Tumgik
museudalembranca · 4 years
Text
Tumblr media
 As primeiras memórias nostálgicas que me veem quando penso na minha infância são as incontáveis horas que eu passei jogando, assistindo ou criando as minhas histórias no mundo “Pokémon”, este que me cativava a querer conhecer e explorar mais o “mundo real” e suas incríveis criaturas que o habitam. Curiosidade está que até hoje carrego em minhas explorações no mundo.
 Agora nesse momento de pandemia, onde o mundo parece existir somente entre quatro paredes, esses objetos me fazem retomar um pouco desse devaneio infantil que se esvaeceu conforme a vida foi seguindo; e em especial nessas duas miniaturas, o Charizard e a Vulpix que ganhei das minhas tias que vieram do Japão, e que eram as minhas favoritas, me vejo retornando a esse passado onde o limite era a hora de dormir...
0 notes
museudalembranca · 4 years
Text
Tumblr media
Desde que nasci, fui cercada de todo amor e carinho que minha família pudesse me oferecer, crescendo ao lado de minha irmã e prima e aproveitando ao máximo a minha infância. Quando me vi no meio desta terrível pandemia e surgiu a solidão, tive a urgência de encontrar algum meio de me ver rodeada novamente de toda aquela felicidade que estar perto da minha família me proporcionou, ainda que não pudesse encontrá-las pessoalmente.
Quando encontrei o chaveiro da Hello Kitty, logo relembrei de memórias felizes e tive a vontade de voltar a viver aqueles momentos infantis, não somente por ser um brinquedo compartilhado com minha irmã e primas, mas por ser um dos objetos responsáveis por tornar minha infância mais alegre, e que agora traz a esperança de um dia poder ser passado para a próxima geração de crianças, para que gere novas memórias para elas e proporcione muita alegria, a mesma que me contagiou a tantos anos atrás.
0 notes
museudalembranca · 4 years
Text
Tumblr media
     Minha infância foi de certa forma nostálgica. Cresci num ambiente em que as pessoas ao redor me proporcionaram as memórias delas. Desejava estar em determinada época, indo a shows e ouvindo discos. Um fato curioso dessas memórias, foi que num dia que estava na casa da minha madrinha, resolvi vasculhar um armário que havia lá. Me deparei com alguns discos de vinil, incluindo esse que está sendo parte do meu acervo. Naquele mesmo dia o recebi de presente com a missão de ter uma vitrola para poder ouvi-lo. Pouco tempo depois adquiri e me tornei mais ainda admirada pela banda. Anos depois, nessa pandemia, meus ouvidos visitaram o som das canções mais frequentemente.
       O que nos prende em casa além do vírus, são as lembranças que costumam estar guardadas em lugares que jamais esperamos. Tais lembranças que haviam sido ignoradas passam a nos abraçar de certa forma. Tanto o disco de vinil, quanto os outros objetos do acervo, permitiram me conectar com a minha infância outra vez como forma de parar no tempo e dar parte do conforto que aquelas músicas causavam para enfrentar essa época de turbulência. O som da vitrola me levou ao mundo em que pertenço.
0 notes
museudalembranca · 4 years
Text
Tumblr media
Esse acervo traz recortes de afetividades e fé desde a infância. No decorrer dos desafios da vida, com as necessidades de superações, a FÉ foi fator preponderante para transpor os obstáculos. Nessa caminhada a família e os amigos foram e são os testemunhos de muitas ultrapassagens sob pedras nos caminhos. Em tempos de pandemia e incertezas, e com enormes abismos a serem transpassados, recorrer a esses suportes de memórias foi essencial. Recortes de ‘Fé, Afetividade e Memórias de Infância’ transpassados por experiências com famílias e amigos foram fundamentais para manter a qualidade de vida física, emocional, psicológica e social.
0 notes
museudalembranca · 4 years
Text
Tumblr media
Sabe aquele indicativo de tempo "desde que me conheço por gente"? Ele resume bem minha experiência dentro do movimento escoteiro.
Minhas memórias mais antigas são de quando eu era lobinho, por volta de uns 7/8 anos, sentado à beira da fogueira ao lado de meus amigos. Compartilhei histórias e momentos incríveis ao lado de meus irmãos escoteiros dentro desse movimento que fez tanto por mim, que ajudou a moldar e construir meu caráter e me proporcionou aventuras incríveis. Os objetos que colecionei ao longo desses 15 anos em que sou escoteiro sempre evocam sentimentos felizes em mim, principalmente gratidão. Gratidão por tudo o que vivi, experimentei e por todos os que conheci. 
Com essa pandemia, tudo fechou. Inclusive o lugar, o qual eu chamava de minha segunda casa, o grupo escoteiro. Estar longe das pessoas que amo não tem sido fácil. Não poder dividir meus sábados com eles, rir juntos e abraçá-los, me dói no coração, contudo, são os objetos que colecionei que dão forças à minha esperança. Esperança de reencontrá-los logo, de poder abraçar a todos e partir em uma nova jornada, seja descobrindo trilhas que ninguém conhecia ou a beira do fogo, cantando músicas bregas enquanto comemos porcarias.
Sinto saudade de todos eles, mas não encaro isso de forma negativa, afinal, o que é saudade senão o amor que perdura?
0 notes
museudalembranca · 4 years
Text
Tumblr media
Eu recebi a presente carta quando criança, de uma pessoa que conheci na primeira série do ensino fundamental e esteve presente na minha vida durante 14 anos, mais da metade de minha existência; entretanto, seu conteúdo revela a esperança de um vínculo eterno. Inevitável ser remetida à narrativa da escritora Elena Ferrante em seu livro "A Amiga Genial", em que esta traça um retrato feroz, caótico e devastadoramente real do amor, inveja e amizade no mundo feminino. “A amizade entre mulheres é, para nós mesmas, terra incógnita, um campo sem regras fixas. Nada é certo, não sabemos o que esperar,” escreve a autora sobre seu romance, e acaba definindo bem a história da amizade que me moldou, abalou e deixou marcas que vou carregar por toda vida. Esse laço fundado na rara e profunda conexão psíquica entre duas crianças afetou o processo de formação da minha personalidade e caráter; e é entrando em contato com meu próprio centro, mergulhando no meu interior e, por conseguinte, aprofundando meu autoconhecimento, que eu enfrento o isolamento social causado pela pandemia da Covid-19.
0 notes
museudalembranca · 4 years
Text
Tumblr media
O que lembro da minha infância e adolescência é que passei lendo mangás, uma espécie de “história em quadrinhos” em estilo japonês. O hábito de ler mangás ao lado das minhas irmãs mais novas, fez com que elas também gostassem da cultura nipônica e acredito que este fato fortaleceu além do vínculo de irmãs, o nosso vínculo como amigas. Somos irmãs-amigas! Quando você gosta de alguma coisa e a outra pessoa também gosta, nos aproximamos sem perceber. 
Meu sonho de criança era ter super-poderes e viver em diversos universos alternativos como nas histórias dos mangás, mas à medida que crescemos percebemos como é o mundo real. Não há teletransporte para você não chegar atrasado no trabalho ou faculdade, não há como ficar invisível diante das dificuldades, não conseguimos voltar no passado para consertar o que erramos e infelizmente não temos poderes para curar doenças. Mas a parte mais difícil de crescer é que muitas vezes nos tornamos parecidos com os vilões que odiamos. 
Durante a pandemia eu voltei a ler alguns dos meus mangás que estavam guardados na estante e por algumas horas consegui “voltar” no passado, ficar “invisível” em meu canto e não me importar com o tempo. Posso estar sendo nostálgica demais, mas aquela sensação surgiu: “Eu era feliz e nem sabia!”
0 notes
museudalembranca · 4 years
Text
Tumblr media
Nas palavras do romancista Franz Hellens, “a infância não é uma coisa que morre em nós e seca uma vez cumprido o seu ciclo. Não é uma lembrança. É o mais vivo dos tesouros e continua a nos enriquecer sem que o saibamos”. Neste período tão difícil que temos enfrentado onde muitos de nós se encontram confinados, longe da família e amigos queridos, lembranças da infância ecoam em nossos corpos.
No isolamento social, através dos meus objetos afetivos eu pude me desligar um pouco da realidade e rememorar momentos que foram esculpidos em minha alma. O livro Artemis Fowl foi um dos livros marcantes da minha infância e nessa pandemia eu me reencontrei com ele e suas memórias que ele evoca, o mesmo estava perdido na minha antiga casa da minha cidade natal. O encontrei em quase estado de abandono, mas o tempo cumpriu o papel de protegê-lo, posso chegar a afirmar que o tempo sabia que para prosseguir com o meu caminho seria necessário um sopro de força através das histórias de Artemis e seus amigos do mundo das fadas.
0 notes