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É tentando esquecer que acabamos por lembrar.

Na luta de tentar entender o que quero e o que devo fazer, me atrapalho na questão de fazer o que realmente me faz feliz. Me sinto presa em amarrações de pensamentos que viajam entre sonho e realidade, sem que um encontre o outro.

Realizo fetiches de ouvir decisões que tomei e não tenho coragem de aceitar. Masoquismo puro!

Na ânsia de tentar esquecer o que não vivi, corro para me proteger nos braços da memória inconsciente de que o mundo é perfeito e consigo conviver em paz com o passado e o futuro imaginado.

Nessas ondas eu sigo em círculo tenta do encontrar a vasão...

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Equalizar é a nova amarração?

Quando pensamos em amarração somos levados a lembrar de vários "causos" que nos contaram sobre mulheres e homens e procuraram no "vudu" (vodoo) ao amor da pessoa amada. Cada história envolvendo galinha preta, champanhe, velas pretas e vermelhas, calcinha ou cueca roubada, nós e uma encruzilhada que já demorou para virar um curta metragem envolvendo resultados, dificilmente, positivos.

Porém, nossas gerações tem vivenciado uma nova experiência, algo mais transcendental e etéreo do que a nossa velha macumba cultural: a busca pelo equilíbrio de energias para conseguir conquistar o sucesso na vida. Afinal quem nunca parou em uma live ou POST com a pergunta: qual o seu propósito? E não que eu ache isso irrelevante, eu sou uma das pessoas que acredita que é necessário propósito para se estar vivo, afinal por quê estaríamos na terra se não fosse para fazer algo útil aos que virão depois de mim?

A questão que hoje levanto é sobre a busca desenfreada de que todos de uma mesma sociedade estejam vibrando em uma sintonia cósmica positiva para que apenas troquem essas energias, pois devemos nos amar. E é aí que entra minha pergunta. Será mesmo que todos querem buscar a equalização de energias?

A resposta, acho que já sabem: não. E o que faz a pessoa equalizada diante esse não: "Eu vou equalizar você, numa frequência que só a gente sabe. Eu te transformei nessa canção pra poder te gravar em mim" já disse Pitty em 2003.

O que eu quero trazer é, não "equalizamos" pessoas, assim como não as amarramos para relacionamentos amorosos. Somos feitos de puro livre arbítrio e podemos amar quem quisermos, da forma que quisermos, respeitando se elx quer ou não ter algo físico com a gente.

É preciso normalizar o direito de ir e vir. De ser ou não ser. De acreditar e desacreditar, antes que continuemos no mesmo ciclo do certo e errado.

Jogue ao universo seus desejos mais puros e plurais de que conquiste aquilo (aqueles) que deseja, lute para atingir o seu sucesso pessoal (seja profissional, seja amoroso), mas não se esqueça que o seu direito anda paralelo ao direito dos demais, estamos em raias de piscinas olímpicas, nadando a nossa maneira, tomando cuidado que nossos respingos não atrapalhe o nadador do lado. E, cante: "Adoro essa sua cara de sono e o timbre da sua voz que fica me dizendo coisas tão malucas.

E que quase me mata de rir quando tenta me convencer que eu só fiquei aqui porque nós dois somos iguais"

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Me faltam palavras por isso meu extensivo silêncio enquanto sinto o mundo girar diferente do que eu gostaria.

Querer ser memória, sem conseguir deixar de ter você na minha, é desejar a tortura que eu mesmo sinto. A de lembrar que você existe feliz nos braços de um outro alguém. E eu espero que esteja e seja feliz, porque não desejo a sensação de arrependimento.

No peito adormece a esperança de cruzar caminhos, sentir o beijo, o toque, ser parte real do que em sonho já é.

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Eu queria viver a minha vida contigo ao meu lado, mas eu não consigo.

Existe algo em nosso carma que impossibilita que nossas vidas sigam juntas, como se não estivessemos calçados adequadamente para a estrada um do outro. Você de Vans e eu de All Star, parece até perfeito, mas não no nosso caso.

Nossa história só permeia minha mente, só existe nas minhas páginas da imaginação. Nas lembranças do corpo junto ao seu.

Se eu gostaria que isso mudasse, é claro que sim. Quero poder te ver, te tocar, te sentir...ser e estar contigo e não mais consigo, meu amigo colorido, me recuso a lhe dar adeus, que seja um até logo.