele novamente, plenamente confortável, mesmo com o peso dele sob o seu, pelo que parece ser a primeira vez no dia. “você sabe que eu gosto muito de tentar,” já bastaria ele tocá-la por debaixo do short do pijama agora mesmo para confirmar as palavras dela. “mas…meio que já conseguimos?” ela faz uma pequena careta, fechando um olho e esperando a reação do marido para a sua confissão.
pra sua sorte , tom ainda não os deixaria; eles ainda possuíam mais alguns anos para aproveitar . por outro lado , maeve se mudaria em breve e , contra a sua vontade , moraria sozinha . apesar de ter passado pelo mesmo processo , aquela era sua princesa , sua vontade era de escondê-la do mundo , protegê-la de seus perigos . ‘ deus me livre . ’ ele fala em sua língua de origem . ‘ mais dois , senhorita talulla? ’ indaga , arqueando uma sobrancelha . com a menção à molly , vitor imaginou a esposa correndo , desesperada , atrás de várias crianças ruivas . e , bem , ele não queria ser como arthur . ‘ quatro é um bom número . ’ ponderou , umedecendo os lábios com a língua . ‘ perder? eu raramente perco . ’ o quê era uma verdade , bem , pelo menos em seus jogos de quadribol; no entanto , ele queria provocar a outra porque sabia o quão competitiva era . ‘ disse , é? que bom que você sabe . ’ ri mais uma vez . com a mão dela em seus cabelos , vitor afunda o rosto na curvatura de seu pescoço mais uma vez . ‘ podemos tentar sempre que você quiser . ’ se a confissão da esposa não tivesse prendido completamente sua atenção , certamente já teria arrancado a própria camisa . ‘ já conseguimos? ’ se desfaz da posição , levantando a cabeça para encará-la . ‘ nós vamos ter um bebê? ’ diz alto , empolgado . com as suspeitas confirmadas , o coração se encheu de alegria . ‘ porra , eu te amo . você sabe , não é? ’ então , ele coloca as mãos nas coxas dela , puxando-a para si e fazendo-a sentar em seu colo . ‘ e se eu te dissesse que já estava meio desconfiado? ’ deu um sorriso grande . ‘ te conheço por inteiro , tally . você não me engana . ’
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