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monteirodavid · 6 years
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Baía das Gatas está referida como um local icónico da ilha de São Vicente sendo indicada como uma das visitas considerada obrigatória nesta ilha. Mas será que continua a merecer esta fama?
Só por levantar esta questão devo cair em desgraça face aos meus conterrâneos ilhéus porque a Baía, como é conhecida, é um espaço balnear de eleição em São Vicente. Mas creio que é uma discussão merecida.
Há que considerar que quem visita São Vicente o faz com um certo tempo limitado e terá que decidir onde ir e o que fazer em deterimento de outros locais. É aqui que surge a questão se a Baía das Gatas estará ou não incluída nos locais a visitar.
Para quem não conhece a Baía das Gatas, é uma área que fica na zona nordeste da ilha de São Vicente.
A Baía está dividida em duas zonas. Uma zona balnear que tem uma proteção natural de rochas face ao mar aberto e uma zona mais ampla onde podemos encontrar uma comunidade piscatória com os seus barcos alinhados na praia.
Na zona onde estão os pescadores somos transportados para imagens de uma pesca artesanal, vemos um aglomerado de casas pouco cuidadas que propicia a vida comunitária e uma matilha de cães vadios que seguramente esperam pelo momento em que, no retorno da pescaria, podem ter algo para comer.
Quando nos aproximamos da zona de maior densidade de construções temos a área balnear.
A parte natural da Baía das Gatas é a que é amplamente fotografada porque é efetivamente espetacular.
A transparência da água é de cortar a respiração, as cores do fundo marinho correspondem ao meu imaginário, o relevo das montanhas ao redor dá muito dramatismo às imagens e para por a cereja em cima do bolo há um passadiço cimentado em cima das rochas que nos leva a uma zona mais profunda.
Para os mais pequenos há zonas muito amplas de baixa profundidade que convidam a infinitas brincadeiras.
Tudo isto é bonito mas não podemos olhar para a zona de construção humana que me parece horrível.
As casas por acabar, os muros partidos e o ar de descuido e abandono à sua sorte.
Talvez quem viva na ilha esteja habituado a estas imagens e não as veja, não liga nem pensa assim mas basta ir à Baía para se ver o que digo.
Gosto de ver locais cuidados, onde o brio e o amor dos habitantes locais pelo seu espaço nos faça querer voltar, ir aí passear, ver as casas, sentar numa esplanada ou simplesmente usufruir do espaço. Aqui a zona urbana é feia não obstante algumas casas serem interessantes.
Não fotografei essas áreas. Não tenho qualquer interesse em o fazer.
Ouvimos os nossos pais e familiares com mais idade a falar da Baía das Gatas e os seus olhos brilham. Vemos fotos antigas e o espaço era simples, bonito e merecedor dos elogios.
As boas memórias que tenho da Baía são dos momentos familiares na praia e em banhos e, se tudo correr bem, continuarão a existir.
Para bem da Baía e de São Vicente, esta área merece uma intervenção.
Quanto ao viajantes, cada um decidirá se este será um local a visitar.
David Monteiro
Baía das Gatas, local icónico? Baía das Gatas está referida como um local icónico da ilha de São Vicente sendo indicada como uma das visitas considerada obrigatória nesta ilha. 
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monteirodavid · 6 years
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O pontão de Vila Baleira domina a paisagem marítima e é um ícone desta cidade.
Não resisti a reservar algum tempo para vir fotografar o pontão durante a minha visita a Porto Santo. É agradavelmente kitsch.
Este pontão intrigou-me.
Imaginei histórias de navios que atracavam aqui e descarregavam toda a espécie de mercadorias. A entrada directa para a cidade e o fácil acesso à praia, facilitaria o desembarque de passageiros clandestinos e outros aventureiros que procurarariam o isolamento da ilha.
Tentei encontrar alguma informação sobre a história deste ponto de contacto com o mundo exterior mas estranhamente não encontrei nada.
A imaginação não se sentiu afetada por por essa falta de interesse do mundo só aguçou ainda mais a minha curiosidade.
Se algum dos leitores souber de alguma fonte informativa peço que me envie o respectivo link.
A nebulosidade característica destes arquipélagos fazia-se sentir nesse dia e ajudou a dar algum dramatismo às fotografias. Mais tarde, o acender das luzer ao final do dia acrescentou o toque final.
Esta estrutura, apontando para o mar de forma indelével é por si só uma metáfora da ilha servindo simultaneamente como rampa de lançamento para o exterior mas também facilitando a entrada para terra firme.
Ao cair da tarde aproximaram-se os casais e grupos de amigos para passear no pontão.
Na sua maioria pareciam habitantes da ilha e por isso esperava ver caras mais inexpressívas mas fiquei admirado ao ver que este passeio ainda lhes fazia espanto e olhares curiosos vasculhando o fundo deste mar arenoso com a esperança infantil de ver algum habitante do oceano.
Sinal de que este cenário nunca se repete.
Quando a noite finalmente se instalou, vi que eu era o único no pontão. Os pescadores, os namorados e os amigos já tinham regressado, era hora de eu fazer o mesmo.
Foi um excelente momento.
David Monteiro
O Pontão de Vila Baleira, Porto Santo O pontão de Vila Baleira domina a paisagem marítima e é um ícone desta cidade. Não resisti a reservar algum tempo para vir fotografar o pontão durante a minha visita a Porto Santo.
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monteirodavid · 6 years
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Feliz Natal
Aproximem-se de quem mais amam e tenham um Feliz Natal.
Nesta temporada multiplicam-se os desejos de Boas Festas nas redes sociais, os cartões de Natal são virtuais e seguramente há app’s para o efeito mas confesso que desconheço.
Como tudo na vida, há quem goste destas novas tendências e quem diga barbaridades sobre estas modernidades. Acho deve ter sido sempre assim.
Calculo que quando o…
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monteirodavid · 6 years
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Já ouvi dizer que das melhores coisas que há em viajar é poder voltar a casa. Poder comer a nossa comida, dormir na nossa cama e voltar às nossas rotinas.
Em parte concordo com essa ideia mas claro que não consigo estar 100% de acordo senão ficaria onde estou e não viajava.
Mas é um facto que após uma viagem longa as saudades de casa começam a falar connosco. Sentimos falta das coisas que quando as temos quase não damos por elas.
UUUiii a comidinha portuguesa … é óbvio … e o vinho nem se fala.
Felizmente em Lisboa não faltam os restaurantes onde nos podemos lambusar com petistos de todo o país e um caso exemplar é o Restaurante Coelho da Rocha, na R. Coelho da Rocha 104, em Lisboa.
Sopa de tomate, empadinhas de galinha, peixinhos da horta … e tanto mais acompanhado com um tinto alentejano, neste caso Herdade dos Grous. Uma delícia.
Estes petiscos são memoráveis.
Repostos os níveis, volto a sentir-me em casa.
David Monteiro
  Gatronomia portuguesa Já ouvi dizer que das melhores coisas que há em viajar é poder voltar a casa. Poder comer a nossa comida, dormir na nossa cama e voltar às nossas rotinas.
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monteirodavid · 6 years
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Passear de carro pela ER101 e ER211, na Madeira, transporta-nos para as paisagens mais icónicas da ilha e dá-nos a possibilidade de apreciar o imenso esforço humano da sua construção.
Ao visitar a ilha da Madeira fiquei com vontade de percorrer as icónicas estradas em zonas escarpadas que vemos em muitas das fotografias que promovem a ilha.
Estas estradas estão na parte norte da Madeira quando nos dirigimos para o lado oeste onde está Porto Moniz. Esta é, também, a zona da ilha mais afastada do Funchal e do Lido, consequentemente mais afastada dos resorts turísticos e das multidões o que, por si só, é um indicador de algo que me poderá interessar.
Para tornar a situação ainda um pouco mais apelativa, as obras de manutenção das estradas também afastaram muitos transeuntes o que dá mais garantias de menos gente no local.
Como não há bela sem senão e para compensar a situação no sentido contrário, percorro esta estrada de carro o que me faz adormecer se não estou a conduzir. Isto faz com que não consiga ver tantos detalhes se tenho o volante nas mãos.
Entre estes dois cenários tentei estar acordado para poder conhecer aquelas que devem ser  as mais típicas estradas madeirenses, a ER101 e a ER211.
Vale a pena percorrer toda a sua extensão?
Não creio, mas isso dependerá sempre do que se pretenda ver e do tempo disponível. Direi que a visital essencial será pelo menos de Boaventura, passando por Ponta Delgada e toda a estrada até Porto Moniz.
Note-se que ao fazermos este percurso estamos a ligar duas estradas, a 211 e a 101 mas que em termos paisagísticos insiro as duas numa só.
Também há que ter em consideração que a antiga 101 está em grande parte substituída por túneis espectaculares que nos fazem chegar muito mais rapidamente a Porto Moniz mas cujo preço é não passar pela zona exterior onde passava a 101 e onde temos paisagens clássicas da ilha da Madeira.
Não consigo imaginar o esforço humano que terá sido necessário no momento original de abertura destas estradas mas o resultado é um trajecto para se fazer com calma e apreciar.
Divirtam-se,
David Monteiro
        Passeando na ER211 e ER101, Madeira Passear de carro pela ER101 e ER211, na Madeira, transporta-nos para as paisagens mais icónicas da ilha e dá-nos a possibilidade de apreciar o imenso esforço humano da sua construção.
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monteirodavid · 7 years
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Noite fria na Quinta da Marka, Vale do Douro
A noite estava fria, era o primeiro sinal de um outono que tardava a chegar e que viria a mostrar-se preguiçoso na sua missão.
Cheguei à Quinta da Marka para finalizar um longo dia.
Noutra quinta não muito longe dali, o jantar com os clientes arrastou-se até muito tarde.
Não me admira, a acrescentar aos pratos fabulosos e ao vinho tinto de nos enchia a alma, o conforto do local e o calor humano…
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monteirodavid · 7 years
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Saudades da neve na Serra da Estrela
Saudades da neve na Serra da Estrela
Aos primeiros sinais de frio começo a sentir alguma nostalgia que se centra na escassa neve da Serra da Estrela.
Nas viagens que fazemos na Montes e Vales, temos oportunidade de passar tempo considerável em zonas de neve, normalmente em Espanha. Sejam os Pirinéus, os Picos da Europa, Serra de Gredos ou alguma outra cadeia montanhosa.
Mas é a Serra da Estrela, com as suas neves de pouca duração,…
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monteirodavid · 7 years
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O Gerês pertence ao grupo de espaços que fazem o imaginário português de caminhadas de montanha, cascatas cristalinas e espaços naturais.
Se recuarmos alguns anos, talvez uns 15 ou 20, ir para o Gerês era uma imensa aventura em que embarcávamos numa viagem que partindo de carro desde a zona de Lisboa, demoraria umas nove horas, sempre dependendo de onde íamos mais exactamente, claro está.
Hoje em dia, a mesma distância faz-se em menos de cinco horas mas o imaginário mantêm-se intacto.
São cada vez mais numerosos os grupos de montanheiros que encontro a caminhar no PNPG, Parque Nacional Peneda Gerês, mas também são cada vez mais numerosos os relatos de problemas com grupos de montanheiros.
  Seja na zona do Gerês, percorrendo trilhos emblemáticos que nos levam como seja o da da Pedra Bela ou de Pitões das Júnias ou seja na zona da Peneda caminhando desde Soajo, o importante é o pleno usufruto deste Parque, em segurança e sem correr riscos desnecessários.
Como ponto de partida para saber informações sobre o PNPG sugiro a visita a http://www.icnf.pt/portal/ap/pnpg
Divirtam-se,
David Monteiro
  O Gerês, Parque Nacional Peneda-Gerês O Gerês pertence ao grupo de espaços que fazem o imaginário português de caminhadas de montanha, cascatas cristalinas e espaços naturais.
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monteirodavid · 7 years
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As paisagens de mar dominam o dia de caminhada e as paredes amarelo alaranjadas compõem o postal turístico em que nos inserimos entre o Vau e o Alvor.
Esta caminhada é perfeita para ser feita entre Março e Abril. Não me passaria pela cabeça fazê-la em meses de verão.
Na praia do Vau, onde começamos, há umas esplanadas onde os utentes nos olham com ar espantado.
Não é por muito tempo, já que rapidamente desaparecemos entre as rochas da falésia logo que começamos a andar.
O trilho que segue pela zona costeira passa por várias grutas que ilustram a paisagem costeira desta área.
Sem qualquer dificuldade de maior, vamos ter à zona de praia do Alvor onde caminhamos nas passadeiras de madeira que nos permitem observar a zona da foz da Ribeira de Odiaxere.
A foz desta ribeira é rica em avifauna que se alimenta das inúmeras espécies de pequenos peixes aqui existentes.
Se caminhamos ao nascer do sol ou ao final do dia, a máquina fotográfica não cessa de tentar focar as aves que freneticamente fazem voos picados à água … conseguir fotografar estes seres alados em pleno voo já é matéria diferente.
Junto da zona portuária do Alvor, continuamos a caminhar ao longo da marginal desta ribeira e no final da avenida há um trilho que nos conduz ao Parque de Campismo e aí terminamos a caminhada.
Uma jornada de cerca de 12Km, sem desnível a considerar e que pode ser feita como um longo passeio.
Ao longo da caminhada não faltam os locais onde picnicar.
Dirvirtam-se.
David Monteiro
Caminhada do Vau ao Alvor, Algarve As paisagens de mar dominam o dia de caminhada e as paredes amarelo alaranjadas compõem o postal turístico em que nos inserimos entre o Vau e o Alvor.
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monteirodavid · 7 years
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Se gosta de emoções fortes então experimente uma viagem no teleférico que liga as Achadas da Cruz com a Fajã da Quebrada Nova em dia de vendaval. É uma experiência inesquecível.
Possibilidades de fazer uma viagem num teleférico na Madeira é algo tão banal que pouco ou nada se menciona. Há muitos teleféricos e estão espalhados pela ilha.
É sempre interessante. Entramos naquela caixinha envidraçada com um pauzinho nas costas que está preso a um fio e que nos transporta encosta acima e abaixo.
Tiramos umas fotografias, deixamos escapar uns ahhh’s … assim se faz o momento.
O teleférico que nos leva até à Fajã da Quebrada é de outra categoria.
Aqui há vento, muito vento pelo que tudo mexe e tudo abana. A viagem de teleférico é um acontecimento a não perder.
Na fajã, encontramos um local mimoso, muito bem cuidado, com um passeio ao longo do mar onde podemos usufruir da vista ao longo do povoado e caminhar pelo meio das casas que nos completam a ideia do local.
Conseguimos perceber o isolamento em que estas gentes viviam antes da construção desta estrutura e o imenso esforço humano e animal que foi colocado para abrir as empinadas veredas. Eram estes os caminhos que ligavam este local ao resto do mundo.
Nas paredes das falésias há marcas de aqui ter caído muita água, cascatas que já não o são. Os habitantes mais idosos dizem com tristeza que a água foi desviada.
O regresso é outra aventura de balanços dentro da caixinha envidraçada.
Que lugar espectacular.
David Monteiro
Achadas da Cruz e o seu teleférico, Madeira Se gosta de emoções fortes então experimente uma viagem no teleférico que liga as Achadas da Cruz com a Fajã da Quebrada Nova em dia de vendaval.
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monteirodavid · 7 years
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Porto Santo é uma ilha onde há muito mais do que sol e praia.
Cheguei a Porto Santo com uma imensa curiosidade sobre o que ia encontrar.
A primeira vez que pisava este chão trazia-me uma sensação fantástica onde se baralhavam sentimentos de ansiedade com curiosidade e expectativa num divertido turbilhão.
Uma das vantagens dos tempos modernos é a facilidade de acesso à informação sobre seja lá o que for, localidades inclusivamente.
Mas, o que pode ser um grande benefício também tem os seus problemas:
– corta-me surpresa quando vou para qualquer local sobre o qual li bastante;
– durante a pesquisa encontro uma grande quantidade de lixo informativo que tenho que depurar quando quero saber algo;
– e, em última instância, por ideia feitas à priori resultantes dos relatos que encontrei, pode acontecer que acabe por condicionar o meu tempo a algumas actividades que me pareçam mais interessantes não deixando tanto espaço à surpresa e casualidade.
Li muitas informações contraditórias sobre Porto Santo e, não obstante as ter passado pelos meus filtros, não conseguia ter uma ideia clara sobre o que iria encontrar. As crónicas balanceavam-se entre as “férias espectaculares” e o “não há nada de jeito para se fazer”.
Claro que o que podemos encontrar dependerá sempre do olhar de quem lê e de outras tantas circunstâncias inerentes ao observador. Mas, ainda assim, são informações, que como referi, faço passar pelo meu filtro.
Como ilha pequena que é Porto Santo não me surpreendeu que o ritmo da vida fosse fortemente marcado pelos horários dos barcos que vêm da Madeira e os cada vez mais frequentes voos para aqui.
Talvez por ter visitado a ilha em Maio, a ilha estava essencialmente amarela das palhas douradas resultantes da falta de chuva que se vinha a sentir nas últimas semanas.
Também tive períodos de nevoeiro intenso o que também não me surpreendeu por já estar habituado a este tipo de paisagem atlântica.
Claro que o nevoeiro deu cabo da minha ideia de fazer fotografia com grandes cenários, céu aberto e talvez com algumas nuvens a sobrevoar a ilha para dar mais dramatismo. Houve que trabalhar noutro imaginário.
Em Porto Santo a vida centra-se em Vila Baleira, é para lá que confluem os recém chegados se não forem levados directamente para algum resort. Parece que todos se dirigem para esta vila antes de tomarem rumo a qualquer outro local.
São múltiplos os serviços de entretenimento que conseguimos encontrar. Guias para caminhadas, passeios de Jeep, moto 4X4 e outras tantas opção de que não me recordo.
Ao chegar queria ter uma ideia geral da ilha e por isso fui procurar um circuito de autocarro que me desse essa visão. Encontrei um não muito caro e razoável mesmo no centro da vila que parecia-me ser a opção certa.
Mais tarde, ao ter usado o transporte público para ir a dois locais diferentes acabei por ver que a opção de ter utilizado o dito tour foi redundante. Neste caso não se prende tanto com o valor dos bilhetes, já que ambos são baratos, mas sim com o tempo consumido que acabei por achar desnecessário.
No transporte público vi as mesmas coisas e ainda tive a oportunidade de estar inserido num ambiente local em vez de totalmente rodeado por turistas com telemóveis a disparar selfies freneticamente.
Após três dias a explorar Porto Santo sem me ter detido muito tempo na praia, fiquei com a sensação que a ilha está mal promovida.
É apresentada como uma ilha para praia e também é. Porém, a praia pouco diferem do que podemos encontrar em tantos outros locais.
Encontrei um ambiente descontraído, uma imensa simpatia e abertura nos habitantes da ilha como pouco encontrei na ilha da Madeira.
Sobre este agradável estado de espírito pouco li na documentação acessível mas que acho que faz muita diferença quando queremos decidir onde ir passar uns dias.
Naturalmente as caminhadas ocuparam boa parte dos dias que aqui passei. Acabei por encontrar mais possibilidades de caminhar do que tempo disponível para as fazer.
Assim sendo, optei por conjugar os trilhos que queria percorrer com as fotografias que gostaria de fazer sempre condicionado à meteorologia que encontrei.
A cultura também é incontornável nesta pequena ilha e, apesar de não vir com essa fisgada, não era possível deixar de visitar a emblemática casa do Cristóvão Colombo.
Penso que estão lançadas as primeiras pedras dos artigos que escreverei sobre Porto Santo que fica na minha memória como a ilha da esperança dourada que terei que voltar a visitar.
David Monteiro
Porto Santo pela primeira vez Porto Santo é uma ilha onde há muito mais do que sol e praia. Cheguei a Porto Santo com uma imensa curiosidade sobre o que ia encontrar.
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monteirodavid · 7 years
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Caminhar numa levada pode não ser a actividade mais excitante do mundo mas pode tornar-se interessante. Não consegui animar-me na Levada das 25 Fontes.
A Levada das Talvez seja uma das levadas mais percorridas da Madeira, considerando o elevado número de pessoas que aqui encontrámos.
Deixamos o carro numa zona mais elevada, face ao início da levada, e o primeiro sinal de pressão turística que encontrámos foi a facilidade de, por preço que achei demasiado, podermos usufruir do transporte que nos leva e/ou nos traz ao início da levada.
Fomos e regressámos a pé já que assim o podemos fazer.
Estando na zona onde começam os trilhos, placas informativas apontando para as várias opções de levadas a percorrer são coisas que não faltam.
Fácil de encontrar e de percorrer, estas levadas pecam por falta de informação local sobre a flora e sobre a história da sua existência. É de louvar esta informação tão eficaz.
Como qualquer outra caminhada, o início animado em que tudo é novo, dá lugar a algum tédio passado certo tempo.
A falta de informação complementar ao longo do percurso e a imensa quantidade de pessoas em nada abona a favor da situação.
A paisagem é interessante mas só mesmo isso.
Ao chegar ao final da levada, não tivemos a sorte de ver a Cascata das 25 Fontes com água abundante, o que é pena. São coisas da Natureza e isso em nada diminui a grandiosidade que o local poderia ter.
Picnicar no local não pareceu muito interessante face ao número crescente de visitantes que se acumulava.
Demos meia volta e saímos dali … enfim … já vivi momentos mais interessantes.
David Monteiro
  Levada das 25 Fontes, Madeira Caminhar numa levada pode não ser a actividade mais excitante do mundo mas pode tornar-se interessante. Não consegui animar-me na Levada das 25 Fontes.
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monteirodavid · 7 years
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Momentos inesquecíveis e especiais
Momentos inesquecíveis e especiais
Momentos inesquecíveis só acontecem para almas especiais.
Viajamos e às vezes experimentamos momentos únicos que queremos imortalizar.
Como é possível que passados uns dias esses momentos nos pareçam quase normais ou até mesmo que a outras pessoas com quem os partilhamos não os sintam especiais?
Talvez seja porque simplesmente sejam relevantes só para nós.
Ao fim e ao cabo os momentos…
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monteirodavid · 7 years
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Há muitos projectos que afectam a vida de uma cidade mas há projectos concretos dão uma vida nova à urbe e foi isso mesmo que aconteceu quando o Museu Guggenheim foi construído em Bilbao.
O Museu Guggenheim foi construído entre 1992 e 1997 mas infelizmente não tenho fotografias de Bilbao nessa altura para mostrar o quanto escuro e industrial era o espaço nessa altura. Sugiro que acedam aqui.
Mas não foi só a imagem física do local que se alterou.
Hoje em dia, segundo as estatísticas do Turismo local, Bilbao é procurada por cerca de um milhão de turistas por ano, o que é um número impressionantes considerando que tem um pouco menos de 350K habitantes.
Não sei qual é a relação directa entre as visitas ao Guggenheim e o número de visitantes da cidade nem este texto pretende esse tipo de “cientificidade”, mas é notório que o museu é seguramente uma razão de peso quando se visita a cidade.
Qualquer um de nós conhece espaços urbanos que após alguma exposição ou evento caíram no esquecimento ou até degradaram o espaço que os acolheu.
De forma muito empírica podemos concluir que a qualidade, que neste caso toma a forma de uma belíssima peça de arquitectura, tem impacto e dá bons resultados não só para o projecto específico mas para toda a sua envolvente.
Tenham um excelente dia.
David Monteiro
        Museu Guggenheim Bilbao, País Basco Há muitos projectos que afectam a vida de uma cidade mas há projectos concretos dão uma vida nova à urbe e foi isso mesmo que aconteceu quando o Museu Guggenheim foi construído em Bilbao.
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monteirodavid · 7 years
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  O troço entre o Refúgio Josep Maria Blanc e o parque de estacionamento onde está a nossa viatura é última etapa desta viagem de trekking ao Parque Nacional de Aigüestortes. Sente-se no ar um misto de “até que enfim termina” com “foi muito curto”.
Dependendo da viagem que escolhemos, o dia anterior pode ter sido uma longa jornada de 11 horas de caminhada ou um agradável dia de 4 horas de caminhada e contemplação de amplas paisagens de montanha e lagos. Há duas versões desta viagem e por isso há que fazer a distinção.
De qualquer dos modos, ao chegarmos a este dia já vemos aproximar-se o final da viagem e começamos a imaginar o carro no parque de estacionamento. O que raramente esperamos é o nível de dificuldade e aventura que este último dia nos pode trazer.
No dia anterior, ao descermos para o fundo do vale onde se encontra o dito refúgio onde passámos a noite, é inevitável pensarmos que no dia seguinte essa será a primeira subida que enfrentaremos e, como se diz na gíria, não é pêra doce.
Muitos são os motivos de fotografia que temos ao longo da subida e por isso não faltam distrações.
Ainda assim, até atingirmos o Coll de Monestero é uma belíssima jornada com cerca de 500m de ganho de altitude.
Saliento o aparecimento e passagem dos helicópteros. Não que tal seja uma ocorrência garantida mas porque estes fazem o abastecimento aos refúgios ou por estarem a evacuar alguém, estes veículos aéreos passam com alguma frequência e é sempre um avistamento que causa impacto.
Se a subida foi um desafio, a descida apresenta um grau de dificuldade diferente.
Na face Noroeste desta montanha encontramos uma descida muito degradada onde o piso é de cascalheira muito fina, talvez até lhe possa chamar areão ou mesmo terra solta. Isto faz com que se deslize, especialmente se temos botas que não tenham tacão ou com sola muito mole.
São nestes momentos que o calçado faz uma diferença brutal que se revela em conforto, velocidade de progressão mas sobretudo em segurança. Não é este o momento para desviar o assunto para o calçado mas essa oportunidade não faltará noutra ocasião.
A descida é demorada e ainda passa por uma zona de grandes blocos onde muitos caminhadas revelam alguma dificuldade em se deslocarem de pedra em pedra. Mas, o que alguns é uma maçada, para outros é um desafio engraçado.
Quando atingimos o fundo da parte mais íngrime do vale há, inevitavelmente, um suspiro de alívio. Para mim é sinal que consegui trazer os participantes em segurança e que estão contentes.
Já pouco resta, somente mais uns poucos quilómetros que se fazem descontraídamente. É um passeio no parque em que fazemos a descompressão de vários dias de caminhada.
Há momentos de silêncio, sinto a introspeção. Mas também há sorrisos de cumplicidade de quem viveu um história em comum e agora partilha memórias conjuntas.
Paramos no Refúgio Ernest Mallafré para uma cerveja e a alegria espelha-se nas caras dos participantes. Daqui ao carro é um tirinho.
Esta é uma jornada de 14Km, 500m de subida e 1100m de descidas acumuladas … duro.
Sinto o prazer do dever cumprido e anseio pela próxima voltinha.
David Monteiro
Trekking do Refúgio JM Blanc ao estacionamento O troço entre o Refúgio Josep Maria Blanc e o parque de estacionamento onde está a nossa viatura é última etapa desta viagem de trekking ao Parque Nacional de Aigüestortes.
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monteirodavid · 7 years
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Porto em reflexos de outrora
Porto em reflexos de outrora
Nascemos, crescemos e morremos. Também é assim com monumentos, museus ou simplesmente lojas ou outros estabelecimentos comerciais.
Inevitavelmente é assim com maior ou menor duração.
Tirei a fotografia de destaque deste artigo em Setembro de 2013 sem saber há quanto tempo esse restaurante teria nascido.
O reflexo da Cidade Invicta espelhado no vidro espelhado do restaurante captou o meu olhar no…
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monteirodavid · 7 years
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Funchal, paisagem esperada
A viagem ao Funchal confirmou as minhas expectativas de paisagens marítimas e floridas mas acabei com algum desalento face à pressão turística existente.
Quando nos aproximamos do Funchal de avião é o relevo que em primeiro lugar nos chama mais à atenção.
A ilha tem vales muito marcados, com encostas muito íngremes para onde confluem cursos de água de força brutal em períodos de chuva.
Ainda…
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