neyoonhak
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so deceiving, what a sound.
Don't wanna be here? Send us removal request.
neyoonhak · 3 months ago
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starter call ! evento. Será tudo na surpresa, no feeling. Por hora, já que também pedi por starters em outras calls, me coloquei limite. Qualquer coisa volto aqui. !!! aqueles com quem já falei que iria abrir algo, não precisa comentar aqui. — Comente uma música para a nossa fanfic¹ e dance² no ritmo.
cool with you by newjeans com yoonhak! (2/3)
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OMG by newjeans com suree! (2/3)
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super shy by newjeans com eunseo! (2/3)
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neyoonhak · 3 months ago
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Desmanchou-se com o bico, rindo mais por aquilo que pelo elogio qual nem sabia como receber. Yoonhak agradecia profundamente, mas também mentalmente. Ele moveu a cabeça devagar em um sinal positivo que também dizia: entendido e anotado. Esperava que a reunião caísse em um dia que pudesse ir. "Ela não exatamente mandou. . ." já sobre a ajumma, ele tentou defendê-la com um sorrisinho ladino.
Yoonhak ponderou aquela ideia. Não seria muito fácil; nunca havia ajudado alguém daquela forma. "A gente pode ver isso, acho. Como seria isso exatamente?" estava curioso, pois a única coisa que lhe vinha era quando literalmente lia para os alunos. "Se não alugaram" refletiu. E antes que saíssem do corredor, no entanto, ele estalou os dedos no ar. Havia lembrado de algo. "Já leu O Bom Filho? É coreano. Mas é mais suspense, sombrio. É um thriller. Peguei aqui também" voltou-se à ela.
━ Tinha me esquecido de como você é inteligente. ━ Fez um biquinho com os lábios, apoiando ambas as mãos na prateleira antes de suspirar. Admirava o amigo, parecia difícil ser chefe de setor de uma universidade; ela nunca daria conta. ━ Conversei com ela mais cedo. Parece que vamos ter uma reunião em breve para decidir o próximo livro do clube. E por que ela te mandou vir atrás de mim, hein? Será que sentiu que eu precisava da sua ajuda?
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Concordou com a cabeça após o gesto, afastando-se para se virar para o corredor e esperar que ele aparecesse. ━ Não sou muito boa em inglês, mas se você me ajudar a ler, pode ser que eu consiga. ━ Sugeriu com um sorriso quase pedinte. ━ Bom, pedi a sua ajuda e você me sugeriu, então... Preciso ler para saber. Será que tem a coleção aqui? Vamos lá ver.
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neyoonhak · 3 months ago
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Poderia mesmo ser difícil para muitos de acreditar, mas Yoonhak tinha sim humor. Particular, daqueles que mais parecem de tios, talvez, mas tinha. Foi por ele que ao ouvir do desconto — amar descontos e coisas de graça era um traço herdado —, colocou as palmas das mãos para cima como se tivesse ouvido palavras divinas. E aí, sorriu meio tonto; com olhos apertados e rugas pintando no canto externo deles. Concluiu ali que podia ser um pouco mais relaxado com Bruno.
"Te contar logo que meu pai falou um pouquinho de você" Yoonhak entregou o velho que era sempre muito calado, mas enganava qualquer um que achava que ele não estava ouvindo. Desse jeitinho dele, o Senhor Shin sabia de muita coisa e, naquele caso, havia certamente ouvido de Boram e Dohyeok em algum momento ou dos filhos dos pescadores com quem trabalhava. "Tu morou no Brasil mesmo? Isso ele estava um pouco incerto, só lembrava que era algum país da América do Sul" sorriu sutilmente e falou: "Vou repassar para ele como prova de que vim".
Não quis contestar, até porque Yoonhak tinha um segredo: gostava das coisas certinhas e de segui-las. E fazia sem problemas na maioria das vezes. Com surfe, ele não via como manter usado aquilo seria algo ruim. Chato talvez. Imaginar-se morrendo de frio, contudo, arrancou um riso.
"Logo esquenta. Primavera é mais amiga do verão" brincou. Ainda assim, levaria o aviso alheio à sério.
Era trabalhoso, mas no fim, ao se olhar no espelho, Yoonhak quase se achou um surfista de verdade. Aparentava maneiro, podia dizer, e o tamanho da veste havia mesmo sido perfeito. Ele seguiu Bruno para fora, já sentindo a diferença do vento querendo bater em sua pele e achando um problema. Quando a coisa passou a ser uma simulação da prática, fez-se visível em sua expressão a concentração. Nesses momentos, Yoonhak era do tipo que até parecia meio bravo; o olhar se tornava sério e o corpo de postura grande. Era comum que nem ouvisse se falassem com ele — a não ser por Bruno, claro, porque sua concentração era no que dizia e fazia o rapaz. Talvez por isso não tenha conseguido encontrar desconforto daqueles toques todos; sua mente só pensava em como tinha que aprender aquilo e fazer certo. Yoonhak era ótimo em si cobrar absurdos, mesmo para uma primeira vez. E não é como se desse para brincar com o oceano.
"Pular na prancha" ele suspirou. Ali em terra firma, ir de peito na prancha para os pés com um salto, era até viável. Ele se embolava, mas a academia e as corridas já o havia treinado para que o corpo não chorasse. Na água, porém, ele sabia que a coisa ia ser bem diferente. "Como?" finalmente, um sorriso quebrou nos seus lábios. Yoonhak relaxou a postura e olhou para Bruno com olhos que eram quase pidões. O que pediam? Trégua e socorro. "Como que é isso dentro da água?" ele lembrou do que Bruno havia dito no começo e fez careta. "Dica de professor para professor: nunca diga que algo é difícil" riu soprado, já tentando processar que seria muito difícil. "É para continuar pulando aqui?"
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De fato, o mundo era um ovo, a constatar o fato de Bruno rever pessoas de sua vida naquele pedacinho da Coreia, chegava a ser engraçado. E como a sua raiz era em Jeju, naturalmente, algum outro familiar viveria ali sem problema algum. “Família tem desconto sim, pode ficar tranquilo” Disse entre riso, até porque ninguém da família tinha interesse além deles, nasceram e cresceram com os pés na areia, então meio que era natural que acabassem envolvidos em alguma coisa parecida. “O que? Bruno? Ah, não… o meu nome de batismo é Taeil, mas precisei de um nome brasileiro e acabei ganhando esse” Sorriu ao explicar, porque era até estranho que todo mundo na face da terra lhe chamasse assim e ele realmente ter origem coreana no final das contas.
“Meu amigo, eu preciso te ensinar do jeito certo e a legislação coreana é chata… então sim, tem que usar sempre” Falou com certo pesar, até porque só usava aquele traje quando treinava nos mares coreanos, apenas quando seguia para os outros mares que a coisa amenizava um pouco. “E tá frio também, você pode morrer se for sem isso” Apesar de soar meio exagerado, talvez não seja tanto assim, se até em águas quentes isso era possível de acontecer. Bruno ajudou o rapaz e explicou a cada passo, é mais fácil assim pra colocar cada braço, fica melhor assim depois que coloca cada perna e fecha desse jeito, é bem mais pela longa experiência com o traje e não demorou para que os dois seguissem até a areia de novo, agora cada um com uma prancha.
“Eu preciso te ensinar a subir na prancha, no caso, ficar em pé sobre ela. É fácil, mas você precisa repetir algumas vezes porque na água é um pouco mais difícil” Disse enquanto ajeitava o rapaz, fazendo ele colocar os dois pés sobre a prancha caída na areia. “Os pés nessa distância aqui, alinhados assim e os joelhos dobrados assim…” Bruno estava literalmente colado nas costas do garoto para que conseguisse mostrar bem, os joelhos atrás dos dele, fazendo a curvatura certa, só quando se sentiu seguro que se afastou. “Assim, exatamente assim… essa é a posa que tu precisa fazer, tá ligado? Toda vez que você pular na prancha, tem que parar desse jeito...”
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neyoonhak · 3 months ago
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Achou que ela estava séria — e então, quando veio aquele cenário onde ambos corriam tão de repente, Yoonhak não conseguiu segurar um riso. Ele não conseguia imaginar isso na prática, mas em sua cabeça aconteceu e foi preciso fechar os olhos e choramingar um pouco. Eram frouxos e certinhos demais para isso. Talvez, se sentissem meio velhos também.
"Um dia, Jiyeon, a gente faz isso" foi seu comentário sobre. Um dia teria a coragem de ficar maluco assim e reagir fugindo.
Concordava com ela. Havia algum tipo de encanto e pessoalidade naquilo — os motivos sendo um tanto óbvios, afinal. Yoonhak, às vezes, cansava das mesmas coisas em exposição na lojas. Tudo igual, feitos como se por uma grande máquina configurada para fazer tudo perfeitinho. No país que viviam, então, sair do padrão podia ser um tanto difícil e até os móveis e enfeites das casas não fugiam disso. Atualmente, a moda era minimalismo. Exceto que as pessoas têm e consomem bem mais coisas do que o Minimalismo propõe.
"Eu acho certa graça nessas coisas que são tão obviamente imperfeitas" ele comentou após ouvi-la sobre os brincos, mostrando apontando para uma das canecas. O formato o deixava em dúvida: era proposital ser meio torto, desproporcional, ou rolou um erro e assim mesmo ficou? Era um tanto de tentei mas saiu assim e tudo bem ou algum protesto bem mais ciente e ativo? "E coloridas" acrescentou. Isso era realmente importante para ele, contrariando com as próprias cores que ele vestia; definitivamente, nada coloridas.
Yoonhak suspirou mais dramático que o normal. Pura provocação e brincadeira sobre a conclusão que a própria Jiyeon chegou.
"Realmente. . ." o riso pintou no seu rosto logo em seguida. Não queria que ela achasse que estava sério. "Eu já acho que penso demais e encontro alguém pior. Uau" continuou um pouquinho mais, mas, na cabeça, já havia decido por causa dela. "Mas você ajudou sim. Vou levar" ele falou para a vendedora, que aparentava mais nova que eles dois. Talvez estivesse ainda na universidade. Porque era algo novo — estava no estande —, Yoonhak nem se pôs a puxar o ar para chorar o preço. Era realmente um trabalho da garota. "É presente" ele falou, o que o rendeu uma sacola com um papel colorido dentro cuja as pontas ficavam para fora. Enquanto a garota preparava, ele se virou para Jiyeon e apontou para um pouco longe. "Por ali eu sei que ficam umas mesas com câmeras e coisas disso. E aí, o plano era te levar para um café diferente, mas lembrei que abriram um negócio no Brasil. . . açaí? O nome? Experimentei uma vez e é muito bom. Tu já? Topa?"
"Eu vou deixar você fazer a parte da pechincha então. Mas como nenhum de nós é bom em fugir de histórias, se alguém começar, a gente sai correndo", ela riu com a sugestão, essa provavelmente seria a última coisa que ela ou Yoonhak fariam.
Jiyeon percebeu quando a atenção do amigo voltou-se às canecas e se aproximou para dar uma olhada também. "Eu acho legal vir nesse tipo de lugar, feirinhas e coisas parecidas, só para dar uma olhada mesmo. A gente pode acabar encontrando coisas bem legais. Lembro de uma vez que eu fui em uma feirinha perto da praia, achei que não ia comprar nada e acabei levando uns cinco brincos diferentes". Enquanto falava, ia observando melhor todos os produtos a sua frente. Achou o trabalho muito bem feito; pegou uma caneca azul para olhar mais de perto, ficando impressionada com todos os detalhes.
Colocou a caneca que segurava de volta no lugar quando ouviu a pergunta de Yoonhak e voltou sua atenção para a que ele segurava. "Hm... Bom, eu achei bem bonita. E se ela coleciona, então é algo que ela vai gostar de receber. Mas quando você fala de acúmulo, o quanto de acúmulo é? Porque realmente, se ela já tiver cem canecas, mais uma vai ser bastante. Se bem que onde há espaço para cem canecas, há espaço para cento e uma". Ela deu uma risada com sua própria resposta quando percebeu que não estava ajudando nem um pouco. "Já se arrependeu de ter me convidado pra vir? Além de não saber pechinchar e nem saber fugir de histórias, também não consigo te ajudar a decidir se compra ou não".
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neyoonhak · 3 months ago
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🤤🥵😍
+ bonus
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neyoonhak · 3 months ago
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Yoonhak odiou até mesmo a hipótese do gatinho ter se machucado. Mais preocupado com o bichano que o atropelou, foi um alívio saber que só ele saiu machucado mesmo. . . Ou seria Jinhwan e ele aos prantos.
"Faria isso por mim?" ele entrou na brincadeira, deixando um riso soprado e divertido sair e sacudir sutilmente seus ombros. "E como seria exatamente esse cenário?" já estava curioso, mas imaginava que Jinhwan teria um bom trabalho em criar histórias. Yoonhak deixou o corpo se juntar ao dele para levantar. Não que realmente precisasse, ele notou no processo que estava realmente bem, mas não fazia sentido afasta-lo ou recusar. "Graças aos deuses que não estávamos em bicicleta" o cenho franziu. O cenário teria sido muito ruim para um dos dois envolvidos. De frente para Jinhwan, Yoonhak sorriu especialmente com os olhos. O cuidado alheio era acalentador, bem como adorável. Com exceção de seu irmão, não era como se Yoonhak tivesse quem viesse com tamanho cuidado. Não era criança; ele próprio cortava as pessoas. Mas ali, daquela vez, estava para deixar. Talvez fosse efeito de Jinhwan. "Tudo bem" isso vai te confortar? Yoonhak quis perguntar, mas deixou na mente com o receio de ser interpretado errado.
O que faz antes de seguir na direção do carro, contudo, foi pedir um momento para o mais novo. Yoonhak ergueu o indicador e terminou o espacinho que faltava até a estátua; tocou nela e se virou para Jinhwan, dando uma piscadela. "Ganhei" falou por fim, com a cara lavada, e se juntou à ele até o banco ao lado do motorista, no carro.
☆ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀Jinhwan era, de fato, do tipo muito preocupado. Estava sentindo o coração na goela naquele momento, queria pegar Yoonhak no colo e levá-lo para um hospital para fazer uma radiografia, só por via as dúvidas. Mas também não queria parecer dramático. Assim, respirou fundo tentando se acalmar e assentiu, aceitando as confirmações dada pelo outro de que estava bem. ━━ Não faço ideia. ━━ Respondeu sobre o gato e olhou ao redor, mas não o via em lugar nenhum. ━━ Não foi atropelado por nenhum carro, então imagino que já esteja bem longe, por sorte. ━━ Se algo tivesse acontecido com o gato também, Jinhwan já estaria aos prantos.
Riu do que Yoonhak disse ao descobrir a extensão dos ferimentos, levemente mais tranquilo e claramente aliviado porque piadinha era um bom sinal, na maioria dos casos. ━━ Se alguém perguntar, digo que você salvou minha vida. ━━ Prometeu, de maneira solene. ━━ Então, se levantou também e passou um dos braços pela cintura do outro, para ajudá-lo. ━━ Não sei... Acho que quando caí de bicicleta uns anos atrás... ━━ Estava repassando mentalmente se era isso mesmo, mas não teve nenhuma ocorrência depois dessa até onde podia se lembrar. ━━ Vamos para o meu carro. Vou passar em uma farmácia e limpar esses machucados para não infeccionar, tá bom?
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neyoonhak · 3 months ago
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Seu sorriso ao comentário de Chunhwa quase que falava por ele: era recíproco o bom sentimento em vê-la. Ele assentiu positivamente em resposta à primeira pergunta, soltando junto um: uhum. Não perguntou de volta, porque por algum motivo Yoonhak evitava tal tipo de pergunta. Ele sempre se sentia como em piloto automático quando a devolvia na lata.
"Vim devolver uns livros acadêmicos" falou meio distraído, naquele tom de quem achava a resposta bem desinteressante. E com certeza era, visto que a dela até o deixou curioso. "Encontrei a Senhora Oh e ela me falou que tu estava por aqui" era uma das pessoas do Clube de Leitura. Yoonhak apontou com o dedo: dele para ela. Um gesto que, na cabeça dele, dava para entender que dizia estar indo para o corredor dela. "Eu não sei sobre pegada policial, mas suspense. . . Um que eu curti é da Kate Carlisle. Mas tive que ler em inglês, estava na seção dos internacionais" fez um leve bico desgostoso. "É uma coleção, se chama A Bibliophile Mistery. . . desculpe minha pronúncia" ele tentou, ao menos, e reconheceu a dificuldade, o que o fez rir. "É de assassinato. Serve para o que você quer?"
Toda vez que entrava naquele lugar, se pegava pensando em como sua vida teria se desenrolado se tivesse seguido a própria vontade e cursado biblioteconomia ao invés de administração. Era um ambiente tão calmo e acolhedor, tão cheio de histórias diferentes e descobertas, mas ela entendia que sua função era outra e não lhe sobrava outra alternativa senão participar do clube de leitura e alugar livros toda semana.
Procurava por um título diferente para ler naquele final de semana quando sentiu um cheiro muito familiar. Suas suspeitas de que Yoonhak estava por perto se confirmaram quando os livros à sua frente se afastaram e revelaram o rosto dele. O sorriso de Chunhwa foi automático.
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━ Yoonhak-ssi! ━ Cumprimentou, segurando os livros para que pudesse vê-lo melhor. Não imaginava que fosse encontrá-lo ali, as chances eram maiores nas reuniões do clube, mas era uma surpresa agradável. ━ Tudo bem? É bom te ver. Hoje estou procurando um livro com uma pegada mais policial. E você? ━ Chegou mais perto também. ━ Não vi nada de legal na mesa de novidades, então vim aqui pro fundo.
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neyoonhak · 3 months ago
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entre estantes, prateleiras e o shh de uma bibliotecária @rcindrcp
Já sabiam seu nome e sabiam que podiam contar com a devolução dos livros impecáveis e na data certa. Às vezes, eles também contavam com doações suas. Yoonhak havia tido uma época em que passava tanto tempo em bibliotecas, que poderia ser parte delas. O tempo atualmente era apertado e as leituras agora eram muito específicas, daquelas que simplesmente não se encontra para pedir emprestado, mas ele nunca realmente se desligava de um lugar onde livros gratuitos estivessem disponíveis. E só para garantir que nunca seria separado de um de seus primeiros amores — as bibliotecas —, Yoonhak havia se juntado ao Clube de Leitura que acontecia nela. Foi assim que conheceu livros que por conta própria jamais teria feito. Foi com o clube que conheceu outros amantes de leitura. Foi ali que conheceu, também, Chunhwa. E era sempre entre os corredores e estantes que acabava a encontrando. Yoonhak não a viu por inteiro. Entre o espacinho dos topos dos livros enfileirados e prateleira de cima, ele enxergou uma faixa do rosto dela. Daí, focou no cheiro. Sorriu, porque teve então a certeza e uma ideia boba: foi tirando um livro da prateleira em que ela parecia mexer que os demais caírem o suficiente para que ele ganhasse pouco mais de espaço. Assim, pôde abaixar o rosto e deixa-la vê-lo. "Hi" ele soltou no inglês, sendo essa a única palavra que usava mais vezes do que se dava conta. Yoonhak empurrou e apertou os livros em pé, encontrando ainda mais espaço para que até pudesse apoiar o queixo na prateleira. "O que está procurando hoje?"
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neyoonhak · 3 months ago
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Achou mesmo que seria só uma inconveniência da madrugada. Que contaria seu sonho, ouviria algo bobo ou mesmo um 'não sei, preciso dormir'. Não tinha como imaginar que terminariam assim, puxando coisas do âmago e deixando o outro ver - ou ouvir. Yoonhak e Jisoo não se conheciam tanto assim. Mas bem, tudo se começava pelo começo.
Suspeitava que o horário, o friozinho sutil e gostoso, a preguiça e o silêncio, fossem motivo para que ambos se permitissem ser um pouco mais sinceros e vulneráveis. Ao menos, era o que Yoonhak sentia não só da voz alheia, mas também considerava pelo assunto que lhe era contado. Jisoo havia perdido a mãe? Yoonhak não queria perguntar; aceitava o que ele queria lhe dar do jeito que ele queria dar. No fim, no entanto, pegou-se em confusão e vergonha. O primeiro, porque talvez tivesse perdido a razão daquele exemplo; o segundo, porque não queria assumir que não havia entendido.
"O teu sentimento puro seria o que lembra de sua mãe?" ele arriscou. "Mas que acredita que nunca viveu porque não a conheceu?" ele umedeceu os lábios; caiu em silêncio por um segundo e respirou fundo, silencioso, antes de voltar a falar: "Sinto muito por isso, aliás" Yoonhak se levantou, fechou a porta da varanda e voltou para o quarto, se jogando na cama. "Eu realmente não sei que tipo de sentimento puro eu tenho em mim. Acho que vivi um, quando novo. Primeiro amor. E depois. . . um segundo. E eles são momentos em que não quero guardar" ele se referia à primeira vez que amou; e até a segunda, quando ainda se permitiu a sentir esperança. "Ou ser puro teria algo a ver com um outro de amor- Ou nem tem a ver com amor?" ele grunhiu. "Desculpa, acho que realmente só. . . não entendi. Devo ser bem ruim com figuras de linguagem. Sou mais pragmático do que eu gostaria".
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Jisoo gostava de falar, era expressivo e as palavras nunca foram um problema pra ele, ainda mais quando se tratava de algo que ele amava. E por mais que tivessem quadros espalhados em seu ateliê, por ter obras anotadas em seu caderno, eram as esculturas que mais lhe atraíam e sempre ficava horas e horas olhando para elas. Qualquer obra de arte precisava de horas de an��lise para ser compreendida de alguma maneira. Lembrou-se da primeira vez que se viu perdido em pensamentos só porque não conseguia parar de olhar para um único quadro, vindo de um artista francês e não tinha nada além de uma paisagem, mas sabia muito o que poderia estar naquela obra. E talvez fosse por isso que, as vezes, ficava horas falando e falando.
E então a pergunta dele despertou um ponto que aquela análise estava tentando chegar, um sentimento?  Não existia nada mais puro do que aquele sentimento, certo? Jisoo ficou em silêncio por alguns segundos após a pergunta de Yoonhak, como poderia exemplificar isso sem dizer a palavra? “Só tem uma pessoa da família de onde eu vim... que eu chamo de minha…” Falou docemente, fechando o caderno e deixando-o esquecido sobre o colo. “A minha mãe” Falou aquelas palavras sem peso algum. “Sabe por que? Eu tive pouco tempo com ela… um mês apenas… ou um pouco mais que isso” Falou um pouco incerto, já que deveria viver das lembranças construídas pelos outros e das palavras ditas por qualquer pessoa, Jisoo não sabia ao certo o que era aquilo que estava dizendo, mas achou que poderia. “E a única lembrança que eu tenho são dos olhos dela… porque vivem dizendo que são iguais aos meus… não sei… acho que o olhar dela, não exatamente a cor...”
Queria poder dizer exatamente o que achava que era, ou o que diziam ser, mas Jisoo nunca conseguiu verbalizar isso, de forma alguma falaria aquela palavra em vão, por isso achou que toda a história poderia resumir isso. “É um tipo de sentimento puro, certo? Acho que não é evitar… é não perder… só tem uma forma de você não perder esse sentimento… e eu acho que é vivendo ele, não é? E eu… nunca tive isso… nunca vivi isso… então não sei se estou te ajudando ou só piorando as coisas”
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neyoonhak · 3 months ago
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"Não duvide de mim, não. Eu morro" Yoonhak perturbou. Um riso veio em seguida. Preocupar Dohyeok era fácil demais, mesmo quando nem era sua intenção. Como o seu irmão havia se tornado alguém assim? Lembrava de um Dohyeok não muito diferente daquele, de fato, mas Yoonhak não conseguia se impedir de querer saber o que exatamente havia deixado o mais velho tão protetor, tão cuidadoso e ultra-preocupado assim. E com todo mundo. Às vezes, Yoonhak sentia ciúmes e se obrigava a lembrar que era simplesmente o jeito dele. "Deve ser" ele aceitou. Braçal e intelectual, como se fossem Yin e Yang ou coisa assim. "Acho que com tinta sou ok" Yoonhak quis assegurar. Arranjaria máscara para ambos, no entanto, porque tinha quase certeza de já ter ouvido falar que o cheiro não era bom de toda forma.
Ele tentou fugir do destino infantil de ter o nariz roubado. Às vezes, gostaria de poder realmente ler a mente de Dohyeok e encontrar as partes em que estava relacionada consigo. O que exatamente fazia o mais velho tratá-lo como um bebêzão? Não tinha motivo para reclamar, mas, assumia, às vezes batia um pouquinho de vergonha. "Nem fodendo, hyeong" Yoonhak respondeu com um riso soprado e breve. Ele gostava e aceitava Dohyeok indo em seu apartamento, mas com aquela idade e tamanho dormir na casa do irmão casado? Inviável. Ainda tinha os pais, também; sua mãe também faria questão de dar-lhe comida na boca até. Depois de um "uhum" sobre os materiais, Yoonhak parou por instantes enquanto tentando buscar algumas lembranças em sua mente. "Não conheço nenhum designer. Tu?"
Ele já havia limpado boa parte quando o assunto parecia pouco mais pessoal. Yoonhak não costumava perguntar sobre a parte amorosa da vida de Dohyeok, por exemplo. É que aquele costumava ser um assunto um tanto sensível, e que provocava o espaço entre os dois por culpa de Yoonhak. No fim, seu irmão era alfa e estava com uma ômega - exatamente como é para ser. "E isso é algo que se fica pensando?" sua resposta talvez tenha soado um pouco áspera. Dohyeok sabia o que passava na mente de Yoonhak quando se tratava de relacionamentos, da mesma forma que também sabia que o beta era um romântico. "Não só vai e faz, não?" ele parou para olhar o irmão e questiona-lo com a expressão também. Queria realmente saber a resposta dele. Yoonhak não conseguiu, contudo, manter uma feição de pura curiosidade. Ele se desfez em um meio riso. "Caralho, hyeong, isso é a coisa nova?!" Yoonhak quase não acreditava. E no fundo da sua cabecinha, embora o amasse e enxergasse um cara incrível nele e um irmão ainda melhor, uma pergunta veio: será que ele havia conseguido um casamento só por ser um alfa? Porque Dohyeok parecia ser péssimo com romance.
Yoonhak mais gostava quando o assunto era educação e profissional. Da mesma forma que o peito apertava um pouco, enchendo de desejo por uma chance para o irmão. Yoonhak o ouviu pacientemente. Aquela resposta não era nada nova. Yoonhak respirou fundo e se preparou para despertar algo que há muito tempo ele havia parado de sugerir. Foi com voz cautelosa, mansa, que disse: "Hyeong. . . Não é tarde para estudar, se quiser. Fazer uma universidade. Recomeçar nisso. A gente pode agora; tu pode. Eu sei que a Boram te apoiaria" ele achava que sim, ao menos. Ela era uma pessoa estudada e moderna, também.
"Muito" sua resposta foi simples, mas carregada. Era óbvio que havia encontrado sua vocação e paixão. Tinha um PhD no nome, até. Yoonhak sorriu grande. Sempre gostava de falar daquilo, e mais ainda quando achava que isso poderia de alguma forma mostrar valor ao sacrifício de Dohyeok. O seu sorriso, no entanto, desapareceu e foi ocupado por boca meia aberta e olhos no dobro do tamanho. Que tipo de pergunta era aquela? Yoonhak até se preparou para catar alguma novidade - como a viagem que fez com uma colega ou ter conhecido uma super chefe -, mas a segunda questão o fez conectar os pontos. Ele havia sacado exatamente o que o irmão quis dizer. "An?" Yoonhak virou o rosto e se apressou em limpar o pano. Pigarreou, pareceu meio nervoso. "Não" ele disse mesmo assim. Ironicamente, isso entregava algo suspeito. Não havia sido mentira, não estava saindo com alguém naquele sentido, mas tinha alguém sim ocupando sua mente, afinal. Mesmo que contra sua vontade. "Por que isso de repente? Pra mim? Não me conhece?"
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o sorriso teimava em deixar os lábios de dohyeok , quase lembrava uma criança que tinha ganhado um presente que queria muito mesmo que o presente não fosse exatamente seu . porque aquele era ele , sua conquista parecia sempre estar na dos outros , torcendo e comemorando junto . estava feliz por yoonhak ter uma boa condição , por ele conseguir comprar aquele lugar , por seus pais poderem ter um cantinho maior e que pudessem chamar de seu . sua ambição era ver aqueles que amava feliz e realizados , então ele podia se sentir de tal forma também .
então se aproximou de yoonhak fazendo um pequeno carinho em suas madeixas , tomado pelo sorriso que ele também tinha . era bom vê-lo daquele jeito . sabia o quanto ele se cobrava , por ter sido o único a se formar , carregando o peso de quem deveria tentar mudar a vida família para melhor , dohyeok sempre tentou a todo custo alivia-lo , carregar com ele como podia, o dizendo diretamente ou indiretamente que estaria ao seu lado , que tudo ficaria bem , ele não precisava se esforçar tanto mas ele sempre se esforçou e queria que ele pudesse apenas aproveitar os bons frutos que estava colhendo agora .
o resmungo fez com dohyeok rir . ❛ nem vêm . ❜ fingiu pulso firme mesmo que fosse facilmente manipulado pelo mais novo , dohyeok não podia evitar mima-lo e muito mesmo que nunca tivessem tido muita condição , o mais velho parecia mover o mundo e fazer tudo pelo mais novo . ❛ você não vai morrer por causa de uns espirros . ❜ o comentário parecia carregar frieza mas foi só escutar o irmão espirando que a preocupação veio . ❛ aish ! tá vendo , é por isso que você ficou com o trabalho intelectual e eu com o braçal . ❜ era quase como se se completassem . ❛ boa ideia . ❜ completou sobre a questão de contarem pros pais depois de arrumarem minimamente o local . ❛ pra pintura é bom comprarmos uma mascará , sua alergia pode atacar mais . ❜ alertou , preocupado como de costume .
limpou a mão antes de se aproximar só pra apertar o nariz do mais novo entre os dedos . ❛ eu te compro um antialérgico quando sairmos daqui e você pode dormir lá em casa pra eu cuidar de você se for o caso . ❜ não era um cenário incomum , dohyeok sempre insistia pra cuidar do irmão quando o via minimamente mau , as vezes era comum vê-lo indo até o apartamento do mais novo com marmitas de sopa pra ele se recuperar e as vezes o mesmo nem tinha nada demais . ❛ sim dá pra aproveitar muita coisa , mas vou ter que ir comprar material pro que eu for consertar , o que tenho acho que não vai dar . ❜ a mente começou a trabalhar em algumas ideias . ❛ acha que a gente deveria pedir ajuda a algum designer ou coisa do tipo ? ❜ dohyeok sabia por a mão na massa mas não tinha conhecimento em moda e tendências , mesmo que soubesse que o estilo de seus pais era mais tradicional .
a pergunta fez com que dohyeok esquecesse o que fazia entre um suspiro . ❛ sabe desde aquela festa de máscara fiquei pensando que deveria levar a boram em um lugar legal , ter um encontro como fazíamos quando namorávamos . ❜ não tinha parado de tê-los por mau , a rotina de casados apenas acabava fazendo aquilo , mas não queria que o relacionamento se tornasse tediante ou talvez só queria conquista-la de novo , pensando que isso poderia resolver as coisas entre eles . ❛ bom isso é a única coisa nova , de resto tá tudo bem . ❜ não falava muito sobre os problemas no relacionamento porque não queria preocupa-lo com suas questões e também foi um habito que desenvolveu desde o inicio porque yoonhak achava dohyeok apaixonado insuportável .
sobre a questão do trabalho , era complicado , dohyeok podia conseguir um trabalho fixo claro , isso ajudaria a ter uma renda menos flutuante mas era dificil conseguir um bom salario sem uma formação então os bicos acabavam sendo mais vantajosos já que sempre tinha algo pra fazer e muitas vezes ele era quem a maioria procurava por confiança . ❛ eu me acostumei com estar sempre fazendo algo diferente e acho que eu gosto também . ❜ era o jeito dele , curioso com tudo , dohyeok era o tipo que não parava quieto e até mesmo quando não tinha nada pra fazer ele arrumava , muita vezes inventando alguma reforma que não precisava em sua casa por exemplo . ❛ talvez quando eu fique mais velho eu escolha algo mais calmo pra trabalhar , mas por quanto não tenho filhos e nem cabelo branco então não se preocupe . ❜
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dohyeok então passou a caminhar de novo pelo espaço analisando como organizar melhor a ordem de fazer as coisas ali . ❛ e você maninho , tem gostado de ser professor ? ❜ já tinha o perguntando isso outras vezes mas queria confirmar se algo tinha mudado , interessado em ouvir o que yoonhak quisesse lhe contar e um pouco mais também . ❛ e . . . tem alguma novidade ? ❜ a pergunta era muito ambígua mas o interesse do mais velho era saber se o homem mascarado da festa tinha falado com yoonhak , já que não fazia ideia de quem era ou até mesmo se o irmão tinha algum interesse no mesmo ( sim estava se mordendo de curiosidade ) ou só garantir se precisaria bater em alguém . ❛ sabe . . . tá saindo com alguém ? ❜ soou mais direto mesmo que soubesse que era provável não receber uma resposta sobre .
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neyoonhak · 3 months ago
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Yoonhak postar algo é quase um evento. Ele só faz, porque já muito ouviu que precisa por causa do trabalho. Outros professores, pais, etc, eles checam às vezes, sabe? Fotos suas, contudo, em sua maioria, foram tiradas por outra pessoa de forma espontânea — e ele raramente marca para evitar burburinho chato. Essa é sua favorita do momento, e a fotógrafa é a amiga de infância @rainyjiyeon.
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neyoonhak · 3 months ago
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mas nem se forçando seria como um conto de fadas @mxssinglimbs
Orgulho e Preconceito e. . . Zumbis. O título do filme havia chamado atenção de Yoonhak por motivos óbvios, e Jiwoo, coitada, não teve muita escolha daquela vez. Ela já estava lá; eles já estavam confortáveis no sofá-quase-cama que Yoonhak abriu para que ficassem confortáveis. O almoço havia sido dos grandes, de encher a barriga e deixar o corpo imóvel por umas horas. Um filme foi a saída para passar o tempo. A escolha dele, porém, foi uma pitada de curiosidade com a falta de vontade de pensar demais. Bom, Yoonhak ao menos achou que seria esse tipo de filme. "Ok. . ." os créditos já passavam e a plataforma já sugeria outros quando Yoonhak resolveu dar alguma opinião. "Foi diferente ver o Darcy com outra cara" o que mais ele podia dizer? Ele riu sutilmente. "Quem teve essa ideia?" o clima estava leve; Yoonhak ao menos se sentia leve. O que era bom, porque a verdade vinha em seguida: dentre várias coisas que queria conversar com a melhor amiga, ele havia empurrado uma para depois. E vinha agora. Afinal, era impossível esquecer de Jungjae depois de assistir Orgulho e Preconceito com zumbis. Não porque os via na história, mas porque o próprio alfa havia dito que eles não tinham nada a ver. E Yoonhak concordava. "Jiwoo. . ." o estômago revirou. Ela o conhecia o suficiente para reconhecer a mudança do assunto. "Eu cheguei a comentar de um cara, né? Jungjae. O alfa. . ." respirou fundo, ansioso. Não sabia o porquê de ficar assim. "Eu sinto como se eu tivesse para quebrar a minha própria palavra. O que eu prometi à mim mesmo. Será que é karma? Será que é mais outra brincadeira? Tinha que ser a porra de alfa?" ele parou. Então, quando o corpo escorregou mais e ele encarou o teto, ele suspirou longo. Talvez ali estava a grande diferença, ou talvez isso fosse só ele querendo se convencer: Jungjae era bem diferente de um. Às vezes, Yoonhak até esquecia que ele era um. "Mas ele tem a maior cara de estúpido do mundo. E age como se fosse eu quem pudesse ferrar com ele." bufou. " E aí, me faz pensar coisas idiotas como: ele parece diferente dos que já conheci. . . Talvez, sei lá, diferente da maioria assim como meu irmão é" nem percebeu que havia começado a divagar. "Me sinto perdido no que fazer; no que eu deveria fazer. Eu me atraio pelo cara, mas aí uma voz fica me dizendo: lembra o que aconteceu?" quando olhou para Jiwoo, foi pedindo uma ajuda. Melhor ainda seria se fosse uma solução.
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neyoonhak · 3 months ago
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Nunca havia feito aquilo daquele jeito — um papo em uma chamada de telefone na madrugada. Yoonhak era daqueles que gostava de interações cara a cara. Seus papos com Sunbin, sua vizinha, por exemplo, poderiam até começar por uma mensagem, mas ele acabava batendo na porta dela ou os dois terminavam se olhando pela varanda. Manter o telefone no ouvido àquela hora? Incomum.
Era esquisito, ele diria se o perguntassem. Sentia falta das feições; da linguagem que o corpo também usava. Sentia falta de poder não precisar dizer nada, mas não recear que o outro duvidasse ter a sua atenção. Pessoalmente, Yoonhak teria um pouco mais de controle, também, dos sentidos das palavras das pessoas e como reagir à elas. Ali, ao ouvir a brincadeira de Jisoo, não soube muito bem o que fazer além de pintar um sorrisinho ladino, meio sacana até, que o outro jamais sonharia que deu. Quem não gostava de saber ser o preferido, ou um dos, de alguém? Não disse nada além de um "hmm" baixinho, arrastado, como se pudesse dizer: entendido.
A expressão suavizou, tornou-se quase vazia, enquanto prestava atenção. Por dentro, estava longe de vazio; era só a sonolência que tomava conta enquanto se fazia confortável ouvindo a voz de Jisoo. Yoonhak nem percebeu que escorreu o corpo na poltrona e se fez confortável demais para quem tinha planejado voltar para cama antes do sol nascer. O silêncio que veio do outro lado até o preocupou um pouco, mas sua mente também havia se distraído ao colocar o audio em viva-voz só pelo tempinho em que precisou para pesquisar as pinturas que ganhavam nomes. Ele logo voltou a deixar o celular no ouvido.
Em algum momento entre inocência e selvageria, Yoonhak havia voltado para a parte do controle. E com a menção de que havia algo a ser protegido, ele voltou para o presente. O sono levou um susto; Yoonhak despertou um pouco. Quando telefonou e contou para Jisoo a sua dúvida, não era bem por uma interpretação de sonho que queria. . . Quer dizer, não uma como aquela. Mas ali, seu coração palpitou. Um lado emocional que precisa ser protegido. Ele desejou olhar nos olhos de Jisoo.
"Puro?" o cenho franziu. Se achava já tão corrompido por tudo, que associar-se com pureza parecia confuso; impossível quase. Sentiu-se estúpido. "Um sentimento puro. Um sentimento sincero, é o que quis dizer?" ele se ajeitou na poltrona. O nervosismo repentino fez a temperatura cair. "Desculpe" ele soltou sem mais nem menos. A sensação que o consumiu, de repente, era finalmente a de que estava incomodando Jisoo — e pior: continuaria a incomodar um pouco mais, pois o rapaz havia alugado sua mente. Mas é que Yoonhak podia ser bem lento com os próprios sentimentos. "Poderia dizer um exemplo? Hipotético. Como assim proteger um sentimento puro? Evitar ele? Tu já teve essa sensação?"
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Sorte a minha, então. Jisoo sabia o quão perigoso era ser uma pessoa que se apegava a tão pouco, mas vindo de uma família que nunca lhe dedicou qualquer atenção ou carinho, qualquer pessoa que lhe desse um pouco disso era o suficiente para despertar um sentimento gostoso que aquecia o peito. “Eu gosto de dar atenção pros meus fãs” Brincou em um tom doce enquanto se acomodava de um jeito mais confortável, agora dando toda a atenção ao rapaz. “Olá, Shin Yoonhak! Eu jamais esqueceria de você, é um dos meus preferidos” Mais uma vez usou de um tom brincalhão, apesar de ser verdade absoluta. Todas as vezes que recebeu a visita dele, se sentiu tão bem que desejava mais daqueles momentos breves com o rapaz.
E então veio a dúvida, ouvindo com atenção enquanto analisava toda a questão da imagem com o que ele estava procurando entender. “Temos duas obras que pode estar associado a isso, pode ser Dante e Virgilio no inferno de Bouguereau ou Saturno devorando um filho de Francisco de Goya, já que você tem um bebê na história” Pensou um pouco sobre a análise que ele tinha feito, lembrando-se do seu caderno, procurando encontra-lo em seu baú que ficava na sala, depois de alguns minutos, voltou a falar. “Desculpa, eu tava procurando o meu caderno..." Pausa para abrir o caderno e folhear algumas páginas até encontrar o que procurava. "Primeiro que Dante e Virgílio no inferno tem essa ligação com corrupção de identidade e transformações de corpos, mas não tem bebês envolvidos. Já, o Goya tem mais essa ligação porque Saturno teme ser destronado e devora os próprios filhos, ele começa pela cabeça, então pode tá ligado a isso. E essa pintura tem uma ligação ao medo de perder o poder, a destruição cega de inocentes ou ligado a violência primordial… acho que não tem nada a ver com o seu sonho” Concluiu após pensar um pouco.
Releu sobre a primeira obra que parecia mais próxima, largando o caderno um pouco para analisar melhor. “A arte se desfazendo diante da violência, o que tá ligado a guerra e as pinturas derretendo, algo como o horror humano destruindo a beleza… ou algo assim. A questão do bebê talvez seja a inocência, a criação frágil que está ameaçada por essa violência… e a cena da garganta, que no caso é a obra de Dante e Virgílio… pode ser a selvageria irracional, o instinto mais brutal” Pensou um pouco sobre o que tinha falado e suspirou. “Talvez você esteja carregando um peso grande demais e, às vezes, um peso que não é seu… o inferno pode ser algo querido que pode ser atingido por isso e você se sente responsável por isso… e você tem um lado emocional que precisa ser protegido”
Franziu os lábios em um bico antes de complementar. “Yoonhak-ssi, acho que é a sua cabecinha dizendo que você precisa procurar uma proteção do que ainda é puro dentro de você, talvez um sentimento?”
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neyoonhak · 3 months ago
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Não disse isso nada sobre aquilo, porque concordava. Tinha chegado longe. Quando mais novo, longe era o que queria mas verdade fosse dita: quando encarava a realidade, era difícil acreditar que iria. E agora estava ali, com seu nome em uma plaquinha no birô de uma universidade. Expressou concordância, no entanto, quanto à pressa. Não era como se tivesse todo tempo do mundo, independente de quem era a pessoa em seu sofá. Yoonhak tinha uma segunda aula para dar.
Ele precisou de um tempinho para pensar em respostas daquelas perguntas. Os olhos fecharam por um instante como se fosse necessário para que uma mãozinha invisível, em sua mente, buscasse toda e qualquer lembrança que envolvesse o aluno em questão. Yoonhak descobriu que era um pouco difícil associá-lo ao que Hocheol propunha. Caiu em silêncio por um pouco mais de tempo; processava a acusação com cautela. Ser suspeito por si só já era o suficiente para foder com a vida de qualquer um naquele país, especialmente com drogas. E se o rapaz fosse inocente? E se ele tivesse de fato metido com aquilo, mas porque a outra escolha era ser torturado ou levar uma bala? Yoonhak engoliu em seco. Ele fechou a pasta. Aquilo era muito sério.
"Como chegaram nele? O que fez dele um suspeito?" preferiu ter a resposta disso primeiro para que pudesse, enfim, responder o que podia.
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"Bom. Ele sempre foi um aluno mediano. Nada nas notas mudaram." falou. "Houveram umas faltas, sim, mas ele entrava em contato e mandava os trabalhos. E eram deles, reconheço a escrita e linha de pensamento." e falhas; no que ele pecava e deveria melhorar. "Já não posso dizer sobre relações suspeitas, promotor. Eu não presto atenção nisso. É pessoal." concluiu, por fim, com um suspiro. Não poderia ajudar naquela parte; relações interpessoais entre os alunos já não lhe cabia, tampouco lhe interessava.
Aquele era o último lugar em que Hocheol desejava estar, mas como o bom profissional que era, engoliria o próprio orgulho e lidaria com aquela situação da melhor maneira que conseguia. Dessa forma, assim que Yoonhak sinalizou que deveriam se dirigir para algum lugar, o acompanhou sem questionar. Passou a maior parte do trajeto em silêncio, afinal não tinha o que conversar com Yoonhak e tentar desenvolver uma conserva superficial parecia uma perda de tempo. Ao saírem do elevador, manteve o posicionamento indiferente com o beta, mas cumprimentou os demais professores com um movimento de cabeça.
━ Diretor de Departamento? Você chegou longe. ━ Hocheol aceitou a oferta e se sentou confortavelmente no sofá. Ele estava acostumado a ambientes como aquele, então não parecia estar intimidado. ━ Não quero nada. Vamos acabar logo com isso, sim? ━ Sem ter a intenção de se prolongar além do necessário, Hocheol ficou observando o professor lendo o documento do outro lado da sala. Seria mesmo prudente manterem aquela distância. ━ Ele é da sua turma, Professor Shin. Acredito que saiba sobre o comportamento daqueles que frequentam as suas aulas. Notou algo diferente nos últimos meses? Saídas repentinas, faltas, encontros suspeitos com alunos de outras turmas? ━ O seu lado promotor começou a aflorar enquanto falava naquele tom sério e inquisitor. ━ Talvez um declínio considerável das notas? Estamos lidando com um caso de drogas e o seu aluno é suspeito de estar coordenando o tráfico dentro da universidade. Qualquer informação é bem-vinda sobre as movimentações dele.
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neyoonhak · 3 months ago
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❝ i want you to call me when you need someone. i want to be here for you. ❞ — @alfadjae
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o coração palpitou tão forte que doeu. jungjae não sabia que já era seu segundo contato de emergência — que felizmente ainda não havia precisado usar —, mas yoonhak tinha entendido que havia muito mais que o prático naquelas palavras. elas não eram um informe , mas uma confissão. e elas eram algo que yoonhak jamais esperou ouvir, tampouco imaginou que bateriam tão certo; tão bom. tão suave, tão quente. doeu debaixo do peito só no primeiro segundo, porque no seguinte ele quis se desmanchar quase literalmente. yoonhak falhou em disfarçar como se sentiu tão leve que poderia realmente provar ser possível voar. até segurou o pulso do mais velho para garantir que os pés não sairiam do chão. jungjae estava tão pertinho que yoonhak quase podia ouvir a respiração dele. não precisavam estar tão pertinho assim, no entanto, para que jungjae sentisse a explosão de canela e tangerina que emergiram dançando juntos. quis amaldiçoar o universo por isso — por exalar seus sentimentos e, com os olhos que tinham, seus pensamentos. será que jungjae notou que nessa de derreter, seus dedos estavam mesmo mais quente? mais firme, mas ainda tão suaves enquanto se tornavam líquido enquanto escorria até que as palmas estivessem juntas e os dedos entrelaçados? "só que eu te odeio" ele mentiu na maior cara dura, e era tão, tão óbvio, que todo o resto no comando de sua mente e corpo o empurrou. e aí, de repente já firme o suficiente, yoonhak avançou. foi só no último segundo, em inércia, que a boca e o nariz foram amassados contra a mandíbula de jungjae. ele soltou da mão do mais velho, jogando-a de forma bem clara: abraça de volta. pelo menos assim, quando o puxou, conseguiu compartilhar o ritmo no seu peito contra o dele.
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neyoonhak · 3 months ago
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cell phone headcanons ━ “#”
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extra:
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neyoonhak · 3 months ago
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cell phone headcanons ━ “#” ( 𝐬𝐮𝐫𝐞𝐞; @forsvree )
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ooc. eu lerdei e achei que tivesse me mandado do yoonhak também, e acabei fazendo, então toma.
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