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caminho com a ingratidão daqueles que já não esperam mais nada e ainda assim continuam.
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eu fui só mais uma
você igual a todos
não tem tragédia ou algo novo, só tem essa tristeza às vezes
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aprender a gostar de si é uma tarefa e tanto. ser sua própria amiga, parceira e não se abandonar é mais difícil ainda.
ando fazendo tudo isso muito mal
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(...) Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo... — Clarice Lispector, no livro "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres". (Ed. Rocco; 1.ª edição [1998]).
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E não pensa que eu me orgulho disso. De ter passado por isso. Porque não sinto nada além de tristeza.
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tô sentindo coisas. vontade de tirar os sapatos pra entrar, deitar no tapete do colo de alguém. a gente muda, assim, abruptamente e vira alguém melhor, eu espero. ou pelo menos mais aberto a viver. do que mais faz falta, tá o cheiro que as pessoas têm quando falam a verdade. o cheiro da veracidade, da voracidade. eu acredito melhor na vida quando posso tocar com a pele, os pelos e a base da nuca. eu sou mais feliz com o tato. agora tô sentindo coisas bem lá no fundo, daquelas que só é possível crer sentindo porque são invisíveis e indizíveis. então me calo.
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falei coisas duras em excesso. não me arrependi. queria ter usado outras palavras, mas pra algumas coisas não existem eufemismos. acabar é dar de cara com o fim e a demora só dá de morrer mil vezes pelo caminho. mais vale o baque seco e instantâneo. a gente já se arrastou em exagero. eu queria te contar das felicidades e das tristezas que têm tecido os dias, mas fico meio inebriada por um silêncio que toma todos os cômodos da casa e me conforta. sou mais feliz onde você não está e embora essa ideia me apavore e entristeça, a única coisa bonita e sincera que ou poderia te falar é que vou sentir sua falta. mas isso não é razão o suficiente pra ficar.
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eu queria, de verdade, pensar em você com o carinho de quem lembra de uma viagem inesquecível pro nordeste do país. sabendo que mesmo voltando para lá, nunca vai ser igual. por isso, na maior parte do tempo, eu me asseguro de não voltar para você de nenhuma forma. eu jamais vou conseguir repetir qualquer Estado. eu te coloquei num lugar tão inencontrável a fim de evitar que essa maresia enorme do tempo e da memória afiada consigam acabar com tudo, embora às vezes eu sinta como se já tivesse acontecido. há uns dez anos, eu achava que o amor era uma dessas fontes renováveis e que nenhum erro humano poderia dizimar elos naturais. eu realmente queria que eu não precisasse esquecer o que você fez. você é como encontrar uma chave qualquer enquanto arruma a casa. a gente nunca sabe que porta ela abre. o que fazer com o que ficou de algum lugar que parecia habitável e conhecido. mas deixa ali. porque vai que.
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Há dias fico abismada com a minha capacidade de ir além.
Ao pior e melhor de mim.
Ainda me sobram espantos.
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pedi desculpas pra mim mesma. não fiz nada que não quisesse fazer, mas por vezes me deixei tomar pelas motivações não-tão-válidas. tipo o pavor e a insegurança. . no fim, não sei se era aqui onde eu quis vir parar ou se é aqui onde vim parar porque não consegui segurar bem meu próprio volante. . não acho que sou a única ou a maior culpada. não é sobre culpa, mas responsabilidade. tomei decisões conscientes que não eram aquelas que teria tomado se ao menos tivesse coragem. ou estabilidade pra sustentar o risco. . lembro muito da época em que a yas percebeu que muitas das coisas que ela não queria eram coisas que ela rejeitava pela certeza de que a rejeitariam. não pessoas. mas coisas abstratas mesmo, como o sucesso ou a felicidade. . eu não gosto de receber flores porque era como meu pai presenteava minha mãe após uma briga, instantes antes de fazer as pazes, dias antes de cometer os mesmos erros. . eu cresci com a certeza de que a maioria dos gestos de amor são ocos de amor e cheios de ego. tenho dificuldade de pensar afeto como algo além de: "eu preciso que você me ame, perdoe e permaneça, embora eu não saiba como não te machucar e não esteja aprendendo a fazer melhor". . pra não me sentir culpada, penso no silvio dizendo "não é possível ensinar nada a ninguém". e depois me sinto mais culpada porque a minha cabeça sempre o respondia assim nas manhãs da 128: É VOCÊ QUE NÃO QUER FAZER ESFORÇO. . quando felipe me diz que eu teria sido uma boa arquiteta, eu sei que seria verdade se eu quisesse. acho que querer tá na raiz de todos os meus sucessos, embora também esteja na raiz de uma meia dúzia de fracassos. . o que me assusta é o quanto a minha faculdade de querer ficou escangalhada. às vezes (vezes demais) ela desliga sozinha pra me proteger disso que é tão essencial à vida: me frustrar porque querer quase nunca basta. mas e daí, sabe? já ajuda. e depois o que é a vida sem a vontade?
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as coisas que você nunca me disse as coisas que engoli com chá de hibisco antes de me deitar e todos os outros silêncios do tipo assombrados e não do tipo acolchoados gotejando frio nas costas durante o banho acumulando nos cantos das prateleiras e escorrendo feito tristeza no blindex do fim do domingo a vida tem sido um fim de domingo por isso eu queria gritar:
mas nem isso consigo
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me divido entre ansiar e temer desesperadamente o amor
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