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nicolas-baraldo-blog · 1 year ago
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lol... uma das coisas mais non sense é neopentecostal-evangélico, como o administrador da página "Apologética Evangélica', fazer uso dos Padres da Igreja para justificar doutrinas anti-patrísticas.
Mesmo sendo um expediente raro, já presenciei algumas pessoas excisarem trechos das Confissões de Santo Agostinho, em especial o Livro X, como contratestemunho patrístico em relação à Confissão Auricular. São estes: “Assim, pois, minha confissão em Tua presença, Deus meu, é calma e não silenciosa; calma quanto ao ruído (das palavras), clamorosa quanto à fé” [Confissões, Livro X, c. 2] E no capítulo 3: “Que tenho, pois, eu a ver com os homens, para que ouçam minhas confissões, como se eles fossem sarar todas as minhas enfermidades?" [Confissões, Livro X, c. 3] Eu nenhum momento do Livro X Santo Agostinho manifesta um contratestemunho ao Sacramento da Confissão. Na verdade, o trecho do capítulo III está ratificando o ensinamento do Magistério, pois nós também cremos que a Confissão [per se] não pode nos desintoxicar de todos os pecados, tampouco da Pena Temporal. No Echiridian, Santo Agostinho não deixa margens para dúvida quanto a necessidade condicional dos fiéis de receberem o perdão da Igreja: "No entanto, aqueles que fazem penitência de acordo com o tipo de pecado que eles cometeram, não fiquem desesperados para receberem a misericórdia de Deus na Santa Igreja, para a remissão de seus crimes, porém graves.” --- Echiridian. Livro 15, Capítulo 15 (Tamen, qui poenitentiam secundum genus peccati quod commiserunt agunt, non desperent accipere misericordiam Dei in sancta Ecclesia ad remissionem criminum suorum, quamvis gravia). O que torna o trecho tão decretivo contra a Eclesiologia dos Ramos é que a expressão "não fiquem desesperados" tem sentido imperativo, enquanto que o "para receberem a misericórdia de Deus na Santa Igreja" está na voz passiva (uma ação recebida pelo sujeito através do agente, que é delineado pela proposição "na" --- a Igreja é o agente ativo do perdão). P.S.: o termo "Santa Igreja", como bem pontoou o patrólogo Johannes Quasten no The Golden Age, é para designar a visibilidade e institucionalidade da Igreja enquanto organização física.
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