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Demolidor A Queda de Murdock
⭐⭐⭐⭐⭐ Obra-prima
"E eu mostrei a ele... que um homem sem esperança é um homem sem Medo."
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O Demolidor é um personagem muito querido entre os fãs de quadrinhos, eu mesmo adoro o personagem, assim, tive a idéia de trazer uma análise de sua melhor história (em minha opinião claro). Demolidor a Queda de Murdock foi escrita entre fevereiro e agosto de 1986, o arco reúne as edições 227 a 233 da revista Daredevil.
O roteirista é ninguém menos que Frank Miller que já trabalhava na revista Demolidor desde a edição #158 em maio de 1979, não para escrever roteiros mas para desenhar. Miller não gostava dos roteiros de McKenzie o que quase resultou em sua saída da revista. Quando Denni O'Neil pegou o cargo de editor, já havia percebido a insatisfação do jovem, sabendo de seu talento, tratou de demitir McKenzie e colocar Miller como roteirista da revista. Depois de apenas três edições da revista com roteiro de Miller, as vendas voltaram a subir.
O trabalho de Miller na série foi caracterizado por temas e histórias mais sombrias. Miller havia transformado o Demolidor de um personagem pequeno para um dos mais queridos da Marvel.
Já David Mazzucchelli começou a trabalhar com quadrinhos em 1980 na Marvel Comics como artista regular do gibi Demolidor. Junto de Miller também desenhou a revista Batman Ano Um.
A narrativa da história é maravilhosa, Miller nos prende em seu enredo nos mostrando a destruição de uma pessoa e de um "Herói", Matt se vê diante de uma grande conspiração contra ele. Nosso herói tem o seu corpo destruído e tem o seu psicológico pisoteado... Matt está entre a loucura e a miséria. Os diálogos são ricos. A história foge completamente dos clichês. O vilão não poderia ser pior, Wilson Fisk, o rei do crime, possui uma influência sem limites, ele é um sádico astuto e opressor, gosta de trabalhar as diferentes maneiras de destruir seu inimigo e se deliciar com o sofrimento alheio. Tudo que ele consegue é através de ameaças, chantagens e tortura.
O que falar de Mazzucchelli? Seus desenhos detalhados e bem coloridos são divinos! Os personagens são desenhados de maneira que possamos saber o que eles sentem. A arte de Mazzucchelli é de extrema importância para a narrativa entregue por Frank Miller.
A maneira que Frank brinca com o paradoxo é maravilhoso, enquanto vemos Matt na profunda desgraça e no fundo do poço a narrativa passa para Glori e Foggy que estão felizes com suas vidas perfeitas. É isso que Miller quer de nós, que sintamos pena de Matt.
A história de Frank Miller e David Mazzucchelli é simplesmente uma Obra-prima e está entre as melhores histórias em quadrinhos já feita. Qualquer um que ler irá se deliciar com uma história diferente e fantástica.
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Batman Contágio
⭐⭐⭐ Bom
"Eu odeio esta cidade... O crime, a corrupção, a sujeira... Mas também a amo. Ela é parte de mim... De nós. Se Gotham morrer, que me enterrem com ela".
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Olá, fãs do Homem Morcego! Trouxe uma das muitas histórias fantásticas do Batman, a saga Contágio. Trata-se de uma história especial e diferente das demais, pois nos traz um vilão bem diferente daqueles que nós já conhecemos. Um vilão que não fala, que não pode ser visto muito menos tocado. Uma epidemia! Causada por um vírus chamado " O Esmagador".
A mega saga foi lançada em 12 edições e engloba revistas de outros personagens, as edições #15-16 de Azrael, #529-532 de Batman, #4 de The Batman Chronicles, #48-49 de Batman Shadow Of The Bat, #31-32 de Catwoman (Vol 2), #695-696 de Detective Comics e #27-28 (Vol 2) de Robin. No Brasil foi publicada pela Editora Abril em quatro edições, entre março e abril de 1998, em Batman Vigilantes de Gotham #17 e #18 e Batman #17 e #18.
Como se trata de diversas revistas de diferentes personagens, temos diferentes escritores e desenhistas envolvidos na trama. Alguns desenhos são horríveis! Enquanto outros são bem bacanas, como o de Matt Halen e Dick Giordano. Ao contrário dos desenhos a narrativa consegue se manter na mesma qualidade durante boa parte da saga.
Vamos falar mais da arte das revistas, pois tenho algo a dizer... Apesar de questionáveis, o enredo de certo modo consegue ajudar as artes toscas de alguns artistas, as caricaturas de personagens contaminados são muito interessantes e nos dá uma imersividade maior na história. A única crítica é que alguns desenhistas fizeram artes tão horríveis que eu nem consigo defender, não é Barry Kitson? Em relação ao Kelley Jones é alguém que divide opiniões... E a minha é que os desenhos dele no todo são horrendos! No mínimo estranhos... Porém o Batman dele é um dos que eu mais gosto, se trata de um Batman grotesco, bizarro e que mais paresse uma criatura maligna! A primeira vez que eu havia lido nem tinha dado bola para os desenhos, mais depois de um tempo agente vai ficando mais crítico e antipático.
Temos vários roteiristas mas vou dar destaque para dois, Chuck Dixon conhecido por seu trabalho com o personagem da Marvel Comics "The Punish", na DC trabalhou com o Batman, Asa Noturna, Robin, Aves de Rapina e Arqueiro Verde, já Dennis O'Neil trabalhou com "O Incrível Homem Aranha", Homem de Ferro, Arqueiro Verde e muitos outros. Entre os vários artistas creio que Matt Haley é o que teve os melhores desenhos disparado e merece ser sitado.
O enredo é especial, pois dentro do gênero não teve outro sequer parecido na série anteriormente. A história vai direto ao ponto e se desenrola lentamente. No conjunto da obra deixa a desejar em alguns aspectos. Os roteiristas fizeram sua parte muito bem feita. O final da história não corresponde com a qualidade do enrredo.
Em Batman Contágio vemos novas possibilidades para o gênero de heróis. Aqueles que não tem paciência para histórias tão mal desenhadas não irão gostar dessa, mas para mim valeu cada minuto.
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Os Fabulosos X-Men A Saga Da Fênix Negra
⭐⭐⭐⭐⭐ Obra-prima
"Você sacrificou sua vida para nos salvar. Renasceu por me amar! Quase morreu uma segunda vez para salvar o universo inteiro! Desconhece o amor? Jean, você é o amor!".
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Resolvi trazer uma análise de uma das minhas sagas preferidas (que tem como foco a minha personagem preferida, Jean Grey!). Pois além de um marco nos quadrinhos é uma das mais importantes histórias envolvendo os X-Men. A saga da Fênix Negra escrita em 1980, nos trouxe (na minha opinião) uma exploração em torno de uma personagem feminina que jamais eu havia visto antes. Lembrando que é comum alguns dividirem esse arco em duas partes, a Saga da Fênix (Os Fabulosos X-Men # 101-108, 1976-1977) com a morte e a ressurreição de Jean Grey e a Saga da Fênix Negra (Os Fabulosos X-Men # 129-138, 1980) com a corrupção e a morte de Jean.
Com roteiro escrito pelo gênio mutante Chris Claremont, que nessa saga conseguiu dosar perfeitamente; romance, drama e batalhas de proporções épicas! A história era inovadora para a época, Chris pegou uma heroína querida e simplesmente a transformou em uma vilã super, ultra, mega poderosa. Eu tenho muito respeito a sua fase de 16 anos escrevendo histórias dos X-Men, criando aquele que, para mim, é o seu melhor arco na carreira, a Saga da Fênix Negra encanta e conquista novos leitores até os dias de hoje. Se a história é perfeita os desenhos também são? Sim! John Byrne, meu desenhista preferido das histórias dos X-Men, conseguiu nessa saga magnífica fazer uma arte impecável.
A narrativa é lenta; mais em nenhum momento chata, existe um cuidado em mostrar o que os X-Men sentem e isso é simplesmente perfeito! Como a história gira em torno de Jean Grey, é de se esperar que alguns X-Men não sejam explorados, pelo contrário, cada um tem sua importância na trama. Vemos que a todo momento há um suspense em torno da Fênix, pois sabemos que ela é uma personagem muito poderosa que não é capaz de controlar os seus poderes, assim não passando de uma bomba relógio, e isso nos causa uma aflição, esperando quando essa bomba vai explodir. Os Conflitos internos e externos ao qual Jean vive a todo momento, são bem trabalhados, e podemos sentir o quanto aquela personagem está sofrendo.
O clímax da história é simplesmente magnífico, eu posso sentir o quanto Chris estava amando trabalhar nesse arco. O momento mais emocionante da história é quando a fênix toma o controle de Jean Grey, podemos sentir o desespero dos outros X-Men olhando a sua companheira tão querida enfim corrompida pelo poder absoluto.
O desfecho talvez seja o que há de mais polêmico na história. E é nele que Chris Claremont e Jonh Byrne tiveram algumas discordâncias, até que o editor chefe da Marvel, Jim Shooter, decretou que Jean deveria pagar um preço caro pela destruição de um planeta, com isso o final original foi drasticamente alterado já que originalmente Claremont e Byrne haviam planejado que Jean Grey perderia todos os seus poderes e passaria a viver como uma mera humana. No final oficial, Jean se suicida (já que ela não pode controlar o poder da Fênix), temendo ser uma ameaça para a existência do universo. Diante de um final épico, a história tem seu fim.
"Jean Grey poderia ter vivido como uma deusa, mais preferiu morrer... E ser humana".
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Batman vs Aliens
⭐⭐ Regular
"As noites de minha vida são gastas lutando contra psicóticos. Criminosos, cujas mentes são tão deformadas quanto suas experiências externas, neles... Eu acreditava ter visto a face do horror. Hoje eu descobri que não".
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Hoje falaremos sobre o crossover entre Batman e Aliens, duas franquias de sucesso dentro e fora dos quadrinhos. A HQ foi Publicada em 1997 em duas edições (com uma sequência lançada em 2003).
O roteiro fica por conta de Ron Marz que já trabalhou em outros bons títulos como DC vs Marvel (1996), Lanterna Verde Vol 3 (1990-2004), Surfista Prateado Vol 3 (1987-1998) além de Witchblade. A arte é de ninguém menos que Bernie Wrightson um veterano no gênero de horror que é conhecido por ser o co-criador do 'Monstro do Pântano" além de na Marvel ter trabalhado nos títulos de "Chamber Of Darkness" e "Tower Of Shadows" que em breve terão a sua vez aqui no blog.
A narrativa é ágil mas não corrida o que é muito bom, também nos é mostrado uma das melhores qualidades do Batman, uma que não é novidade, pois não importa a situação em que ele esteja, jamais o detetive de Gotham quebra seus princípios.
A história lembra muito os filmes da franquia Prendador como "O Prendador (1987)" e "Prendadores (2010)". O roteiro se importa em explorar os personagens o que é muito legal. Porém o ponto forte da hq é a mensagem a qual ela passa, algo que fica marcado tanto no início da história (quando Batman luta contra um crocodilo), como nos últimos diálogos. A argumentação e os desenhos são bons. Esse é um daqueles cruzamentos que agradam aos fãs de ambas as franquias e os deixam esperando pelo segundo encontro.
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