olá ♡ tudo bem? achei o seu perfil enquanto pesquisava fanfics do Polnareff e quero dizer que assim... apaixonada estou (rs)
pode esperar muitas notificações minhas favoritando e reblogando algumas histórias hihihi♡♡
quero saber, se não for incômodo: você se incomodaria em escrever um imagine Kakyoin x leitora que se passa na parte 4? (pouca gente escreve pro Kakyoin na parte 4 até parece que ele não sobreviveu a luta contra o DIO loucura né)
Algo como, a leitora e ele se apaixonaram quando adolescentes durante a viagem ao Egito mas, como o Kakyoin ficou muito debilitado após a luta com o DIO e demorou um tempo para se recuperar no hospital (coma curto, cirurgias, etc), a leitora acaba tendo que seguir a vida e se afastando dele e do Jotaro, mas sempre mantendo um contato breve e a distância. Em 1999, Jotaro acaba indo pra Morioh-cho com Kakyoin (que agora com 27-28 anos trabalha para a Fundação Speedwagon) e lá, por culpa dos stands inimigos, o Jotaro acaba entrando em contato com a leitora e os outros crusaders (que também sobreviveram cof cof) para derrotar Kira; é aí que o Kakyoin e a leitora acabam se reencontrando cara a cara e percebendo que os sentimentos nunca sumiram.
pode ser com um pouquinho de angst se quiser, com o Kakyoin pensando que a leitora casou com alguém e tals mas que termina bem fluff com os dois confessando que ainda se amam rs
era só isso, perdão o incômodo !!! ♡ beijinhos
Notes: Então... Nossa, me desculpa mesmo pela demora pra responder seu request! Ele é tão bonitinho e eu queria mesmo ter feito ele antes, mas aconteceu tanta coisa que eu me desanimei em escrever pra Jojo que eu acabei atrasando seu request, me desculpa!! Eu então escrevi e espero que possa compensar a demora!!🥺❤️
My Only Love — Noriaki Kakyoin x Leitora
Recomendações para ouvir: Only-LeeHi
Contents: Fluff, angst, exes to lovers
Like, reblogs e comentários sempre bem-vindos!
17/01/1989
Eu corria e corria até praticamente ofegar em frente a recepção daquele hospital de Cairo, na qual várias pessoas pareciam me julgar devido ao barulho enorme que fiz ao abrir a porta dupla do meu quarto de hospital com força.
— Senhorita, por favor, se você não sabe nós estamos em um hospital. — a enfermeira diz, em uma voz que claramente está me repreendendo. — Adolescentes...
— Olha, peço desculpas, mas não estou com cabeça para isso agora! Me diga, como vim parar aqui? Quem me trouxe? Estou há quanto tempo aqui e—
— Se acalma criança, misericórdia! — a mulher de cabelos pretos bufou baixinho e logo pegou uma prancheta e ajeitou seus óculos antes de me responder. — Quem trouxe você aqui foi um homem chamado Joseph Joestar.
"Senhor Joestar? Oh, então isso significa que ele está vivo! Ainda bem..." eu pensei, soltando um suspiro de alívio antes de voltar a encarar os olhos da recepcionista.
— Sabe onde posso encontrá-lo? Eu preciso ter uma conversa urgente com ele.
Assim que ela me informou o número do quarto, eu agradeci e logo peguei o elevador e, assim que as portas se fecharam, contrai de leve as minhas costas ao finalmente notar um curativo próximo de minha costela e, quando tirei apenas um pedaço da atadura pude ver vários pontos ali.
É, então realmente eu fui bem ferida por aquele maldito do DIO.
Minha atenção logo foi atraída quando o elevador anunciou ter chegado no meu andar e então eu corri na direção do quarto 303 e, assim que parei em frente a porta, senti um mix de emoções:
Nervosismo, ansiedade, tristeza, alívio... Não sabia definir o que sentia em palavras.
Assim que eu bati a porta e a abri, meu coração pareceu parar em um instante quando, ali na cama do hospital, estava ninguém menos que ele, o garoto que me fez sempre soltar um suspiro apaixonado ao longo desses quase 2 meses, Noriaki Kakyoin.
— Nori... — seu apelido saiu de meus lábios de uma forma baixa e quebrada, e eu imediatamente caminhei na sua direção e afastei algumas de suas mechas ruivas de sua testa. Minha atenção foi para o monitor de batimentos cardíacos e vi que eles mostravam o quão frágil e delicada é a situação dele. — O que aquele filho da puta do DIO fez com você?
— S/n, fico feliz de você finalmente ter acordado.
Senti um alívio instantâneo ao virar minha cabeça por cima do ombro e ver o senhor Joestar ali na porta, segurando um sanduíche e um copo de café em suas mãos. Um pequeno sorriso em seus lábios, na qual eu correspondi.
— E eu fico feliz em ver que você está bem, senhor Joestar. Mas e quanto aos outros? — perguntei com curiosidade, inclinando de leve minha cabeça para o lado enquanto continuo acariciando o cacho de Kakyoin que, sem surpresa, sequer reagiu.
— Jotaro está bem apesar de ter saído com seu braço esquerdo quebrado e, como você pode ver, não posso dizer o mesmo de Kakyoin e também de Avdol e Iggy. Polnareff também está bem, apesar do ataque que sofreu de DIO.
Assenti antes de olhar de volta pro ruivo adormecido, no entanto, senti a mão de Joseph em meu ombro.
— S/n, precisamos conversar.
— Sobre o que?
Eu perguntei um pouco preocupada, já que sua voz está bem séria e eu senti que suas próximas palavras realmente seriam assim.
— Escuta, como você pode ver com os seus próprios olhos o Kakyoin está muito debilitado, então... Eu acho que seja melhor que você siga com a sua vida sem se preocupar com a gente.
Ele pareceu hesitante em dizer aquilo, mas assim que suas palavras foram processadas em meu cérebro, eu arregalei os meus olhos enquanto engulo em seco e aperto minhas mãos em punhos.
— P-por que está dizendo isso, senhor Joestar? Eu—
— Olha, não sabemos como que ele vai se recuperar ou até mesmo se lembrar do que aconteceu... Então é melhor que você—
Eu não consegui aceitar aquilo e, sem perceber, senti minhas bochechas ficarem molhadas com minhas lágrimas que começaram a sair incontrolavelmente e eu logo abracei o mais velho que me acolheu em seus braços.
Naquele momento, senti que meu mundo havia perdido a cor, enquanto eu chorava e ao mesmo tempo intercalava meu olhar entre Kakyoin e a camisa do senhor Joestar que foi onde agarrei para me manter firme.
— É melhor que você siga com sua vida S/N, — ele dizia com uma voz compreensiva enquanto acaricia o topo da minha cabeça com uma de suas mãos. — eu espero mesmo que consiga realizar todos os seus sonhos.
Naquele dia, eu com certeza havia sofrido como nunca antes... Eu praticamente encharquei a camisa do senhor Joestar com minhas lágrimas enquanto assinto em um único movimento, mesmo contra a minha vontade.
Seguir em frente... É o que eu venho tentando fazer desde então.
1999
Um suspiro escapou de meus lábios assim que essa lembrança ressurgiu em minha mente, totalmente fresca mesmo após 10 anos... Me pergunto como todos estão já que, a pedido de Joseph, eu realmente resolvi seguir com minha vida apesar de meu coração ainda estar esperando rever um certo alguém...
— Tia S/n? — balancei rapidamente minha cabeça para espantar meus pensamentos assim que ouvi a doce voz de Clara, a minha pequena paciente que me olha com seus olhinhos brilhando. — Você tá bem?
— Oh, mas é claro que sim, não se preocupe comigo!
Digo para confortá-la, e logo acaricio sua cabeça enquanto continuo colocando um pequeno curativo em seu joelho. Após eu me mudar do Japão, eu consegui entrar em uma faculdade de Medicina dos Estados Unidos, onde eu até mesmo tive um pequeno e pouco contato com a família Joestar.
No entanto, tanto Jotaro quanto eu parecíamos ocupados demais para sequer conversarmos direito e, assim, eu acabei perdendo contato com estes na qual viajei por quase 50 di—
Me espantei assim que escutei o telefone do meu consultório tocar de repente, e então me apressei rapidamente para liberar a pequena Clara e correr até o aparelho antes de atender a ligação em um movimento veloz.
— Bom dia, aqui é o consultório da dra. S/n, com quem estou falando?
— Já faz bastante tempo, não é doutora?
Meus lábios se abriram em um perfeito O ao reconhecer aquela voz que nunca mais havia ouvido: a voz de Jotaro Kujo. Engoli em seco ao sentir meu coração acelerar um pouco com a ideia de reencontrar com Kakyoin depois de tantos anos, depois de tudo que—
— Ei S/n, você ainda está ai? — a voz dele me tirou de meus próprios pensamentos, e logo sacudi a cabeça mesmo que ele não pudesse ver isso.
— Sim, desculpa. É só o cansaço do trabalho que está me deixando um pouco lenta.
— Entendo. Olha, eu gostaria que nos encontrássemos pessoalmente, preciso de sua ajuda referente a um assunto bem sério.
— Certo. Bom, que tal nos encontrarmos em um café hoje a tarde? Estou com a agenda livre!
— Ok, então nos encontraremos no St. Gentleman's.
E, do jeitinho Jotaro de sempre, ele desligou sem me dar uma chance de responder, me dando um sentimento de nostalgia que me fez rir um pouco após enganchar o telefone novamente no seu apoio enquanto encosto minha costa na borda da mesa e encaro o teto.
— Vamos ver no que isso vai dar...
Assim que o horário do meu expediente terminou, eu saí do consultório na direção do café na qual combinei de me encontrar com Jotaro. Demorei alguns minutos para chegar lá e, quando reconheci a forma alta mas agora não tão musculosa de Jotaro, sorri quase que de imediato e me preparei para levantar a mão e acenar.
Todavia, todo o meu sistema pareceu dar pane quando reconheci uma certa cabeleira ruiva ao lado dele, o que fez com que meu cérebro bugasse e eu ficasse parada feito uma abobada no meio da rua.
Logo balancei minha cabeça e voltei a caminhar na direção dos dois, porém, quando aqueles olhos violetas me notaram, senti que minhas pernas viraram gelatina de repente.
— Boa tarde. — anunciei minha chegada com uma voz baixa, olhando brevemente para Jotaro e logo para Kakyoin, onde meu olhar ficou por um pouco mais de tempo.
— Fico feliz que você pôde vir.
Jotaro diz com um curto e raro sorriso, mas minha atenção continua no ruivo que também parecia focado na minha presença. Logo nos sentamos em uma das mesas e pegamos os cardápios que nos foi entregue.
— Então, sobre o que você queria conversar comigo?— perguntei de repente para preencher o silêncio que se fazia naquela mesa, que já estava começando a me agoniar.
E após minha pergunta, Jotaro me atualizou sobre o que o levou até aqui em Morioh: Joseph havia pulado a cerca e, por conta disso, mais um Joestar veio ao mundo, e isso me fez arregalar mais ainda os meus olhos que até mesmo brilharam com aquela forte fofoca.
— E como que a vovó Suzie q reagiu??
— Para ser sincero, nunca havia visto a vovó tão brava em toda a minha vida, o velho com certeza ouviu bastante coisa dela.
Jotaro diz com um mísero sorriso novamente que foi coberto pela xícara assim que ele bebeu o café que ele havia pedido. No entanto, após essa novidade, Jotaro foi direto ao assunto na qual ele queria minha ajuda: Havia um serial killler a solta na cidade, e isso me deixou com uma pulga atrás da orelha.
E, depois de ficarmos praticamente a tarde toda conversando sobre o possível assassino e as pistas sobre sua identidade, logo me levantei da cadeira ao olhar o meu relógio de pulso.
— É melhor eu ir, está bem tarde e depois de saber desse serial killer eu prefiro não arriscar em ser a próxima vítima dele. — digo enquanto coloco minha bolsa de lado e logo quando decido me virar e dar os primeiros passos...
— Eu posso acompanhar você?
Aquela voz... Aquela voz tão doce quanto uma avelã me perguntando se eu gostaria de sua companhia depois de tanto tempo me fez novamente ficar com a mente como um mingau.
— Bem, eu gostaria se não for muito incômodo.
— Não é, afinal, se não fosse eu não teria me oferecido.
Ele diz com aquele sorriso doce e ao mesmo tempo provocador dele enquanto ajeita de leve os seus óculos na ponte do seu nariz, o que me fez sorrir com pura nostalgia. Quem sou eu para negar não é mesmo?
O barulho de nossos passos eram o único som do lugar além do das batidas das ondas contra as rochas próximas ao mar e o leve cantarolar dos grilos, o que me deixava cada vez mais ansiosa em falar algo...
Mas nada me vinha a mente.
— Você esteve por aqui por todos esses anos? — Kakyoin disse e notei seus olhos em mim enquanto esperava que eu dissesse algo, e eu logo assenti.
— Bem, a verdade é que só estou aqui há alguns anos, uns 3 na verdade. Desde aquele evento com o DIO eu estive nos EUA.
— Entendo... E você seguiu seu sonho de ser pediatra. Fico feliz por você.
Eu logo sorri suavemente e virei minha cabeça em sua direção para notar a forma como ele sorria pra mim, da mesma maneira de antes... Ele não havia mudado muita coisa, apenas parecia um pouco mais alto e levemente musculoso.
— E quanto a você?
— Me tornei designer de games, juntei duas coisas que gosto bastante e cá estou eu, dando uma de detetive junto com o Jojo.
Aquela sua frase arrancou uma risada coletiva nossa e logo senti um pouco de tristeza ao já reconhecer a silhueta da minha casa ao longe. Infelizmente tudo que é bom deve acabar... Dependendo de mim eu congelaria este momento só para eu conseguir ver esse lindo sorriso dele.
— Aqui é onde eu moro...— digo sem forçar minha tristeza em já ter que dizer adeus a ele de novo.
— Eu vejo... Bom, então... Boa noite S/n.
— Boa noite, Nori.
Mas nenhum de nós se moveu e continuamos um em frente ao outro e nos observando em silêncio enquanto atrasávamos algo que uma hora ou outra aconteceria. Então fui eu quem deu a iniciativa e me virei na direção do portão da minha casa após acenar em despedida.
Logo senti um pequeno peso em meu ombro e, quando estava prestes a dizer algo, me senti ser virada e logo um beijo caloroso foi plantado em minha testa, tão suave que quase nem senti. Meu coração bateu de forma descompensada e mordi levemente meu lábio inferior quando o beijo foi desfeito e ele apoiou seu queixo no topo da minha cabeça.
— Senti sua falta.
Ele sussurrou aquela frase contra meus cabelos, e eu senti a imensa necessidade de me aconchegar contra seu peito e nunca mais sair dali, como se eu pertencesse aos seus braços.
— Eu também senti a sua... Muita.
Já faz bastante tempo que eu não acordo tão bem e leve, suspirei baixinho assim que abri a janela do meu quarto, sentindo a brisa da manhã acariciar meu rosto e assim que abri meus olhos, me espantei ao ver Kakyoin em frente a minha casa, sorrindo e segurando uma xícara de café e com um jornal em baixo de seu outro braço.
Eu então corri até o andar de baixo e destranquei a porta, dando de cara com ele.
— Não esperava ver você aqui tão cedo, Nori! — disse sem esconder minha surpresa, arrancando uma melodiosa risada dele que entrou na minha casa após eu dar um passo pro lado, lhe dando espaço.
— Bem, é que ontem Jojo e eu discutimos sobre o início da investigação sobre o possível serial killer, então vim até aqui pra... Bom, perguntar se você quer investigar junto comigo.
— Que pergunta boba, mas é claro que eu quero! — minha animação arrancou novamente uma risada dele, que logo se sentou no sofá e eu continuei em pé. — Só espera um pouco que eu vou me arrumar.
Digo e logo corro para o andar de cima da minha casa, indo para o meu quarto e em seguida para o banheiro para tomar um rápido banho antes de ir até o meu guarda-roupa e escolher uma roupa que me agradasse. Após fazer uma leve maquiagem desci as escadas e logo Kakyoin reapareceu no meu campo e visão, e ver ele tão concentrado enquanto lia o jornal fez com que borboletas surgissem em meu estômago.
— O que você tanto lê? — perguntei assim que fiquei atrás dele no sofá e olhei para o jornal por cima do seu ombro.
— Estou tentando achar alguma pista que possa nos ajudar.
Virei meu rosto na direção dele e vi que ele já me observava antes, o que fez com que minhas bochechas ficassem mais vermelhas ao estar em frente daqueles olhos violetas novamente depois de 10 anos...
E que elas ainda tinham o mesmo efeito sobre mim.
— Você fica sexy de óculos. — aquilo saiu fora de controle dos meus lábios e ao ver as bochechas dele ficando quase da mesma cor do cabelo dele, percebi que talvez eu tenha ido longe demais. — Desc-
— Talvez você vá se acostumar em me ver com eles por bastante tempo... E talvez sem eles também.
O que ele quis dizer com isso?
Passamos o dia todo andando por vários lugares de Morioh, não encontrando uma pista sequer do cujo assassino. No entanto, recebemos ligação de um tal de Koichi explicando o que ele e Jotaro haviam passado e, para minha surpresa eles conseguiram descobrir o serial killer que tanto estávamos procurando.
— Nori, parece que Jotaro conseguiu descobrir quem é o assassino! — digo enquanto corro na direção dele que está na minha sala encarando a mesa de centro que estava bagunçada com várias fotos e artigos de jornal.
— Realmente? Bem, não me surpreende tanto.
O ruivo então suspirou antes de se sentar no sofá e colocar os óculos na mesa de centro, fechando seus olhos para descansar eles um pouco. Eu prontamente fui até a cozinha e peguei um copo d'água e voltei para a sala de estar, entregando para ele que sorriu de forma cansada assim que notou.
— Obrigado S/n.
Ele diz antes de tomar o líquido gelado aos poucos, e eu encostei a lateral da minha cabeça no encosto do sofá para observar ele, vendo seu pomo de adão subir e descer conforme ele bebe a água. Sorri sem perceber, ainda admirando pequenos traços em seu rosto como a leve marcação em sua bochecha, seu maxilar definido, aquela mecha cacheada dele que eu adorava tanto enrolar no dedo quando ele ficava deitado no meu colo e—
Meu cérebro derreteu quando notei que ele já havia terminado e que ficou olhando para mim, parecendo me observar também. Engoli em seco, ao ver que ele parecia querer falar algo...
— Acho melhor eu ir, está bem tarde e não quero estar incomodando você.
— Você sabe que nunca vai ser um incômodo pra mim, pelo contrário... Eu gostaria de passar mais tempo com você.
Vi as bochechas dele corando apesar de seu rosto ainda estar calmo.
— Bem, talvez amanhã possamos tomar um sorvete juntos? Não sei se é uma boa ideia visto que temos esse assassino a solta, mas...
— Somos fortes, se ele mexer com a gente ele sai chorando!
Minha frase arrancou uma risada nossa, mas no minuto seguinte nos levantamos do sofá e eu abri a porta para ele, que se virou para mim assim que passou por ela.
— Então.. Até amanhã Nori.
— Até amanhã.
Ele diz com um sorriso suave e, assim como ontem, ficamos nos olhando em silêncio até que vi ele começar a se inclinar na minha direção, fazendo com que um frio surgisse na minha barriga e eu rapidamente fiquei com as mãos suadas.
Uma de suas mãos segurou meu rosto e eu fechei meus olhos assim que senti sua respiração quente contra minha bochecha. Mas logo senti o calor dele se afastando de mim, o que me fez encarar ele confusa.
— Nori?
— Desculpa S/n, talvez eu tenha confudido as coisas.
Ele diz e logo coça a nuca antes de sair rapidamente dali, me deixando extremamente confusa e com o coração acelerado para trás. E foi quando eu vi, quase em frente a minha casa, a pequena Clara com uma careta surpresa e sendo segurada por seu pai.
Oh... Talvez Nori realmente confundiu as coisas.
Depois desse dia, tentei contatar Noriaki várias e várias vezes, querendo conversar com ele e esclarecer as coisas... Mas ele nem atendia as minhas chamadas. Fui até o hotel em que ele e Jotaro estão hospedados e coincidentemente ele nunca estava.
E após uma semana fazendo tudo isso, acabei desistindo e resolvi seguir com a minha vida já que nem para o caso do assassino, que descobri se chamar Kira Yoshikage graças a Jotaro, eles pareciam querer me envolver mais.
— Tia, você tá bem? — Clara me perguntou enquanto claramente nota meu desânimo em atendê-la.
— Sim, estou bem querida. Só alguns problemas de adulto.
— Tem a ver com aquele homem com você naquele dia? — ela perguntou de uma forma tão certeira que eu até me espantei. — Acho que sim! O que foi tia? Alguma bruxa malvada quis roubar ele da senhora??
— Ha ha, não pequena... É complicado, entende?
— Ah tia... Adulto gosta de complicar as coisas! Por que não se casa logo com ele?? Ele parece ser o seu verdadeiro príncipe encantado!
Soltei uma risada baixa, concordando com a cabeça para que a pequena Clara ficasse feliz. Queria que as coisas fossem mais fáceis como no mundo dela...
Suspirei assim que terminei de preencher mais alguns documentos e fazer mais algumas anotações, e logo joguei meus cabelos para trás enquanto admiro todo o trabalho que fiz. No entanto, uma batida suave na porta desfez meu alívio quando já imaginei que podia ser minha assistente.
— Pode entrar Aiko.
— Não é a Aiko, mas agradeço por me deixar entrar.
Me espantei assim que vi Noriaki ali, sorrindo suavemente e segurando um pequeno buquê das minhas flores favoritas como também uma pelúcia do Togepi em sua outra mão.
— Nori?? O que diabos você- Como soube onde fica meu consultório??
— Bem, tive a ajuda de uma pequena chamada Clara, ela disse que você estava muito triste e que precisava ver seu príncipe encantado.
— Deus, essa Clara... — digo desacreditada enquanto rio e vejo ele se sentar ao meu lado, me entregando as coisas que ele segurava e logo sua mão cobriu a minha, acariciando-a. — Por que me ignorou, Nori?
— Eu... Peço desculpas pequena. — ele diz, e eu corei só com aquele apelido, tão bobo mas que saindo dos lábios dele me causava tantas coisas... — Eu vi aquela menininha e aquele cara parados em frente a sua casa e senti uma angústia só de pensar de que você havia seguido com sua vida... Eu me senti vazio, entende? E também por conta do problema com o Kira, estava totalmente focado em encontrar ele junto com Jotaro e os outros.
— Mas... Nós podíamos ter resolvido isso com uma conversa Kakyoin. — digo ainda séria, mas acariciando a mão dele de volta.
— Eu sei que sim, mas eu não pensei nisso, eu só me senti da mesma forma quando soube que você havia se mudado para os Estados Unidos quando acordei do meu coma... Eu senti que havia te perdido de vez.
— Você nunca me perdeu, eu sempre estive aqui... Esperando um dia te reencontrar e fazer as coisas de maneira certa, sem DIO ou qualquer outra coisa nos atrapalhando. — ele sorriu, dando um beijo em minha testa antes de tirar uma mecha de cabelo do meu rosto.
— Então... Será que nós podemos recomeçar do jeito certo? — ele diz, e eu nem precisei pensar duas vezes antes de assentir.
— Oh Nori, você acha que teria alguma chance de eu negar? Você é o único pra mim, meu único amor.
O ruivo sorriu mais ainda me puxando pro colo dele e enchendo meu rosto de beijos enquanto me abraça com força e arranca risadas minhas enquanto abraço o pescoço dele.
Parece que a pequena estava certa afinal, Kakyoin é o meu principe encantado e isso nunca vai mudar.
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