Tumgik
namgixn · 6 years
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                                             só havia três vozes femininas que sua cabeça fazia questão de gravar. só havia três presenças femininas que fazia sua cabeça alarmar, principalmente se o tom fosse aquele meio brabo ou mandão. e namgi nunca que pensaria em desobedecer essas três mulheres - ou duas e meio. nayeon ainda era uma garotinha, uma criança assim como ele. ainda não dava para ser vista como mulher, e namgi não tinha cabeça alguma para pensar nisso. duas mulheres e meio eram as que importavam na vida de lum namgi. 
                                              e ele queria que fosse para sempre. que as tivesse para sempre. como qualquer criança, não costumava pensar no futuro - mas raramente, acontecia. coisa boba, boba mesmo, tipo: eu e nayeon até quando ficarmos velhos como meus avós. é, ele pensava assim; queria assim. e foi esse querer que o o levou àquele momento: unhas sujas, mas o coração bonito riscado no tronco da árvore. desenhava muito bem para alguém de sua idade e aí estava algo para sentir orgulho de si. “ você sempre vê.” é o que responde, olhando aquela que nomeava namorada por sobre o ombro. acrescentando só mais um sorriso meio presunçoso, namgi volta a riscar a árvore. dessa vez, com hangul. quando termina, ele estende a ferramenta que havia pego seu avô por um acaso para nayeon. 
                                             “ eu e você... em um coração só. para sempre.” ele diz. “ escreve seu nome.”
Mudando a paisagem;
FLASHBACK with @namgixn
O calor do verão parecia fritar a pele da garota, ainda que estivesse molhada pelo banho no mar. O vestido azul não a incomodava, na verdade até ajudava a deixar tudo mais suportável no meio da estação. Os olhinhos observavam as ondas se acabando na areia lá meio longe, mas não demoraram muito para descansarem em Namgi, o seu primeiro amor, e por enquanto, o único e último. Até deu um suspiro, porque ele era uma gracinha. Nayeon corava quando pensava em Lum, e como ele parecia um príncipe encantado dos filmes que via. Ele era perfeito, e ela já havia lhe falado isso, mesmo que às vezes fosse bem chato e irritante. 
Passarinhos cantavam no topo da árvore próxima, e a menina balançava os pés sentada no chão, os pés descalços se sujavam na terra, e as mãos pequenas brincavam com os cadarços dos tênis imundos. Não sabia o que o namoradinho tramava ali, e a curiosidade lhe atiçava cada vez mais — O quê tá fazendo, garoto? — finalmente questionou, levantando num pulo e lhe agarrando a camiseta, como sempre fazia — Vovó vai me colocar de castigo se não voltarmos antes do almoço. E sabe que se eu ficar de castigo, eu não vou poder te ver — aquilo era tudo uma grande mentira, porque Nayeon não respeitava nenhum pouco o castigo. Sempre que a velhinha adormecia, a garota fugia. Fazia de um tudo pra ficar o maior tempo possível com Lum Namgi. 
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namgixn · 6 years
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nxpyo‌:
♡     Se aquela cena tivesse se desenrolado em câmera lenta em sua frente, ainda não ia conseguir processar como é que alguém tinha tido destreza o suficiente pra pegar duas coisas caindo ao mesmo tempo. E talvez soasse meio contraditório dizer que ele era desastrado quando suas pinturas, seus bordados e suas esculturas tinham tantos detalhes pequenos e intrincados, coisa que só podia ser obra de alguém atencioso e cuidadoso, certo? Não exatamente. Ao menos com Yongnam isso só se aplicava às artes, mesmo: fora de seu ateliê, era o tipo de pessoa que vive com band-aids coloridos em lugares inusitados e manchas roxas que ele nunca nem sabe como conseguiu (e que as vezes ficam por tanto tempo que acabam ganhando nome e uma carinha feliz riscada de canetinha porque, certa vez no orfanato, uma freira lhe disse que os machucados iam embora mais rápido quando a gente trata eles bem; sua resposta natural na época foi fazer aquilo, e se tornou um costume permanente - um lembrete que gostava de ter da inocência de sua infância e de como era muito mais fácil resolver problemas naquela época).
♡     Mas, de volta ao tempo presente, dispersou a surpresa para dar lugar ao alívio por ter tido sua peça salva pelo outro rapaz; e o sorriso se fez presente em seu rosto, também. Só não sabia dizer se o fazia apenas pela gratidão ou como um eco ao sorriso dele. Talvez ambos, principalmente levando em consideração que tinha notado as covinhas marcadas nas bochechas alheias, e era sua reação normal sorrir diante desses detalhes bonitos nas pessoas. — Hey. Respondeu, depois de um instante; o pensamento anterior tinha distraído-o e perceber isso lhe trouxe um nervosismo típico. — Se eu fosse você, saía daqui direto pra apostar na loteria, esse tipo de sorte nas coisas não dura muito tempo. Brincou, rindo baixinho e olhando pras próprias mãos por um momento; sempre acabava tagarelando qualquer coisa aleatória nessas horas. 
♡      Mas deu um jeito de dispersar a sensação para levantar o olhar ao rapaz novamente, já que não tinha dito sequer um agradecimento à ele ainda. — Ah, obrigado por ter pego isso! Eu tenho um apego emocional por esse coelho desde que o fiz, ia ficar triste se quebrasse… Sempre quis pegar ele pra mim ao invés de vender, inclusive, e acho que vou fazer isso agora. Comentou, com um sorrisinho de lado, estendendo as mãos para pegar a escultura de volta com cuidado e a observando - o polegar chegando a afagar a orelha do bichinho por um momento. — Olha, você pode levar um desses! Fica como agradecimento. Pode ser? Sugeriu, de súbito, apontando para as estatuetas menorzinhas dispostas sobre o balcão - também não podia se dar ao luxo de oferecer à ele algo cuja falta da etiqueta pudesse pesar nas contas no fim do mês. — À propósito, meu nome é Yongnam. Acho que não nos conhecemos ainda. Se lembraria se tivesse encontrado-o por aí, certo? Achava que sim, por algum motivo.
                                   “ eu não só concordo como já acho que acabou.” é o que responde ainda tão estupefato que até surge um cenho franzido. se apostasse na loteria agora, capaz de até a caneta do lugar estar toda mordida. ainda sim, depois daqueles breves segundos de admiração própria, namgi volta à sorrir. é nesse mesmo momento que ele dá uma bela de uma olhada no carinho em sua frente. 
                                     parece um boneco. não, melhor: parece um daqueles 2d saído de uma anime - boneco seria creepy demais. e sabe porque uma vez viu aquele cantor famoso com um sinalzinho no nariz daquela boygroup famosa, o tal do bts, e ele jurou que o cara era um boneco cuja a cabeça girava sozinha. o carinho em sua frente era mesmo um daqueles personagens de animação japonesa. 
                                      “ olha aí, a queda teve um propósito. precisou dela para tomar uma decisão de vez.” namgi fala com um assenti e uma feição de quem acaba de falar a reflexão do dia. a sobrancelha ergue em seguida, como se dissesse é sério? com o leve tom de julgamento. não é que fizesse pouco daqueles pequenos adornos, só não acreditava que o outro estivesse fazendo tão pouco do próprio trabalho - ou que tivesse deixando de vender um para usar como pagamento. quer dizer, só pegou o coelhinho antes dele virar pedacinhos, não foi nada demais. “ nah, está tudo bem. mas são lindos.” ele acrescenta que é para não deixar aberto à ideias erradas. “ não,” namgi nega com a cabeça, ainda que esteja a confirmar que: “ não nos conhecemos, mas essa foi uma forma muito boa para mim. aposto que já tenho até uma reputação contigo.” brinca, apesar da feição séria. “ sou namgi, e como pôde ver, as vezes tenho sorte. ou mais ou menos... tem algum paninhos para eu limpar o ketchup?” pede com uma careta ao que sacode o livro velho, e agora sujo, no ar.
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namgixn · 6 years
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nxshian‌:
     As vezes uma longa jornada de trabalho ainda não era o suficiente para derrubar alguém tão grande quanto ele, o rapaz, vez ou outra, necessitava de atividades extras que não fosse bater em sacos de areia e estudar. E se tinha algo que ele gostava de fazer era ir ao cinema sozinho.
    Apos deixar seu amado hospital ele retornou a sua forma mais “não me olha ou lhe soco” e menos “Olá posso lhe ajudar?”, caminhando para o cinema apos uma longa mensagem avisando sua pequena irmã que naquele dia voltaria mais tarde e apos isso não demorou ate o rapaz alto se encontrar dentro da sala escura e se acomodar em uma das poltronas. Ele tampouco notou quem estava ao seu lado, seus olhos se recusavam a desviarem da tela enquanto pensamentos rodeavam a sua mente sobre o que via. Uma grande perda de dinheiro diria. Os braços se cruzaram apos o longo tempo esperando algo interessante, sua expressão era uma clara exigência de algo que não lhe tirasse do sério e foi nessa hora que sentiu um peso sobre seu ombro, tendo como primeira reação olhar para o teto escuro da sala e se perguntar: “Por que hoje, meu deus?”. E a segunda reação fora despencar o olhar sobre a criatura ao seu lado, a observando como o bom expectador que era.
   Shian não ousaria acorda-lo afinal o filme estava um tédio e não queria ouvir desculpas de um rapaz com sardas fofas no meio da cara, no fim acabou apenas esperando o filme acabar e foi quando todos começaram a se erguer que o coreano se voltou para o dorminhoco ao seu lado, o cutucando.
 "Hey garoto, O filme acabou ja pode parar de babar no meu braço.“─ Provavelmente ele nem ouviria o que disse por estar dormindo, mas então passou a sacudi-lo da forma mais gentil que conseguira.─” Eu vou te largar aqui para você levar bronca dos seguranças se não acordar.“
                            namgi não acorda de primeira, porque o único com tal habilidade é o despertador e a música que lhe toca os nervos, mas que não muda justamente por isso. uma vez até experimentou trocar o jinggle, mas como o cérebro já estava tão acostumado com uma melodia, acabou que nem se importou em querer desligar a nova e perdeu a hora. é preciso, então, aquelas sacudidas para o garoto de sardas tentar abrir os olhos. 
                           a palavra seguranças , no entanto, é que faz toda diferença. namgi se levanta num susto - onde estou? o que rolou? alarmando em sua cabeça - e quando percebe que não há incêndios e ninguém com algemas para prendê-lo, ele volta para o estado meio letárgico. à passos de cágados, ele se espreguiça; ele boceja; ele coça o maxilar e suspira tão fundo que parece até que tem metade dos problemas do mundo. quando na verdade, é só aquela preguiça gostosa depois de um sono gostoso. só aí que namgi processa aquele pedaço de informação: o cara do lado quem falou consigo e tá todo babado. 
                          “ ow...” um meio bico fica na cara de moleque pego no flagra de namgi quando ele olha de soslaio pro homem tatuado. “ eu babei mesmo?” a resposta para aquilo é importantíssima, aliás. nunca baba, mas decide fazer justamente no ombro de um cara? deus, será que deixou hálito? só para tentar se safar, namgi quebra a expressão com um sorriso grandão, daqueles que apertam os olhos e mostram as covinhas. as covinhas podiam ser mágicas, principalmente quando as luzes da sala se acendem e deixam uma iluminação bacana sobre as sardas em seu rosto. “ desculpa. desculpa de verdade. podia ter me empurrado, eu totalmente entenderia! aigo. esse filme era mesmo uma merda.” 
𝒏𝑜 𝑒𝑠𝑐𝑢𝑟𝑖𝑛𝘩𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑖𝑛𝑒𝑚𝑎 ♪
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namgixn · 6 years
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woojinxn‌:
Em horas como aquela, eles tinham mais é que ir o quanto antes para que a Sra. Oh não começasse a reclamar e Woojin não queria ser repreendido novamente, passaria o dia sem coisas ruins, se possível. Sem portar desta super habilidade, o mais novo precisava manter o olhar sempre no caminho e se distrair o mínimo possível olhando pros arredores, os risco de dar alguma coisa errado era alto, mas ele estava atento também nas cores ditas por Namgi. Na mente superficial do garoto, ele imaginava as cores em peças de roupa que poderia vestir, tentando imaginar se encaixariam nele. Seu rostinho acenou pro salmão e branco, o cenho franziu um pouco pro bege, mas ele logo sorriu pro azul clarinho, tipo do céu que ele adorava. Só que nenhuma fez os olhinhos dele brilhar como o lilás mencionado, ali ele precisou virar os olhos pro hyung entreabrindo seus lábios em um “woooah!”.  — Eu gosto muito de lilás, hyung. Muito mesmo.  — Comentou, acenando novamente o seu rosto de forma positiva e voltando a olhar pra onde andava.  — Acho uma cor bem… mystic.  — A palavra veio cheia de sotaque do coreano que também não tinha certeza se pronunciou direitinho, junto com uma expressão mais misteriosa com os olhos semi-cerrados que se tornou uma risada em seguida.  — Um dia eu achei uma imagem que era um céu lilás, era… pintado. Muito bonita, hyung! Tinha até uns passarinhos desenhados como se estivesse lááá longe, sabe? Foi o wallpaper do meu computador por um tempo.  — Woojin só foi falando com o sorrisinho desenhado no cantinho dos seus lábios e tomando cuidado para ajeitar as mãos que seguravam os potes.
                         o riso que eclode é tão repentino que pelo canto dos olhos, namgi acha que assustou os pais de woojin. mas a culpa é deste dito, que fez-se todo naquela meia careta só para falar da palavra em inglês. “ cute.” é o que namgi responde, em inglês também, mas com menos sotaque. tinha o costume de interagir com pessoas de fora usando o inglês. “ e de fato é mystic. há estudos e teoria das cores, sabia? inclusive, é matéria para alguns cursos da universidade.” fala, isso depois de um tempo tentando imaginar o tal papel de parede do woojin. aquela descrição de imagem havia sido tão geral, que não foi fácil para namgi imagina-la como algo especial. na verdade, namgi não conseguiu, mas colocou na cabeça que era - ao menos para woojin. “ que outra cor você gosta?” pergunta para sanar o interesse pelos gostos de seu muse. e aí, nem percebe que haviam andando o suficiente para já conseguir ver a movimentação e as cores que vinham com o chuseok. o sol do dia já fazia o trabalho de iluminar as sardas do artista enquanto o mesmo cerrava um pouco das pálpebras para proteger os olhos. cruzando o peito, ele tinha a bolsa com a maletinha com tintas dentro. “ ei, você disse que vai fazer o que mesmo aqui?”
getting ready
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namgixn · 6 years
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monaxn‌:
Não é que Mona odiasse os hanboks, ou que negasse a própria cultura, ou que recusasse a participar do festival e ser membro da comunidade - todas coisas que ela já ouviu de bocas fofoqueiras, mas era tudo mentira. Mona adorava o festival, era tudo lindo. Alegria, cor, sorrisos, comida - o que tinha pra desgostar? Mas ela curtia cada coisa do seu jeito. E se enrolar em mil camadas de tecido numa roupa tradicional não era o jeito dela, só isso. 
Até pro chuseok ela não precisava gastar energia escolhendo o que vestir, já que suas roupas eram um minfinito de camisetas que variavam do branco, cinza e preto, e jeans. Não tinha muito o que escolher. Pro frio que chegava, sua fiel jaqueta de couro e os cabeços na trança pra o capacete ficar mais confortável.
Por isso mesmo ela riu pro Namgi, encostada em uma das árvores com o seu copinho descartável de soju, que estavam vendendo no festival. “Eu destruo seus sonhos todo ano, né dongsaeng? Mas você tá lindo.” Enquanto Mona tomou um gole, marcando o copo com mais batom escuro, ela sacodiu o dedo que não. “Ainda não tive coragem de enfrentar a fila da comida.”  
                          mona fazia muitas coisas, um exemplo de mulher realmente foda, e dentro dessas muitas coisas, uma delas era, de fato, destruir os sonhos do namgi. mas isso ele levava na brincadeira, porque respeitar é algo que felizmente sabe fazer. “ tudo bem, a noona destrói, mas depois amolece.” ele diz. “ tipo agora, enchendo meu ego.” porque vindo dela - a rainha dos crushes de namgi -, era para encher o ego mesmo. ele rir. “obrigado.” e é sincero, sem brincadeiras dessa vez.
                         o rapaz não tinha notado a existência de uma fila até o momento que a mais velha citou a mesma e ele procurou. chuseok era tempo de comer e comer, principalmente os machos daquela sociedade machista. “ hum...” murmura, apertando os lábios e deitando a cabeça levemente em direção à um dos ombros. “ e é melhor não ir mesmo, ou vão te meter com as moças que servem a comida.” porque chuseok é para isso também: botar as mulheres para cozinharem e servirem os caras. não é à toa que as coreanas eram as primeiras a odiarem aquele feriado. 
                        quando namgi se senta próximo à mona, ele deixa a maletinha nos pés e cruza os braços. “ daqui à pouco esvazia e a gente vai, porque eu também não comi ainda.” aí, ele lembra - e  tal coisa fica claro na feição que ilumina junto à um sorriso meio torto; de quem tá pronto para perturbar. “ aí, quer pintar a cara, noona? as crianças adoraram.”
𝑝𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑙𝑎 𝑒́ 𝑙𝑖𝑛𝑑𝒊𝑎 ♪
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namgixn · 6 years
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E quem não quer, anon!? @namgixn já já tem que mandar fazer fila! ♡
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namgixn · 6 years
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dongyulxn‌:
Pra imitar o hyung, Donggu deitou também; e no meio da risada imediata quando ouviu a primeira resposta, o coitadinho bateu a cabeça no chão e soltou um “ai” choroso quase inaudível, ao contrário do som meio oco da parte traseira da cabeça colidindo no chão.
E deitado escutou Namgi, sem interrompê-lo por um segundo sequer. Deixou as duas mãos apoiadas sobre o peito cansado pela arrumação e pelo tanto de peso carregado no interior, escondido lá dentro. — “Eu gostava muito de alguém.” — Logo de primeira a conversa começou a parecer uma curta jornada de autodescoberta. Bem aí conseguiu entender por conta própria a razão de não querer conversar com as pessoas sobre como se sentia por dentro. 
Porque havia uma força maior que o amordaçava ao receio de transparecer fraquezas às pessoas ao seu redor, e Donggu era um garoto cheeeeio delas, mas nunca quis parecer uma presa fácil para o mundo - por mais que fosse. 
— “Eu gostava muito de alguém, mas essa pessoa é diferente de mim e eu não quero mais estar perto dele.” 
Donggu tem um pai, uma mãe, sete irmãos, muitos amigos do colegial finalizado e centenas de colegas na ilha… Nenhum deles sabia sobre a sua sexualidade. Quando deixou escapar o “dele” para o Namgi, a cabeça tava longe de cogitar qualquer julgamento negativo do hyung. 
Ele só tava deixando o peso seguir o seu caminho para fora, em forma de palavra.
— “Eu tava numa festa e o vi beijando outro garoto. Agora não quero mais ficar perto dele… mas não sei se tô pronto pra desapegar de tudo que foi bom, Namgi-hyung.” — A primeira lágrima antecipou as várias outras a rolarem pelas bochechas do dongsaeng, que conseguia manter a voz firme mesmo com o choro iminente. — “Eu só sigo lutando contra a minha tristeza e sentindo uma sensação horrível…”
E na pausa seguinte pra respirar, as mãos pequenas enxugaram as lágrimas no rosto e Donggu escutou os batimentos do seu coração quebrado, mas imensamente agradecido.
O caminho da liberdade é longo, mas ele existe. Kim Dongyul não sabia, mas estava percorrendo-o agora mesmo.
— “É tipo um medo de amar qualquer outra pessoa. Ou medo de estar me tornando alguém diferente…”
                      se via woojin como dono de certa inocência que só crianças tem, dongyul era mais o dono da inocência de cachorros. não, não era ruim - tampouco inferior. era simplesmente um tipo diferente de inocência mesclada à certa agitação e bagunça, como a de bater a cabeça no chão enquanto rir. isso é algo que o namgi nunca contaria para donggu, no entanto - não é todo mundo que ficaria okay em ser comparado à um filhote de beagle. 
                        tudo o que podia dizer, ele fez. e quando chega a hora de calar-se novamente, namgi faz facilmente. ele até se vira mais para o mais novo, deixando claro que estava ali - para ouvi-lo; para ele e seja-lá-o-que o moreno claro precisasse confessar. namgi se preparou mentalmente, naqueles segundos, para tudo - mas talvez os segundos tenham sido pouco, pois mentiria se dissesse que esperou por aquilo. às vezes, esquecia que o coração gosta de pessoas como amantes. amantes como quando a palavra era usada primeiro: a pessoa que se ama, e não a que com quem se trai. só que namgi disfarça a surpresa.  
                          porém, não disfarça muito bem quando nota aquela mudança lá; aquele termo que diminui - e muito - as possibilidades. dongyul gostava de um cara. a sobrancelha ergue e o cantinho dos lábios curvam-se bem discretamente, mas era visível. namgi também esquecia que com gostar de pessoas como amantes tinha, em alguns casos, algo mais específico como gostar de caras como amantes ou gostar de mulheres como amantes. mas o real motivo para aquela reação era o fato de que dongyul acabava de assumir algo como quem só diz que gosta de pão. coragem - precisava de coragem, afinal de contas. 
                           não há tempo algum para o artista se admirar com a saída de armário casual do mais novo, porque agora entendia - mais que nunca - que ela vinha acompanhada com um coração quebrado. é, coração nenhum era imune à isso. namgi nem percebe que a expressão muda, deixando-o com rugas entre as sobrancelhas de tanto que franze a testa. ou que o lábio inferior ficava cada vez mais vermelho, porque os dentes apertavam forte como o peito enquanto via o outro chorar. deus, nunca viu filhotes de beagles chorar. namgi suspira como se o peso posto para fora fosse o dele quando donggu seca as lágrimas do rostinho lindo que ele tem. ottokke, ottokke. 
                            verdade seja dita agora: namgi é um bosta para com coisas do coração. Às vezes, nem parece que ele tem um - o que poderia ser contraditório, esquisito no mínimo, visto ser alguém tão sensível como artista; alguém tão romântico como artista; alguém tão empático como artista. e aí que tá: como artista, talvez não como pessoa. e é justamente por isso que vive em busca daquele pote de ouro; daquela inspiração que iluminará não só a cabeça como, principalmente, aquela coisa em seu peito. 
                                 de supetão, ele se levanta. em silêncio, ele se debruça só para pegar o braço de dongyul e segura-lo pelo pulso. “ vem.” não é um pedido, ele já faz puxando o garoto para fora do quarto. só pararia quando tivesse os dois no centro do hanok velho, onde há o jardim e nada cobrindo o céu escuro da noite. o que tivesse que falar - e claro que teria que falar alguma coisa -, seria lá. 
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namgixn · 6 years
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nxpyo‌:
♡     Assim como achou inusitado o elogio inicial, a resposta rápida de Namgi o deixou meio sem reação. Chegou a recuar um pouquinho - como quem leva um susto - enquanto ria, a mão livre indo mexer nos próprios cabelos. — Das duas coisas, eu acho…? Respondeu, soando tão incerto que resolveu remendar - embora tivesse se arrependido logo depois das palavras terminarem de saltar pra fora de sua boca. — Você é bonito, então não é difícil ficar bem nas coisas ou fazer a gente gostar delas. Aquilo era pra ter soado muito mais casual, mas como não aconteceu, Yongnam tentou obter o efeito desviando o olhar e levantando o copo de suco para tomar o último gole e descartá-lo depois - o que também não funcionou tão bem, porque acertou o canudo na própria bochecha de início; e continuou fingindo que estava tudo certo, os olhos piscando repetidas vezes.
♡     Aí se lembrou que devia ter soado meio estranho falar que todo mundo em sua casa participava daquela dança, e Pyo se virou para explicar assim que o outro questionou o fato; mas acabou rindo daquela expressão dele, antes de qualquer coisa. — É, é que fora meus irmãos e meus pais, a gente não tinha parentes próximos que vinham passar o chuseok com a gente, e… O que você está fazendo? Se interrompeu, porque aquele ‘woo~woo~’ tinha sido só adorável demais pra conseguir continuar o raciocínio sem rir mais um pouco. Mas não achou ruim - se sentiu quentinho e acolhido, por algum motivo. Era confortável estar na companhia dele.
♡     Exceto talvez quando parecia estar sendo levemente sequestrado, mas apesar de estranhar ser arrastado e direcionar uns olhares bem confusos para Namgi - uma das sobrancelhas se arqueando no processo -, não protestou, por curiosidade de saber o que ele estava pretendendo fazer. E sua resposta veio acompanhada do sorriso que tinha achado bonito desde a primeira vez que viu, e aí Yongnam se sentiu meio idiota. — Ou isso, ou você leu minha mente, porque eu gosto mesmo de dançar. Mas tenho certeza que estava quietinho. Completou, o sorriso sincero se espalhando em seu rosto e fazendo os olhos ficarem miudinhos enquanto se deixava guiar pelos passinhos de dança do outro, que já sabia de cor há bastante tempo; talvez gostando daquilo um pouco mais que o normal. Mas deixou as questões para depois em prol de aproveitar o momento.
                         até a parte de deixar as coisas bonitas, namgi nem tinha ligado. só sorriu meio presunçoso, pois não era a primeira vez que ouvia. o negócio mesmo é quando nami fala sobre fazer gostar delas. aí, o coração de namgi atrasa uma batida. seria ele esse tipo de pessoa? capaz de fazer outras gostarem de algo - será que é assim que funciona, por exemplo, com o que faz ou é só quando sua aparência está envolvida? ele se distrai com os próprios pensamentos e por isso nem nota muito como o mais novo fica sem jeito. e ainda bem, ou teria feito algum comentário sobre aquilo que talvez só fizesse nami enfiar o canudo no nariz. 
                          eles eram o tipo de família unidas contra o mundo, é assim que namgi passa a vê-los quando o mais novo se explica. claro que tal conclusão não era baseada só naquele pedaço de informação, mas pela forma que até mesmo o corpo - o olhar; o tom de voz também - de nami mudava quando falava da família. especial, no mínimo. namgi gosta da própria família, mas sua ligação com eles não é nem 1/3 como o de yongnam. talvez seja algo que aconteça quando se tem irmãos, porque sendo filho único as coisas são bem diferente. não se aprende, por exemplo, a compartilhar. ou a desenvolver aquele instinto maluco e contraditório de querer matar quem tocar no irmão, porque só você que pode mata-lo - e isso é o que deixa o laço fraternal tão forte e especial. namgi não entende nada disso. “ nada.” ele responde em defesa, - não estava fazendo nada - rindo logo em seguida só porque o mais novo riu primeiro. 
                         “não, eu não leio mentes.” namgi retruca em meio ao ombros ritmados e as covinhas ainda querendo aparecer. “ eu já tentei.” e isso é verdade. não adianta nem dizer que tentava ter poderes quando mais novo, porque no ano passado namgi tirava momentos do dia para encarar o controle remoto para tentar fazer levitar. depois de um filme sobre alienígenas que diziam que há partes do cérebro que daria essas habilidades, mas o homem simplesmente ainda não conseguiu desenvolver, o rapaz passou a tentar. ele não conseguiu resultados. “ vamos, dança direito. eu sempre odiei esse momento, então eu nunca aprendi de verdade. me ensine.” namgi pede com o cenho levemente franzido, apesar do sorriso de soslaio continuar. “ ninguém está vendo a gente... só aquele casal de gringos ali, ó...” isso ele praticamente sussurra, pois chega com o corpo tão perto do de yongnam que não há necessidade de falar alto. os rostos ficariam bem próximos, se não fosse a diferença de altura que fazer namgi precisar abaixar a cabeça. engraçado como parecia maior agora com o peito com só poucos centímetros de distancia do de nami. “ eita, nami. acho que eles estão- ele tirou a câmera- eles estão filmando a gente.” e era tudo mentira, a começar pelos gringos em si. 
𝒂𝑡𝑟𝑎́𝑠 𝑑𝑎���� 𝑎́𝑟𝑣𝑜𝑟𝑒𝑠
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namgixn · 6 years
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woojinxn‌:
Pro azar de Woojin, eles não podiam perder muito tempo ali e o tempo de reação instantânea só lhe rendia alguns resmungos, chamar a atenção do hyung e rir junto com ele, as respostas boas só vinham depois de um tempo para aquela cachola lentinha. Ainda mais na situação de desconforto do garoto, aquelas respostas já não serviam de nada. Woojin deu um sorriso pequeno pro mais velho quando ele sussurrou no seu ouvido e assentiu, achava mesmo por o hanbok difícil, com aqueles laços, porém, sabe quando ainda tem mais coisas envolvida, acumulada lá no fundinho do coração que vai crescendo e crescendo, pesando ainda mais e fazendo aquela repreensão afetar mais do que deveria. A expressão de Jin não mudou muito de início, mas na cabeça dele ele agradeceu ao hyung. Depois de Namgi, foi a vez de Woojin de pegar a sua carga de potes cheios de comida típicas para levar, o que ele teve o maior cuidado para não segurar muito perto da roupa, vai que… né? Jin arqueou a sobrancelha com o novo sussurro do mais velho.  — Mesmo?  — Ele deu um risinho mais animado e baixinho.  — TIpo mesmo, mesmo?  — Woojin não sabia muito bem o que era aquele “muse”, mas junto com o “meu” pareceu algo importante e ele ficou felizinho com isso.  — Que outras cores você acha que combina com o seu muse, hyung?  — Foi o que conseguiu perguntar junto de um novo riso antes da mãe de Woojin falar pra eles pararem de ficar cochichando e os apressar para irem logo. O garoto obedeceu, mas ainda estava esperando a resposta.
                    se a primeira não tinha dado certo, é um alívio quando na segunda consegue uma reação positiva. e aí, ganha aquele sorrisinho pelo qual podia se sair como um ótimo hyung otário. não queria nunca ter que gravar a tristeza em woojin - ou a raiva, ou a dor. não, isso não poderia acontecer com ele. ainda que namgi saiba que é querer demais, afinal, são todos humanos. “ mesmo, mesmo.” ele garante também assentindo a cabeça; apertando os olhos. isso só para depois abri-los e rir para o mais novo. 
                           namgi não tem muito tempo para responder sem antes ter a ahjumma pedindo para que adiantassem. e se tem um dia que namgi tenta ser o cara mais perfeito que qualquer mulher, são os dias do chuseok. porque ele sabe que elas odeiam aqueles dias por serem as que se fodem na cozinha enquanto os homens deixam a bunda no sofá e esperam pela comida. só que ele maneja andar e pensar ao mesmo tempo. “ hum... eu gosto de te ver com salmão,” ele começa. “branco,” e aí, namgi nem está realmente ali. deve ser alguma espécie de super habilidade aquela de conseguir caminhar sem tropeçar ou bater em alguém mesmo que os olhos encaram woojin, porque é nele que procura a resposta. “ te vejo como bege e azul clarinho... tipo do céu.” então, namgi volta à olhar para frente, um tanto sério. “ mas acho que lilás é meu favorito. porque não costumo usar em nenhum outro momento. ”
getting ready
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namgixn · 6 years
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namgi parecia tão cansado quanto o garoto, só não fazia ideia que o seu tipo de cansaço era puramente físico. não tinha nada a ver com coisas do coração. para ele, o problema era aquela casa grande demais, vazia demais - e que por isso acumulava poeira, ainda que pelo menos de lixo fora do lixo ele não sofresse. dongyul estava ali para isso, para ajudar a limpar o casão tradicional que namgi não consegue - e nem quer - se desfazer. 
suado, provavelmente com poeiras grudadas nesse suor, o garoto deixa a cama pelo chão cheiroso e brilhante. é lá que deita e deixa os olhos fecharem por um segundo - quer dizer, pelo tempo suficiente que tem em silêncio antes da vozinha ecoar. provavelmente, estar com um sentido a menos foi o que fez namgi perceber a voz meio mixuruca de dongyul - e, honestamente, namgi desconhecia total aquele tom de voz se tratando daquele dongsaeng. 
calado ele continua, bem como com um franzir de cenho que só aumenta. não sabe do que dongyul está falando, mas também não o interromperia. agora quer saber, afinal de contas. namgi só não aguenta ficar calado quando ouve aquele último ponto - aí, é como se algo explodisse em seu peito. o rapaz senta de supetão e com a postura curvada, encara dongyul. “ isso é uma grande saco de bosta.” não quis soar rude, mas provavelmente assim mesmo soou. “ digo, até pode ser. mas não é você. as pessoas preferem as outras, em geral, sorrindo.” namgi balança os ombros. e então suspira, levando os dedos para o cabelo e empurrando-os para trás. só os bagunça. 
“ se você não sente como sorrindo, então não é para sorrir, dongyul.” ele conclui. “ e foda-se. é como você está se sentindo, então foda-se.” puxando as pernas mais para perto do peito, namgi apoia os antebraços sobre os joelhos. “ mas agora eu quero saber o que te deixou triste. sabe, no fim, a gente sempre enfrenta pelo menos uma parte sozinho... até porque, é a gente que tá sentindo. está na gente... ninguém nunca vai entender completamente para vim com uma solução completa. mas... não é todo o processo, todas as partes, que precisam ser enfrentadas sozinhas.”
Dongyul tava sentado no chão, com as costas apoiadas sobre um dos pés da cama do @namgixn, de rosto cansado e quase sonolento - o que representava um avanço positivo, levando em consideração as expressões faciais das últimas seis horas.
Muita coisa tava rolando lá dentro do peito e tinham momentos felizes que o ajudavam a distrair os pensamentos da dor. A superação era diária, claro. Aparecia todas as manhãs e seguia ao longo do dia. Se Donggu prestasse atenção em cada batimento, ia perceber que a ferida seguia cicatrizando naturalmente, como era de se esperar. 
Mas a dor de um ferimento emocional é diferente - e não o afetava, somente. 
Não queria que as pessoas ficassem preocupadas, mas era da natureza humana lhe perguntarem se tava tudo bem; acontecia quando torcia os lábios, ou desviava o olhar choroso pra um cantinho aleatório. — “Eu estou melhorando. Dá pra sentir que vai passar…” — Complicado mesmo foi falar sem derrubar uma lágrima sequer. Custou o esforço de cada um de seus músculos magrinhos. — “As pessoas estão preocupadas por eu estar triste, mas eu sinto que preciso enfrentar isso sozinho…”
O engraçado foi Donggu falar tudo fora de contexto, sem Namgi perguntar, pra preencher o silêncio do ambiente limpo depois da arrumação cuidadosa. 
— “Eu acho que as pessoas gostam muito mais de mim quando tô sorrindo.”
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namgixn · 6 years
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boyfriend jaehyun (*♡∀♡)!
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namgixn · 6 years
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dinner date with jaehyun! (˶◕‿◕˶✿)
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namgixn · 6 years
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squish.
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namgixn · 6 years
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𝒆́ 𝑎 𝑐𝑜𝑖𝑠𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑙𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑢 𝑗𝑎́ 𝑣𝑖 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑟 ♪
@nxeunseo
                                              os moleques só queriam saber de serem um leão ou terem um tubarão desenhado nas costas das mãos. e aí, quando uma menina pede para ter a cara pintada como um leão também e esquece a ideia de ser um coelhinho, que nem todas as outras meninas antes dela - as que não pediram flores e borboletas -, é como se desse o primeiro passo que impulsiona uma revolução. em tudo se é preciso o primeiro a fazer diferente, não é? trabalhar com crianças, no fim, podia ser de fato inspirador. 
                                              namgi já havia perdido as contas de quantos pirralhos já havia pintado com tinta guache e de quantas vezes ouviu das mães um obrigado e um essa foi uma ideia muito legal. provavelmente, todos ali já tinham alguma parte do rosto ou da mão pintadas, porque eles pararam de aparecer e namgi pôde, enfim, parar e fazer nada - que nem todos os homens na época de chuseok, aliás ( e infelizmente para as mulheres, que fazem tudo ). é não precisando dar atenção à um pincel e em hanboks infantis, que ele encontra o rostinho conhecido. ela continuava linda - não sabe porque se surpreende. 
                                              “ ow, moça do terremoto.” ele tenta chamar a atenção dela. “ quer uma pintura?” e o sorriso é menos traquina que aquele que compartilhou com ela no supermercado. 
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namgixn · 6 years
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𝑝𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑙𝑎 𝑒́ 𝑙𝑖𝑛𝑑𝒊𝑎 ♪
@monaxn  
                        era pequeno o tempo que tinha àquela altura. o trem que partiria para seoul tinha hora, sim, mas era ele quem não poderia dar-se o luxo de dar aos pais poucas horas na janta do chuseok. era a única coisa que o casal havia pedido, afinal. e namgi já havia feito o que precisava por ali - ajudado a mãe de woojin, pintado as crianças, perturbado nami, conversado com os vizinhos e tendo sido chamado para tirar foto dos gringos que sorriam todos bobões sentindo-se parte da cultura coreana só por estarem vestidos com um hanbok. agora, só lhe faltava mona. 
                         a mulher era fácil demais de achar, ao menos para namgi que nunca negou o crush. difícil ser despertado para coisas do tipo, mas a vida tinha que fazer acontecer - e, claro, em uma garota que não é nem um pouco afim do que ele tem dentro das calças. ou da voz; ou da aparência como toda - acreditava, afinal, que mona era inteligente, superior demais para se importar só com a anatomia da parte de baixo. ainda sim, namgi não deixava de soltar uma e outra só para pelo menos fazer a mulher rir ou, quem sabe, aumentar o ego. o que, honestamente, ele podia fazer o dia todo. 
                        “por que será que algo em mim até que esperou te encontrar de hanbok?” o cenho franze. é assim que se aproxima da mais velha. “ talvez com uma jaqueta de couro por cima só para não perder o estilo.” sorrir, deixando óbvio que não passava de uma de suas pertubações. “ hey, noona. já comeu?”
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namgixn · 6 years
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nxpyo‌:
♡     Feriados sempre eram datas muito aguardadas por si; tirar o dia inteiro para reunir a família e cumprirem juntos com as tradições sempre fora divertido. Depois do acidente, no entanto, essas datas tinham se tornado meio agridoces para Yongnam. Mas ele tentava não deixar aquele sentimento se abater nos irmãos: no ano anterior, tinham se reunido todos, como de costume; Taejoon voltou da Europa e os cinco passaram o chuseok juntos. Com aquela nostalgia saudosa de outros tempos, mas dispostos a continuarem suas histórias.
♡     Este ano é que estava sendo mais fora do normal. O irmão mais velho não conseguiria vir e, para que ele não passasse a data sozinho, decidiu pagar uma passagem para Eunmi visitá-lo, coisa que ela já queria faz tempo. E Yongnam acabou só com os gêmeos; era diferente, mas não ruim. Foi um caos colocar os dois dentro de suas vestes tradicionais e se arrumar, também, à tempo de ir para a comemoração organizada na ilha. Mas tudo deu certo no final, e Jinho e Jinah estavam distraídos demais se divertindo na roda da dança típica para se lembrarem de sentir falta de alguém. Felizmente.
♡     Observava os outros dois com um sorrisinho curto no rosto e um copo de suco na mão, que já estava pertinho de acabar depois dele bebericar várias vezes. Por pouco não notou enquanto Namgi se aproximava, mas quando o fez, o ofereceu uma reverência breve e um sorriso simpático. — Ahh, obrigado? Você ficou muito bem com o seu também, adorei a cor. Riu baixo, não esperando aquela opinião, mas era muito bem vinda; e não tinha nada mais artsy que elogiar a cor de alguma coisa, honestamente. — Eu sei sim! Lá em casa, a gente costumava dançar todo mundo junto. Suspirou, desviando o olhar carregado daquela saudade típica por um momento; mas logo voltando a fitar o outro rapaz. — É uma pena que aqui eu não possa, mas… Por que a pergunta? 
                       “ ah, mas você gostou dele em mim ou da cor dele?” é tão de supetão, que nem o próprio namgi esperava. mas ele havia acordado assim naquele dia, o vizinho tendo sido o primeiro alvo. depois, woojin. falar coisas bobas e de repentes era uma coisa de namgi, de qualquer maneira, e justamente por isso que não se importa com o que soltou. até mesmo pinta um meio um sorriso e ergue a sobrancelha para nami, esperando uma resposta. a expressão só muda para uma de espanto, mas também de curiosidade. na verdade, era engraçada se só focasse em como os olhos de namgi ficaram grandões. “ todo mundo?” já achava os gêmeos peculiares. provavelmente, vinha de família. 
                              aí, bate a realização do que disse. e de como poderia ser interpretado errado - pois não é sobre os irmãos todos e os pais que namgi quer saber. “ digo, teu pai pegava a jinah e woo~woo~~” ele até faz os passinhos, ainda que só a parte braçal para não ser tão bobão assim. bem, aquilo, de uma forma ou outra, havia lhe dado a resposta que queria. se antes tivesse repensado sobre, o suspiro e o olhar de nami só o deixa decidido - nem se quisesse, teria deixado passar aquele jeitinho do outro rapaz. sem pedido de permissões, então, o dono das sardas segura o amigo pela mão e o puxa para perto das árvores. para atrás das árvores. um lugar onde poderiam continuar tendo os moleques sob visão e a música na audição; mas eles mesmo não chamariam tanta atenção - mesmo que estivessem dançando passos que eram para mulheres e crianças. eles não eram nenhum dos dois. 
                               “ uh? sei que você ‘estava louco para dança. eu quase vi suas pernas querendo se rebelar! ou talvez tenha sido coisa da minha cabeça. ” sorrir, denunciando as covinhas. e logo mais, ele próprio começa a dança que sempre odiou dançar.
𝒂𝑡𝑟𝑎́𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑎́𝑟𝑣𝑜𝑟𝑒𝑠
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namgixn · 6 years
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woojinxn‌:
— Aish, hyung!  —  Resmungou em meio a risos, massageando a região da testa atingida com a pontinha dos dedos, não havia doído, nem nada, mas encenação é essencial. Woojin já foi para frente do espelho que tinha em seu quarto para ver como tinha ficado, o tempinho necessário para cair a ficha do que o hyung havia dito e dado aquela piscada.  —  H-hyung!!  —  Gaguejou um pouco, sentindo as bochechas esquentarem ao imaginá-los despidos no mesmo ambiente. Jin tentou focar no próprio reflexo, ajustando a roupa ao seu corpo e tentando afastar aqueles pensamentos para não ficar ainda mais vermelho, mas a linguinha não se segurou. — Hyung n-nunca me viu desta f-forma para saber. — Com Jin se enrolando um pouco nas palavras, ficou nítido que ele falhou em tentar esconder que havia ficado sem jeito e a olhadinha no espelho demorou um pouquinho mais que o necessário, até se focar na própria imagem. Satisfeito, ele pôde ir até o mais velho com um biquinho torto nos lábios.  — Não sou magrela! Só menos forte… só um pouquinho.  — E ele fez a última coisa que precisava antes de irem, dar um abraço no hyung, daqueles que a gente envolve tudo, corpo, braços e ainda dá uma encostadinha com o rosto no ombro do amigo ao apertá-lo um pouco.  — Hyung, muito obrigado pela ajuda. Você é o máximo!  —  Com um novo sorrisinho no rosto, Woojin soltou o amigo para que eles pudessem para o trabalho braçal.
Como já estava esperando, sua mãe não o recebeu com um elogio pela roupa e sim agradecendo aos céus mandando um “finalmente!”. Jin riu e perguntou sobre a sua roupa, o que ela tinha achado, então veio o elogio com um carinho no rosto, só que seguido da pergunta do porquê de sua demora e ele explicou a situação de não ter conseguido se vestir sozinho, por isso pediu ajuda ao hyung. Woojin foi repreendido, seus ombros murcharam e o olhar desceu triste quando escutou que já era grande e deveria aprender fazer as coisas sozinho. Ele só assentiu, calado. Por outro lado, a mulher sorriu muito gentil ao agradecer Namgi tanto pela ajuda ao filho, quanto para ajudar a levar as coisas, que ela apressou para que pegassem e pudessem sair.
Jin sabia que ela só deveria estar agitada por conta do festival, tinha coisa pra fazer e não gostava de atrasar nada, então ele sabe que não o fez por mal, ainda mais na frente do amigo. Seus pais só queriam o bem do filho. Só que lá dentro do peito, ele sentiu um pontada de tristeza.
                     a sobrancelha ergue - novamente surpreso com algo que woojin diz. rindo brevemente, o artista encara o reflexo do garoto que havia ficado obviamente sem jeito. fica mudo, somente o olhando como se pensasse em algo - uma boa resposta, para ser mais específico. “ de fato, nunca vi.” diz, por fim. “ mas há coisas que não precisamos ver para ter certeza.” perturba. a intenção era somente sair como o certo, pelo menos naquele assunto, antes de deixar para lá. namgi não espera, de forma alguma, um abraço após aquelas palavras acompanhadas com bico. 
                        o dia parecia que seria feito de surpresas. ao menos partindo do mais novo. namgi, quem pouco é acostumado com abraços, não hesita em apertar o menor entre seus braços. no mínimo, adorável. ele o traz para si, apertando-o contra o corpo e apoiando a lateral do rosto sobre a cabeça do outro por um instante. “ tranquilo, dongsaeng.” e como se só para não perder o humor, ele acrescenta após solta-lo: “ é, você definitivamente é um magrela.”  e rir. 
                       naturalmente, a postura educada e respeitosa para com os mais velhos é o que controla namgi quando ambos, enfim, se encontram na cozinha. perceber a expressão triste de woojin é fácil. discretamente, namgi põe-se por trás do garoto só para sussurrar às escondidas e rapidamente em seu auditivo: “ não liga, hanbok são difíceis mesmo.” e novamente, lançar uma piscadela antes de fazer as mãos ocupadas com os potes e afins cheio das comidas típicas de chuseok. teria sido o que disse suficiente? namgi novamente se faz perto de woojin. “ eu odiaria se morresse sem ter vestido meu muse  na cor que o melhor define, sabia? ”
getting ready
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