Don't wanna be here? Send us removal request.
natashalopesmath · 6 years ago
Text
Vamos falar de interdisciplinaridade?
    Por: Natasha Lopes
    Interdisciplinaridade é um conceito muito abordado na educação contemporânea, e se trata de lecionar relacionando diversas áreas do conhecimento, fugindo da tradicional compartimentalização dos conteúdos que ainda é realidade em muitas escolas, proporcionando ao aluno um aprendizado mais significativo e uma formação integral que o torne apto para compreender melhor o mundo.
   Trago aqui uma sugestão de como produzir um ensino interdisciplinar, tendo como tema central a Primeira Guerra Mundial, visando construir um saber amplo sobre o assunto.
    É óbvio que este é um conteúdo da disciplina de história, sim, mas não apenas. Em geografia, podemos abordar as mudanças políticas ocorridas antes, durante e depois dos conflitos e quais países surgiram e quais deixaram de existir após este evento.
    A matemática (minha área de atuação) também pode ser usada para interpretar outros aspectos do conflito, quanto custa financeiramente uma guerra para os envolvidos e quais as consequências econômicas para a população? A biologia também nos ajuda a entender o quão devastador foi esse conflito, já que muitos dos soldados que não pereciam em batalha acabavam falecendo devido a infecções adquiridas em hospitais improvisados precários em termos de saneamento, um professor desta disciplina pode aproveitar para ensinar sobre bactérias e doenças infecciosas a partir desse contexto.
    Com a física e a química podemos trazer luz a uma discussão importante que pode ter apoio na filosofia e sociologia. Afinal, as leis da física que tornam possível um avião voar, também permite que o mesmo lance bombas e cause destruição, e o saber químico que permite criar medicamentos, também pode criar armas letais como o terrível gás mostarda. É muito válido debater o uso que damos a ciência, será que a estamos a usando para melhorar o mundo ou o oposto? O conhecimento é uma ferramenta, e cabe a nós saber o melhor modo de usá-lo, lembrando que conscientizar é vital para criar um mundo mais pacífico.
    Em língua portuguesa e literatura podemos mostrar aos alunos grandes obras que foram influenciadas pela guerra e refletiam o pensamento da época, como os clássicos Nada de Novo no Front (Erich Maria Remarque) e Adeus às armas (Ernest Hemingway). Além disso, em Artes, podemos apresentar outras obras como a pintura O Carrossel do pintor britânico Mark Gertler (imagem abaixo).
Tumblr media
Espero que tenham gostado das sugestões!
1 note · View note
natashalopesmath · 6 years ago
Text
Cultura Maker e Educação
               Olá, Leitores e Leitoras!
               Na disciplina de Tendências Tecnologias na Educação, no meu curso de Especialização em Gestão Educacional (UNICNEC), foi solicitado a leitura do livro “Educação Fora da Caixa: Tendências Internacionais e Perspectivas sobre a Inovação na Educação” e o resumo de um dos seus capítulos. Entre os ótimos textos presentes na obra, um intitulado “A Cultura Maker Em Prol da Inovação nos Sistemas Educacionais” logo se destacou aos meus olhos, afinal, como não admirar um movimento que desenvolve competências como criatividade, autonomia e a solução inteligente de problemas, ainda mais quando aliadas �� educação?
               Espero que o resumo abaixo desperte e/ou contribua para seu entendimento sobre o tema, boa leitura!
               A CULTURA MAKER EM PROL DA INOVAÇÃO NOS SISTEMAS EDUCACIONAIS
Autoria de Marcos Vinícius Vanderlinde Brockveld, Mônica Renneberg da Silva e Clarissa Stefani Teixeira.
Resumo por: Natasha Lopes
               Apesar das mudanças tecnológicas e sociais ocorridas nas últimas décadas, a maioria das escolas ainda segue um modelo tradicional e antiquado, onde a figura autoritária do professor é o detentor do conhecimento, e o aluno é um ser passivo que apenas recebe e reproduz saberes, tal modelo não valoriza e estimula no discente competências muito apreciadas na sociedade e no mercado de trabalho atual, tais como a criatividade, resiliência, curiosidade,  bons relacionamentos interpessoais, a habilidade de resolver problemas, vontade de aprender e empatia.
               Entretanto, novas tendências pedagógicas propõem mudanças nesse cenário, visando tornar o aluno o protagonista de seu próprio aprendizado, um cidadão crítico, ativo, com autonomia e que veja prazer no ato de aprender. Assim, o movimento maker se apresenta como uma proposta promissora, um ramo tecnológico da cultura do “Faça você mesmo” (DIY- Do It Yourself , em inglês), que propõe às pessoas que reaproveitem, criem e construam seus próprios objetos, estimulando uma visão mais consciente sobre nossos hábitos de consumo, promovendo empoderamento pessoal e tendo como princípio a experimentação.
               Na educação, este movimento oportuniza ao estudante todas as características almejadas já citadas nos parágrafos acima, pois através de ferramentas tecnológicas, tais como impressoras 3D e cortadoras a laser, surge uma grande gama para o desenvolvimento de projetos interdisciplinares. Por exemplo, ao construir uma maquete impressa em 3D, além de geografia, o aluno usará conceitos de matemática e física. O importante é deixar que o estudante descubra por si mesmo os conteúdos necessários para resolver os problemas que surgem durante a realização do projeto, e cabe ao professor oferecer suporte ao aluno, valorizando as tentativas e os erros, estimulando a buscarem soluções diante dos desafios.
               Entre os espaços maker mais conhecidos estão os Fab Labs, oficinas que permitem construir todo o tipo de coisa, onde aprendizes, engenheiros e quaisquer pessoas interessadas podem criar livremente com o auxílio de técnicos e dispondo dos materiais necessários. Nas escolas, a criação de espaços maker deve diferir de uma sala de aula comum, e exige investimento, tanto na rede elétrica e de internet, quanto na aquisição de maquinários modernos, que não precisam ser caros, mas satisfatórios, além disso, é preciso que existam profissionais habilitados e capazes de monitorar os projetos, que deverão integrar design, arte e engenharia através do ensino de programação e eletrônica, em atividades como modelar objetos 3D e criar aplicativos de celular.
               A necessidade de mudança na educação tradicional torna a cultura maker uma boa opção para instituições de ensino, já que ao invés de apenas receber os conteúdos prontos, permite ao aluno propor, analisar e criar estratégias que irão compor seu aprendizado, auxiliando a formar indivíduos criativos e empreendedores, capazes de transformar, inovar e melhorar a sociedade.
Tumblr media Tumblr media
Quer saber mais sobre o tema? Acesse o livro e leia o capítulo na íntegra aqui e assista os vídeos:
youtube
youtube
REFERÊNCIAS
BROCKVELD, M.V.V; DA SILVA, M.R.; TEIXEIRA, C.S. A Cultura Maker Em Prol Da Inovação Nos Sistemas Educacionais. In TEIXEIRA, C.S.; DE SOUZA, M.V (orgs.). Educação Fora da Caixa: Tendências Internacionais e Perspectivas sobre a Inovação na Educação. São Paulo: Blucher, 2018. Cap. 4. Pág. 55-65.
FOCASESTADÃO. Cultura Maker nas Escolas. 2015. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=jYuk83OiZDw >. Acesso em 14 de abril de 2019.
RICHMOND BRASIL. Cultura maker: você sabe o que é?. 2019. Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=MnOf3fRl-qI >. Acesso em 14 de abril de 2019.
5 notes · View notes