nishkech

[nishkech]

Quanto tempo eu vou precisar fingir que você não existe até que você suma completamente de dentro de mim, aliás, se isso ocorrer o que sobrará de mim sem você?

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Tenho uma mania tonta de criar desafios na minha cabeça: - Se ele não me mandar mensagem agora é porque ele não me ama. Entendo e concordo que não é a forma mais madura de se tomar decisões, na maioria das vezes uso isso como argumento para burlar meu desafio anterior e novamente penso: - Tá, mas agora é sério, se ele não mandar mensagem até xx:xx ele realmente não me ama.

Logo, não funciona, penso que talvez o problema seja a ação que estou te cobrando e logo reafirmo no pensamento te dando bônus de tempo:

- Se ele não me ligar em 2 dias, acaboou!

Acontece que ultimamente eu já não sei mais o que inventar, qual desculpa dar pra continuar aqui insistindo na gente. Acho que realmente acabou. Não sinto mais a conexão entre a gente, é assim que termina? Hoje vou dormir sozinha, amanhã será da mesma forma e não tenho mais o que inventar pra me agarrar na ideia de que logo mais as noites deixarão de ser solitárias. Você não passou em nenhum dos testes da minha cabeça, você simplesmente nem tenta mais e tudo bem. Sei que é cansativo me entender, eu vivo cansada, não percebe?

Eu só preciso que você pare de me procurar, de colocar na minha cabeça a vontade de tentar inventar mais algum teste estúpido, do qual você certamente não vai passar, novamente...

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Esse gosto amargo que a derrota tem, sinto que tanta coisa perdeu o valor depois que você passou por aqui. Tantas coisas que só fiz com você e agora se tornaram um evento com um completo desconhecido. Se um dia a poesia me tocar novamente serei só mais um poeta que por sua vez já conheceu o amor verdadeiro mais de uma vez? Todas as poesias seriam anuladas por tudo que já escrevi sobre você... Ei, me conte como pretende amar sua próxima aventura? me ensina um pouco sobre desapego, ele lhe cai tão bem... Bem, mas na pior das hipóteses escreverei somente sobre um amor que tive e esse é o texto que que mais toca, quem nunca sofreu por um amor que teve?

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Não te desejo alguém melhor que eu, te desejo alguém melhor, mas queria que fosse eu.

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quero te poupar de mim.

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eu sou realmente assim? as lágrimas correm, eu volto atrás, tenho medo, sou covarde demais pra te ver ir embora, queria te colocar contra a parede e te deixar sem saída, pra você mostrar a verdade, se quer ficar ou ir embora, mas você me convence de que o problema é essa minha vontade de querer ter certeza das coisas. queria conseguir não reclamar, não tentar reivindicar um direito que nem é meu, queria que você olhasse pra mim com empatia e não quisesse me ferir a cada palavra, você me faz querer te ferir a cada palavra também, você não vê? queria enxergar as coisas como você enxerga, seria mais fácil ou nem estaríamos mais aqui? queria largar a conversa pela metade, da mesma forma que você larga, rir do nosso término, assim como você, mas eu só não consigo. eu sou realmente assim? esse ser cheio de descontentamento, onde nada está bom, nunca, nada é o suficiente nunca, porque o que eu sinto aqui dentro, essa inquietação na alma não acaba.

sou ingrata pelo seu esforço ou de fato tem sensatez nessa agonia que eu sinto quando você ri de tudo?

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mais alguns passos e eu sinto que não vou conseguir mais, é escuro, é vazio bem pior do que eu pensava, observada por pretéritos que não se desapegaram da esperança do futuro, barulho, silêncio, pausa. esse silêncio barulhento dentro do estômago que ecoa até a garganta, por sua vez, silêncio. a inquietação dentro dessa alma chegou ao limite e se tornou silenciosa, de tanta aglomeração desistiu de sair pela brecha da janela por onde o sol às 15:23 produzia um feixe de luz naquela parede branca, silêncio.

quanto mais tempo neste silêncio menos eu escuto, menos me escuto, escrevo para tentar me escutar e sinto que agora meus sentimentos são essas escritas que a minutos atrás nem existiam.

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pega essa distancia que você insiste em criar entre a gente e a aumente até onde você conseguir, fique longe o suficiente para me deixar com preguiça de me locomover, aumente essa distancia. você sabe o caminho de volta?

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é um sentimento que começa na ponta dos dedos ou em algum lugar que agora - com essa memória que nunca falha - eu não saberia te falar. tenho me sentindo sozinha a um tempo, mais tempo do que me senti completa em algum momento. sinto meus pensamentos mais confusos que o de sempre e sempre foi confuso demais por aqui. escrevo sentindo que não faz sentido e quando leio o que escrevi sinto tanto talvez o que mais me atrai em você é esse seu poder de me distrair, de ocupar tanto minha mente com sua complexidade que não sobra tempo pras minhas antigas confusões, aquelas em que eu era a única personagem. agora mesmo estou tomando café e não consigo nem escrever sobre você como eu acho que deveria ser escrito, sairia complexo demais, até pra mim que estou acostumada com isso. mas quero poder fazê-lo um dia, te eternizar em algum texto extremamente confuso, o suficiente pra eu ler e enxergar você em poesia sinto também dificuldade em finalizar minhas escritas, como se houvesse uma necessidade gigantesca dentro de mim de terminar bem essa história, nossa história, esse texto. quando me dou conta o texto é maior do que eu queria, bem maior do que eu planejava e ainda assim eu não consigo termina-lo bem, da forma que eu gostaria e talvez seja assim conosco.

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pois existe o momento em que a gota toca o copo que por sua vez estava cheio até o limite. neste momento o copo que se sentia completo entende que excesso transborda

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sentei na varanda dos desejos deste meu corpo que - já não - me pertence mais. respirei... um café amargo, um cigarro, memórias de um dia em que já fui livre destes pensamentos ...que agora assustam cada cômodo deste universo. se este pensamento que. para na garganta em forma de anseios e esperanças infundadas "só" por um momento ultrapassasse o limite deste sentimento e resolvesse por um momento ver o sol através dessa varanda, ele já não mais voltaria para aquele cômodo que por vezes... o forneceu conforto

[nishkech]

Quero ser a mulher que você precisa, digo "quero" no presente, porque é um querer que me invade agora, não é uma ideia da qual me distanciei e não vejo sentido digo "precisa" porque nem sempre o que queremos é o que fará de fato sentido em nossas vidas Eu costumava dizer que queria ser a mulher que você quer, Reparei que o querer está no passado assim como essa vontade de atender somente aos seus desejos, não que eu não queira atender a todos eles, mas não é só disso que você precisa. ontem, vendo que eu poderia ter feito pequenas coisas diferentes pra te poupar de um problema, pra simplesmente não te atrapalhar na caminhada da sua vida, que já não é facil me fez pensar na mulher que eu quero ser, não só a mulher que você quer, mas a mulher que você precisa. Apesar do infortuno que ocorreu e do meu coração se encher de tristeza ao pensar que te prejudicou eu sorri ao escrever esse texto, porque é motivo pra felicidade querer ser melhor por alguém.

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Tudo pode ser muito e também tão pouco. Ontem eu falei que te amava o suficiente e você achou que era pouco. O suficiente pra mim é igual ao tudo, pode ser muito, pode ser pouco. Senti na sua voz que você havia se decepcionado, achando que era pouco. Por que te decepciona se você já não acredita na gente? O suficiente ser muito nesse caso, me faria sofrer, não te incomoda meu sofrimento? Mas sim, meu amor, o meu suficiente é muito. Sempre pensei assim sobre o suficiente, tem que ser muito pra suportar as coisas que vieram, que virão. Seu amor por mim é suficiente ou é pouco? Não foi suficiente pra você ficar, mas talvez não seja pouco pra você partir e eu entendo. Percebi que amo você de graça o suficiente pra aceitar que eu não vou ter retorno desse amor, o suficiente pra ficar quando você desiste, mas não o suficiente pra desistir. Talvez o meu amor seja pouco, quando comparado aos amantes que por amor resolvem se afastar, aaaa... pra isso meu amor é pouco, tão pouco que nem consigo mensurar. Meu amor também não é o suficiente pra abafar meus sentimentos egoístas, queria sim que seu amor fosse o suficiente pra ficar. Talvez, eu tenha mentido sobre meu amor ser suficiente pra tudo, não pra tudo, só pro que envolve não te deixar.

[nishkech]

Hoje acordei pronta pra aceitar seus termos, pra esquecer o romance e aproveitar o que restou das nossas conversas. Sonhei com o que você falou e acordei por incontáveis vezes pra segurar o choro enquanto eu lembrava "Não vamos dar certo, não quero mais tentar". Eu teimosa, insisti no que só pode existir se sonhado a dois, mas hoje acordei pronta pra aceitar seus termos. Espero conseguir, assim como você, desistir de nós, talvez isso aconteça amanhã pelo café ou ano que vem em alguma viagem quando a brisa tocar meu rosto e eu me lembrar novamente que tem sonhos que só podem ser sonhados a dois. Por hoje, aceito seus termos.

[nishkech]

queria ser o amor que você idealizou quando mais quis amar.

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Pela primeira vez eu não quis virar a página, mesmo sempre sendo mais fácil assim. Eu sentia que tudo ia dar errado e eu só pensava: Por que eu ainda estou aqui? Me afogava em outra tentativa de amor ou outra distração qualquer. Com você, não. Qualquer distração era pouco, qualquer tentativa não me parecia atraente... Implorei por você, como nunca implorei por ninguém. Me vi pela primeira vez implorando por nada e agradeceria qualquer pouco que você me desse. Qualquer pouco de você era muito mais do que eu poderia encontrar em qualquer esquina, eu pensei. Talvez esses textos não façam mais sentido amanhã, gostaria que fosse dessa forma. Mas se fizerem, me dê mais um pouco de você, para que eu não precise pedir muito de outras pessoas, que nunca será tão bom quanto o pouco que tenho de você.

[nishkech]

"Vi em algum lugar que as vezes é mais fácil criar uma casa do zero, do que reconstruir uma casa demolida, usando os mesmos tijolos". Ler isso de você me fez rir e chorar ao mesmo tempo. Eu amava a nossa casa.