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Tempestade
E pela noite fria e chuvosa eu caminhei, tentando te encontrar.
O bosque agitado parecia o coração dela a pulsar, com o vento forte abaixo da lua, a uivar.
Olhei para a rua escura, iluminada pelo luar, e a tua alma, eu vi, simplesmente, desmoronar.
- Ewerthon
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“O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!”
— Florbela Espanca. (via oxigenio-dapalavra)
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Os anos se passaram, e com o tempo eu aprendi a aguentar muitas coisas, as perdas, as dores, as mortes, as amizades que acabaram, os relacionamentos que não deram certo. Aguentei firme, de pé, com coração na mão e com o tempo tudo se encaixou. Só que uma coisa que eu não aguento, não aprendi a aguentar, - ainda -, é ser deixada, ser deixada por pessoas que significam muito pra mim. Ser deixada com algum propósito ou não, sem porquê, sem razão. E por mais que elas não façam por mal, que algumas delas não perceba, eu não sou capaz de aguentar esse sentimento de ter sido abandonada, por mais que a intenção delas não tenha sido essa, eu decido me afastar, porque dói. Dói muito.
Carla Santos.
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Resolvi fazer um trato comigo mesma: deixar o passado pra lá. O que aconteceu já foi e não posso fazer nada, nem lamentar. Não faz sentido sofrer por ter ouvido uma coisa chata, por ter feito alguma burrada, por ferir ou ter sido ferida. Por isso, hoje me desculpo, te desculpo e nos desculpo por todas as vezes em que fomos impacientes e pouco tolerantes um com o outro. Não vale a pena fazer tudo isso se arrastar dentro do peito por anos a fio. Os sofrimentos, se não formos atentos, se multiplicam de forma assustadora.
Clarissa Corrêa. (via cafajestei)
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Kosmoz
Meu crânio ferve não consegue conter meu cérebro cheio de poesia.
Fui concebido pelo caos e pelo desastre numa noite de solidão Meus olhos, que brilham na escuridão e que se escurecem à luz, pouco vêem. De noite, sofrendo em versos, me fiz coisa poética Tenho um cinturão de asteróides e anéis de poesia orbitando minh‘atmosfera hostil Eu sou agonia entre a escrita de dois belos poemas. O tempo em que o poeta enlouquece e não se conforma com sua poesia nascida à sangue. Mas ainda há calma, estrelas, flores, canções, e poesia. E a vontade de ser qualquer coisa que enche o peito, e que não tenha fim, nem meio, nem começo.
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Os dias têm se tornado tormentas gigantes, e eu pateticamente não sei mais lidar com as coisas sem utilizar o meu modo robô. Não sei mais as atitudes que tomo, não sou mais eu, é algum mecanismo de autodefesa que se põe em primeiro plano e executa ações, porque eu mesma, por dentro de mim, tô adormecida. Talvez isso explique algumas coisas, claro. Talvez explique eu não sentir como antes, eu não falar como antes, eu não querer como antes… Simplesmente, não sou mais eu, e sinceramente, eu não quero sair, parece mais confortável quando o cérebro toma a frente de tudo e deixa as coisas fluírem, parece mais seguro. Eu estou bem, mas ao mesmo tempo, estou morta dentro de mim.
Extinta. (via distanciarei)
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Horizonte
É onde o sol nasce, é pra onde você olha e imagina todas as possibilidades de uma vida perfeita. É onde queríamos estar nesse momento sob a luz das estrelas que já morreram a muito tempo. É onde devemos procurar um novo recomeço, se refazer. É onde devemos imaginar em milésimos de segundos tudo que passou.
É onde morre a tristeza e nasce a felicidade, para alguns.
Ewerthon Magno
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Queria ter te conhecido antes, muito antes, para que nenhum de nós dois tivesse medos ou cicatrizes. Queria ter estado com você quando seu coração descobriu o que era amor, quando seu corpo descobriu o que era desejo, e antes que pudesse sofrer eu estaria do seu lado te amando e me entregando, e juntos poder ter aprendido as lições da vida e do coração. Queria ter te conhecido quando suas esperanças começaram a nascer, quando seus sonhos ainda eram puros e seus ideais ainda ingênuos. Pena termos nos encontrado só agora, já com o coração viciado em outros amores, com uma imagem meio falsa do que é felicidade, do que é se entregar. Queria ter te encontrado numa nova vida, num outro tempo, em que não precisássemos temer o nosso futuro, nem nossos sentimentos.
Desconhecido. (via construindoversos)
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“Vim pra expandir meu Egito como Menés, saga intensa como o Senhor dos Anéis..”
Guerra - 1996
https://www.youtube.com/user/MicTheDsk
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A poesia e a prosa surgem da tristeza, mesmo que esta, por sua vez, esteja em migalhas e escassa. Felicidade, embora seja boa e desejada, não dá futuro a escritores. A euforia, vinda com a felicidade, impossibilita o senso crítico do todo, assim, tornando a autoria plena demais, fácil demais, fabulosa demais. Quem escreve, lá no fundo, guarda nem que seja um fio de tristeza, entranhada, guardada, escondida, trancafiada, socada no coração. Um poeta, neste exato momento, encontra a pessoa com quem tanto sonhara; este, ao tardar, escreverá um texto longo como os cabelos ondulados que ela tem. Mencionará as bochechas rosadas, o perfume e o sorriso bonito. Sem esquecer a habilitadade incrível de educação e gentileza que, mencionando no texto, com certeza, está em falta no mundo. Um poeta, neste exato momento, está se declarando ao amor e à vida, esquecendo que, mesmo encontrando o amor que tanto sonhara, não foi como o esperado, tampouco previsto. E lá pelo meio do texto, ele perceberá que poderia escrever de outra forma, da forma como premeditara, se não fosse o acaso ou o destino a inverter os papéis e os sonhos. Um poeta, neste exato momento, está pensando no que escrever sobre a felicidade que o dia trouxe. Escrever sobre o quê? Escrever sobre felicidade é ato repetitivo: tudo que precisa ser dito, já foi escrito. Felicidade por si só já dá resposta à vida e todas às angustias contidas no ser; felicidade por si só explica o sentido do dia e de todos os momentos ocorridos. Escrever sobre o quê? Felicidade? Ah, felicidade a gente compartilha por sorriso, por alma que reluz, por olhos que brilham e por gestos que representam um pouco da felicidade que temos. Um poeta, neste exato momento, está eufórico, tentando descrever como foi a sensação de passar um dia em sua companhia. Tentando descrever quão feliz foi se conhecer um pouco mais, descobrindo que prefere muito mais jazz a qualquer porcaria cultural que socam goela abaixo. Este mesmo poeta, perdido, tentando se achar dentre as palavras da felicidade para descrever o momento, esquece da tristeza que foi perder uma das rainhas do jazz, Amy. Felicidade, esta dita, esta tão procurada, não precisa de textos. Todos sabem lidar com a felicidade, pulam, giram, sorriem, abraçam, dão gargalhadas, morrem com a sensação extasiante que é ser feliz. Já a tristeza, poucos sabem dosá-la, poucos sabem tratá-la, alimentá-la, supri-la. Felicidade todos sabem como funciona. Tristeza é sempre novidade: há sempre um novo jeito de sofrer. Escritor sobrevive de tristeza, tira o pão de cada dia das angustias. Escritor não quer causar tédio num texto de felicidade, mas, sim, comoção num texto de tristeza. Prosa e poesia têm, nem que mínima, uma gota de tristeza. Quem escreve sabe como é difícil produzir algo sobre felicidade num mundo tão preto e branco, num mundo onde a felicidade é tão falsificada.
Alugue Felicidade. (via inverbos)
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