minafm
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⠀ ♡⠀ 𝐟𝐭 ˒ 𝒎𝒊𝒏𝒂 ⠀ .ᐟ‍
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we 𝐚𝐥𝐥 want [ ... ] 𝒍𝒐𝒗𝒆 .
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minafm · 9 months ago
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a  verdade  é  que  ela  nunca  soube  controlar  muito  bem  os  impulsos  ,  a  maternidade  a  deixara  mais  mansa  ,  sim  ,  mais  tolerante  .  porém  ,  com  a  vida  de  suas  crianças  ameaçadas  ,  deixou  o  lado  feroz  falar  mais  alto  .  logo  ela  ,  que  ,  antes  de  peeta  ,  sequer  pensava  em  ter  filhos  .  se  soltou  dos  braços  de  haymitch  com  dureza  ,  fazendo  com  que  ele  cambaleasse  e  caísse  sentado  sobre  a  poltrona  que  antes  habitava  .  o  olhar  mortífero  que  antes  lançava  para  peeta  parece  morrer  assim  que  as  suas  palavras  lhe  atingem  ,  quase  deixando  furos  em  seu  peito  .  então  ,  como  se  tivesse  acabado  de  levar  um  banho  de  água  fria  ,  se  dá  conta  do  que  havia  falado  .  não  consegue  parar  as  lágrimas  que  insistem  em  se  formar  ,  deixando-as  escorrer  livremente  pelas  bochechas  .  um  clássico  de  katniss  everdeen  ,  agindo  sem  pensar  .   ignorando  a  feição  de  reprovação  da  mãe  e  as  reclamações  de  haymitch  ,  ela  imediatamente  vai  atrás  do  marido  .  ‘  peeta  !  ’  solta  um  chamado  alto  ,  mas  ,  desta  vez  a  voz  não  está  cheia  de  raiva  ,  mas  sim  completamente  embebida  de  remorso  .  burra  ,  burra  ,  burra  .  repete  em  sua  cabeça  .  diferente  dele  ,  katniss  nunca  teve  o  dom  das  palavras  .  as  lágrimas  deixam  a  sua  visão  um  pouco  turva  ,  no  entanto  ,  não  deixa  de  segui-lo  .  precisa  até  mesmo  dar  uma  leve  corrida  para  alcançá-lo  .   e  ,  assim  que  o  alcança  ,  ela  abraça  suas  costas  com  força  ,  enterrando  o  rosto  na  camisa  .  ‘  me  perdoa  ,  eu  não  pensei  antes  de  falar  e  .  .  .    ’  não  consegue  concluir  o  raciocínio  e  um  choro  interrompe  a  fala  .  se  pudesse  ,  naquele  momento  ,  gostaria  de  se  fundir  com  peeta  .  ‘  eu  estou  com  tanto  medo  .  ’  quando  voluntariou-se  no  lugar  da  irmã  ,  sentiu  medo  .  no  entanto  ,  não  se  compara  ao  terror  de  possivelmente  perder  um  de  seus  filhos  .  morreria  um  milhão  de  vezes  se  isso  significasse  manter  as  crianças  bem  e  vivas  .  ‘  eu  não  sei  o  que  vai  ser  de  mim  se  um  de  nossos  filhos  morrer  .  ’ 
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katniss sempre foi como um gato meio-feroz, tal como o gato da sua irmã, e não lhe surpreende que ela pule dos seus braços quase que imediatamente. em outro momento, o foco de peeta estaria em acalmar a esposa, segurá-la nos seus braços e tentar fazê-la ver alguma razão, mas, agora, ele entra em si mesmo com tanta força que até mesmo katniss everdeen, o tão conhecido centro da sua vida, se esvai do mundo. idiota! uma voz parecida com a de sua mãe enche-lhe a cabeça; a velha senhora mellark está à muito morta, graças aos céus, mas ela sempre vem a vida em momentos ruins, e peeta perde o ar. seu peito se aperta e ele olha freneticamente para os filhos; como ele poderia não saber que snow nunca irá parar de torturá-los por humilhá-lo há mais de 20 anos? como ele irá protegê-los agora?
seu ataque de pânico é interrompido quando a voz da sua mãe torna-se mais doce, mesmo que em meio a gritos, e seus olhos azuis se focalizam em katniss apenas momentos antes do ataque. sair da sua cabeça no momento é dificil, mas peeta se imagina um expert nisso. seu olhar foge entre a esposa e os filhos, encolhidos, e ele se vê em olive, apertado contra a irmã. em todos esses anos, ele imaginava que os filhos não tinham criado cascas duras como ele teve que o fazer durante a infância cheia de abusos - em que mundo ele esteve? cego pelos truques e pelo serviço que presta, tão crente que enquanto continuasse a ser servil e esguio, snow nunca os pegaria pelo pescoço e apertaria até que ele apagasse.
"como você pode pensar assim?" ele fala, mais em controle da própria voz do que ele poderia imaginar. "você acha que eu deixaria isso acontecer se eu soubesse? quem você acha que eu sou?!" sua voz se eleva só um momento; o vermelho parece querer tomar conta do seu corpo, a falta de ar um gatilho para a raiva que sempre lhe subia quando sua mãe estalava a mão no seu rosto. mas katniss não é a sua mãe e ele nunca gostaria que seus filhos fossem como ele, então ele segura o seu tom de voz, a raiva e a dor, e sai da sala e da casa pisando com força com os dois pés.
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minafm · 9 months ago
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durante  a  noite  ,  a  everdeen  tão  pouco  conseguiu  pregar  os  olhos;  a  ansiedade  a  consumindo  de  dentro  pra  fora  .  chegou  até  perder  a  contagem  das  vezes  em  que  se  remexeu  na  cama  de  casal  ,  pra  lá  e  pra  cá  .  não  soube  dizer  se  o  marido  estava  dormindo  ou  não  ,  então  reprimiu  ânsia  de  esticar  a  mão  e  alcançá-lo  .  a  madrugada  passou  e  ,  após  inúmeros  pensamentos  inquietos  ,  os  raios  de  luz  começaram  a  iluminar  levemente  o  quarto  por  trás  da  cortina  .  dessa  forma  ,  katniss  entendeu  que  aquela  era  a  hora  de  levantar  da  cama  e  tentar  viver  o  dia  como  se  fosse  qualquer  outro  .   hyacinth  pedira  para  a  mãe  trançar  o  seu  cabelo  e  ,  de  bom  grado  ,  ela  o  fez  .  tomou  seu  tempo  para  pentear  ,  separar  as  mechas  e  ,  por  fim  ,  juntá-las  no  penteado  .  depositou  um  beijo  na  cabeça  da  filha  ,  vendo-a  correr  em  direção  a  sala  .  antes  de  se  juntar  com  a  família  na  sala  ,  katniss  abriu  a  torneira  da  pia  da  cozinha  ,  colocando  ambas  as  mãos  embaixo  da  água  corrente  e  em  seguida  as  levando  até  o  rosto  ,  procurando  algum  alívio  .  que  não  encontrou  .   achou  seu  lugar  ao  lado  do  marido  ,  acomodando-se  entre  seus  braços  .  com  o  tempo  ,  aprendera  a  ser  abraçada  ,  a  se  permitir  ser  envolta  .  e  ,  agora  ,  era  o  que  ela  mais  buscava  em  tempos  de  estresse  e  angústia  .  pergunta-se  mentalmente  se  peeta  consegue  sentir  a  sua  tensão  .  mesmo  com  todos  ali  reunidos  ,  katniss  não  consegue  se  sentir  plenamente  confortável  —  sabe  que  haymitch  e  peeta  também  não  .  como  vitoriosos  ,  estavam  incapacitados  de  esquecer  a  brutalidade  dos  jogos  em  que  participaram  ,  das  vidas  que  ceifaram  .  a  única  coisa  que  os  faria  esquecer  de  tudo   talvez   fosse  a  morte  .   o  hino  insuportável  soa  e  olhos  da  everdeen  automaticamente  se  desprendem  da  feição  de  peeta  e  grudam  na  televisão  .  detestava  aquela  música  maldita  com  todas  as  forças  .  escutava  atentamente  cada  palavrinha  de  snow  ,  apesar  de  igualmente   o detestar ou  até  mais  .  no  entanto  ,  parece  ficar  surda  quando  a  notícia  é  anunciada  pelos  lábios  maldosos  do  ditador  .  katniss  se  levanta  de  supetão  ,  os  ouvidos  zumbindo  e  o  cômodo  girando  .  haymitch  precisa  segurar  o  seu  braço  e  fornecer  estabilidade  .  ‘  não  .  ’  diz  ,  baixo  .  ‘  não  ,  não  ,  não  ,  não  ,  não  ,  não  .  ’  a  cada  não  o  tom  de  voz  vai  aumentando  ,  expressando  cada  vez  mais  ódio  .  ‘  maldito!  ’  ela  pega  o  copo  de  bebida  de  haymitch  e  o  lança  longe  .  cega  de  raiva  ,  tão  pouco  percebeu  que  seus  filhos  a  olhavam  assustados  .  ‘  você  sabia  disso  ,  peeta?  ’  gritou  ,  a  voz  falhando  e  virando-se  para  o  marido  de  maneira  acusatória  ,  apontando-lhe  o  dedo  indicador  .  ‘  todo  mês  viajando  para  aquela  merda  de  capital  ,  não  me  diga  que  você  não  sabia!      ’  tentou  avançar  para  cima  do  loiro  ,  como  um  animal  selvagem  ,  mas  foi  contida  pelo  mentor  que  ,  para  um  bêbado  ,  parecia  bem  alerta  .  os  braços  de  haymitch  a  seguravam  com  o  dobro  de  força  que  ela  fazia  .  a  vontade  de  katniss  era  de  prensar  peeta  contra  a  parede  ,  colocar  seu  braço  contra  o  pescoço  alheio  ,  assim  como  já  havia  feito  anteriormente  .  
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@yeagrist
o dia da apresentação da colheita é esperado, mas nunca aguardado com felicidade. no último massacre quaternário, pessoas de todas as idades se tornaram elegíveis para os jogos, mostrando-se viver para o nome com toda a matança horrível entre crianças, adultos e idosos. peeta lembra que o seu primeiro ano como mentor (e como marido) foi horrível, entre o casamento forçado, televisionado para toda panem, e as mortes que o precederam, como se a cerimônia fosse apenas uma lembrança feliz, uma continuação macabra da matança. só de pensar, ele sente frio na barriga, algo quase permanente agora; ele não se reconhece sem esse sentimento de pavor eterno, de pensar e repensar todas as opções de o que será o tema do massacre esse ano.
os everdeen-mellark começam a se aglomerar na sala. esse poderia ser um dia qualquer, um dos dias que peeta celebra por ser ridiculamente comum, com a esposa no braço e os filhos nos pés, haymitch em uma das poltronas, prim e a dona everdeen no outro sofá; o cheiro de comida ainda pesado no ar, e a tv ligada em um programa que peeta não presta atenção, pois ele só precisa do que está ao seu redor para se centralizar. mas a conversa ao seu redor não lhe traz conforto hoje, e o cheiro de floresta vindo de katniss parece mudo perto da catinga de bebida de haymitch. o loiro não tem palavras nem para repreender o velho mentor, não quando ele, também, as vezes deseja que ele tivesse gosto pela bebida para poder se entorpecer.
o hino de panem soa na televisão, e o seu braço se aperta ao redor de katniss. a voz do caquético ditador do país começa a falar besteiras, enrolando aparentemente de forma infinita, até que as palavras que todos esperam soam: a colheita do quarto massacre quaternário será composta de filhos e parentes de vencedores das 99 edições anteriores. o silêncio se petrifica.
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minafm · 2 years ago
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com  a  cabeça,  ela  assente.  ‘  obrigada.  ’  diz,  oferecendo-lhe  um  pequeno  sorriso.  enquanto  caminha  até  a  cozinha,  não  deixa  de  perceber  o  quão  a  casa  era  mais  bonita  que  a  sua;  talvez,  por  ser  muito  mais  nova.  mas  também  a  faltava  dinheiro,  como  sempre.  tão  preocupada  em  colocar  comida  na  mesa  e  cuidar  da  família  que  a  restara  que,  como  consequência,  deixou  de  prestar  atenção  na  própria  residência  —  não  era  nada  parecida  com  um  lar,  aconchegante,  caloroso.  a  casa  dos  everdeen  era  fria,  anunciava  a  quem  a  olhasse,  todo  luto  e  dor  pelo  qual  já  haviam  passado.  
quando  os  dedos  de  peeta  encontram  os  seus,  um  arrepio  percorre  seu  corpo.  ‘  obrigada,  mais  uma  vez.  ’  fala,  bebendo  da  água  que  a  fora  entregue.  estar  ali,  a  sós  com  ele,  era  enervante.  principalmente  porque  sua  marca  doía  como  nunca,  e,  por  pura  coincidência,  exibia  a  letra  inicial  do  nome  alheio.  ‘  estou  bem  sim.  é  só  cólica.  ’  mente.  mais  um  gole  na  água.  com  a  boca  cheia,  não  precisaria  falar  nada.  mas,  para  o  seu  nervosismo,  ele  insiste  em  fazê-la  perguntas.  hesita  em  responder;  a  verdade  é  que  amaria  comer  um  pedaço  de  bolo,  ainda  mais  sabendo  quem  o  fez.  contudo,  era  péssima  em  aceitar  qualquer  coisa  que  vinhesse  de  terceiros.  e,  por  fim,  acaba  aceitando.  ‘  bem,  talvez  um  pedaço  pequeno?  ’  katniss  ri,  sem  graça.  havia  muito  tempo  que  não  comia  um  doce.  torce  o  nariz  para  o  ensopado,  não  porque  não  gostava,  mas  porque  detestaria  parecer  uma  pobre  esfomeada.  caso  estivesse  em  casa,  sozinha,  comeria  uns  três  pratos  de  ensopado.  ‘  acredito  que  sim.  ’  concorda,  embora  nunca  tenha  escutado  ninguém  falar  o  mesmo.  ‘  quando  chegar  em  casa  devo  pedir  para  prim  me  fazer  um  chá  de  ervas,  sempre  ajuda.  ’  ela  acaba  por  confessar,  compartilhando-o  com  o  rapaz.  ‘  de  qualquer  forma,  agradeço  a  preocupação.  ’  educado  como  de  costume,  pensa.  
sem  disfarçar,  no  caradurismo  inato  e  típico  dela,  deixa  o  olhar  percorrer  o  rosto  de  peeta,  admirando  os  seus  traços  por  alguns  rápidos  segundos.  e,  mais  uma  vez,  é  acertada  em  cheio  pela  ardência  —  dessa  vez,  ela  disfarça.  não  querendo  deixar  explícito  que  a  dor  era  causada  pela  marca,  pois  bem,  era  impossível  que  peeta  mellark  fosse  sua  alma  gêmea. 
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minafm​:
chegara,  cansada,  após  um  longo  dia  de  caça  e  sobre  a  bancada  da  cozinha  estava  o  delicado  envelope,  de  cor  creme,  com  as  iniciais  do  casal.  e,  naquele  mesmíssimo  instante,  soube  que  não  conseguiria  escapar  das  garras  bem  cuidadas  de  madge  undersee  —  que,  ao  contrário  dela,  era  de  uma  grande  vaidade.  mas,  a  verdade  é  que  se  não  fosse  pela  melhor  amiga,  a  everdeen  certamente  estaria  vestindo  uma  maltrapilha  qualquer,  combinando-a  com  a  bota  marrom  e  prestes  a  descamar.  sentia-se  esquisita  e,  bem,  os  olhares  surpresos  lançados  à  ela  também  não  a  ajudavam  a  apaziguar  a  sensação  incômoda;  é  claro,  ninguém  ali  estava  acostumado  a  ver  katniss  everdeen  de  vestido.  usava  um  vestido  violeta  de  alças  finas,  feito  do  tecido  mais  sedoso  que  já  tocara  em  vida.  era  de  madge,  é  claro.  o  pai  comprara  para  ela  durante  uma  de  suas  viagens  para  o  distrito  oito.  exibia,  também,  os  longos  e  escuros  cabelos  caídos  sobre  os  ombros,  chocando  àqueles  que  costumavam  a  vê-la  sempre  com  a  trança  corriqueira.  
katniss  quase  deixa  escapar  um  chiado  de  desespero  quando  madge  a  deixa  para  poder  cumprimentar  um  grupo  de  amigos;  aquilo  era  o  que  mais  odiava  em  ter,  como  melhor  amiga,  alguém  tão  sociável  e  amável.  agora,  só  restava  ela,  com  os  próprios  pensamentos.  contemplou  a  idéia  de,  simplesmente,  ir  embora.  no  entanto,  certamente  seria  duramente  repreendida  pela  mãe  e  irmã,  que,  constantemente,  imploravam  para  que  tentasse  socializar  mais  —  uma  grande  besteira,  na  visão  de  katniss.  já  possuía  gale  e  madge,  e  a  bastava.  
além  do  mais,  tentava  ignorar  o  arder  tão  conhecido  no  quadril;  ela  sabia,  mais  que  ninguém,  que  a  alma  gêmea  estava  ali,  naquele  salão,  porém,  não  fez  questão  alguma  de  procurá-la,  apesar  do  sentimento  de  desespero  começar  a  preenchê-la  gradualmente.  de  repente,  a  marca  doí  mais,  fazendo-a  morder  o  lábio  inferior  em  troca.  apesar  da  bagunça  sensorial,  a  everdeen  percebe  peeta  muito  antes  de  vê-lo  pela  visão  periférica.  culpa  os  inúmeros  anos  de  caça,  que  a  ajudaram  a  aguçar  os  sentidos,  não  o  fato  de,  simplesmente,  por  razão  nenhuma,  notá-lo  em  todos  os  ambientes  possíveis.  contudo,  não  se  vira  até  que  a  voz  alheia  a  chame.    ‘  peeta,  ei.  ’  finge  surpresa.  nota,  também,  as  bochechas  avermelhadas,  mas  assume  que  é  por  conta  dele  estar,  com  toda  certeza  do  mundo,  ajudando  no  casamento  do  irmão.  segue  o  olhar  até  o  bolo  bem  decorado,  franzindo  o  cenho  em  confusão.  mas,  quando  peeta  a  oferece  um  outro,  katniss  dá  um  sorriso  pequeno.    ‘ obrigada,  mas,  não  precisa.  ’  as  bochechas  esquentaram.  e,  mais  uma  vez,  sentiu  vergonha;  deveria  estar  estúpida  naquela  roupa,  tão  estúpida  e  esquisita  que,  em  toda  sua  bondade,  peeta  sentia  a  necessidade  de  oferecê-la  comida.  novamente.  algo  murcha  dentro  dela  e,  repentinamente,  a  pontada  de  dor  a  atinge.    ‘  argh.  ’  deixa  escapar,  colocando  uma  das  mãos  sobre  o  quadril.    ‘  na  verdade,  aceito  um  copo  d'água.  não  ‘tô  me  sentindo  muito  bem.  ’
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ela está linda - - bem, ela é, mas mesmo que peeta a achava a mulher mais feroz e adorável do distrito ao vê-la de cara feia quando vinha fazer as trocas com o seu pai, havia algo um tanto adorável em vê-la tão bem vestida. o sentimento de admiração falha, porém, ao notar que ela parecia desconfortável, e ele tenta não transparecer os pensamentos que são como um turbilhão na sua mente apaixonada. o dissabor de vê-la negar a comida, porém, fica claro no seu rosto. peeta gostava de alimentá-la, de vê-la cheia e feliz. mas seria estranho pressionar, ainda mais quando ele não faria isso para mais ninguém sem a permissão de delly. ele quase deixa passar, mas o olhar cai sob a mão dela, no quadril, e a felicidade inunda o rosto dele, antes que ele consiga controlá-la para deixar uma aparência um pouco divertida no rosto. a sua própria marca, no quadril, também queimava. mas isso pouco lhe importava quando parecia estar claro que katniss também tinha uma marca no quadril (ela o espancaria se ele comentasse sobre isso, pedisse para vê-la, claro, então ele certamente fica de boca fechada sobre isso).
 "claro,“ ele responde, solícito, abrindo caminho para que ela o acompanhe para a pequena cozinha do casal. era uma das casas novas da costura, então havia a felicidade de não ser só um cômodo, e invés disso, pelo menos três; delly o contara que ela guardou dinheiro para ajudar na compra da sua casa de casada desde nova, e junto com o salário de thom, felizmente eles conseguiram um lugar mais aconchegante. "você está bem?” ele pergunta, quando eles chegam perto da caixa de gelo; ele pega uma das garrafas deixadas lá para gelar, e enche um copo para katniss, sentindo os pelos do corpo todo arrepiarem quando a ponta dos dedos deles se tocam. “tem certeza que não quer bolo?” ele pressiona apenas agora, longe de olhos e ouvidos curiosos. a pequena banda começara a tocar, o que adicionava para abafar quaisquer conversa que eles fossem ter - - graças aos céus, peeta pensa. “também tem ensopado.” ele levanta uma sobrancelha. o ensopado era de cervo, provavelmente caçado por gale e katniss há apenas uns dias, então ela já devia estar ciente da presença da comida mais farta hoje. “o que é que dizem? comer bem cura qualquer dor?”
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minafm · 2 years ago
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chegara,  cansada,  após  um  longo  dia  de  caça  e  sobre  a  bancada  da  cozinha  estava  o  delicado  envelope,  de  cor  creme,  com  as  iniciais  do  casal.  e,  naquele  mesmíssimo  instante,  soube  que  não  conseguiria  escapar  das  garras  bem  cuidadas  de  madge  undersee  —  que,  ao  contrário  dela,  era  de  uma  grande  vaidade.  mas,  a  verdade  é  que  se  não  fosse  pela  melhor  amiga,  a  everdeen  certamente  estaria  vestindo  uma  maltrapilha  qualquer,  combinando-a  com  a  bota  marrom  e  prestes  a  descamar.  sentia-se  esquisita  e,  bem,  os  olhares  surpresos  lançados  à  ela  também  não  a  ajudavam  a  apaziguar  a  sensação  incômoda;  é  claro,  ninguém  ali  estava  acostumado  a  ver  katniss  everdeen  de  vestido.  usava  um  vestido  violeta  de  alças  finas,  feito  do  tecido  mais  sedoso  que  já  tocara  em  vida.  era  de  madge,  é  claro.  o  pai  comprara  para  ela  durante  uma  de  suas  viagens  para  o  distrito  oito.  exibia,  também,  os  longos  e  escuros  cabelos  caídos  sobre  os  ombros,  chocando  àqueles  que  costumavam  a  vê-la  sempre  com  a  trança  corriqueira.  
katniss  quase  deixa  escapar  um  chiado  de  desespero  quando  madge  a  deixa  para  poder  cumprimentar  um  grupo  de  amigos;  aquilo  era  o  que  mais  odiava  em  ter,  como  melhor  amiga,  alguém  tão  sociável  e  amável.  agora,  só  restava  ela,  com  os  próprios  pensamentos.  contemplou  a  idéia  de,  simplesmente,  ir  embora.  no  entanto,  certamente  seria  duramente  repreendida  pela  mãe  e  irmã,  que,  constantemente,  imploravam  para  que  tentasse  socializar  mais  —  uma  grande  besteira,  na  visão  de  katniss.  já  possuía  gale  e  madge,  e  a  bastava.  
além  do  mais,  tentava  ignorar  o  arder  tão  conhecido  no  quadril;  ela  sabia,  mais  que  ninguém,  que  a  alma  gêmea  estava  ali,  naquele  salão,  porém,  não  fez  questão  alguma  de  procurá-la,  apesar  do  sentimento  de  desespero  começar  a  preenchê-la  gradualmente.  de  repente,  a  marca  doí  mais,  fazendo-a  morder  o  lábio  inferior  em  troca.  apesar  da  bagunça  sensorial,  a  everdeen  percebe  peeta  muito  antes  de  vê-lo  pela  visão  periférica.  culpa  os  inúmeros  anos  de  caça,  que  a  ajudaram  a  aguçar  os  sentidos,  não  o  fato  de,  simplesmente,  por  razão  nenhuma,  notá-lo  em  todos  os  ambientes  possíveis.  contudo,  não  se  vira  até  que  a  voz  alheia  a  chame.    ‘  peeta,  ei.  ’  finge  surpresa.  nota,  também,  as  bochechas  avermelhadas,  mas  assume  que  é  por  conta  dele  estar,  com  toda  certeza  do  mundo,  ajudando  no  casamento  do  irmão.  segue  o  olhar  até  o  bolo  bem  decorado,  franzindo  o  cenho  em  confusão.  mas,  quando  peeta  a  oferece  um  outro,  katniss  dá  um  sorriso  pequeno.    ‘ obrigada,  mas,  não  precisa.  ’  as  bochechas  esquentaram.  e,  mais  uma  vez,  sentiu  vergonha;  deveria  estar  estúpida  naquela  roupa,  tão  estúpida  e  esquisita  que,  em  toda  sua  bondade,  peeta  sentia  a  necessidade  de  oferecê-la  comida.  novamente.  algo  murcha  dentro  dela  e,  repentinamente,  a  pontada  de  dor  a  atinge.    ‘  argh.  ’  deixa  escapar,  colocando  uma  das  mãos  sobre  o  quadril.    ‘  na  verdade,  aceito  um  copo  d'água.  não  ‘tô  me  sentindo  muito  bem.  ’
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não há surpresa, para peeta, que delly não demorou mais que seis meses para casar com thom. também não o surpreende quando ela o convida para a festa, e coloca especificamente nas suas mãos o trabalho de fazer o seu bolo de casamento (e o pão para o toasting). ele também não se choca quando ela o abandona pela festa, afinal, esse é o seu casamento. francamente, a única não-surpresa que o incomoda é quando várias pessoas - - coincidentalmente, todas com o nome cuja inicial é k - - se aproximam dele a qualquer oportunidade durante a festa.
graças aos céus, ele consegue fugir, de maneira geral. se ocupar com os afazeres da cozinha o deixa quase invisível no meio dos convidados, e peeta está bem contente com a situação, até o momento em que, em uma das passadas pela sala de estar (onde os convidados se reuniam), ele sente um ardor numa parte bem conhecida do corpo. pânico se dilui nas veias dele até desaparecer quando ele reconhece o cheiro de natureza, sempre suficiente para que ele se acalme - - e, ainda assim, ao mesmo tempo, sentir o seu coração pular (e o ardor? bem, peeta sempre sentira uma queimação por todo o seu corpo ao ver ou se aproximar de katniss everdeen, com marca ou não).
“katniss. hi.” ele tem certeza que sua voz lhe escapa fraca, talvez até trêmula, e logo as bochechas se avermelham - - é uma situação um tanto patética, mas ele tem esperança que ela nem o note (não seria a primeira vez). “você quer bolo?” ele pergunta, dando uma olhada pro bolo do casamento, ainda intacto. “eles ainda não partiram esse, mas eu trouxe um menor, just in case.”
@yeagrist
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minafm · 2 years ago
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These images just scream #mommykatniss to me 🥹🥹🥹🥹🥹🥹
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minafm · 2 years ago
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moonrlvers·:
não era uma surpresa que ela descesse logo, claro. mesmo depois de anos, katniss era uma pessoa alerta, uma sobrevivente nata, e teimosa o suficiente para quase nunca deixar-se descansar, e deixá-lo a atendê-la na cama. não há como reclamar hoje, porém, não quando ele vê-la sorrindo, o sorriso mais lindo do mundo na mulher mais linda do mundo - - e só para ele, de verdade, o que o faz ainda mais abobalhado. “teimosa.” ele ainda vocifera seus pensamentos, balançando a cabeça e os cachos no topo desta. mas, como ele pensava, as reclamações morrem na boca com o carinho oferecido tão prontamente, e ele tem certeza que seu coração ainda se apressa, animado com o toque e a proximidade de katniss, mesmo ela sendo sua esposa há tanto tempo. com as mãos limpas, ele levanta o braço com cuidado para que ela pudesse se aconchegar no seu lado, e ele levasse o braço ao redor dela; automaticamente, o rosto descende para sentir o cheiro do cabelo dela. tinha sentido a falta dela, também. óbvio. katniss poderia sair do quarto para a sala e ele sentiria a falta dela, sentiria aquele sentimento que nunca iria embora, da possibilidade de ela o abandonar para sempre. era possível, de certa forma. mas não. ela amava as crianças demais, e, de alguma forma, o amava também. em momentos assim, só os dois, ele conseguia ver isso, sentir orgulho deles, de si. 
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inflando o peito um pouco, ele controla a sua carência, mesmo quando ela se afasta. “belisquei umas coisas.” mas hábitos não morrem, e na casa dos mellark, eles nunca podiam comer até ter terminado todo o serviço, então a fome não o incomoda tanto, nem mesmo enquanto faz tantas guloseimas. “nove anos.” ele sorri, pensando no filho, ainda dormindo. “talvez você não sinta por que você não muda nada. nunca.” ele brinca, levantando suas sobrancelhas enquanto pega uma espátula para bater a farinha no bolo, o último passo antes de terminar, por enquanto. “they’re so big, katniss. too big.” até ela entende, principalmente ela, talvez, mas ele não quer deixar o clima triste demais em um dia que é feliz. ele é pai dos filhos de katniss everdeen, a garota que sempre amou. não deveria sentir um pingo de tristeza a partir desse fato. “acha que ele vai querer confeitar o próprio bolo? ou eu o faço sozinho? menos bagunça, talvez.”
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a   afronta   inofensiva   a   arranca   um   pequeno   sorriso,   sem   mostrar   os   dentes.   com   o   barulho   da   ração   caindo   no   pote,   ela   vê   a   complexidade   alaranjada   do   bichano   dar   o   ar   da   graça.   como   uma   espécie   de   agradecimento,   o   gato   se   arrasta   por   suas   pernas,   mas,   logo   em   seguida   corre   até   a   sua   comida.   ‘   você   precisa   se   alimentar   direito.   ’   adverte   o   marido,   dando   um   leve   revirar   de   olhos.   ‘   não   sei   o   quê   anda   comendo   na   capital.   ’   ela   faz   uma   careta,   desgostosa.   detestava   vê-lo   partir,   detestava   ainda   mais   pensar   nele   rodeado   daquelas   pessoas   coloridas   demais,   esnobes   demais.   a   comida   lá   poderia   até   ser   boa,   no   entanto,   nada   no   mundo   poderia   comprar   o   seu   sossego   e   paz   —   ter   que   conviver   com   eles   durante   os   jogos   já   era   tortura   o   bastante.  
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com   a   mão,   ela   deixa   os   cabelos   escuros   e   longos   caírem   sobre   um   dos   ombros,   apoiando-se   na   bancada   em   que   peeta   trabalhava.   curiosamente,   vestia   uma   de   suas   blusas,   uma   das   antigas,   mas   que   ainda   assim,   quase   a   engolia.   ‘   nove   anos.   ’   a   everdeen   repete,   sussurrando.   ‘   ei!   ’   reclama,   virando-se   para   ele   com   o   cenho   franzido.   ‘   eu   mudo.   de   vez   em   quando.   ’  uma   mentira   deslavada,   é   claro.   continuava   a   mesma   de   muitos   anos   atrás,   exceto   pelos   traços   mais   envelhecidos   e   o   comprimento   do   cabelo.   sorrateira,   ela   chega   até   peeta,   levando   o   dedo   indicador   até   a   farinha   e   passando-o   na   ponta   de   seu   nariz.   ri,   abrindo   um   grande   sorriso.   ‘   queria   voltar   no   tempo   só   para   poder   pegá-los   no   colo   uma   última   vez.   ’   confessa,   a   nostalgia   pegando-a   em   cheio.   a   família   era   tudo   para   ela;   algo   um   tanto   quanto   irônico   já   que,   antes,   tão   pouco   pensava   em   casar   e   ter   filhos.   mas,   então,   peeta   lhe   aconteceu.   ‘   deixe-o   confeitar.   ’  diz,   certa.   ‘   alguma   das   crianças   precisa   levar   o   talento   dos   mellark   adiante.   ’   provoca.   ‘   hoje,   bagunça   é   o   de   menos.   tenho   certeza   que   olive   vai   adorar   decorar   o   próprio   bolo.   ’  
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minafm · 2 years ago
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minafm · 2 years ago
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“let me sleep to the sound of your breathing.”
— Mary Szybist, from Incarnadine: Poems; “Invitation”  (via 89words)
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minafm · 2 years ago
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Come away with me. 2046 (2004) dir. Wong Kar Wai
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minafm · 2 years ago
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you have so much love in your eyes, it's almost painful to look into them
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minafm · 2 years ago
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suas   vivências   a   levaram   a   ter   um   sono   leve;   dormir   como   uma   pedra,   em   meio   a   uma   arena   com   várias   pessoas   querendo   lhe   matar,   era   péssima   ideia.   além   do   mais,   era   mãe.   acostumara-se   a   levantar   mediante   ao   menor   choro   possível,   às   vezes,   só   o   som   da   um   respirar   diferente   já   a   fazia   abrir   os   olhos.   então,   escutou   o   marido   deixar   o   cômodo,   como   também   o   selar   no   canto   dos   seus   lábios.   mas,   mesmo   assim,   ela   esticou   a   mão   para   tatear   o   lado   vazio,   procurando   o   calor   alheio.   contudo,   ainda   permanece   na   cama,   de   olhos   fechados,   permitindo-se   alguns   mais   minutos   de   descanso.   
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deixou   o   macio   do   colchão   com   leveza,   sequer   se   importando   em   dobrar   as   cobertas   como   tinha   o   costume.   o   barulho   da   batedeira   chamou   sua   atenção,   fazendo   com   que,   curiosa,   se   movimentasse   até   a   cozinha   para   ver   no   quê   peeta   trabalhava.   '   bom   dia.   '   katniss   diz,   um   pequeno   sorriso   estampado   no   rosto.   por   mais   que   não   quisesse   admitir,   adorava   vê-lo   cozinhando.   e,   é   claro,   adorava   ainda   comer   da   sua   comida.   de   vez   em   quando,   pegava-se   admirando   os   braços   fortes   do   marido   sovarem   a   massa   do   pão.   ela   se   aproxima   dele,   observando   a   bagunça   sobre   a   bancada.   '   para   sua   sorte,   elas   não   acordaram.   '   os   filhos   haviam   passado   o   dia   anterior   inteiro   brincando,   estavam   exaustos   e   provavelmente   iriam   acordar   um   pouco   mais   tarde   do   quê   o   normal.   '   não   quero   voltar   para   cama,   já   estou   bem   acordada.   '   responde,   passando   por   trás   do   marido   para,   então,   posicionar-se   ao   seu   lado   e,   carinhosamente,   encostar   o   rosto   no   braço   alheio.   como   um   gato,   ela   arrasta   a   bochecha   contra   o   tecido   da   blusa   de   peeta.   aquilo   era   saudade.   '   o   tempo   passou   rápido,   não?   parece   que   foi   ontem   que   tive   olive.   '   que,   curiosamente,   resolveu   nascer   dentro   de   uma   banheira.   '   obrigada.   já   tomou   café-da-manhã?   '   perguntou,   quebrando   o   contato   físico   para   abrir   uma   das   cabines   de   um   dos   móveis   da   cozinha   e   pegar   um   pouco   da   ração   e   encher   o   potinho   de   buttercup   —   aquele   gato   velho   que,   querendo   ou   não,   acabara   por   se   apegar.  
@yeagrist​
acordar cedo vem natural pra ele, mesmo depois de mais de década sem precisar acordar antes do sol raiar para carregar sacos de farinha e começar o preparo dos pães com os irmãos. ele deixa a quentura da cama com um pequeno beijo no canto da boca da esposa, antes de ir para o outro lugar mais quente da casa: a cozinha. é o seu domínio, aqui, mesmo que há apenas alguns anos, o dividia frequentemente com a sra. everdeen e prim, pratos de ingredientes alimentícios substituidos rapidamente por corpos se retorcendo em dor ou feridas, e potes de remédios. felizmente, hoje elas conseguiram um espaço na cidade para atendimento de doentes, e, às nem cinco da manhã, ele tem certeza que elas estão muito ocupadas dormindo, como deveriam. ele, porém, simplesmente não consegue. nem ao lado de katniss, que faz sono lhe vir mais fácil, nem depois de ver as crianças; voltar da capital, mesmo que só tenha passado uma semana lá, sempre o deixa agitado demais, a cabeça cheia e o corpo quase dormente. 
o pão já está quase pronto para ser sovado de novo, e há uma massa de bolo sendo batida, quando ele finalmente escuta algo no corredor. espera que talvez seja hyacinth, e que não seja olive, mas a visão de alguém com pés bem mais leves o faz levantar as sobrancelhas, e colocar a vasilha em cima da mesa. “katniss. hi.” ele limpa as mãos automaticamente no avental. “as crianças não acordaram, né? pensei em levar o bolo do aniversário de olive na cama. ou, bem, já tê-lo pronto antes de ele acordar. iria levar ovos para você, também, se você não fosse apressada demais. volta pra cama.”
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minafm · 2 years ago
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moonrlvers·:
a possibilidade de uma viagem em topo do dragão de helaena era animadora. talvez, no começo da gravidez como estava, alysanne deveria ser comedida e mais cuidadosa, mas o próprio marido havia insistido que ela se acostumasse ao seu lado, e os filhos, mesmo os mais novos, todos já tinham as suas próprias montarias (mesmo que pequenas deveras para serem montadas). “para o castelo dos leffords?” dá um olhar um tanto repreendente pra cunhada. “não. ficará parecendo que você está considerando a proposta dele, e, pelo que diz, não há tal possibilidade. casterly rock, porém. ou as fair isles.” tanto tempo presa aos castelos do marido e do sogro, alysanne tinha se ocupado com leituras, e a princesa rhaena havia muito escrito sobre as ilhas de sua amiga, elissa farman. 
não deixou de revirar os olhos para a maneira de falar de sua amada. “a mulher já está morta. querida seria a maneira mais cortês de falar sobre ela.” e alysanne sempre se importava com coisas tolas como essa. que deixassem as grosserias para os homens, afinal. os olhos se fecham levemente com o toque alheio, mas logo se abrem para fitar a loira em toda a sua magestria, levantando uma das mãos para cobrir a dela, sob a sua bochecha. “então vamos pedir a seu pai, juntas. ele não vai me negar, e muito menos a você.” um frio passou pela sua barriga, e ela apertou a mão da outra, a levando para o seu colo. sempre ficava nervosa quando precisava contar para helaena algo relacionado ao irmão dela, como seu marido. era como uma traição à ela, apesar de que ela era casada com o principe, não com a princesa. 
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“estou gravida novamente.” anunciou, finalmente. aenys, o seu mais novo, já tinha 6 anos, e havia bastante tempo que não tinha engravidado. “jaehaerys vai ficar tão feliz que não se incomodará se eu precisar de alguma ajuda. e eu só quero a sua.” ela se declara, da melhor maneira que pode. “fique. ou nos vamos, enquanto podemos.”
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ajeitou   uma   madeixa   do   próprio   cabelo   ,   tirando-o   do   rosto   .     ‘   não   necessariamente   ,   aly   .   ’      então   ,   abriu   um   grande   sorriso   .   voar   com   a   amada   parecia   uma   aventura   magnífica   ,   digna   de   uma   linda   história   de   romance   .   o   único   problema   era   quê   ,   a   história   delas   ,   embora   envolvessem   romance   ,   ainda   estava   longe   de   ser   tão   grandiosa   como   uma   .   ‘   casterly   rock   não   ,   já   passei   tempo   demais   por   lá   .   ’      comentou   ,   uma   expressão   de   desgosto   transitando   rapidamente   por   seu   rosto   .   revirou   os   olhos   diante   do   comentário   de   alysanne   à   respeito   da   falecida   .   ‘   oh   ,   deuses   ,   tenham   piedade   da   alma   desta   pobre   querida   .   ’      ironizou   ,   colocando   a   destra   sobre   a   testa   de   maneira   dramática   e   tombando   a   cabeça   para   atrás   com   leveza   .   com   a   mão   dela   sobre   a   sua   ,   a   targaryen   pode   se   sentir   derretendo   .   ela   amolecia   o   seu   coração   selvagem   .   talvez   alysanne   fosse   a   única   pessoa   capaz   de   domar   o   seu   dragão   interior   .     ‘   espero   que   sim   .   contudo   ,   parece   que   querem   me   despachar   o   mais   rápido   possível   ,   tendo   em   vista   que   estão   querendo   vender   a   minha   mão   mais   uma   vez   .   ’   comentou   ,   o   amargor   presente   na   voz   .   a   amargura   aumentou   consideravelmente   com   a   revelação   da   outra   .   como   se   a   queimasse   ,   helaena   arrancou   a   mão   do   contato   com   rispidez   .   ‘   o   quê?   ’      perguntou   ,   a   expressão   tornando-se   sombria   e   revoltada   .   furiosa   ,   ela   levantou   do   sofá   de   maneira   rápida   ,   dando-lhe   as   costas   .   se   fosse   capaz   ,   teria   cuspido   fogo   .   caminhou   até   uma   das   janelas   ,   tendo   que   respirar   profundamente   antes   de   a   responder   .   ‘   eu   não   me   importo   com   o   quê   jaehaerys   sentirá   .   ’      falou   ,   aumentando   o   tom   de   voz   ligeiramente   .   ‘   eu   a   ajudo   ,   mas   quem   me   ajuda   ,   alysanne?   ’   já   podia   sentir   as   lágrimas   se   formando   nos   cantos   dos   olhos   .   assim   como   a   amada   ,   helaena   também   possuía   filhos   ,   gêmeos   ,   suas   bem   mais   queridos   .   mas   ,   ao   contrário   dos   dela   ,   daemon   e   daeron   não   eram   dragões   e   ,   sim   ,   leões;   nunca   seriam   bem-vindos   ali   .   ‘   pelos   deuses   !   como   eu   sou   burra   .   ’      choramingou   ,   levando   ambas   as   mãos   até   a   cabeça   .   ‘   enquanto   eu   sofria   pela   sua   falta   ,   você   dormia   com   o   meu   irmão   .   ’      sentiu   repulsa   ,   semicerrou   os   olhos   e   a   encarou   .   ‘   você   não   tem   vergonha   ,   alysanne?   uma   mulher   casada   ,   com   filhos   ,   grávida   ,   cobiçando   a   irmã   do   próprio   marido   .   ’      deixou   com   que   a   frustração   tomasse   conta   das   palavras   .  
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minafm · 2 years ago
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chay suede as ari in travessia ( 2023 ).
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minafm · 2 years ago
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moonrlvers​:
era verdade. seus pais batalharam bastante para isso, e pan sentia-se obrigado a honrá-los, mesmo que na frente de uma namorada falsa de 3 horas (no máximo); seu momento de lembrança, com um sorriso pequeno, é pertubado pela confissão dela, a qual o faz levantar as sobrancelhas, antes de soltar uma pequena risada. “isso não é uma coisa boa, moça. espero te mudar para o próximo?” ele tenta, dando uma piscadela para ela. ela quase esgasgando-se na sua frente o faz voltar á surpresa, e por um momento, pan está de volta ao salão, tendo que se preparar para performar um heimlich num cliente. “você tá bem?” ele pisca, oferecendo o seu guardanapo pra ela. ela parece bem - - demais - - então ele abaixa um pouco a preocupação e inclina a cabeça um pouco. “entendi. é tudo um esquema pra conseguir mais followers né? esse relacionamento?” ele fala, bem humorado, sorriso maroto nos lábios entregando a brincadeira. sua prima era parecida, embora pan esperava que nanda ainda não estivesse procurando namorados por aí.
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“você acha?” ela não tinha muito contato com chefs, isso era claro. na experiência dele, uma cozinha só tinha gente suada, suja e, mais frequente que não, mal - humorada, gritando um com os outros; e ainda assim, cozinhas eram os seus lugares preferidos, de conforto. infelizmente, não ganhara muita buceta se gabando do emprego, mas talvez precisasse mudar a fita. a atenção dele redobra quando ela o chama pelo apelido carinhoso, e pan consegue sentir uma onda de desejo, misturada com vergonha, misturada com algo mais, quando ela enrola sua lingua para chama-lo de amore - - embora italiano fosse sua lingua natal, pois nascera aqui, ao contrário do que uns e outros falavam, havia poucas linguas mais sexy do que o italiano, e essa moça, mia, o provava como certo. passando a lingua pelos lábios, ele assente. 
o garçom chega logo a mesa deles, e pan abaixa a mão dela, mantendo a dele sob as costas da dela, enquanto recita o pedido para o atendente - - como havia vindo meio que a mando do seu chefe, ele tinha dinheiro o suficiente para pedir quase tudo do menu, e com o desconto de casal, isso o assegurava dessa possibilidade, então ele fez questão de pedir quase tudo, começando pelo tasting menu. ele oferece um sorriso para o garçom, antes de virar-se para ela; lentamente, ele traz a sua mão para si, longe dela. “não foi demais, foi? qualquer coisa, podemos embalar pra casa.” claro, sua mãe lhe ensinara isso, e ele nunca deixaria comida estragar.
por  muito  pouco  ,  mia  não  deixa  um  ‘  talvez  você  possa  ser  o  próximo  ’  escapulir  .  então  ,  ela  se  permite  suspirar  diante  das  memórias  de  suas  inúmeras  desilusões  românticas  .  mas  ,  sim  ,  talvez  ele  a  mude  para  o  próximo  .  só  irá  aceitar  um  homem  caso  ele  seja  tão  bonito  quanto  pan  e  ,  é  claro  ,  gentil  como  tal  também  .  a  italiana  sorri  simpática  diante  da  urgência  alheia  em  ajudá-la  ,  por  deus  ,  poderia  se  apaixonar  por  esse  homem  .  ah  ,  mia  salvatore  ,  emocionada  como  sempre  .  ‘  sim  ,  exatamente  .  ’  o  sorriso  ,  agora  ,  torna-se  divertido  .  ‘  você  não  sabe  o  quão  difícil  é  crescer  na  internet  .  caso  tudo  dê  errado  ,  vou  abrir  um  onlyfans  .  ’  comentou  ,  quase  um  desabafo  .  no  entanto  ,  se  expor  de  uma  maneira  tão  reveladora  e  íntima  em  uma  plataforma  não  parecia  nada  agradável  .    
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assentiu  com  a  cabeça  ,  concordando  .  talvez  sua  opinião  sobre  chefes  de  cozinha  fosse  um  pouco  romantizada;  mas  ela  culpa  bradley  cooper  por  tal  opinião  .  com  a  mão  dele  sobre  a  sua  ,  a  italiana  cora  .  ignorou  a  sensação  de  borboletas  no  estômago  ,  em  nenhum  momento  quebrando  o  contato  físico  .  se  todos  relacionamentos  falsos  fossem  tão  instigantes  quanto  aquele  ,  ela  queria  viver  uma  mentira  todos  os  dias  de  sua  vida  .  sorri  de  maneira  gentil  para  o  garçom  ,  apesar  de  tão  pouco  ter  escutado  o  pedido  de  pan  .  cazzo  !  como  o  mundo  era  injusto  .  ‘  não  ,  não  !  está  ótimo  ,  zero  desperdício  .  ’  ela  diz  ,  sem  jeito  .  também  quis  xingá-lo  pela  quebra  da  intimidade  ,  embora  entendesse  completamente  a  razão  dele  ter  recolhido  a  mão  .  oras  ,  eram  dois  estranhos  compartilhando  uma  situação  esquisita  .  então  ,  recolheu  a  mão  e  a  levou  até  a  taça  de  vinho  ,  balançando-a  delicadamente  antes  de  a  levar  até  a  boca  .  ‘  estou  com  fome  ,  talvez  nem  sobre  nada  .  ’  
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minafm · 2 years ago
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moonrlvers​:
“senhorita não. senhora. tua senhora,” ela corrige, segura, puxando o cabelo dele de leve. “seus pais tiveram quatro, os meus cinco. uma poção anti-dor faz tudo,” e com dinheiro pra assegurar que nada faltasse as crianças, por que não? ela revira os olhos à auto-confiança dele. “e que bom por isso. te trocaria se você fosse um perdedor,” ela brinca, caninos visíveis quando ela sorri. “mas pra mim, você tem que perder. e vai. vamos ver, eu aposto uma semana sozinho com as crianças. eu tô precisando ficar no escritório por uns dias mesmo.” não que ela conseguisse ficar mais de três dias longe dos filhos - - o que significava que maeve ir para hogwarts era quase um pesadelo para ela, e talulla ainda lutaria muito para aceitar e se acostumar com isso.
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o novo bebê ajudaria a distraí-la, bem ela sabe, mas a reação do marido apenas aumenta o seu animo sobre a noticia, roubando uma gargalhada da sua garganta; ela o aperta mais quando ele a puxa para si, cabelo loiro caindo em ondas sob o rosto e os ombros dele. “você vai acabar me fazendo gofar em cima de você.” a loira ainda está rindo quando brinca, balançando a cabeça e movendo-se só o suficiente para que ela possa olhar para ele quando fala. “sim, senhor. eu imagino que isso tenha acontecido naquele jogo inaugural em norfolk, quando o treinador te proibiu de ter relações durante o mês de treino. lembra, nós quase não andamos depois daquilo?” ela ainda lembra de se sentir flutuando o dia todo, e obviamente se esquecera de tomar a poção anti-gravidez. embora talulla nunca tenha duvidado que vitor não se incomodaria com a novidade, ver ele reagindo tão bem a fazia se sentir mais aliviada, e bem mais feliz também, um suspiro saindo por entre os seus lábios. “engordei, foi?” ela levanta uma sobrancelha. tinha ganhado peso, sim, distribuido pelo corpo, mas também tinha o empurrado mais pra fora da cama, e dormido no sofá algumas vezes, não querendo que ele tocasse em uma região dolorida ou acordasse quando ela precisasse ir no banheiro. “eu te amo por isso.” talulla o responde, plantando um beijo na ponta do seu nariz, antes de descer para tascar-lhe um beijo na boca.
revirou  os  olhos  ,  mas  de  maneira  divertida  ,  fingindo  desaforo  .  ‘  perdão  ,  minha  senhora  .  ’  ele  pede  desculpa  pelo  tratamento  errôneo  ,  o  sorriso  ainda  nos  lábios  .    com  a  menção  às  famílias  ,  vitor  percebe  a  grande  família  que  seriam  ,  ou  melhor  ,  eram;  embora  a  de  talulla  não  fosse  tão  presente  ,  ou  gostasse  dele  .  queria  que  fossem  mais  próximos  é  claro  ,  no  entanto  ,  a  divergência  de  ideias  os  não  permitia  tal  .  ‘  me  trocaria  ,  é?  ’  ergueu  ambas  as  sobrancelhas  ,  tombando  a  cabeça  um  pouco  para  o  lado  .  ‘  nunca  .  você  está  presa  comigo  para  o  resto  da  vida  .  ’  apesar  das  palavras  humoradas  ,  vitor  jamais  a  forçaria  .  se  ,  por  ventura  ,  se  separassem  algum  dia  ,  a  deixaria  viver  plenamente  sem  sua  companhia    —  mas  que  merlin  o  perdoasse  por  tais  pensamentos  ,  era  apaixonado  demais  por  talulla  e  ,  só  de  se  imaginar  longe  dela  ,  fez  seu  coração  doer  .  era  um  bobo  apaixonado  ,  de  fato  .  ‘  pode  ir  ,  eu  me  viro  bem  com  as  crianças  .  só  não  espere  pouca  bagunça  ,  é  claro  .  ’  brincou  .  no  entanto  ,  faria  de  tudo  para  que  as  coisas  corressem  em  ordem  .  
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‘  acho  que  me  empolguei  ,  perdão  .  ’  se  desculpa  ,  um  pouco  desajeitado  .  vitor  leva  uma  das  mãos  até  os  cabelos  da  esposa  ,  enrolando  o  dedo  indicador  em  uma  das  mexas  .  ele  adorava  a  textura  e  a  tonalidade  dos  fios  alheios;  durante  hogwarts  ,  não  conseguia  ignorar  a  cabeça  loura  pelos  corredores  ,  virando  o  pescoço  para  olhá-la  sempre  que  passava  por  ele  .  ‘  há  males  que  são  para  o  bem  .  ’  comentou  ,  sorrindo  envergonhado  .  caso  o  seu  treinador  não  o  tivesse  explicitamente  ,  com  todas  as  palavras  ,  proibido  de  fazer  sexo  ,  talvez  não  tivessem  mais  uma  criança  .  então  ,  diante  daquilo  ,  ele  até  poderia  agradecê-lo    —  apesar  de  ter  sido  um  mês  de  pura  tortura  ,  é  claro  .  ‘  também  te  amo  .  ’  amar  tally  era  fácil  ,  extremamente  fácil  .  projetou  a  cabeça  um  pouco  para  frente  ,  pressionando  mais  sua  boca  contra  a  dela  .  os  braços  ainda  a  segurando  ,  percorreu  os  dedos  por  suas  costas  com  delicadeza  ,  acariciando-a  .    ‘  precisamos  pensar  em  nomes  .  mais  um  filho  meu  na  grifinória  .  ’  provocou  .  se  os  três  filhotes  fossem  selecionados  para  a  mesma  casa  que  a  sua  ,  vitor  certamente  se  gabaria  pelo  resto  da  vida  .  
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minafm · 2 years ago
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choramingou  no  sofá  ,  claramente  irritadiça  .  seu  dia  havia  sido  uma  grandíssima  merda;  ao  invés  de  trabalhar  com  a  estilização  das  roupas  ,  fora  obrigada  a  comprar  café-da-manhã  ,  almoços  e  até  lanchinho  da  tarde  .  sua  vontade  era  de  voar  na  garganta  de  seu  chefe  ,  no  entanto  ,  lá  estava  ela  ,  sofrendo  no  sofá  de  seu  apartamento  .  apesar  do  episódio  de  friends  na  televisão  ,  joey  não  prestava  atenção    —  e  ela  amava  a  série  .  sua  chateação  era  tanta  que  até  ignorava  a  interação  de  rachel  e  phoebe  na  tela  .  queria  chorar  ,  ou  melhor  ,  chorar  e  se  empanturrar  de  porcaria  .  mas  naquela  geladeira  não  havia  nada  ,  já  que  hoje  era  o  seu  dia  de  fazer  as  compras  e  ela  se  encontrava  afundada  na  própria  desgraça  .  esticou  o  braço  e  puxou  o  celular  de  cima  da  mesinha  ,  deslizando  o  dedo  pela  tela  até  achar  o  contato  de  connor    —    carinhosamente  nomeado  de  ‘  sharkboy  <3  ’  .  após  alguns  segundos  ,  a  ligação  caiu  na  caixa  postal  .  ‘  saco  !  ’  exclamou  .  estava  sofrendo  e  seu  melhor  amigo  sequer  conseguia  atendê-la  ,  uma  traição  !  das  maiores  .  no  entanto  ,  quando  escutou  o  barulho  da  chave  entrando  na  fechadura  ,  a  loira  prontamente  se  levantou  do  lugar  ,  correndo  em  direção  a  porta  .  e  ,  quando  connor  apareceu    em  seu  campo  de  visão  ,  fez  questão  de  pular  em  seu  colo  e  enroscar  as  suas  pernas  no  seu  quadril  e  os  braços  em  seu  pescoço  .  como  se  joey  fosse  um  coala  e  o  outro  ,  bem  ,  uma  árvore  .  ‘  onde  é  que  você  tava?  ’  perguntou  ,  o  cenho  franzido  .  ‘  atender  o  telefone  é  bom,  sabia?  de  nada  adianta  ter  um  se  você  não  usa  .  ’  deixou  o  canto  da  boca  cair  ,  projetando  o  lábio  inferior  e  assumindo  uma  feição  de  coitadinha  .  ‘  vamos  connie  ,  me  leva  pro  sofá  de  novo  .  tô  triste  demais  pra  andar  .  ’  por  fim  ,  deu  uma  risadinha  .  
(   @usermina , @moonrlvers​   )
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minafm · 2 years ago
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moonrlvers​:
mesmo ainda um pouco tonta, a ideia a interessa o suficiente para ficar claro na sua expressão, embora ela suavize um pouco quando ele nota o que ela está falando. “bom, ainda temos alguns anos com o tom antes de ele precisar nos deixar,” talulla tenta desconversar, mas pende a cabeça com a pergunta dele, lábios virando para cima em um sorriso afetado. “mais…dois, tá bom? não quero virar uma molly da vida,” conhecia a sra. weasley do trabalho e dos grupos de mães, e embora poderia admirar a luta da familia, dava graças aos céus não ter uma familia tão grande nem tão pobre quanto a dela - - não sendo interesseira, mas já sendo, ela nem consideraria mais filhos se o trabalho de vitor não fosse extremamente lucrativo. 
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quando ela ri novamente, é do jeito que ele a chama, de forma debochada, com os braços apertados ao redor dele novamente quando ele a levanta. “grifinória, tá certo,” a probabilidade não era pequena, ela sabia disso, mas as vezes talulla tinha que aguentar no que originalmente dissera, só as vezes. “quanto você quer perder?” ela franze os lábios em um biquinho, assentindo com a cabeça. “você me disse váarias vezes, né, amor. já sei que você tem tesão nisso.” a loira passa a mão pelos cabelos dele novamente, plenamente confortável, mesmo com o peso dele sob o seu, pelo que parece ser a primeira vez no dia. “você sabe que eu gosto muito de tentar,” já bastaria ele tocá-la por debaixo do short do pijama agora mesmo para confirmar as palavras dela. “mas…meio que já conseguimos?” ela faz uma pequena careta, fechando um olho e esperando a reação do marido para a sua confissão.
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pra   sua   sorte   ,   tom   ainda   não   os   deixaria;   eles   ainda   possuíam   mais   alguns   anos   para   aproveitar   .   por   outro   lado   ,   maeve   se   mudaria   em   breve   e   ,   contra   a   sua   vontade   ,   moraria   sozinha   .   apesar   de   ter   passado   pelo   mesmo   processo   ,   aquela   era   sua   princesa   ,   sua   vontade   era   de   escondê-la   do   mundo   ,   protegê-la   de   seus   perigos   .   ‘   deus   me   livre   .   ’   ele   fala   em   sua   língua   de   origem   .   ‘   mais   dois   ,   senhorita   talulla?   ’   indaga   ,   arqueando   uma   sobrancelha   .   com   a   menção   à   molly   ,   vitor   imaginou   a   esposa   correndo   ,   desesperada   ,   atrás   de   várias   crianças   ruivas   .   e   ,   bem   ,   ele   não   queria   ser   como   arthur   .   ‘   quatro   é   um   bom   número   .   ’   ponderou   ,   umedecendo   os   lábios   com   a   língua   .   ‘   perder?   eu   raramente   perco   .   ’   o   quê   era   uma   verdade   ,   bem   ,   pelo   menos   em   seus   jogos   de   quadribol;   no   entanto   ,   ele   queria   provocar   a   outra   porque   sabia   o   quão   competitiva   era   .   ‘   disse   ,   é?   que   bom   que   você   sabe   .   ’   ri   mais   uma   vez   .   com   a   mão   dela   em   seus   cabelos   ,   vitor   afunda   o   rosto   na   curvatura   de   seu   pescoço   mais   uma   vez   .   ‘   podemos   tentar   sempre   que   você   quiser   .   ’   se   a   confissão   da   esposa   não   tivesse   prendido   completamente   sua   atenção   ,   certamente   já   teria   arrancado   a   própria   camisa   .   ‘   já   conseguimos?   ’   se   desfaz   da   posição   ,   levantando   a   cabeça   para   encará-la   .   ‘   nós   vamos   ter   um   bebê?   ’   diz   alto   ,   empolgado   .   com   as   suspeitas   confirmadas   ,   o   coração   se   encheu   de   alegria   .   ‘   porra   ,   eu   te   amo   .   você   sabe   ,   não   é?   ’   então   ,   ele   coloca   as   mãos   nas   coxas   dela   ,   puxando-a   para   si   e   fazendo-a   sentar   em   seu   colo   .   ‘   e   se   eu   te   dissesse   que   já   estava   meio   desconfiado?   ’   deu   um   sorriso   grande   .   ‘   te   conheço   por   inteiro   ,   tally   .   você   não   me   engana   .   ’
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