miraestar
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miraestar · 7 years ago
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ambitiicn‌:
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tinha jogado água nas pequenas feridas, porém o sangue continuava a escorrer pelas palmas delicadas, fazendo-o entrar em um dos vários corredores, tirando o lenço de dentro do bolso e o apertando firme com as duas mãos. não a muito tempo tinha tido sua conversa com wenhan e queria do fundo do coração apenas deitar-se em algum lugar silencioso, abraçar o próprio corpo e se proteger dos males que estavam por vir      mas não era uma opção, não para ele. queria ser corajoso e ter o impeto de fazer a coisa certa apesar da dor, mas o passado era prova de que não era mais que um garoto assustado. ergueu a cabeça com tanta rapidez e quase tonteou novamente, e ao ser recebido pelas palavras dúbias da mulher de quem se lembrava bem, o semblante permaneceu sério e pouco convidativo, embora soubesse que devia estar de joelhos implorando perdão. perguntou-se por uma batida de coração se a vida era engraçada ou apenas injusta, horas atrás aquele rosto significava tão pouco e agora os belos traços da mulher, que ele não sabia ao certo quem havia lhe dado, eram tudo em sua mente. “sim, sou eu.” colocou os braços atrás do corpo, enquanto se desencostava da parede, e colocava-se frente a miran, mãos ainda firmes contra o pedaço de pano caro. “sim, eu faço. pode me matar se quiser, acho que agora não faz tanta diferença.” o sorriso era fraco, e tentou fazer soar como uma brincadeira, mas era verdade      embora ninguém precisasse saber.
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A mulher suspirou, rolando as íris em total desgosto e suspirou antes de falar algo: “Não seja como um rato, haja como um humano que és.” enfatizou a palavra, apenas porque não poderia deixar passar. Apesar do temperamento forte, não estava mais irritada, tampouco se lamentando; era hora de sair daquilo e dar rumo a própria vida------------ ou melhor, pegá-la de volta. “Enfim, eu não me importo realmente como você se sente neste momento, porque vocês parecem seguros demais vivendo aqui. Você tem tudo que uma pessoa precisa para viver bem, ao contrário de nós, então, sem pena pra você e espero que também não vá sentir isso de mim. Não é como se eu precisasse, apesar dos pesares.” continuou o diálogo, andando lentamente por entre o rapaz. As linhas de pensamento ligando-se, tornando a situação um tanto diferente do que ela mesma esperava. Ele estaria encrencado por tê-la em seu pé. “De qualquer forma, eu quero saber mais sobre o que está acontecendo. É a única coisa que vou te pedir e então não haverá mais que se preocupar comigo. Basta me responder se vocês sabiam de algo, qualquer coisa mínima que seja. Também se algo estranho aconteceu por aqui antes disso tudo acontecer. Deve haver uma explicação lógica para isso e eu preciso recolher informações para saber.” 
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miraestar · 7 years ago
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Apesar de não querer ver Greta sequer pintada de ouro em sua frente, ainda tinha muita curiosidade de saber como a outra parte estava lidando com tudo. Miran não esperava bondade vindo deles, afinal, sua conversa com Manon não havia sido a das melhores------ -- aliás, essa era outra que não gostaria de ver tão cedo, menos ainda conversar. Mas talvez pudesse descobrir mais sobre o que estava acontecendo se tivesse oportunidade de falar com outras pessoas; uma forma de voltar para sua vida, talvez? Miran não tinha certeza se queria isso, porém, até o momento, parecia bastante viável. Ela caminhava pela casa, esgueirando-se entre uma pessoa e outra, até aproximar-se daquele rapaz que conversara outrora e que lembrou ter visto no palco enquanto a confusão acontecia “Ei, você! @ambitiicn, não é?” chamou, autoritária “Por acaso você faz parte de tudo isso também? Pode responder a verdade, prometo não matar você. Não ainda.” brincou, mas ninguém, além dela, precisava saber disso.
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miraestar · 7 years ago
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Quando não soube mais o que fazer ou para onde ir, apenas sentou-se em um canto qualquer e decidiu, corajosamente, iniciar a leitura daquele livro de onde havia saído. Alguma parte de si ainda sentia medo, muito medo, mas era inevitável, não? E com Miran era assim, preferia retirar o curativo de uma vez só, mesmo sabendo que iria doer. Uma hora passaria; poderia demorar muito, mas acreditava nisso. Assim que abriu o livro, a mulher sentiu a presença de alguém e suspirou discretamente, depois falando: “Neste mundo não ensinam que é falta de educação interromper a leitura do outro? Até para mim que não faço o tipo, parece bastante incômodo” olhou para cima, deparando-se com @bencvollent 
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miraestar · 7 years ago
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corre poc, é a hora do starter call !!
Se você quiser um chat com a Mira, digite ‘pedro, devolve meu chip’ (closed)
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Se você quiser um chat com a Sejeong, digite ‘essa festa virou um enterro’ (closed)
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Se você quiser um chat com Hosung, digite ‘essa pabllo vittar foi longe demais’ (open: 1)
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miraestar · 7 years ago
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wenhnxz·:
conseguia compreender tudo que ela falava e concordar com boa parte, quase como se tivessem pensamentos conectados - apesar de ela usar palavras tão rigorosas, diferente de si, que tentava estar sempre calmo em todas as situações. toda vez que pensava em alguma qualidade ou defeito seu, lembrava-se que foram criados e sua mente entrava em uma confusão interna que tornava-se quase impossível aguentar. em um suspiro arrastado e longo, wenhan tornou a olhar para a mulher. “ — eu não sei se eles vieram com algum dom espetacular que nos fez, se eles são deuses, se nós, dentro das linhas, criamos nossas próprias personalidades. eu não sinto como se tudo sobre mim fosse pensado, porque não há uma margem onde eu pense que não me conheça porque o autor não pensou nisso também. eu não sei se faz sentido…”, respirou fundo, encostando o corpo contra a primeira parede que encontrou. era verdade, como um autor pensaria em tanto? todos os detalhes sobre si eram criados? cada um deles? era impossível que nada sobre quem ele era fosse seu próprio, que não houvesse sequer um segredo… “ — de qualquer forma, estamos aqui fora agora, e você continua sendo a miran, certo? então suas coisas não são um nada, inválidas. existiram de alguma forma. e agora estamos aqui, na realidade, junto com basicamente todas essas coisas. precisa haver um motivo.”
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Era difícil compreender algo tão complexo, entendia isso, porque para si também estava sendo, mas em suas mãos, Miran tinha algo que comprovava tudo o que dizia ao jovem rapaz: o livro “Você já leu o seu livro, por acaso?” perguntou, novamente, sendo retórica “Os seus pensamentos podem mudar depois que ler e ver por si mesmo que até coisas que você não sabia que existia sobre si, está lá, escrito para todo mundo ver. Todos que leram nossos livros conhecem tudo sobre nós, até o último detalhe, o mínimo pensamento, sentimento, querer... Eles sabem dos nossos mais profundos segredos. Nós somos, literalmente, um livro aberto a todas essas pessoas e muitas outras que sequer conhecemos.” não queria ter que jogar a realidade nua e crua dessa maneira, mas a mulher não era boa com palavras de conforto. Ele precisava saber e uma hora saberia, de qualquer maneira. Só estava acelerando aquele doloroso processo “Eu não li mais do que dez páginas do meu livro e sinto como se tivesse sido invadida. Essa é a pior sensação do mundo” suspirou, abaixando um pouco a cabeça. Tinha certeza que era questão de tempo para que os demais de Primavera Selvagem também lessem o livro e então tudo estaria um completo desastre “E qual seria o caminho? É certo que sou eu mesma, mas não existe mais um objetivo a ser traçado. A única coisa que restou foi tentar sobreviver nesse lugar” ‘e sinceramente, não sei se quero fazer isso’, ela completou mentalmente.
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miraestar · 7 years ago
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wenhnxz·:
de todas as conversas intensas e confusas que havia tido naquela noite, wenhan sabia bem captar quando alguém tinha pensamentos profundos além do desespero, e miran era um caso. a maneira como ela falava fazia com que o garoto pensasse em toda a situação de fora da sua bolha, encontrando pontas soltas que provavelmente não haviam maneiras de colar. encolheu os ombros em um suspiro leve, olhando para o chão por alguns segundos. ela estava certa, afinal, existia mesmo se fosse a invenção de alguém. “ — você está certa, mesmo se alguém houver nos inventado, vivemos tudo de qualquer forma. eu não consigo firmar esse pensamento na minha cabeça, apesar de entendê-lo… minha mente insiste em me dizer que eu não existo, mesmo que eu tenha total conhecimento de tudo que vivi. acha que estou ficando louco? não que tudo isso já não seja loucura o suficiente…”
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“Quem pode afirmar?” perguntou de forma retórica “A nossa vida foi construída da imaginação de alguém, tudo que somos é porque alguém quis assim, pensou assim. Coisas aconteceram e deixaram de acontecer com um simples toque no ‘backspace’, mas se fosse mentira, se fosse para não existirmos, por que nos trariam para cá? É essa a pergunta que mais explica a nossa existência” findou os seus pensamentos, concluindo algo que já mergulhava pela sua mente desde que conseguira pôr as mãos em seu livro “Mas sabe a pior parte dessa história? Não é existir ou não e sim que tudo ao nosso redor era uma mentira. O mundo, as pessoas, as ameaças. Eu passei a minha vida inteira correndo atrás da porcaria de um android pra quê? Pra chegar aqui e me falarem que tudo que eu acreditava era apenas motivo de diversão aos outros? O mundo que eu vivia sequer existe, as coisas que criei, os meus estudos, minhas motivações pessoais, as pessoas que um dia amei, são apenas letras escritas em um pedaço tosco de papel. O quão pequena é a minha existência comparada a todo o resto? Nada; absolutamente nada”
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miraestar · 7 years ago
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@sweetllies pois traga a papelada 
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@miraestar, @sweetllies​ tweeted about you ❤
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miraestar · 7 years ago
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@miraestar , someone tweeted about you ❤
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miraestar · 7 years ago
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mystiria·:
Tal como nos livros, a mesma personalidade irritadiça e a mesma facilidade para chamar atenção. Era impossível não reconhecer Miran, bem como era esperado que ela não acreditasse com nada daquilo. Quase quis rir diante das indagações acerca de um plano governamental, quando na verdade, tudo aquilo era ao que havia constatado, força de um desejo profundo concedido; um milagre, com toda sua maravilha e mistério. “O governo não tem nada a ver com isso, Han Miran.” Tratou de falar, com a atenção voltada para ela por completo. Era complicado convencer uma pessoa cética, contudo, tal como soava absurdo, era tão vergonhosamente óbvia a situação que sentiu pesar simplesmente pensar sobre a bagunça na mente da mulher. Após soltar um suspiro pesado, deu alguns passos até mais perto. “Eu só queria fazer uma pausa antes de jogar as coisas para vocês. Mas você é apressada, quer explicações logo. Você cresceu visando aprimorar seu intelecto, fez muitos trabalhos ilegais até ser pega pelo governo. E, eu sei sobre o robô. O que você nunca disse sobre ele. Não sobre ele em si, mas sobre você em relação a ele.” Achou que, talvez, fosse o suficiente não deixar evidente, em vez disso, preferiu outra abordagem. “Eu posso te mostrar o livro que fala sobre você. Na verdade, ele está a poucos passos do seu alcance. Esse na mesa do canto, escrito Primavera Rebelde. Você quer o meu celular? Para pesquisar seu próprio nome? Vão haver milhões de informações sobre você e sobre como você se sente de verdade. Tudo. Do mais superficial ao mais íntimo. E você é muito inteligente, mas, se a possibilidade de tudo ser armação do governo para fazer de vocês cobaias ficar na sua cabeça de qualquer forma, não importa que máquina você construa ou a teoria que você crie, não vai encontrar nenhuma explicação lógica pra nada disso.” 
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Poderia ter retrucado como sempre fazia, porém, Miran não soube o que dizer sobre o assunto. Temeu no mesmo momento que aquela verdade pudesse tê-la exposto de uma maneira que não gostaria. Se ela acabasse por dizer algo, estaria comprovando a possibilidade---- ----- e se não dissesse, também. Por via das dúvidas, palavras não ditas, jamais poderiam ser usadas contra ela. Mas o livro. Não havia pensado nele até então, todavia, com certeza era algo que gostaria de ver com os próprios olhos, checar folha por folha, palavra por palavra e sanar as dúvidas que lhe corroía os miolos. A mulher olhou para a mesa, logo andando até ela, procurando pelo objeto---- ------ o que não demorou para achar. Sabia que havia uma platéia atrás de si, esperando pelo resultado daquela ‘pesquisa’. Suas mãos jamais tremeram, sequer diante de uma potente arma, mas ela poderia jurar à Deus, aquele que nunca acreditou, que desta vez os membros até soavam de tamanha ansiedade e preocupação que obtinha. Não sabia direito se queria ver e encontrar a verdade, mas tinha que fazer isso por ela e pelos outros. Era questão de vida ou morte, literalmente. Miran engoliu a seco, pondo o indicador rente àquela capa, abrindo-a com tamanho cuidado, em lentidão, ainda receosa. Ela não tinha tempo o bastante para ficar folheando as páginas, tampouco desfrutar daquela leitura, então terminou por abrir em uma página qualquer, passando a ler a partir do primeiro parágrafo. Coincidentemente, este narrava sua primeira tentativa de encontrar Sejun, o que ninguém poderia saber para escrever sobre, pois ficou o tempo inteiro sozinha; por dias. Sentindo-se sufocada, fechou o livro com força, passando a segurá-lo rente ao corpo como se aquilo fosse o seu bem mais precioso e assim, virou-se “Isso... vai ficar comigo. Até que eu tenha certeza se posso acreditar em você e quanto a vocês...” alternou a atenção aos demais “Aconselho que peguem seus livros enquanto ainda podem fazer isso”
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miraestar · 7 years ago
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wenhnxz·:
wenhan observou a moça com mais calma agora que ela parecia com menos raiva, pendendo a cabeça para o lado enquanto a ouvia. pensava que talvez houvesse descoberto bem mais coisas sobre si mesmo se tivesse saído do quartinho em que ficou trancado, mas ela parecia tão confusa quanto. “ — seria injusto se no fim eu fosse apenas um personagem… quer dizer, eu me lembro bem das dores que senti, e elas não pareciam falsas”, comentou junto de um suspiro, pensativo sobre tudo outra vez. aquilo era realmente possível? desligou-se dos pensamentos para olhar par ela, negando com a cabeça algumas vezes antes de sorrir verdadeiramente pela primeira vez naquela noite bagunçada. “ — cada pessoa reage de um jeito. eu estou surtando dentro da minha cabeça, acredite… eu não sei se eu gostaria de voltar, na verdade, uma mãe matar um filho parece pesado demais para uma história”, brincou, embora fosse algo realmente doloroso de se pensar. deu de ombros, estendendo a mão para ela. “ — eu me chamo wenhan. você é?”
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“Escute bem, nós somos pessoas reais, como qualquer outra aqui dentro. Eles não podem fazer com que acreditemos no contrário. Você acredita que a sua vida é uma mentira? Porque eu tenho certeza que vivi a minha, por tudo que já me aconteceu até aqui” não ousaria a desconfiar jamais sobre isso. Personagem ou não, estava ali, respirando, sentindo, pensando, como qualquer outro. Só poderia não ser real, se não existisse; o que não era o caso “Mesmo assim, agora todos os seus problemas estão longe de você. Da minha parte, talvez eu não tenha a mesma sorte. Não consigo pensar em uma maneira de continuar vivendo” o semblante sequer aparentava, mas a acastanhada sentia uma tristeza gritante, como um buraco aberto dentro do peito e da própria vida “Meu nome é Miran”
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miraestar · 7 years ago
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wenhnxz·:
wenhan desviou o olhar para a moça que despejava em si suas palavras raivosas, piscando os olhos algumas vezes e suspirando. gostaria de estressar-se e ficar ofendido, mas no fundo entendia, já que aparentemente ninguém estava de fora daquela bolha de confusão.“ — seria ótimo continuar morto, assim eu não lidaria com muitas coisas, mas não parece uma opção”, murmurou sem muita emoção, caminhando para mais perto da moça e se recompondo na intenção de realmente entender que droga acontecia ali. “ — você acredita no que disseram?”
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Sabia que as suas duras palavras não iriam adiantar de nada, principalmente com alguém que estava na mesma situação que si. Miran precisava ser mais maleável com as pessoas, por isso ela respirou fundo e tentou drenar a própria raiva “Não” deu de ombros, suspirando cansada “Ou melhor, eu não sei. Desde que eu cheguei aqui as pessoas ficam me comparando a uma personagem e falando sobre uma tal de Greta----  --- escritora do livro. Mas isso é maluquice, não é?” riu brevemente, totalmente sem humor. Ela iria enlouquecer, sabia disso “Me desculpa por ter falado daquela forma, você deve estar agradecido de voltar à vida dessa forma. Eu estaria, mesmo se isso tudo for verdade.”  acabou dizendo, sem esperança e esgotada de toda a situação que se encontrava. Se fosse realmente uma personagem, adoraria voltar para seu livro agora.
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miraestar · 7 years ago
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Não acreditava em nada do que havia ouvido, com provas, sem provas, isso continuava sendo uma mentira, uma armadilha ou, no mínimo, uma grande brincadeira. Miran tinha tanta raiva, tanta... e mais raiva de si mesma por sentir raiva de quem não merecia. Ela parou no meio do caminho, enfiando os dedos dentre seus fios de cabelo, puxando-os sem muita força, enquanto um breve esganiço saia da garganta. Quando o garoto aproximou-se, ela o olhou com tanto ódio, que poderia ter petrificado-o, tal como uma Medusa. Logo, ela riu em escárnio, mudando completamente sua feição, retirando as mãos da cabeça “Então deveria continuar morto; aliás, eu adoraria estar morta agora. Você não?” ironizou, com todos os sentimentos ruins que ainda tinha dentro de si.
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após longos minutos sentado sozinho e escondido, wenhan resolveu retirar a cabeça do meio de suas pernas e erguê-la ao ouvir uma voz soar mais alta que todas, provavelmente um microfone, chegando à conclusão de que seja-lá-onde-estivesse, ainda era algo parecido com o mundo real. seguiu a voz alta com o corpo meio encolhido, perdendo-se entre a multidão enquanto ouvia tudo que era falado. sendo sincero, em qualquer outro momento de sua vida, tudo que ouvia soaria como uma baboseira, mas era a primeira vez naquela noite que algo fazia sentido para si, afinal, não podia ter reencarnado sendo ele mesmo ou um adulto - e até onde se lembrava bem, havia sido jogado de um prédio alto demais para estar vivo e caminhando por aí. caminhou um pouco mais, aproximando-se da primeira pessoa que encontrou pela frente. “ — isso que estão falando de personagens… como sei que estou incluso? quer dizer, sem querer parecer louco, mas é que até uma horas atrás eu estava meio que morto.”
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miraestar · 7 years ago
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Depois de debater com tantas pessoas e sentir-se irritada com a maioria delas, Miran, finalmente, tinha menos água em seus cabelos e algo para protegê-la do frio que, apesar de ainda existir, começava a diminuir consideravelmente. O seu semblante usualmente cansado e impaciente, observava aquelas tantas outras pessoas ali, enquanto os ouvidos pareciam sempre atentos a qualquer notícia importante para si. Seus pés começaram a bater contra o assoalho, quando avistou a figura feminina tomar posse do microfone. Miran ainda queria usar uma arma contra ela----- ---- ou, pelo menos, imitar uma com seus próprios olhos. Se eles soltassem lasers, que fim trágico a outra teria. Já estava ciente de toda aquela baboseira e, também, sequer fazia questão de ficar ali para ouvir. Teria que ir embora de qualquer maneira, afinal, como sempre dizia: os problemas não se resolviam por si só. Enfrentara muito na vida desde que ainda era apenas uma criança e certas coisas haviam deixado de assustá-la há muito tempo. Se virar sozinha, não ter comida ou teto, lidar com pessoas desonestas, sujas e até mesmo psicopatas. Poderia resolver tudo por si só. Secou os fios de cabelo por mais uma vez, virando-se para caminhar e deixar a toalha em uma das cadeiras dali, mas parou onde estava quando ouviu a voz masculina ecoar pelo cômodo lotado. Miran ainda estava de costas quando ele disse ‘vocês são criações dessas pessoas (...)’ e a mesma boiou pela sua mente por mais alguns segundos até que tivesse coragem o bastante de virar-se e decidir em plena raiva, indignação, medo-  ---  --- e não deixando de citar o embrulhar que sentia no estômago, caminhar por dentre os demais, que a essa hora falavam como loucos por ali. A acastanhada só parou quando o corpo estava diante daqueles ‘escritores’, que ainda tinha certeza sobre a má índole de cada um dali “Você quer mesmo que nós acreditemos nessa história sem pé nem cabeça? Como você pode nos tirar de nossas realidades e confundir nossas cabeças dessa forma? Isso tudo é para quê? São questões governamentais? Nos fazer de cobaias?” ela iniciou, prontamente chamando a atenção do que queria, recusando-se a ter contato visual com aqueles que estavam atrás de si “Além disso, se tem provas, não fique esperando que imploremos por elas, apenas mostre. Nós não temos direito de saber? Então que seja dessa forma; faça isso direito!” Miran irritou-se, mesmo que não acreditasse naquilo, essa era uma questão inquestionável diante de toda essa história.
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Permanecer calado diante daquela situação era inadmissível. A raiva fazia o sangue ferver, claramente visível pelo rosto esquentando e a forma como os olhos permaneciam fixos na figura da amiga, que muito embora fosse alguém por quem nutrisse afeto verdadeiro, acabara de decepcioná-lo pela frieza por trás de seus dizeres corteses. Ela queria expulsá-los. Negando abrigo a famílias, pessoas sozinhas e confusas, de outra época e, acima de tudo, aos personagens criados apenas para satisfazer outras pessoas e as entreter com as desventuras de suas vidas miseráveis, enclausurados nas páginas dos livros. Agora, eles tinham liberdade. E, se era Ilhoon que deveria abrir-lhes os olhos para o livre arbítrio, então o faria. Mesmo que significasse desafiar tudo que Manon havia dito até então. E mesmo que isso fosse quebrá-los mais ainda, não podia simplesmente ocultar  a verdade e deixa-los no escuro. Bastou um impulso movido pelo sentimento de que todas aquelas vidas estavam sendo, mais uma vez, injustiçadas, que tratou de tirar a voz da autora ao pegar o microfone desta para si mesmo. “Pelo amor de Deus! Essas pessoas aqui devem tanto a vocês que vocês não podem sequer imaginar.” Uma pausa, para só então soltar um riso amargo. “E todos vocês, escritores. Olhem bem para essas pessoas bem diante de vocês. Vocês receberam o sinal, esse é o milagre. Não são vocês que são chamados de deuses? ” Mudou o foco de novo, parando os olhos castanhos sobre os personagens. “Eu sei tudo sobre vocês que apareceram aqui do nada. Tudo. E é por isso que eu acho injusto vocês mesmos não saberem.” Ao fim, preparou-se para o impacto que viria quando acabasse. “Vocês são criações dessas pessoas perto de mim. São personagens de histórias, que vieram parar em outro mundo. E, se não acreditam em mim, eu posso provar.” 
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miraestar · 7 years ago
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miraestar · 7 years ago
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autvmatic·:
“ — Juro que só quero te emprestar uma toalha! Não precisa se preocupar, não vou fazer nada…” Levantou ambas as mãos como uma forma de afirmar a sua inocência, esperando que a outra pudesse confiar em si de alguma forma, embora soubesse que não era fácil confiar nos outros, ainda mais em desconhecidos - ela mesma não conseguia confiar com facilidade.“ — Espiões? Nada disso! Nós só somos escritores mesmo, não combatemos o crime nem espionamos as pessoas. Se permanecer com dúvidas em relação a nós, posso te mostrar alguns dos nossos trabalhos, será que vai te dar uma maior segurança?” A Seo indagou, se empenhando em tentar ser o mais clara possível para que a mulher não viesse a duvidar da honestidade de suas palavras. Escutar o nome dela fez com que todos os pelos do seu corpo se arrepiassem e um arrepio percorresse a sua espinha, novamente o conteúdo do bilhete que lhe fora entregue surgindo em sua mente e atormentando os seus pensamentos. Não poderia ser verdade… Ou poderia?“ — H-Han Miran?” O tom de nervosismo em sua voz seria facilmente identificado por qualquer um que a ouvisse, mas não havia nada que Marie pudesse fazer para impedir isso, afinal, nunca fora muito boa em fingir as suas emoções.“ — Eu sou Seo Marie. E acho que vai ser melhor se entrarmos…”
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Olhando-a com total desconfiança, Miran ponderou se poderia abrir uma exceção àquela mulher. Aos seus olhos, ela não parecia ser alguém que devesse temer, mas as aparências poderiam enganar e correr riscos estava longe de ser algo que quisesse para si. Se fosse com ela, teria que manter o máximo de cuidado possível “Apenas escritores? E por que vocês vivem juntos em uma casa como essa? Isso é um pouco estranho, você tem que admitir que concorda comigo” comentou, olhando além dos ombros dela, visualizando a casa extremamente bonita que mais parecia um prédio encorporativo. Miran tinha muitos motivos para continuar desconfiando de toda a situação e definitivamente não era louca. Um das sobrancelhas arqueou-se com a reação alheia, tentando decifrar mais do que podia. "Esse é meu nome". Seus instintos gritavam que aquilo era ruim, mas que deveria tentar fazer alguma coisa sobre, senão poderia se encrencar em breve “Ok, Seo Marie, eu posso entrar com você. E espero que não esteja armando nada para mim ou vou ter que acabar mostrando um lado meu que talvez nem eu goste muito.”
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miraestar · 7 years ago
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eulbae·:
- ̗̀  ᘛ  ‘‘Certo! Ninguém aqui parece saber direito o que ‘tá acontecendo, vai ser um pouco difícil.’’
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Essa é a hora de começarmos uma pequena invasão.
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miraestar · 7 years ago
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joohvyun·:
Joohyun se limitou a assentir com a cabeça a pergunta da mulher, sem entender o motivo de ela parecer nunca sequer ter ouvido falar do nome do país onde viviam. Céus… Onde essa noite vai parar?, se perguntou. “ — Como… Como assim é a sua vida? Essa é a história que eu li em Primavera Selvagem…” Murmurou a última frase, começando a se assustar com a conversa que estavam tendo, não sabia como iria acabar e, sinceramente, nem sabia mais se realmente queria saber. Sua única certeza era a de que nada estava normal naquele momento. “ — Bom, fanbase é basicamente a união dos fãs de alguma coisa. Essa fanbase em que eu estou é uma dos fãs dos escritores do Time dos Sonhos, a escritora de Primavera Selvagem é um deles.” Engoliu em seco, começando então a repetir as palavras alheias em sua mente como uma forma de processa-las de alguma forma. Como assim o nome daquela mulher era Han Miran? “ — Han Miran? Seu nome é mesmo Han Miran? Esse é o mesmo nome dessa tal personagem que eu falei antes, a criadora…” Com as mãos um tanto trêmulas, desbloqueou o celular e digitou o nome do livro no aplicativo de buscas, clicando no primeiro link e mostrando ele para a outra. “ — Olha, é disso que eu estou falando. Não está mesmo só interpretando uma personagem?”
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“Sendo...? O que posso dizer? As coisas foram acontecendo de forma natural, que pergunta idiota” tentava manter a serenidade, mas certas coisas iam além do nível de tolerância que obtinha. Burrice era certamente uma delas. “Não sou muito ligada às redes sociais, mesmo que Internet seja uma grande aliada em toda minha vida. Mas é interessante que as pessoas se reúnam dessa maneira para falar do que amam, eu poderia criar uma fanbase para mim mesma, neste caso” riu sozinha do próprio pensamento, não havia ninguém neste mundo que a amasse mais do que ela mesma. Mas o seu riso cessou em breve, notando que a postura não era condizente com o momento “Se o que você está dizendo é mesmo verdade, alguém usou, descaradamente, a história da minha vida para criar um livro. Eu sequer sabia disso! Que desonestidade ganharem dinheiro às minhas custas sem me dar sequer 1% do valor obtido nas vendas e tudo mais. Acho que precisarei de um advogado urgentemente” fora dizendo, gesticulando, enquanto as peças encaixavam-se perfeitamente na cabeça. Era isso? Uma pessoa usando a história de sua vida para fantasias adolescentes. Miran se sentia até ofendida! Sua história deveria ser classificada por +19, tinha certeza disso. “Não estou interpretando. Quando digo que essa história é nova para mim, estou falando sério. Agora vou ter que lidar com isso, além dos meus próprios problemas. Que ótimo”
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