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Me abstenho de mim, da minha carne, desse eu que me devora

Que eu?

Quem sou eu?

Em devaneios me visto e me desnudo diversas vezes

Vejo vultos, escuto vozes

Sozinha, preenchida pelo vazio e a dor causada pela ânsia do futuro

Mas porquê temer?

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Solidão

Ninguém tem o poder de preenchê-la — e nem consegue.

A solidão que habita em nós irá nos acompanhar até os últimos momentos de vida.

Ela nos observa envelhecer.

Olha em nossos olhos com um olhar vazio e aparentemente sombrio.

Mas estamos, diante dela, só o que somos —

expostos à realidade como ela é.

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Deixei aberto e você entrou de mansinho,

Sem alarde,

Sem prometer nada, mas transformando tudo.

Entrou pelos espaços que eu achava vazios demais para alguém habitar, mas o amor só entrou

Calmo,

Sem cobrança ou algum peso.

Só foi ficando

Acolhendo o que doía e iluminando o que eu nem lembrava que existia em mim.

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Estive no modo sobrevivência e busquei a paz interior incessantemente uma vida inteira, talvez, só talvez agora eu a encontre. Eu acho que a mereço.

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“Sepultar” alguém vivo é, talvez, uma das decisões mais difíceis e dolorosas que alguém pode tomar. É reconhecer que, apesar do amor existir, as feridas ainda pulsam, e insistir prolongaria ainda mais o sofrimento. Com isso, vem o processo de luto, uma experiência solitária e desafiadora, onde a dor nos visita sem aviso, trazendo consigo a saudade, culpa, questionamentos e um vazio que nos consome. Com o fim, abrimos mão não apenas de quem fomos ao lado dessa pessoa, mas também de uma parte de nós. E, ao tentarmos seguir, vamos nos reconstruindo aos poucos e redescobrindo quem somos.

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Que conselho dá para alguém que conheceu uma pessoa, mas eles não puderam ficar juntos, mas ele nunca esqueceu ela, nunca deixou de gostar dela ?

Eu diria para refletir sobre os motivos que os impediram de ficarem juntos. É natural nos apegarmos às boas lembranças, mas também é importante lembrar as razões que levaram a esse fim.

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A zona de conforto está ligada principalmente a quem aprendeu a conviver com o sofrimento. É quase como um refúgio, mesmo que não saudável, onde os pensamentos e certezas negativas se solidificam, aprisionando ainda mais a pessoa. Romper esse elo também dói, porque é uma ruptura de tudo o que ela tinha como verdade absoluta, até da própria identidade. Mas essa mudança é imprescindível, pois é no ato de se libertar dessa prisão que se encontra a chance de renascer.

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Você escreve com saudades de alguém ? Alguém que marcou sua vida?

Oii🤍

Bom, vivencio o luto de um rompimento e a saudade faz parte do processo. Inevitavelmente talvez possa deixar transparecer nas minhas escritas.

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O que a sua solidão tem a te dizer? A minha me trouxe uma reflexão: Será que sentir-se só não deixou de ser algo apenas alheio à minha vontade e se tornou uma escolha, mesmo que inconsciente? Talvez eu precise admitir que, a partir dos meus comportamentos nos últimos anos, criei uma fortaleza onde me protejo dos outros, a ponto deles encontrarem dificuldades em se aproximarem, ou sequer tentarem.

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Talvez eu seja uma boa atriz, mesmo com as olheiras e a tristeza tão evidentes. Uma atriz em um palco vazio, onde ninguém aplaude... um papel solitário e incompreendido, inclusive por mim. Com o passar dos anos, aprendi a silenciar minhas dores, conter as lágrimas e a conviver com o aperto no peito e a mente inquieta, fazendo uso de uma máscara que esconde o quão sufocante é, para mim, existir. Por vezes, surge a vontade de me virar do avesso, para que aqueles que julgam possam enxergar o quão doloroso e assustador é ser eu na maior parte do tempo. Talvez, um dia, eu esqueça o roteiro e finalmente aprenda a ser apenas eu.

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Escreve poemas e textos sobre Amor! Amo sua escrita 💗💗💗🫶🏻

Feliz em saber disso! No tocante a escrever sobre amor, eu poderia sim escrever nesse momento, mas não seria sincero. Acredito que, quando o sentimento está vivo internamente, a escrita acontece de forma mais genuína e autêntica. Espero poder escrever a respeito o mais breve possível. É um sentimento que traz consigo beleza e complexidade, é sempre um prazer.

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A minha existência é um ato de resistência.

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Das coisas que não desejo a ninguém é, se deparar sendo corroído vivo por dentro e tendo que abafar o choro para ninguém ouvir, pensar em ligar pra alguém e não ter...

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A sensação de "beber do próprio veneno" é atormentadora e, ao mesmo tempo, rica em novos aprendizados, mas apenas para aqueles que estão dispostos a ir além do sentir.

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Em cada mergulho profundo no completo caos e dor, partes de mim foram se perdendo e receio que nunca as recupere

Eu não queria, mas foi necessário mudar, do contrário seria completamente esmagada e provavelmente não estaria mais aqui

Às vezes me pego surpresa com essa nova versão, mais racional, distante afetivamente e crítica

Ainda insisto em dizer que a sensibilidade se mantém, mas sinceramente, não sobrou muito, está frio aqui dentro.

Eu morri em vida...

Àquela menininha, quero dizer que sinto muito.

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É característico da minha personalidade a intensidade e, em minhas recaídas, ela, possivelmente, é um dos motivos que faz parecer inevitável revisitar o inferno, mas as minhas estadas têm se tornado cada vez mais breves. A busca para ser mais resiliente me mostrou que não há como impedir a chegada de tempestades, tampouco te livra dos danos, mas estes passam a ser menos destrutivos, influencia em uma melhor recuperação e te faz desenvolver um olhar mais atento e questionador, o que tem me servido de auxílio para tentar filtrar apenas aquilo que possa me agregar positivamente.

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A finitude da vida traz nas entrelinhas a importância de viver sendo quem você é e estar em paz com suas escolhas, contanto que não machuque intencionalmente ninguém. Desagradar é inevitável e o desconforto que sentimos é válido, entretanto o outro também está tendo a oportunidade de viver a própria vida (ou deveria), logo a sua visão do que é melhor, desrespeito somente a ele, caso não faça sentido para você.

@cartasparaseufuturo