Hermann sabia que, mesmo que não fosse de seu gosto, seu rosto estava estampado em cada maldito site de fofocas dentro da Alemanha, e mesmo em algumas fora dela, de forma que sobreviver às abordagens e investidas em eventos públicos como aquele — em que estava exposto — exigia muito de sua paciência. Garotas mais jovens, especialmente, tendiam a ficar em seu encalço, independe daquele ser um baile de boas vindas para sua noiva, e já não era surpreendente quando uma das mais atrevidas passava a persegui-lo por desatenção dos seguranças. E Saxe-Weissenfels podia não temer exércitos inimigos ou armas potentes, mas certamente tinha muito medo das mulheres. ❛ Seria pedir demais que ficasse do meu lado por um tempo? ❜ Perguntou discretamente, se aproximando da figura feminina sem que se atentasse devidamente sobre quem era, ao perceber que dentro do salão uma das garotas que puxara sua gravata à força no tapete de entrada passava os olhos sobre a multidão, como que procurando alguém. ❛ Estou fugindo de uma pessoa. ❜
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A brisa salgada do oceano acariciava o rosto de Cameron enquanto caminhava em direção à casa de praia da família. Havia pedido para o pai parar alguns quarteirões antes para que ele descesse e pudesse cumprimentar alguns amigos, e a negação do progenitor havia feito com que discutissem mais uma vez, algo que cessou apenas porque a mãe havia os lembrado de que o verão era sua estação de paz. Era o início das férias de verão e tudo parecia familiar: a ida à cousins beach, o encontro com os Alwyn, tudo; exceto pelo fato de que tudo havia mudado, ao menos para ele. Havia renunciado sua vaga no time de futebol americano e desde então as discussões com seu pai haviam se tornado recorrentes, sua mesada havia sido cortada e estava sendo cobrado sobre a faculdade, quando ele próprio não sabia o que queria fazer. Havia começado a fumar, algo que mantinha em segredo dos pais, mas esses já sabiam que havia se tornado rebelde, afinal, já tinham sido chamados em sua escola uma ou duas vezes. Em verdade, Cameron estava perdido. Ao adentrar o pátio, com uma mochila pendurada nos ombros e os fones no pescoço, a última coisa que esperava era ser recepcionado por Pepper daquela forma. Costumava ser mais afetivo, contudo, como mencionado, ele havia mudado naquele último ano, e usaria da desculpa das mãos estarem cheias para não só não retribuir o abraço, como também afastar-se dela rapidamente. ❛ Eai, Pepper. ❜ Em contrasta à animação da mais nova, existia a voz entediada de Cameron, mesmo que acompanhada de mero sorriso. E talvez, por essa reação, que tenha levado uma cotovelada da mãe antes dela passar à sua frente para cumprimentar a filha de sua amiga, fazendo-o resmungar brevemente. Também fora ela que respondera ao comentário sobre a demora, concedendo um riso gentil à garota ao dizer que Colin, seu pai, havia feito duas paradas à mais, apenas para ir ao banheiro. Bastou que Nicole, sua mãe, se afastasse, para que sentisse os dedos gentis em seu cabelo, acabando por liberar ar excessivo pelas narinas, ciente de que poderia ser entendido por rude. Mas a verdade é que não sabia exatamente como reagir à presença dela naquele momento, depois de um ano muito tumultuado era incapaz de agir como se nada houvesse mudado, como se fosse apenas o verão. ❛ Decidi mudar de visual, as cheers gostaram. ❜ Provocou, apresentando pela primeira vez um sorriso familiar, aconchegante, para ela, antes de divagar os olhos pelo corpo alheio, concordando brevemente. ❛ Mas não sou o único que mudou, hun? ❜ Estava nítido que ela não era mais a garotinha de um ano antes. ❛ Já tomou o primeiro banho de piscina do verão? ❜
@cinderellc
pepper vinha contando os dias para o início do verão. afinal, em cousins beach, o tempo parecia parar. tal qual os céus passavam o dia ensolarados, sem uma nuvem sequer à vista, os dias na casa de veraneio se passavam sem problemas. o mundo parecia rodar paralelamente à realidade em que os alwyn e os stone se encontravam, com dias de risadas constantes, naquela particular fábrica de boas memórias. desde o último verão, as coisas não iam tão bem para spencer. não queria se sentir assim, porém se fosse sincera consigo mesma, precisava admitir que mal tivera tempo de processar o divórcio dos pais e a saída de seu pai de casa, quando fora bombardeada pelas notícias de que ele não só tinha uma nova noiva, como esta também estava grávida. com seu mundo virado de cabeça para baixo, tudo em que pepper conseguia pensar era nos dias que sucederiam a viagem. especialmente na companhia de cameron, que parecia ser um santo remédio para tudo. no fundo, sabia que era muito mais do que isso, mas a alwyn justificava o quanto vinha sentindo a falta alheia como mera saudades casuais, já que havia cerca de um ano desde a última vez em que haviam se visto. entretanto, era nítido pelo descer das escadas desesperado, ao que sua mãe exclamara “eles chegaram!”, que pepper tinha sentimentos a mais pelo stone. sentimentos esses que justa e somente ele parecia não ver. apesar de ter recebido calorosamente a matriarca dos stone, também conhecida como a melhor amiga de sua mãe, fora direto na direção de cameron que pepper correra, exclamando ao jogar-se em um abraço, agarrando seu pescoço à mesma maneira que fazia em todos os anos anteriores. “cam! que saudades!” e, seguidamente a suas exclamações de felicidade, vieram as implicâncias bem-humoradas “vocês demoraram tanto que eu achei que estavam vindo a pé!” por mais que seu coração implorasse para que ela ficasse agarrada a ele mais alguns segundos, pepper recuou um pouco, somente o necessário para olhá-lo e passar a mão bagunçando os cabelos loiros alheios ao perguntar “e, ei, o que é que aconteceu com o seu cabelo? estava melhor antes.” bem, para ela, ele ficava lindo de qualquer jeito.
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Os holofotes cintilantes e o som dos aplausos ecoavam pelo salão luxuoso enquanto Argon adentrava o baile. O terno impecável tinha a cor azul petróleo para homenagear o distrito de sua origem, mesmo que aquele não fosse um desfile de tributos. Fazia muitos anos, inclusive, que havia sido um, e se antes suas aparições eram sobre sobrevivência, naquela noite era sobre manipulação. Sentia os olhares curiosos, mesmo não sendo um novato na extravagante Capital, conforme transitava pelo salão, fazendo questão de conceder sorrisos cativantes para aqueles com quem seu olhar cruzava. Muitos ainda se referiam a ele como o garoto do mar, mas isso não significava que não desejavam sua presença. Pelo contrário, sua companhia era esperada mesmo por convidados ricos e influentes, que buscavam algum tipo de prazer, benefício, através dele. Tomando para si uma taça de champanhe, acostumado com toda a pompa e ostentação, ele estabeleceu-se próximo de uma pilastra, não levando muito tempo para ser abordado por um patrocinador. O homem mantinha um caso com um estilista, mesmo sendo casado com uma mulher de muitas posses. Se isso se tornasse escândalo após o outro negar algum favor para Argon, não seria ele quem espalharia o boato. Claro que não. ❛ Essa é uma noite para divertimento, senhor Bellroot. Não falemos de negócio. ❜ Esnobou, mesmo que todas as noites fossem de negócio para ele, desvencilhando-se do homem quando reconheceu uma silhueta feminina na multidão. Seus passos eram confiantes e o sorriso, sedutor, conforme aproximava-se. Já havia a visto em alguns outro eventos, embora fosse de seu conhecimento boatos de que ela desgostava daquilo tudo. E isso, sobretudo, o intrigava. ❛ Posso te oferecer uma bebida, distrito seis? Elas tendem a deixar tudo mais... suportável. ❜ Ofereceu a taça que havia subtraído de um garçom no caminho, parando ao lado da garota. Algo na postura dela, ou nos boatos que a circundavam, o fazia lembrar-se de seus verdadeiros propósitos.
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Limpe a piscina à noite para não atrapalhar o uso dela, lembrava-se do marquês dizer isso à ele em sua primeira tarde ali. Marquês, porra. Ele se sentia na pré-história sempre que o coroa fazia questão de ostentar seu título. E era impossível não se questionar: que porra faz um marquês para ter uma casa como aquela? O boné estava virado para trás, ainda que não precisasse esconder-se do sol, enquanto manejava a peneira dentro d’água, recolhendo as folhas que haviam caído durante o dia. Tinha que realizar a tarefa diariamente, ou no máximo dia sim e dia não, para tudo ficar na perfeita ordem. Não reclamava, afinal, era o dinheiro que Fitzroy lhe dava que financiaria seus estudos no começo. Distraído com o ambiente ao seu redor enquanto limpava, e assoviava uma canção qualquer, foi pego de surpresa com a presença da morena, acabando por soltar o cabo da peneira que deslizou para dentro da piscina. ❛ Porra... ❜ Murmurou consigo mesmo, tom de lamento ao ver o alumínio afundar. E só então voltou os olhos para a garota, não se impedindo de divagar os orbes azuis pelo corpo alheio por um momento. ❛ Se não percebeu, eu estava apenas limpando, marquesinha... ❜ O tom levemente debochado e ácido fazia parte de sua persona, necessário para sobreviver ao subúrbio ele diria. ❛ Invés de me atrapalhar deveria me ajudar. Aproveita que tá entrando e pega a peneira pra mim, vai. ❜ Atrevido alguns diriam, por fazer aquele tipo de pedido para sua semi-patroa, mas era realmente ousado, e fazia a proposta enquanto ladeava a piscina, estabelecendo-se na extremidade oposta à Blair. Era inconsequente, mas mesmo ele sabia que onde se ganhava o pão não deveria se comer a carne. Ou alguma merda de ditado assim.
˙ ˖ ╱ blair deslizou silenciosamente pela varanda de sua suntuosa mansão . o vento suave da noite acariciava seus cabelos escuros enquanto ela se aproximava da piscina iluminada pela lua . vestindo um longo roupão de seda , ela exalava luxo e anseio em cada movimento . furacão blair cada vez mais próximo de cometer uma grande loucura . ao chegar à beira da piscina , a marquesa vislumbrou a figura de charles , o garoto que começara a trabalhar para sua família há tão pouco tempo . com um olhar curioso nos olhos , se aproximou dele , seus pés descalços tocando suavemente o piso frio da área da piscina . ela deixou o roupão escorregar dos ombros , revelando um traje de banho elegante que ressaltava sua figura esbelta . “ pensei que funcionários não pudessem frequentar essa área . ” disse com certo divertimento . a fitzroy não era tão mesquinha quanto aparentava ser . deu alguns passos em direção a ele , as joias que adornavam seu corpo cintilando à luz da lua . ela mergulhou os pés na água , sentindo a sensação refrescante envolvê-los . “ mas , por algum motivo , acho que você é uma exceção . ” @naosoudevoces
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Sentiu os dedos se tensionarem, largando o cadarço do patins em clara frustração. Era ridículo que não estivesse conseguindo cumprir tarefa tão simples, como o amarrar dos cadarços, mas sua mente não estava permitindo que se focasse completamente. A discussão acalorada com seu pai por telefone sobre a oficina mecânica da família ainda ecoava em sua mente. Sabia que mais tarde se arrependeria do que havia dito ao pai, mas o homem também havia ferido seus sentimentos ao desmotivá-lo no esporte; havia dito que Logan não era tão bom quanto pensava, e que seria incapaz de conseguir um contrato, por isso era melhor que chegasse logo na oficina invés de treinar qualquer merda como hockey. Respirou fundo, tentando concentrar-se nos amigos que riam alguns bancos de si, respeitando seu momento de solitude. E então, voltou-se aos cadarços, concluindo a tarefa com sucesso dessa vez. O som distante do treinador no rinque e o frescor do ar gélido preenchiam seus sentidos, envolvendo-o em um ambiente reconfortante. Poderia até não tornar-se profissional, como o pai havia frisado ao lembrá-lo que era incapaz disso, mas não havia forma de abrir mão do hockey. Não quando o esporte havia o salvado tantas vezes quanto foram necessárias. Enquanto terminava de se preparar para o treino, colocando as luvas, a repentina animação do time atraiu sua atenção, e ele arqueou as sobrancelhas em descrença ao reconhecer a figura diminuta de Catalina ziguezaguear entre os corpos robustos em sua direção. ❛ The great one? Assim eu fico mal acostumado, Henie. ❜ Devolveu a provocação, mostrando que não era a única com conhecimento sobre o esporte do outro ali. Tudo bem que patinação artística não era algo que estudava, mas às vezes algumas curiosidades o faziam ganhar ponto com as patinadoras, e disso ele gostava. Com um misto de surpresa e curiosidade ele colocou-se em pé diante as palavras dela, desviando o foco da loira por meros segundos, apenas para que pudesse mostrar o dedo do meio aos amigos que entravam no rinque. Apreciava a determinação na voz de Catalina, e o desafio que ela apresentava. ❛ E o que seria essa proposta irrecusável? ❜ A indagação foi acompanhada por um aproximar da garota, guiando-a para que ficasse entre ele e a parede de policarbonato. ❛ Só preciso avisar que já estou ocupado essa noite. Mas prometo que vou considerar qualquer coisa que disser com a mente aberta. Você só precisa ser rápida, meu treino já vai começar... ❜ Sussurrou em clara provocação, os olhos sequer desviando-se dos dela.
˙ ˖ ╱ maldito wyatt ! quem tinha a proeza de se lesionar seis meses antes do início da temporada ?! ainda mais com um movimento tão simples como o salchow que ela conseguia fazer de olhos fechados . no final , quem acabava sofrendo as consequências era a própria reyes que precisava ir em busca de uma dupla para o campeonato que suprisse todas as suas expectativas . ou seja : uma tarefa impossível ! ela rejeitou todos os patinadores apresentados pela sua orientadora por todos serem bons em apenas uma coisa : serem péssimos . já estava quase perdendo as esperanças quando brynn surgiu com uma ideia ordinária , mas que catalina via certo potencial . não que não tivesse passado por sua cabeça antes , mas descartou por não imaginar estar tão desesperada assim … mas ela estava ! muito , muito desesperada ! “ se logan conelly é minha única chance de vencer , terei que fazer esse sacrifício . ” ela pressionou os lábios , suspirando fundo antes de se levantar e tomar uma atitude . a última expressão da amiga denunciava que estava brincando , porém a patinadora não tinha muitas opções melhores . não era a maior fã de hockey , os jogadores em , em sua maioria , eram as piores pessoas da faculdade , mas lá estava ela indo fazer acordo com o diabo . chegou no centro de treinamento antes de eles entrarem no gelo e foi recebida com olhares confusos ou assovios que a fez revirar as órbitas em frustração . ergueu a cabeça , em busca de logan conelly . ugh , até o nome do sujeito a dava vontade de vomitar . quando o encontrou no fundo da sala , andou até ele em passos firmes como se estivesse convencida do que fazia . confiança é tudo , certo ?“ ei , the great one ! ” só porquê não era fã de hockey , não significava ser leiga sobre o assunto ; wayne gretzky é considerado o melhor jogador da história do hockey e isso era indiscutível . “ eu tenho uma proposta para você e não aceito não como resposta . ” se ajoelhou na frente dele enquanto completava seu exercício para que pudesse olhar diretamente em seus olhos . e foi aí que percebeu a grande burrada que tinha feito . @naosoudevoces
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roxywrites:
˙ ˖ ╱ catherine sempre teve uma personalidade independente e parecia que não se encaixava completamente nas normas requeridas para alguém como ela . se sentia desconfortável em certas situações sociais , mas ainda assim era valente o suficiente para enfrentá-las . o casamento com o duque de devonshire poderia ser considerado seu maior desafio até então já que casar-se nunca fora seu principal objetivo , mas sendo a mais velha de seis irmãos , não tinha muitas escolhas . a situação financeira de sua família adicionou certa pressão e tensão ao casamento , e ela está em uma luta interna para equilibrar suas obrigações com seus próprios desejos e necessidades . “ podemos ficar mais um pouco , james . acredito que seria impróprio sairmos tão cedo depois de termos sido convidados para este evento . ” ponderou por um momento , seu tom de voz saindo baixo e ela evitando virar o tronco para encará-lo , preferindo que parecesse uma conversa casual . não queria parecer rude ou desinteressada pelo evento , mas ao mesmo tempo não queria prolongar sua estadia ali . “ nada interessante que tenha prendido sua atenção à ponto de conseguir fingir que gosta do ambiente ? ”
Desbravar o mundo em um navio, explorando os ditos sete mares, ia além da necessidade de aventura ou mero estilo de vida baseado em rebeldia. Consistia também nas crenças sociais de James. Anarquista por natureza, ir contra as regras que moldavam a sociedade era algo que o instigava. Tinha dinheiro, mas não tinha etiqueta. Falava alto durante o jantar, batia o punho na mesa para pedir mais bebida, dormia com tantas mulheres quanto podia contar nos dedos, e não se importava nenhum pouco com a pompa social. Isso até herdar o título e dobrar-se para as convenções, a começar pelo casamento. Não era exatamente ruim estar casado com Catherine, mas não era como se permitisse que ela o conhecesse e criassem alguma afinidade. Eram quase como estranhos que moravam sob o mesmo teto, ainda que cortesias como àquela, comparecer a um evento que imaginava que ela gostaria enquanto ele detestava, fossem recorrentes. ❛ Eles são como abutres que só querem fofocas, eu não me preocuparia em agradá-los. ❜ O comentário mau humorado escapou sem que pudesse pensar muito à respeito, e imediatamente percebeu o que havia feito. Não tinha o hábito de compartilhar opiniões políticas com a esposa, e não por achá-la incapaz de compreender, mas sim por ser resignado demais. ❛ Desculpe, não quero chateá-la com minhas opiniões antissociais. Podemos ficar mais um pouco, sim. O vinho nem é tão ruim... ❜ O tom bom humorado de sua fala não combinava muito com o semblante cínico. Mas ele se esforçava, mesmo que a ideia de mais tempo ali causasse uma sensação de sufocamento. A sugestão alheia o fez contemplar todo o salão com o olhar, vagarosamente, antes de retornar os olhos para ela em sutil oscilar dos ombros. ❛ Não sou muito bom em mentir. Mas talvez possamos dançar? Apesar de estar mais acostumado com ritmos acelerados, do subúrbio, prometo não pisar nos seus pés. ❜
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Ainda que não houvesse como faltar, ela não havia feito planos de comparecer ao aniversário de Pipper, e se estava ali era tudo culpa de Peter, seu noivo, que havia a incentivado a comparecer e aproveitar o evento para convidar suas amigas de infância para o casamento, que acorreria em oito meses, pouco antes de completar trinta anos, conforme os planos. Não apreciava o sentimento de nostalgia, pensando sempre no futuro e nas coisas que desejava conquistar, mas não podia negar que era bom rever aquelas pessoas. Havia deixado Peter na mesa onde estavam, para se refrescar no banheiro, e foi na saída dele que acabou por se desequilibrar, caindo aos pés da última pessoa que esperava encontrar naquela noite. ❛ Volkan?! ❜ Tentou disfarçar a surpresa, mas nunca havia sido muito boa nisso de qualquer forma, expressiva demais para seu próprio bem, e a voz levemente trêmula a denunciava. Além disso, existia o rubor, por estar no chão diante dele, e a mera lembrança de sua situação a fez estender a mão para ele, pedido silencioso de ajuda, já que seria impossível levantar-se do chão com o vestido e saltos que usava. / @roxywrites
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Noah estava sentado em um sofá puído no porão de seu amigo Harry, com uma garrafa de cerveja em uma mão e um controle de videogame na outra. O som alto da música misturava-se com as risadas e os gritos de empolgação dos amigos enquanto jogavam freneticamente. O porão escuro e cheio de pôsteres de bandas de rock refletia perfeitamente a essência rebelde do grupo ali reunido, não fosse pela pureza que ele atribuía à Margot — era incapaz de compreender que merda ela estava fazendo com Harry, ou com eles, no geral. Seu cabelo platinado bagunçado e seu olhar desafiador transmitiam uma atitude ousada e despreocupada, ao vangloriar-se da bela partida que havia feito. ❛ Para ninguém chorar, vou subir m pouco e dar minha vez para jogarem. ❜ A declaração de teor arrogante combinava perfeitamente com ele, ainda que os amigos vaiassem sua atitude após atirar o controle sobre o sofá, afastando-se do centro. No caminho até a porta, seu olhar recaiu sobre a loira, que parecia preocupada demais em ser uma boa anfitriã para aqueles merdinhas — ele incluso — e esquecia de se divertir; se é que era capaz de o fazer. ❛ Estou ficando entediado aqui embaixo. Que tal subirmos e irmos beber na calçada? O ar fresco pode nos fazer bem. ❜ Convidou, elevando o dedo do meio para o amigo quando questionado do motivo de estar perto da namorada dele. A atitude, idiota e levemente jocosa, parecia funcionar bem para deixar suas intenções ocultas, somente para si. Ele sabia que estava se metendo em uma situação complicada, mas não podia resistir ao chamado da aventura e do desconhecido, ainda mais quando mesmo ele ficava puto para um cacete com a forma como ela era tratada por Harry. / @roxywrites
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Havia acabado de sair do estúdio de dança, ainda com a energia do ensaio fluindo por suas veias, quando foi abraçado pelo vento frio do outono, imediatamente sendo obrigado a fechar o zíper de seu moletom. Por mais que desejasse chegar em casa, tomar um banho quente e relaxar pelas próximas horas, esperando sua pizza favorita, um restaurante em particular chamou sua atenção enquanto passava por ele. O cheiro que escapou para a rua, quando a porta fora aberta para um casal o deixar, chegou a fazer seu estômago roncar de surpresa. E apenas por isso ele cedeu ao impulso de o adentrar. Apesar do ambiente simples, foi atendido prontamente pela hostess, que levou-o à seu lugar. Antes de passar seu pedido, contudo, recolheu-se ao banheiro, sendo no caminho de ida que reparou na garota. Ela parecia inquieta e um pouco desconfortável, e ainda que existisse uma música ambiente, Justin foi capaz de ouvir, meio sem querer, a conversa dela com a maîtres. Deduziu que o encontro dela havia furado, e depois de breve debate no banheiro, ele recolheu suas coisas de onde havia sido alocado, para surpreendentemente sentar-se junto dela. ❛ Desculpa pelo atraso, mesmo de bicicleta o trânsito está uma loucura. ❜ Apesar da postura confiante, seu sorriso escondia uma timidez pela situação, conforme sentava-se na cadeira à frente dela. ❛ Eu sou Justin, e meu compromisso acabou de ser cancelado. Seria um prazer ficar aqui, se você não se importar. ❜ Agora sussurrava, com leve inclinar sobre a mesa, de forma cúmplice, esperando que a garota não delatasse sua farsa. ❛ Vinho? ❜ A indagação, ainda que direcionada para sua companhia, foi feita para a pessoa responsável por tirar o pedido deles. / @roxywrites
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Os músculos ainda estavam tensos e o suor escorria pelo rosto de Nathaniel, que havia acabado de sair do ringue com a vitória nas mãos. Seu coração pulsava com a adrenalina da luta, mas seu corpo estava marcado pelas consequências físicas do embate. Os hematomas e cortes mostravam o preço que ele pagava pelo seu talento no boxe. Enquanto se dirigia ao seu vestiário, uma figura familiar apareceu em sua mente: Michelle. Ele jurava tê-la visto na plateia, mas o jogo de luzes, os gritos de torcida e, principalmente, seu adversário, haviam roubado todo o foco do lutador, que foi incapaz de desviar o olhar para checar na plateia. Enquanto olhava-se no espelho, com a face da morena em mente, não podia evitar de rir. As preocupações de Michelle com sua segurança e bem-estar muitas vezes levaram a discussões acaloradas que resultaram em rompimentos, e ela certamente o repreenderia por apresentar-se daquela forma. Já havia se livrado do suor, jogando a tolha macia no chão, quando ouviu a porta do vestiário se abrir. Imaginando ser o adversário, ou então o treinador, não preocupou-se em olhar sobre o ombro para certificar-se da intrusão. Estava massageando um dos pulsos, doloridos em decorrência do esforço aplicado nos socos, quando o aroma familiar o alcançou. Mesmo se não desejasse, imaginava ele, teria girado nos calcanhares da forma que fizera. ❝ Vai ficar ofendida se eu disser que estou surpreso? ❞ O tom era jocoso, exibindo sorriso para recepcioná-la. / @vicksmumu
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Não era algo que soubesse explicar, e tampouco era do tipo que procuraria alguém para falar sobre o assunto. A vida havia sido deveras dura com Emre, auxiliando-o na construção de muros no que contemplava seus sentimentos. Era uma pessoa carismática, e tinha certo apresso por interações sociais, mas falar sobre o que sentia era demais — e pensar à respeito costumava ser bastante confuso, também. Preferia debates, sobre arte, música, cultura, e negócios — o último reservado para o público masculino, como de costume. Também gostava de astronomia, filosofia, e política, embora os abordasse com menor constância. Fato é que não havia sido incentivado a compreender suas emoções, sendo cobrado apenas uma postura firme após a posse do seu título, e dominação de assuntos básicos da sociedade. E antes disso, seu único incentivo era para que vivesse a boa vida, e estudasse o suficiente para ser admirado — sua posição como estrangeiro em terras londrinas o obrigava à isso. Por isso, não compreendia a estranha sensação de peso que não havia abandonado o seu peito desde o momento em que viu Lucine pela última vez, três dias antes, naquele porto. Após o flagra da intenção da garota em fugir, e sua breve discussão com a cabeça-dura, ele foi tomado por uma febre avassaladora que o deixou de cama.
O anúncio de que ela o estava visitando, porém, foi o suficiente para fazê-lo sair da cama. Diria ser apenas coincidência, já que a ideia de ter se afetado pela rejeição dela não era algo concebível pelo duque. A ideia era absurda, na verdade, vez que não possuía plena consciência dos sentimentos que nutria por ela. Provavelmente havia pego uma gripe, por conta da chuva, e o repouso combinado com as sopas de sua cozinheira haviam o curado, coincidentemente, no dia em que a Carmichael o visitara. Finalmente, depois de arrumar-se, concedeu à mais jovem o prazer de sua companhia. Seus olhos escuros encontraram os dela e ele suspirou, sua expressão suavizando-se ligeiramente. Bastou, porém, que ouvisse a comoção em sua voz para que franzisse as sobrancelhas, dando um passo na direção dela. ❝ —— Lucy... ❞ Ele chamou, a voz grave, ainda que baixa, preenchendo a sala de visitas. Não incomodava-se com a presença de Jarvis, crendo em sua discrição sempre, e por isso não amedrontou-se em aproximar-se da morena e erguer o queixo dela com delicadeza. ❝ —— Will deve ter se confundido ou interpretado mal. Eu estava enfrentando algumas preocupações pessoais, mas não é uma questão de saúde. Estou saudável como um touro. ❞ O tom empregado era jocoso, acreditando que aquele seria um terreno fácil de lidar. E bastou a brincadeira breve para que esboçasse um sorriso, mas a necessidade de partilhar seus pensamentos com ela o fez recuar, limpando ligeiramente a garganta antes de oferecer silenciosamente para que se sentasse.
❝ —— Eu aprecio sua honestidade, mas não se preocupe. Não há nada para ser perdoado. Você foi corajosa em ariscar algo que, eu imagino, tenha feito mais sentido para seus objetivos. Não precisa se desculpar por isso. Embora eu tenha me sentido ultrajado por receber apenas uma carta. ❞ Novamente, existia o bom humor, as palavras bem humoradas e leves, mesmo que ele próprio não estivesse exatamente calmo. ❝ —— Não estou aqui para julgá-la. Estou aqui para ouvir e buscar uma solução que seja melhor para ambos. Se você ainda deseja continuar nosso noivado, estou disposto a trabalhar nisso. Mas se você acredita que é melhor seguirmos caminhos separados, também compreenderei. E, como prometi no princípio, eu farei com que você saia ilesa. Sei que a sociedade é cruel com mulheres. ❞ Ainda que parecesse bastante altruísta, parte de si desejava que ela concordasse com continuar com aquilo. E era incapaz de afirmar que os objetivos eram os mesmos de algumas semanas antes, quando desejava apenas espantar mães desesperadas e pretendentes entediantes. ❝ —— Deseja chá? ❞ A indagação foi acompanhada de um desviar dos olhos da figura de Lucy, para que solicitasse para Jarvis, com leve aceno. A ausência do homem, podendo trazer maior confiança também na amiga noiva.
@naosoudevoces
Uma estranha sensação de peso não havia abandonado seu peito desde o momento em que viu Emre pela última vez, três dias antes. Depois que ele fora embora, Lucine passou as horas seguintes sentada exatamente no mesmo lugar, sem conseguir mexer seus pés na direção do que deveria ser sua liberdade. Lágrimas escorreram livremente por suas bochechas como nunca antes e o crescente aperto em seu peito a fazia acreditar que era a pior pessoa do planeta. Sua família era tudo para ela, como pudera sequer pensar em abandoná-los daquele jeito? Não merecia o amor que recebia, Lucy era cruel, egoísta e incapaz de pensar em outra pessoa além dela mesma. Pelo menos, era assim que se sentia. Sem falar em Emre… Céus, não podia nem pensar nele. Aquele que tinha ido contra seus princípios apenas para ajudá-la, mesmo que, para tal, significasse abrir mão de sua própria liberdade. Lucy também não o merecia. Continuou chorando até que se sentisse fraca, sem forças até para voltar para casa. Estava absolutamente envergonhada de suas atitudes, sem exceção. Não sabia como faria para olhar nos olhos daqueles que tanto amava, mas precisou de mais alguns minutos para reunir coragem de se levantar dali. No entanto, antes que tivesse alguma reação, a visão de William fez com que seu coração palpitasse. O irmão precisou pegá-la no colo e levá-la para casa. Até então, ninguém mais sabia o que havia acontecido.
Postergou o quanto pôde a visita até a residência de Emre. Tentou pensar no que dizer, mas não conseguiu encontrar palavras que pudessem expressar seu arrependimento. Era uma pessoa péssima, sabia disso, e queria que o amigo soubesse o quão constrangida estava com os acontecimentos dos últimos dias. Entretanto, saber da doença dele foi o suficiente para fazê-la sair de casa pela primeira vez em três dias. O vinco entre suas sobrancelhas não deixou seu rosto desde que Will lhe mencionara a doença do amigo e Lucy estremeceu com a chance de tê-lo frustrado tanto a ponto de deixá-lo adoentado. Não sabia o que seria de seu noivado, mas não o julgaria se não a quisesse mais. Sua reputação estaria arruinada, tinha consciência, mas havia merecido. Bateu à porta da casa de Emre com certa cautela, deixando sua dama de companhia na cozinha enquanto esperava por ele na sala de visitas. Sentou-se inquieta, mexendo seus pés sem parar enquanto o esperava. Jarvis havia saído há alguns minutos e, embora não houvesse retornado com más notícias, tampouco havia dado qualquer indício de que Emre realmente desceria para vê-la.
Após alguns (longos) minutos, Lucy ouviu passos virem na direção do cômodo em que estava. Prendeu a respiração, virando-se para a porta em expectativa. Não tinha ideia do que esperar daquele encontro – se realmente houvesse um. O movimento da porta foi o suficiente para que a Carmichael levantasse do sofá em um pulo, soltando o ar no momento em que seus olhos se encontraram com os do duque. Por alguns instantes, permaneceu no mesmo lugar, encarando-o. “Eu sinto tanto… tanto.” sentiu seus olhos lacrimejarem. Porém, não se permitiu chorar. Não era a vítima ali, não podia se dar o luxo de chorar. “Não tenho sequer palavras para descrever o quão envergonhada estou. Se puder me perdoar, saiba que estou mesmo arrependida.” seu tom era de súplica, como Emre provavelmente nunca ouvira sair de seus lábios antes. “Não espero que queira seguir com o noivado. Entenderei e farei o possível para que saia o mais ileso possível. Como está se sentindo? Will me contou que estava doente.”
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Ao caminhar através do salão, James podia sentir a nuca queimar com os olhares curiosos que lhe eram lançados por outros convidados. Mas nada de novo havia nisso: Vivera tal situação em todas as suas aparições públicas desde que assumira o título pertencente ao seu falecido tio. Ainda que soubessem de onde vinha, ou o que havia feito antes do título, poucos sabiam quem realmente era. E alguns meses depois da poeira baixar pelo tempo, além do casamento dele já não ser uma novidade também, podiam se permitir consumir na curiosidade de o que diabos o Duque de Devonshire fazia ali?
Bem, diferente do que era esperado de alguém com seu título, não possuía tino para conversas sociais. Havia crescido em um navio, onde bebiam rum em copos de madeira e falavam sobre mulheres que pagavam para passar a noite com. Não havia etiqueta, ou nada assim, entre os homens do convés. Por isso que, o mais educadamente que podia, se livrou de cada um dos homens que vinham beliscar conversas, atraídos por sua posição na nobreza. ❝ Já podemos ir embora? ❞ O questionamento foi feito para a esposa, assim que reassumiu seu lugar ao lado dela. Ainda que não estivesse satisfeito em estar ali, havia prometido que ficaria pelo tempo que ela desejasse. / @roxywrites
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Se Josephine fosse um pouco mais intensa e aventureira, talvez ela gostasse de montar em um cavalo. Era isso o que pensava, do interior da carruagem, com o queixo descansando sobre o dorso da mão, este estando apoiado na janela de madeira conforme observava o movimento do lado de fora. Não era exatamente apropriado, mas sua mãe estava empolgada demais conversando com Margot sobre sua primeira aparição como noiva, para que se preocupasse com Jo. Noiva. Ela suspirou com leve sorriso, feliz pela irmã mais velha. Margot era aventureira e mais exótica do que ela, o tipo de mulher sobre as quais homens escreviam poesias — e lorde Harris havia realmente feito isso, recitando uma poesia na noite anterior antes de declarar suas intenções e pedir a mão de sua irmã. Agora, ao menos uma delas se casaria até o final da temporada, para a felicidade de seu pai que havia investido um valor alto no debute das duas. Já ela, bem, pensava que pudesse se casar com alguém no ano seguinte, quando a euforia do casamento de Margot certamente já teria passado, e ainda faltasse um ano para a temporada de Haydée, e sua madras-mãe estaria preocupada com ela.
Apesar de extremamente feliz pela irmã, contudo, Josephine via o novo status da mais velha afetar sua vida uma vez que agora deveria acompanhar à ela e seu noivo em todo canto. Não que isso a deixasse descontente, bem, talvez às vezes, já que havia precisado cancelar sua visita à Lucine para estar no autódromo, onde uma corrida de cavalos aconteceria antes do piquenique para a sociedade de Londres. Bastou que a carruagem parasse, e as três descessem, para que a mãe dissesse que ficaria junto das outras mães, em uma tenda, enquanto ela e a irmã aproveitavam o dia ensolarado. Não precisaram de muitos passos, porém, para que encontrassem o lorde Harris, e depois de caminhar um pouco com eles, Jo avistasse os cabelos característicos de Carmichael. No último baile, William havia dito que ela era bonita, e desde então concluíra que a palavra ficava linda quando saía de seus lábios. Com uma respiração profunda, capaz de destacar suas clavículas, ela encarou-o por um instante antes de voltar-se para a irmã. ❝ —— Margot, lorde Harris. Eu preciso me refrescar, encontro vocês nas arquibancadas. ❞ Ainda que desejasse soar decidida, sua fala assemelhava-se com um pedido, e só após a irmã mais velha assentir que Josephine afastou-se. ❝ —— Você gosta de limonada? .❞ A pergunta, agora, era direcionada a William, quando já encontrava-se bastante próxima do Carmichael para que sua voz soasse suave. / @crmchl
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Cada dia que permitia que Harvey se encontrasse com as filhas, mais se arrependia de ter aceito a ordem dos pais de mantê-las longe dele. Não por ele ser irritantemente bom demais com as gêmeas — embora, alguns dias, isso seja uma sentença verdadeira —, mas pela péssima sensação de estar enganando todos que amava e não queria que eles se decepcionassem com ela. Além disso, as linhas do que é real e o que é atuação estavam começando a ficar borradas e ela não conseguia distinguir se aqueles momentos eram algo além de uma visita. Também vinha se questionando o motivo de não terem um relacionamento mais estável, para além da diferença de classe. ❝ Elas te acham mais divertido do que eu. ❞ O comentário possuía um fundo de ciúmes ao que apontava com o queixo em direção onde as filhas brincavam, um pouco afastada deles. Mas era incapaz de julgá-las, já que aquele espírito livre e rebelde de Harvey havia sido o que a atraíra à princípio. Antes de continuar, roubou algumas fritas do prato dele, ocupando a boca enquanto evitava o olhar do Hook, observando as garotinhas. ❝ Tive que trazer, inclusive, vestidos extras. Elas sempre se sujam com essas brincadeiras que você inventa, e meus pais pensam que estamos na galeria dos Dubois, avaliando algum quadro absurdamente caro que iremos comprar para pendurar no quarto delas. ❞ Suspirou, rolando os olhos. Nicolla Triton estava rolando os olhos para exageros consumistas que, outrora, não a incomodariam. Estava realmente mudando. / @roxywrites
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Sabia que Jenna não fazia por mal. Sua volta à Nevermore acarretava uma série de expectativas naqueles que ela havia deixado para trás. Ela não estava em seu melhor comportamento há um ano atrás, e suas amigas esperavam que com sua volta, as coisas lentamente voltassem a ser como sempre haviam sido. Festas, bebidas, e coisas que ela literalmente não conseguia se lembrar na manhã seguinte. Talvez Kiara devesse tentar alguma dessas coisas agora que ela se sentia um pouco melhor, talvez ela devesse sair, mas não se sentia pronta ainda. ❝ Desculpe Jen, mas não dá. Eu já tenho planos… ❞ A morena cruzou os braços a sua frente, como se duvidasse de que Lovelace pudesse ter planos, ou pelo menos planos melhores do que ela propunha. Foi nesse instante que viu a loira passar pelo seu canto de olho e ela foi rápida o suficiente para puxá-la pelo pulso. ❝ Anastasia! Anastasia e eu temos planos, certo? ❞ Ela virou então os olhinhos castanhos para a garota, como quem implorava por uma ajuda, por um milagre. ❝ E isso tem a ver com a minha nova matéria, que você disse que leria. Certo? ❞ Indagou mais animada, desviando a atenção dela para procurar as folhas de rascunho em sua bolsa. / @audenguezt
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Com os olhos castanhos semicerrados, Milo observou a bolinha alaranjada contornar a boca do copo uma vez, ameaçando cair para fora antes de, finalmente, espirrar poucas gotas de cerveja ao cair para dentro do recipiente. O simples movimento, fizera com que o caído vibrasse na sua ponta da mesa, jogando os fios de cabelos que insistiam em cair sobre os olhos para trás, antes de erguer o olhar para Cemre, na outra ponta. ❝ O que você dizia mesmo? Que desejava beber mais um copo? Vamos lá, eu fiz as honras... ❞ Instruiu ele, de maneira debochada, gesticulando na direção dos copos vermelhos. Não achava muito higiênico, mas considerando que estavam em uma festa clandestina de Nevermore, não podia esperar nada além daquilo. Chamá-lo de competitivo era um verdadeiro eufemismo, e ações como aquela denunciavam isso perfeitamente. / @audenguezt
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Não era grande fã de recordações, vez que não possuía muitas — ao menos não no sentido de feliz, que oferecem ao sujeito o desejo de compartilhar. Olhar para trás com pesar (ou nostalgia melancólica) nunca era uma boa ideia, no entanto, e por isso Rain evitava pensar sobre onde vinha ou as escolhas que haviam o levado ao estado em que encontrava-se. A memória, no entanto, que aquele ambiente em especial trazia era inofensiva, para dizer o mínimo. Um primeiro trote desastroso entrava na categorização de ‘memórias para revisitar’, e ele fazia algo parecido com isso enquanto os orbes castanhos focavam-se no animal de grande porte. Perto o bastante para acariciá-lo, os dedos do circense deslizavam através da pelagem espessa e castanha, num afago suave acima de seu fuço. Não consistia numa interação de intimidade, vez que não possuía o hábito da montaria, mas era uma carícia inofensiva. ❛ Li em algum canto que eles possuem uma excelente memória, sendo capazes de armazenar informações por mais de dez anos. ❜ Compartilhou a informação com sua recente companhia antes de afastar-se do animal, apenas para se sentar sobre a montanha de feno próxima deles. ❛ Você irá montar? ❜ / @audenguezt
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