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Jason aumentou o seu sorriso ao perceber que Nicolás entrou na brincadeira, aproveitando o momento que o príncipe voltou-se para o cavalo para observá-lo por alguns instantes, como se quisesse lembrar-se daquele momento depois. A qualquer momento o grego iria voltar pra casa, apesar do silêncio de Adonis nos últimos tempos. O homem provavelmente estava tentando se estabelecer no novo país, ou era isso que Jason esperava que ele estivesse mesmo fazendo. Mas assim que as coisas ficassem sob controle, o padeiro sabia que teria que partir. E sua saudade de casa era grande, só que não significava que esqueceria fácil do que viveu na França... incluindo Nicolás. Nesse meio tempo, partia seu coração ter que reprimir tudo que sentia para fingir que era o amigo de sempre do príncipe espanhol. Era até melhor poupá-lo da verdade, no fim das contas, por mais que Jason fosse um ator muito ruim. "Aramis." Respondeu sobre o nome do cavalo. "Eu suponho que os outros Mosqueteiros estejam por aí também." Sorriu de novo, voltando-se agora para o animal. O cavalo era bem inteligente, então talvez Jason não fosse passar muita vergonha enquanto fingia saber o que estava fazendo. A resposta para a próxima a pergunta de Nico, no entanto, morreu em sua garganta assim que a presença de seu guarda estava difícil de ignorar, por mais longe que ele estivesse. Pelo menos ele era um incentivo para o grego continuar a atuação como Adonis. Mesmo assim, Nicolás provavelmente poderia fisgar uma resposta com o olhar terno que Jason lhe lançou. "Mudar como?" Foi sua vez de questionar, com a pergunta saindo um pouco distraída. Jason poderia não estar tenso pelos mesmos motivos de dias anteriores, mas a ansiedade daquela competição começava a deixar o loiro avoado para qualquer outro assunto. Ele soprou um riso com a provocação competitiva do outro. "Quer saber? Eu vou pegar leve dessa vez. Pode ser até que você ganhe..." Disse de um jeito esnobe forçado, mostrando que estava brincando. O que talvez fosse um erro, já que Frank, o guarda de Adonis, lhe contou que o príncipe costumava ser competitivo de verdade. Jason crispou os lábios, voltando-se para o cavalo, fazendo um carinho na crina. "Mas eu também não tenho nenhum plano pra hoje. Só vou focar em algo pra fazer sozinho." Contou, esperando mesmo que conseguisse aquele tempo longe das obrigações da realeza, antes que lhe empilhassem com mais responsabilidades. "Eu não tento cozinhar nada desde o Natal. Então talvez eu faça isso." Imaginava que Nicolás se recordava dos biscoitos que chegaram a confeitar juntos. "Você está convidado para ajudar, é claro." Arriscou com um novo sorriso tímido, mesmo sabendo que Nicolás poderia negar e arrumar uma desculpa, e Jason não o culparia por isso, já que sabia que o muro entre eles era culpa sua.
nico ficou feliz com a possibilidade de ter uma resposta normal de adonis. era um primeiro passo para uma resolução aceitável daquela situação toda. a dor em seu peito de ver ele sorrindo com certeza não tinha nada a ver com aquilo. lembrou-se da primeira vez que viu o outro cavalgando e como se sentiu ameaçado pela facilidade com que ele se tornava incrível em tudo que fazia. isso era apenas a sua insegurança falando mais alto, mas ele se lembra de como pensou que as coisas sempre eram mais difíceis para ele. agora mais do que nunca essa insegurança cresce dentro de si como um fantasma o assombrando. ele é tão trapaceiro quanto você, então? botou as mãos na cintura e olhou para o animal como se o julgasse, balançando sua cabeça em uma negativa decepcionada. qual o nome dele? nico perguntou após soltar uma breve risada com a brincadeira entre os dois e olhar na baia e perceber que não tinha nenhuma identificação por ali. ele não queria realmente saber o nome do animal. saberia quando adonis fosse anunciado, mas a ideia do assunto terminar ali não lhe agradava. iria puxar assunto o máximo que pudesse sem deixar claro as intenções de seu coração. eu estou o que? questionou com clara confusão no seu rosto. ele não gostaria de alimentar nenhuma ilusão, mas um sorriso tímido e atípico surgiu no seu rosto. no mesmo momento, seu olhar caiu sobre o guarda que entrou nos estábulos e seu rosto ficou sério quase que imediatamente. ele não gostava do sentimento que fez com que ele sentisse uma queimação na garganta. estaria mentindo se dissesse que toda vez que eles estão juntos, ele não torce para o segurança de adonis não aparecer. não é como se o homem alto e bonito fosse estúpido o bastante para fazer algo genuinamente ofensivo para o príncipe da espanha, mas a sua mínima existência já tira nicolás do sério. eu não tenho nenhum plano, na verdade. respondeu, dando de ombros e tentando focar no loiro a sua frente. eu pedi para que meu guarda deixasse minha agenda aberta pois... pois acho que as coisas podem mudar um pouco depois de hoje. posso começar a receber propostas de encontros, foi o que quis dizer. até então, todas as propostas de encontros foram ignoradas por nico pelo simples fato de não achar ninguém adequado, mas se expor daquela maneira mudaria as coisas. e além disso, ele começaria a tomar atitude. precisava. e você, pretende fazer o que depois daqui? além, é claro, de se recuperar mentalmente após ser humilhado por mim.
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Jason podia sentir os músculos voltando a tensionarem nos últimos dias, mas por muitos motivos diferentes da ansiedade que sentiu pelas semanas anteriores. Quando Nicolás o tirou de seu transe enquanto Jason observava o cavalo à sua frente, pareceu um alívio sentir a presença dele. Além de se sentir tenso pelo evento que vinha, Jason também estava distante. E isso também era por uma razão diferente e não era de propósito; a verdade era que o grego vinha usando seu tempo livre para treinar para a competição, e isso estava tomando uma boa parte dos seus dias. E ele não estava treinando no mesmo nível que as realezas de outros países, que já estavam provavelmente acostumados à equitação. Não, Jason estava indo além, tentando aprender um pouco mais que o básico porque ele não era parte da realidade que cresceu aprendendo a cavalgar. Nem mesmo estava usando o cavalo de Adonis, que certamente não reconheceu o 'príncipe' quando foi apresentado a Jason. Seu guarda teve que escolher outro de última hora, e ele teria que encontrar outra mentira pra contar quando questionassem a razão de não estar com o cavalo de sempre. "Bom dia." Ele respondeu Nicolás com um sorriso genuíno, feliz por vê-lo de uma maneira que não fosse tão corrida. Fingiu então franzir o cenho em confusão, voltando-se para o cavalo chamado Ajax. "É mesmo trapaça?" Questionou ao animal, que obviamente não respondeu, mas Jason fingiu que sim, entrando na brincadeira da telepatia. "Ele disse que não." Jason sorriu de novo, tentando manter o bom humor da conversa. Voltou-se então para Nicolás, aproveitando por um segundo que o príncipe não estava mantendo contato visual consigo para descer o olhar para o uniforme que ele vestia. Podia sentir agora o coração batendo mais forte porque, apesar de saber que havia uma pequena chance de que estava indo bem naquela atuação de que eram os amigos de sempre, Jason ainda sentia falta de ter Nicolás por perto. E sentia isso como ele mesmo. Jason. Não Adonis. Isso ele não podia disfarçar. "Você está..." Ele se vetou ao notar uma movimentação na entrada do estábulo, percebendo que seu guarda estava ali o observando. Não podia culpá-lo, já que ele também estava nervoso com o que poderia acontecer naquela competição, apesar de que ainda não era oficialmente o dia. Jason lembrou-se de ajeitar a postura, pegando o seu capacete que estava pendurado próximo à baia, colocando-o debaixo do braço. Também estava com um uniforme, que felizmente tinham feito com as medidas dele, então estava mais confortável que as roupas que usou durante o treino dos dias anteriores. "Então, o que tem em mente para o final do dia? Depois da exibição e tudo mais." Questionou ao outro.
˛ ⠀ ⠀ * ⠀ ⠀@notprinceadonis
o ponto da seleção era o entretenimento e o circo formado ao redor da mulher que reinaria ao lado da princesa. a oportunidade de nicolás de estar ali também era bem clara. era ótima e ele e todos os outros convidados deveriam ser eternamente gratos... mas ficava tedioso. para pessoas como eles sentirem tédio, significava que os eventos estavam parados e considerando a fase da seleção que eles estavam, nico entendia perfeitamente. a ideia de uma competição de hipismo reviveu seus ânimos como nada mais poderia. a sua maneira de passar despercebido por pretendentes ao longo de todo esse tempo, passando horas enfurnado nos estábulos e criando com uma conexão com um cavalo, de todos os seres daquele lugar, seria sua vantagem. é claro que praticar qualquer esporte de duplas com alguém que não conhece é um desafio, mas ele sabia que gallant era bem treinado. depois de todos os estresses que havia passado após o ano novo e as incertezas criadas em seu peito, ele precisava de um momento de glória. talvez fosse isso que precisasse para botar um enorme alvo em seu peito, em seu coração e na futura coroa que lhe aguardava. ele procurava motivos para se opor, mas não encontrava. ou achava que não. naquela manhã, nicolás pode ver seu uniforme de hipismo pela primeira vez em muito tempo. não era o seu, seu uniforme, mas sim um muito parecido. as calças brancas, a bota e blazer preto que ele conhecia bem. eram feitos sob medida. antes mesmo de se alimentar bem, nico já havia ido até a pista onde seria realizada a competição entre as realezas convidadas. as pessoas já enchiam as pequenas arquibancadas e os estábulos ficavam logo ao fundo e foi lá onde nico se viu rapidamente. não quis cumprimentar ninguém naquele momento, pois sabia que não era o momento. já dentro dos estábulos, viu adonis parado na frente de uma das baias, olhando para o cavalo que provavelmente seria o seu. bom dia, adonis. está tentando alguma técnica de telepatia? acho que isso é considerado trapaça. nico se apoiou na porta de madeira, seu olhar focado no animal que agora encarava o espanhol com seus olhos grandes.
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"Eu ainda quero me desculpar." Jason sabia que membros da realeza não estavam acostumados a pedir desculpas; ou pelo menos Adonis não era acostumado a isso, visto que ele era bem conhecido por quebrar corações sem ligar para as consequências, ou por viver sem remorso. Só que Jason sentia que ele mesmo devia mais pedidos de desculpas do que pelo ocorrido dos últimos dias. Estava mentindo, e o pensamento de ser uma farsa estava encravado na sua mente toda vez que estava com Nicolás. Não queria mentir pra ele e, por mais que seus sentimentos pelo príncipe espanhol fossem um ponto de verdade no meio daqueles eventos na França, Jason sabia que deveria engolir qualquer coisa verdadeira pra si mesmo e manter o disfarce. Prendeu a respiração quando Nicolás se aproximou, tentando manter sua postura enquanto o príncipe parecia irritado, e isso certamente era sua culpa. Jason abaixou o olhar, dessa vez para a área do peito de Nicolás, lembrando-se de quando o outro lhe mostrou os anéis da família dele. O padeiro sabia o que ele queria dizer quando falava sobre o que buscava em relacionamentos; Nicolás queria casar. E seria com alguém da realeza. Jason voltou a encará-lo, mesmo sentindo-se envergonhado. Tinha que se lembrar de seu lugar, no fim das contas. Não podia sequer questionar começar algo com Nicolás que não tinha futuro, porque não era parte daquele mundo. E Nicolás ficaria decepcionado se soubesse disso. "Você está certo." Jason piscou algumas vezes, tentando lutar contra as próprias lágrimas. "Eu queria ter mais tempo para processar tudo que venho sentindo... Mas não acho que temos." Desde que tinha chegado na França, tudo parecia uma corrida contra o tempo. E provavelmente era para a maioria das realezas ali que estavam procurando por um casamento. O próprio Adonis vinha recebendo propostas assim, mas Jason e seu segurança tentariam se esquivar até não conseguir mais. E Jason não sabia exatamente por quanto tempo poderia fazer isso durar. Ele suspirou com as perguntas finais de Nicolás, mas ainda sentia que não conseguia sequer respirar direito. "Eu não sei se posso responder essa questão." Disse, crispando os lábios em um sorriso sem jeito. A verdade estava na ponta de sua língua: porque eu não sou Adonis. Mas não era exatamente um segredo só seu e, mesmo que fosse, Jason sabia que revelar isso mudaria tudo. Pra pior. "Você quer que tudo volte ao normal, certo? Então vamos focar nisso." Seu coração ainda parecia que iria saltar do seu peito quanto mais encarava os olhos castanhos do outro.
Jason sentiu-se envergonhado com as palavras de Nicolás. Sabia que o beijo deles podia não significar muita coisa para o príncipe, então ele estava certo. Jason não vivia como ele. Sua vida era só um trabalho que não iria o levar a lugar nenhum até o fim da vida; não estava costumado a beijar pessoas como Nicolás estava, e essa uma razão de ter se distanciado. Sabia que isso no fim poderia pesar mais pra si do que pro outro e Jason certamente era ansioso o suficiente para dar um passo maior que a perna. Podia ir embora a qualquer momento e queria aproveitar seu tempo com Nico, mas isso teve um resultado diferente do que imaginou quando percebeu que estava se apegando demais à uma ideia que... nunca teria um final feliz. "Então me deixe pedir desculpas." Jason disse por fim, sentindo o coração bater forte. "Desculpe por ter sido um idiota esses últimos meses. E me desculpa por perder tempo com isso quando poderíamos estar assistindo os filmes que você separou." Jason estava ciente de que Nicolás podia ou não aceitar as desculpas, mas o grego só queria tirar aquele peso do seu peito antes que algo acontecesse; caso Adonis retornasse ou se Jason tivesse que partir da França. "Eu sei que somos amigos, e eu não quero estragar isso. Não por causa do beijo. Mas pelo jeito que agi depois." Foi o que disse, suspirando por fim e liberando os braços do jeito que os cruzava acima do peito. "Nada disso precisa mudar, como você disse naquele dia." Assentiu, deixando um sorriso mínimo tomar conta de seus lábios, mas ele provavelmente deixava transparecer uma certa tristeza. "Eu só achei... que poderia." Jason balançou a cabeça, deixando esse assunto pra lá. "Enfim... Ok. Então..." Em um ato impensado (como todos os que teve desde que chegou na França), Jason estendeu a mão em direção a Nicolás, como se quisesse selar um acordo. "... Sem mais brigas." Jason disse, como se fosse seus termos do tal acordo. Teve vontade de rir de si mesmo e do quão idiota devia estar soando. "E sem mais... se esconder?"
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Jason sentiu-se envergonhado com as palavras de Nicolás. Sabia que o beijo deles podia não significar muita coisa para o príncipe, então ele estava certo. Jason não vivia como ele. Sua vida era só um trabalho que não iria o levar a lugar nenhum até o fim da vida; não estava costumado a beijar pessoas como Nicolás estava, e essa uma razão de ter se distanciado. Sabia que isso no fim poderia pesar mais pra si do que pro outro e Jason certamente era ansioso o suficiente para dar um passo maior que a perna. Podia ir embora a qualquer momento e queria aproveitar seu tempo com Nico, mas isso teve um resultado diferente do que imaginou quando percebeu que estava se apegando demais à uma ideia que... nunca teria um final feliz. "Então me deixe pedir desculpas." Jason disse por fim, sentindo o coração bater forte. "Desculpe por ter sido um idiota esses últimos meses. E me desculpa por perder tempo com isso quando poderíamos estar assistindo os filmes que você separou." Jason estava ciente de que Nicolás podia ou não aceitar as desculpas, mas o grego só queria tirar aquele peso do seu peito antes que algo acontecesse; caso Adonis retornasse ou se Jason tivesse que partir da França. "Eu sei que somos amigos, e eu não quero estragar isso. Não por causa do beijo. Mas pelo jeito que agi depois." Foi o que disse, suspirando por fim e liberando os braços do jeito que os cruzava acima do peito. "Nada disso precisa mudar, como você disse naquele dia." Assentiu, deixando um sorriso mínimo tomar conta de seus lábios, mas ele provavelmente deixava transparecer uma certa tristeza. "Eu só achei... que poderia." Jason balançou a cabeça, deixando esse assunto pra lá. "Enfim... Ok. Então..." Em um ato impensado (como todos os que teve desde que chegou na França), Jason estendeu a mão em direção a Nicolás, como se quisesse selar um acordo. "... Sem mais brigas." Jason disse, como se fosse seus termos do tal acordo. Teve vontade de rir de si mesmo e do quão idiota devia estar soando. "E sem mais... se esconder?"
˛ ⠀ ⠀ * ⠀ ⠀eu não tenho problema algum com o que aconteceu no ano novo. foi a primeira coisa que ele disse, sentindo seu coração acelerar acima do normal e seu rosto ficar quente. ele não sabia se aquilo era um simples nervosismo ou se estava ressentindo com a coragem de adonis. você não foi a única pessoa que eu beijei naquela noite. você não foi o único amigo que eu beijei naquela noite, mas você é o único que... que parece querer dar um passo maior do que a perna. nico não estava bravo, estava mais para confuso. no seu ideal de vida, beijar pessoas e não significar nada deveria ser normal. pelo menos era assim para muitas pessoas e ele sempre se achou diferente por querer o contrário. quer dizer, essa é a nossa vida, não é? pela primeira vez em muito tempo, seu tom era completamente derrotista a ponto de fazer com que ele sentisse pena de si mesmo. muito provavelmente ele nem merecesse. o que quer que eu diga para isso tudo? ele quase conseguia seu peito rasgando por dentro e seus olhos enchendo de lágrimas. a tristeza não era apenas por adonis, mas por todas as coisas na vida que ele perdeu. eu gosto de conversar com você, gosto de esperar por uma resposta sua quando lhe envio uma mensagem, gosto de te imaginar do meu lado quando não está, gosto de pensar em todas as coisas que poderíamos fazer. sim, poderíamos. os encontros... eu até aluguei filmes que eu acho que você vai gostar e lembro das cenas imaginando qual vai ser a sua reação, mas você sabe que enquanto não estiver 100% aqui, eu só vou poder agir como seu amigo. e esse era o problema. algo dizia para nicolás que tinha algo de errado com adonis e com ele também. eles se conheciam há tanto tempo, por que se apaixonar logo agora? nada havia mudado, tecnicamente. então, o que? eu também não quero mais brigar com você. algo me diz que não é para isso que você está na minha vida. seu tom era sóbrio, mas estava sendo irônico. o que lhe dizia eram os vários anos de amizade. ele tentou sorrir, mas saiu mais perto de uma careta conforme uma dor imaginária tomava conta de si, a aliança que ele carregava no peito parecia queimar sua pele.
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Jason fez o mesmo que Nicolás, deixando-o falar sem o interromper. Estava enganado quando pensou que seria melhor falar com o príncipe cara a cara, porque agora só conseguia imaginar que seria mais fácil ter a cortina da atração do evento de volta. Crispou os lábios quando Nico disse que desejava que ele voltasse ao normal, o que parecia natural quando tudo que Jason se tornou agora era uma mentira; no fim, tudo voltava para Adonis e era dele que Nicolás sentia falta. "Certo. Olha..." Jason continuou onde estava, voltando a olhar pra baixo, para os próprios sapatos. As roupas que usou para o almoço pareciam sufocá-lo agora, mas sabia que isso era a impressão por causa da ansiedade que subia pelos seus ombros. "Eu acho que não vamos chegar em lugar nenhum se a gente não falar em voz alta o que aconteceu no ano novo." Quando eles conversavam, parecia que isso era evitado a todo custo. Mais do que um evitava o outro pelos corredores do castelo. Voltou o seu olhar para o dele. "Eu beijei você, e... Bem, isso deve ser uma consequência de tudo que vem acontecendo desde que eu cheguei na França. Porque eu gosto de você. Eu gosto quando a gente conversa, gosto de te escutar falando sobre seus filmes, gosto... de tocar o seu cabelo, e... Eu gosto quando planejamos um encontro perto da fogueira, mesmo que não vá acontecer. Eu gosto de te presentear com bolos porque eu quero te impressionar..." Jason suspirou, sentindo-se estúpido quando falava tudo aquilo em voz alta. Por um momento quis rir de si mesmo quando colocava fazer bolos como a única coisa impressionante que ele sabia fazer. "É isso que vem acontecendo desde que pisei aqui. E parece a coisa mais genuína que vem me acontecendo ultimamente." Jason sentia-se estúpido por dizer isso também, já que vinha mentindo sobre todo o resto, mas no fim o que dizia agora era verdade. Cruzou os braços na altura do peito, deixando o silêncio se arrastar por poucos segundos. "Você disse que sempre tem outra escolha... mas se não tiver, eu não quero brigar com você. Eu vou tentar voltar ao normal, se você quiser. Eu só queria falar de uma vez."
˛ ⠀ ⠀ * ⠀ ⠀nico não acreditou nem por um segundo nisso de que adonis só queria o ver. querendo ou não, seus caminhos se cruzavam durante o dia. o espanhol conseguia ver os cabelos loiros de longe no café da manhã, as vezes passeando perto de sua janela, do lado oposto ao estábulo quando ele estava fazendo hora por lá. se adonis apenas quisesse ver ele, não estaria aqui. a segunda parte foi o que fez sentido para ele. desde o ano novo que nicolás vinha pisando em ovos, esperando o momento certo de pedir desculpas. era culpa dele também, afinal de contas. o beijo e a briga. ele escutou tudo que o outro tinha para falar, com calma. ele tinha esse costume de fazer as coisas da sua cabeça e depois se arrepender, então é claro que ele se arrependia de muitas atitudes que havia tomado desde aquela noite. ele só não sabe bem apontar o motivo de ainda ter esperança em seu peito de que tudo vai ficar bem. a ideia do bolo não é muito boa. foi a primeira coisa que disse. a última coisa que nico precisava agora era de pity food. pena num geral já era ruim o suficiente, mas era isso que adonis sentia por ele? ele não sabia dizer. eu não sei o que dizer... porque a gente vai brigar de novo. ele sentenciou, depois de um longo suspiro. você já me disse que está ficando maluco longe de casa, já me disse que não tem outra escolha e eu já discordei de você. você sabe o que eu penso, sabe que eu sempre penso que tem outra escolha, sabe que eu mais do que ninguém entendo o que você está sentindo porque eu também me sinto num inferno aqui. e eu já disse que apesar de tudo eu procuro motivos para ficar. se você não me explicar o que está acontecendo com você, e eu tenho a leve impressão de que não vai, a gente vai seguir sem se entender. eu sou péssimo, cabeça dura, teimoso, briguento, enxerido e tudo mais o que você puder estar pensando agora... mas eu estou disposto a deixar isso de lado se você voltar ao normal. ele falou quase tudo numa só vez, quase ficando sem fôlego no final. qualquer um podia ver o leve desespero na sua voz e o quanto ele queria aquilo que pedia. a gente pode seguir brigando ou você pode ser o meu amigo novamente. qual você quer que seja?
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Nico não pareceu muito certo com o convite, mas Jason suspirou e adentrou o cômodo assim mesmo. De repente, a mobília do quarto alheio pareceu bem interessante para o olhar de Jason só para evitar de olhar para Nicolás quando ele ainda soava irritado com sua presença. "Eu..." Começou com todo o seu jeito despreparado de estar ali por puro impulso. Voltou-se para o rapaz, ainda em uma distância considerável. "Só queria te ver." Admitiu por fim, tentando relaxar a sua postura. "E eu queria me desculpar." Talvez não fosse adiantar muito quando seus ombros ainda estavam tensos. Tentou pensar se Adonis teria dado esse passo de se desculpar caso tivesse brigado com um amigo, mas Jason só bufou para esses pensamentos. Estava cada vez mais cansado de agir como Adonis, o que era ridículo quando devia fingir ser o príncipe grego (que certamente era mais orgulhoso e despreocupado do que ele). "Deuses, eu deveria ter feito um bolo com um grande Me Desculpe escrito em cima. É muito mais fácil." Jason pigarreou, abaixando o olhar para as próprias mãos que se encontravam na frente de seu corpo quando mexia nervosamente nos anéis que usava. "Estar longe de casa está me deixando maluco. É isso." Assentiu, sabendo que era uma verdade. "E eu sei que você disse que é mais fácil eu ir embora de vez, mas eu ainda preciso... ficar por aqui. Então não é como se eu tivesse muita escolha."
˛ ⠀ ⠀ * ⠀ ⠀o evento de dia dos namorados acabou tão bem quanto ele poderia esperar. saiu confuso e de coração quebrado, mais ainda do que ele já estava. ótimo. algo estava lhe falhando ao olhar e ele sabia disso, mas também estava crente de que talvez nunca encontrasse a resposta certa. logo os eventos da seleção voltariam e ele havia perdido a esperança. voltar para a espanha parecia a solução lógica e nem em seus melhores sonhos ele poderia encontrar motivos para mudar de ideia. é claro, tudo que ele fez de errado havia o levado até ali. estava tão imerso em seus próprios problemas, as ligações com seus pais ficando cada vez mais curtas e ríspidas, que nem se surpreendeu quando adonis apareceu na sua porta. depois daquela discussão era preciso que um dos dois tomasse o primeiro passo e adonis estava se mostrando tão melhor do que em nicolás nessas coisas, que ele já sabia que o loiro seria o primeiro a aparecer. claro, adonis. é claro que pode. ele percebeu itzae nos seus pés, defensiva, mas a dispensou com um comando rápido. seu quarto estava perfeitamente arrumado, costume que ainda tinha do exército, mas mesmo assim ele sentiu certa vergonha. como se tivesse algo a esconder. seu ego, talvez. o que te traz aqui? seu tom foi seco, nada convidativo. nico não sentou e isso era uma clara mensagem que o outro também não estava convidado a sentar. por enquanto não.
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Jason suspirou quando adentrou o corredor dos aposentos da realeza. Parecia que tudo estava indo contra o que havia planejado desde que concordou em ir para a Seleção da França, mas ainda tinha que fingir, certo? Adonis não respondia suas mensagens por um tempo, mas ele não podia simplesmente voltar pra casa sem levantar suspeitas. Ainda tinha muito o que fazer ali, e seria muito mais fácil lidar com isso se o príncipe da Espanha não passasse por ele sem dizer nada, entrando em seu quarto em silêncio. Jason suspirou e parou em frente ao seu próprio quarto, procurando as chaves em seu bolso, mas daquela vez não fez muito esforço para encontrá-las. Balançou a cabeça pra si mesmo, voltando-se para a porta do quarto ao lado, batendo na madeira para esperar que Nicolás abrisse. Era uma péssima ideia; não sabia exatamente o que dizer, e sabia que o príncipe ainda poderia estar com raiva dele, mas foi algo que falou mais alto naquele instante do que simplesmente ir dormir. Não conseguiria. Estava agitado e só acabaria pensando demais. "Nicolás." Disse quando o outro abriu a porta, sentindo seu coração bater forte contra o peito. Agora estava bem evidente o quanto não estava preparado para aquela conversa. "Posso entrar?" @borbonsg
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"É, é compreensível." Jason sorriu. Também não estava com muita vontade de encarar as atrações com seu guarda ao seu lado, por mais que ele soubesse de tudo. Quer dizer, ele também merecia pelo menos se divertir um pouco. Quando Nicolás falou em espanhol, o loiro travou por um segundo. Se ele pensasse um pouco, talvez as palavras começassem a fazer sentido, mas não ia ficar mais de cinco segundos perdido em seus pensamentos. "Hum... Sí?" Arriscou, torcendo o nariz pra si mesmo. O próximo assunto, no entanto, o deixou em silêncio novamente. A verdade estava na ponta da língua, e a vontade de contá-la estava mais presente do que nunca no momento que escutou o nome de Adonis sair da voz de Nicolás. "Não estou falando de você. É... a coisa toda. Sempre fazendo o povo caçar um sonho que não pode ter." Era bem claro que aquilo não faria sentido para o príncipe espanhol; mas Jason não estava duvidando das palavras dele... talvez até havia um fiapo de esperança pra si mesmo, se Nico já não estivesse desejando que o grego fosse embora. O problema era que parecia bom demais para ser verdade. Para acreditar que poderia simplesmente contar que era um padeiro qualquer e as coisas não seriam diferentes dali pra frente. E nem era só por causa de Nicolás, e sim... bem, por todo o resto em volta. Na Grécia, era tudo sobre status na realeza, e imaginava que não fosse diferente em outros países. "Tanto faz. Isso não é importante." Adicionou quando sentiu-se enrubescer, sabendo que agora era tarde demais para desabafar como desejava.
"Bem, a mudança de cenário certamente me afetou, Nicolás." Jason suspirou, percebendo depois que falou o nome dele que aquilo era pra ser algo anônimo. "Certo. Talvez eu vá embora." Crispou os lábios, irritado porque aquilo já não era mais uma opção. Adonis não estava dando notícias, e Jason... bem, ele não queria ir embora dessa forma. Juntou as mãos em cima do colo, distraidamente mexendo nos anéis que usava para a ocasião do evento, olhando pra eles para evitar de olhar para... as cortinas. Onde Nicolás estava por trás. "Eu... sei que estou soando estranho, mas é difícil colocar em palavras essa pressão que estou sentindo aqui." Contou para o outro, voltando a se lembrar da noite de ano novo. Sabia que devia respostas para Nico, e talvez um pedido de desculpas... e parte dele sabia que deveria se afastar. Continuar com o script que lhe deram. Arranjar uma noiva para Adonis. Mas Jason ainda se viu pedindo: "Podemos conversar em outro lugar? Eu preciso te fazer mais uma pergunta."
˛ ⠀ ⠀ * ⠀ ⠀a roda gigante certamente tem uma linda visão. nico tirou algumas fotos com seu celular, querendo guardar pelo menos algo daquele evento. mas mesmo assim... se eu lhe disser que me cansei rápido e me deixou um pouco desconfortável andar em uma roda gigante com o meu segurança, você entenderia? nico quis rir, mas se controlou. a verdade é que não via problema em andar sozinho e até preferia que fosse o caso, mas ele gostava de incluir seus seguranças nesses eventos. era uma gama tão grande de pessoas passeando pelo castelo, coisa que jamais aconteceria na espanha, que nico não via sentido em botar eles para trabalhar e não para se divertir. um dia iria morrer pelo próprio orgulho, mas enquanto esse dia não chegava, ele saía como melhor chefe do mundo. o francês soa bem na sua voz também, soa bem na voz de qualquer um. é apenas cansativa. eu sou fluente há anos e me recuso a acreditar que não dê enxaqueca em outras pessoas. ele brincou, esfregando as têmporas. a dor de cabeça crônica de nico não tinha nada a ver com a língua falada, mas ele tinha um arsenal tão vasto de xingamentos e reclamações sobre aquele lugar, que ele seguramente não terminaria tão cedo, caso incentivado. y seguramente no suena tan bien como el español, ¿verdad? a diferença na certeza de tom de nico era clara. espanhol combinava perfeitamente com ele. sua língua materna fazia o seu tom natural de voz se ressaltar e sua confiança florescer. esse era só mais um dos motivos pelo qual queria voltar para a espanha novamente. acho que nós falhamos miseravelmente no nosso objetivo. ele não tinha receio nenhum de assumir isso, pois precisava. precisava assumir que não daria em nada pois seria um idiota se achasse que ainda tinha alguma chance de achar um pretendente na frança. não depois de adonis, não depois da confusão que havia sido plantada na sua cabeça. falo por mim mesmo, pelo menos. ele explicou. apesar do que havia acontecido entre eles no ano novo, nico ainda não sabia o quão positivo o outro estava sobre seu futuro. a próxima coisa que adonis disse fez o príncipe espanhol travar. depois de todos aqueles anos, não esperou escutar tal frase dele. nico sempre fez questão de provar ser diferente de sua avó, de se aproximar mais das ideias de seus pais, de sua mãe. adonis sabe como nico pensa, sabe os motivos pelo qual ele se distancia do ideal de um príncipe espanhol, sabe o que ele já sofreu. e agora diz isso? por qual motivo alguém que o conhece tão bem duvidaria da sua capacidade de amar, daquela maneira? é isso que pensa de mim, então? ou talvez está apenas refletindo seus próprios ideias? ele pausou, respirando fundo para não falar algo indevido, para não falar demais... mas é nicolás ali. seus ideais tão fortes quanto seus sentimentos. estereótipo que fosse, ele era. não existe classe social nesse mundo que pudesse fazer com que eu não amasse... alguém. você me conhece, adonis... a segunda frase veio carregada de ressentimento, porque não tinha mais como argumentar. é simples assim. adonis o conhece e não deveria falar algo assim. o que ele queria que nicolás dissesse? que ele estava certo?
⠀ ⠀ ⠀ ⠀isso não é parte essencial de ser um príncipe? ser observado, julgado e demandado o tempo inteiro? não achei que apenas uma mudança de cenário pudesse te afetar dessa maneira. nico era uma boa figura pública. aquela que não se mete em confusão e nem se opõe a ser famosa. ele era a pessoa perfeita para manipular e ser manipulada, deixava que as pessoas o vissem como um amigo e assim ganhava a confiança delas. intencional ou não, nico deixava sua personalidade reservada o privar de ser o melhor que pode para a imagem da família real, seu lado carismático e brincalhão sendo apenas um bônus. independente se for o o cenário ou não, você sempre tem a opção de ir embora. apesar do que sua família disser. você é um príncipe. negocie. foi como uma ordem. ele estava ali contra a sua vontade, mas sabia que o que lhe separava da espanha era apenas um pouco mais de loucura e desespero de sua parte. talvez um escândalo sexual fosse o suficiente. talvez ele precisasse ameaçar o estopim de uma guerra. independente do que fosse, ele estava quase chegando nisso. qualquer coisa para não quebrar o que tem com adonis de vez. o que o outro queria dele? queria que ele tomasse o primeiro passo novamente ou queria que ele se afastasse para nunca mais voltar? ninguém vai arruinar. ele garantiu, sua voz triste. por que você acha isso? não existe motivação para esse tipo de pensamento.
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"Nem mesmo a roda gigante? Eu ouvi que a vista é bonita, pelo menos." Jason comentou, tentando incentivá-lo a falar. Sentia falta de ouvir a voz dele, tinha que admitir. Desde que chegou na França e conheceu Nicolás, ansiava pelas conversas que trocariam, e ignorá-lo nos últimos dias parecia uma tarefa difícil, quase impossível. Mesmo assim, Jason tentava se esforçar para não se atirar de cabeça. Aquela história não precisava se tornar mais complicada do que já estava. Ele suspirou ao ouvir Nico falar sobre desejar voltar pra casa. De novo, sentiu seu coração apertar; se Nico voltasse para a Espanha, seria mais fácil. Não teria que mentir mais pra ele. Mas, ao mesmo tempo, parecia loucura que uma parte de Jason queria ser egoísta o suficiente para dar um motivo para Nicolás ficar. Na França. Com ele. Qualquer coisa que não fosse o distanciar. Deuses, Jason não sabia quanto tempo conseguiria viver nessa contradição. "É, acho que isso a gente tem em comum." Foi tudo que disse, afinal, Jason também sentia falta de casa e da sua família, questionando-se todos os dias se estavam bem. Ele acabou soltando uma risada curta com o complemento de Nico sobre o inglês, balançando a cabeça. Jason só conseguiu aprender inglês estudando sozinho enquanto crescia e teve que aprender o francês meses antes de ir para a França. Não deveria ser tão engraçado assim pra ele que as línguas que Nicolás mais detestava nesse momento eram as únicas que Jason sabia além do grego. E ele vinha disfarçando bem até então, mas sabia que esperavam que um príncipe soubesse mais línguas do que isso. "Se te faz sentir melhor, o francês soa bem na sua voz." Ele comentou, ainda com um sorrisinho no rosto; sorriso esse que não demorou para sumir assim que foi lembrado que a maioria das realezas convidadas estavam atrás de alguém pra casar. Inclusive Adonis, que já espalhavam por aí que estava atrás de uma noiva. "Acho que sim." Foi o que conseguiu responder, voltando com as respostas curtas. Mas o que mudou o seu humor e o atingiu com a realidade de novo foi quando Nicolás comentou sobre encontrar o amor de uma forma simples. Algo que se fosse um plebeu adoraria ler sobre. E não tirava essa razão dele, pois o que mais escutava de seus amigos na Grécia ou das fofocas entre clientes da padaria era sobre algum casamento real acontecendo ali ou em outra parte do mundo. "Coincidentemente, essas histórias só acontecem com um casal da nobreza, para o povo sempre sonhar com algo que não pode ter. Se fosse um plebeu aqui desse lado, essa história não iria pra frente." Ele não conseguiu se conter como comentário, logo percebendo que era estupidez de sua parte. Não queria atirar essa frustração com todo o sistema no colo logo de Nicolás, mas aquele era um pensamento que ecoava no fundo de sua mente sempre que estava com ele. Era incapaz de vê-lo se aproximando tanto se Jason não estivesse ali como o príncipe Adonis. Teve que engolir em seco quando Nico disse que não haveria julgamentos se ele decidisse ser sincero... o que era mais uma ironia daquela conversa. "Eu só estou cansado." Ele quis só deixar o desabafo por isso mesmo, mas sabia que precisaria falar mais. Jason suspirou, tentando encontrar palavras que não o prejudicariam. "Desde que cheguei aqui, tudo que eu faço vira um grande espetáculo. Muita gente de olho o tempo todo... muita gente ditando o que eu tenho que fazer. Ou o que é certo ou errado." Achou que eram palavras boas o suficiente. Talvez Adonis fosse dizer algo assim também, se visse que tinha muita responsabilidade da realeza para lidar. "Isso está me sufocando." Adicionou, crispando os lábios em seguida, sentindo seus ombros tensos toda vez que desejava poder olhar para Nicolás.
"Eu vim aqui nessa barraca porque eu queria um momento tranquilo. Só meu." Continuou, e logo um pequeno sorriso voltou para os seus lábios. "Ou um momento só nosso, eu acho." E agora Jason não estava falando só sobre essa conversa. O beijo que trocaram no ano novo também foi um momento só deles, mas por quanto tempo? Jason não queria ninguém lendo sobre isso. Na verdade, o deixava em pânico que não só estaria mentindo para Nicolás, mas que essa mentira poderia se espalhar para o mundo todo. Talvez o próprio Adonis fosse ler sobre isso e tiraria Jason de seu lugar. E os deuses sabiam que Jason não estava preparado para deixar o que sentia por Nicolás pra trás. "Eu não quero que ninguém arruine isso."
˛ ⠀ ⠀ * ⠀ ⠀eu fui em quase todas, mas a maioria não teve muita graça. nico sorriu sem jeito, sentindo-se como um grande perdedor pela primeira vez em muito tempo. ele odiava ter seus sentimentos sempre à flor da pele, mas ele nunca conseguiu evitar. não sabe como achou que seria uma boa ideia sair do seu quarto e encarar todas essas pessoas felizes e ter a possibilidade de encarar adonis, de todas as pessoas, e ter que conviver com aquela vontade, que agora crescia em seu peito, de jogar tudo para o alto. ele não poderia ceder. seu orgulho e seu medo não deixavam. nico quase perguntou, a ironia na ponta da sua língua, como que o outro não sabia se estava bem. sabia que não iria ser justo e agradeceu internamente assim que ele começou a se explicar. a verdade é que nico poderia atirar pedras em adonis, apontá-lo com sua raiva, e isso não mudaria nada. no final de tudo, quem disse o que não queria verdadeiramente foi ele. nico foi quem disse que aquilo não precisava mudar nada. se adonis o estava ignorando, que o fizesse, se isso fosse o que ele achava necessário. eu lhe entendo nessa questão. nos últimos dias desejei intensamente estar em minha casa e não aqui. meu corpo todo está tenso, como se ele só fosse relaxar quando voltar ao meu país. escutar francês... eu acho que faz parte do castigo de estar aqui. até falar francês o estava irritando nos últimos dias, xingando tudo e todos num nível desnecessário. não que ele achasse espanhol a melhor língua do mundo, mas... até que era. das que ele conhecesse, nenhuma soa melhor. pelo menos não é inglês. ele amava ir para a inglaterra, com suas pessoas mal educadas e clima tenebroso, mas aquela língua não lhe agradava mais do que o francês. não foi isso que metade de nós veio fazer aqui na frança? nico queria chegar mais perto de adonis. conforme a conversa fluía, mesmo com seu peito ainda doendo e seu sentimentos machucados, nicolás queria tocar em adonis, ver seu rosto e seus olhos e segurar suas mãos, mas seu orgulho não deixava que ele desse o primeiro passo a admitir que o outro estava ali. já imaginou a história na capa das revistas? um encontro tão... simples e que fez nascer um amor verdadeiro. se eu fosse plebeu, eu adoraria ler sobre isso. era estúpido, é claro. jamais aconteceria, mas ele era um romântico até seu último suspiro e se aquilo viesse a acontecer de verdade, ele realmente adoraria ler sobre. com doze anos, seu livro favorito era morro dos ventos uivantes, sua vida inteira se resumia a ver os outros sentir coisas como seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais, enquanto ele apenas almeja que chegue o dia em que possa sentir aquilo. se fosse acontecer com outra pessoa em algum outro local daquele parque, ele ficaria feliz de ler sobre. apesar de não gostar de ver os casais esfregando sua felicidade em seu rosto, nico gostava de ler sobre as histórias, ignorando a pare em que a maioria acaba mal. então fale. fale o que está guardando em seu peito e prometo não haver julgamentos. não sei em que momento, em nossa breve conversa, levei você a acreditar que teria.
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Jason sentiu o coração apertar com a resposta de Nicolás, tentando decifrar no tom de sua voz o quão decepcionado ele devia estar por ser o grego ali do outro lado. Pelo menos ele não tinha ido embora. Franziu o cenho com o jeito que ele falou do evento. "E você já foi em alguma outra atração que não fosse essa?" Questionou, e desejou não ter a imaginação fértil demais para não ter que pensar em si mesmo passando um tempo com Nicolás naquelas atrações ridículas de dia dos namorados. Parecia que o muro que tentou construir para se manter afastado do outro vinha desmoronando após trocar poucas palavras com ele. Jason deveria se colocar em seu lugar, parar de se envolver demais, e ao mesmo tempo... queria que fosse diferente. "Eu... não sei." Jason falou quando a pergunta sobre estar bem se voltou pra ele. Podia notar que Nico tentava manter uma imagem, mas Jason estava cansado de fingir sobre tudo. "Nas últimas semanas tenho me sentido um pouco ansioso e... confuso. Talvez esteja passando tempo demais nesse castelo." Ele franziu o nariz. "Você também está cansado de escutar as pessoas falando em francês?" Perguntou ao outro, como se isso fosse um grande problema. "Um pretendente?" Isso o fez soltar uma risada baixa, mesmo que um tanto confusa. Logo a graça foi substituída por um pouco de tensão, sentindo o próprio rosto esquentar sobre aquilo realmente ser uma possibilidade. "Foi por isso que você veio aqui?" Quis rolar os olhos pra si mesmo, sentindo-se estúpido. É claro que Nicolás não estava ali pra procurar por um pretendente, ele era um príncipe. Eles não encontravam pretendentes em barracas de encontros às cegas. Duvidava que encontrassem pretendentes que não fossem do meio da realeza também, o que também era um tópico frustrante para Jason, aparentemente. "Quer dizer... eu só queria conversar um pouco." Jason continuou, olhando para as próprias mãos descansando sobre o próprio colo. "Ultimamente venho pensando demais e não falando muito o que eu quero."
˛ ⠀ ⠀ * ⠀ ⠀não... sem nomes falsos. a sua resposta veio depois de alguns segundos. a revelação de que era adonis ali parecia uma piada de mau gosto. nico sentiu seu rosto e seu peito queimando, uma sensação estranha que ele já conhecia, ansiedade misturada com angustia. ele tinha tantas perguntas a fazer, mas nenhuma parecia adequada para o momento. a pergunta do evento fez com que ele se aprumasse na cadeira, sentindo toda a malícia que na verdade era inexistente na voz do grego. o evento está incrível, claro! muitas... muitas pessoas e coisas para fazer. a segunda frase veio um pouco sem força. nico nem ao menos conseguia mentir sobre aquilo. ele havia passado a noite inteira com um humor que no melhor caso poderia ser descrito como neutro, beirando o mau humor. do dia para a noite sua vida tinha tomado uma virada inesperada e agora tudo que lhe lembrava minimamente do seu dever como herdeiro e como futuro rei lhe faziam embrulhar o estômago. eu... eu estou bem, também. e você? ele mentiu. se adonis ainda o conhecia, ele conseguiria facilmente escutar a falha em sua voz e sua incerteza. mas o que te traz até essas barracas? o desespero está tão grande assim? planeja achar um pretendente aqui, ou...? ele tentou seu melhor para parecer descontraído, para tentar trazer um pouco da familiaridade de sempre, mas não tem certeza se conseguiu. do seu ponto de vista aquilo soou mais como uma pessoa magoada falando do que outra coisa, mas esperava que adonis não visse desse jeito.
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His Royal Happiness
Nicholas Galitzine as Prince Henry in 'Red, White and Royal Blue', 2023
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Jason já havia conversado com alguém na cabana de encontros secretos, e até gostou daquela dinâmica porque podia ser sincero com a pessoa do outro lado. Ou pelo menos um pouco mais sincero do que estava sendo em meio àquela farsa que se enfiou. Por isso não saiu de imediato, aguardando mais alguém aparecer. Quase tomou um susto com a voz do outro lado, e não foi só por ser uma surpresa repentina, mas também porque não tinha como Jason confundir. Era Nicolás ali. Demorou alguns segundos até Jason perceber que deveria dar uma resposta: “Hum... não, eu acho que não.” Pensando melhor, talvez tivesse sido mais inteligente se levantasse sem dizer nada e fosse embora, mas havia algo em Nicolás que constantemente fazia Jason desejar estar na presença dele. O último mês foi difícil, já que tudo que Jason fez foi tentar se afastar do espanhol, com medo do que o futuro lhe reservaria caso não o fizesse. Já estava afogado nas próprias mentiras, não queria arrastá-lo junto até que a verdade explodisse. Jason respirou fundo ao se recordar do beijo que trocaram no ano novo, mais uma vez tentando manter o foco ali: uma conversa um pouco mais sincera não era uma má ideia. “A não ser que você queira inventar um nome falso, eu acho...” Ele continuou, colocando um sorriso envergonhado nos lábios, mesmo que Nicolás não pudesse vê-lo. O que o príncipe espanhol estaria pensando disso? Havia o reconhecido? Será que já estava se levantando pra ir embora? “Mas... como você está? Está gostando do evento?”
˛ ⠀ ⠀ * ⠀ ⠀ 𝖜𝖍𝖊𝖗𝖊: encontro secreto. 𝖜𝖎𝖙𝖍: @notprinceadonis
evitar pessoas era uma tarefa cansativa, mais cansativa do que qualquer um poderia imaginar. tudo naquela festa fez com que nico desejasse dar meia volta até o seu quarto. se distraiu com os doces até certo ponto, participou de algumas atividades, mas tinha uma que estava martelando na sua cabeça. a ideia dos encontros secretos, em qualquer outro momento, iria fazer com que ele se opusesse de maneira veemente. não era para ele. ele já havia tentado e nunca obteve o mínimo sucesso. mas ali, a ideia atiçou a curiosidade dele. se tudo desse errado, era apenas um evento de festa. nada mais. entrou em uma das barracas e seguiu brincando com o cadeado que havia pego mais cedo. aquela era outra coisa que havia cativado o espanhol. é claro que ele iria escrever o nome de itzae ao longo de uma mensagem de uma longa vida e muita saúde. se o dia dos namorados poderia ser transformado em um evento para celebrar o amor não-romântico, os amigos e a família, aquilo ali também poderia. quando ouviu o som de outra pessoa do outro lado, nico sorriu envergonhado, como se pudesse ser visto. aquilo o ajudaria a tomar a sua personalidade mais despojada e honesta assim que a ficha caísse. acho que não devemos dizer nossos nomes, certo?
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Jason assentiu para a resposta dele sobre a selecionada Vivienne. "Falando na sua irmã... Como ela está? Confiante?" Por mais que tivesse preocupações demais enchendo a sua cabeça, a Seleção era uma boa distração de tudo. E já que ele e Louis estavam fofocando, não machucaria fofocar um pouco mais sobre esse tópico também. "Ela não está puta porque chegaram mais garotas nessa casa de vidro? Eu ficaria. É tipo, mais competição." Ele gesticulou em irritação, ainda sem engolir aquela história do reality, como se fosse mesmo um telespectador que tinha suas favoritas para vencer. Um sorrisinho brincou nos lábios do falso príncipe enquanto ele olhava para a TV. Estavam tirando um tempo do evento, mas logo precisariam retornar. "Não é engraçado pra você que ela entrou numa competição super difícil pra ficar com a princesa, e você só precisou existir pra ficar com o príncipe?" Ele soltou uma risadinha, balançando a cabeça pra si mesmo e tentando ficar sério conforme Louis falava dos Guardiões. Não era culpa de Jason que, falando em voz alta, parecia engraçada a situação romântica que o amigo se enfiou. "Você já conseguiu falar com eles? Ou alguém do grupo?" Perguntou, tentando arrumar uma saída pra ele. Como dizem, às vezes uma opinião de fora pode ajudar. "Quer dizer... talvez tenha alguém por lá que pense o mesmo que você. Vocês podiam se juntar pra conversar sobre o futuro no grupo."
Quando a conversa se voltou pra si, no entanto, Jason se viu corando. Quando se encontrava em um beco sem saída, ele preferia pensar em outra coisa e evitar confrontar os próprios pensamentos (talvez por isso ele não tivesse muitos amigos na sua vida antiga na Grécia; Jason era terrível quando se tratava de desabafar). "É, é tudo contra o príncipe da Grécia." O loiro suspirou, fazendo uma careta quando o jardineiro disse que estavam fodidos. Estavam mesmo. Quando Louis perguntou se ele pensou em uma saída, a resposta estava na ponta da língua. "Sabe, é até fácil inventar que... sei lá, me descobri bissexual ou coisa assim. Mas..." Ele crispou os lábios. "Nicolás acha que gosta de Adonis." Como poderia se deixar aproximar quando o príncipe espanhol nem sabia o seu nome? "Sinto que isso vai destruir as memórias que ele tem da amizade ou algo do tipo. Não é justo com ele. E eu deveria estar fingindo ser alguém que não sou." Falou, desejando colocar uma almofada na cara para se esconder, mas isso arruinaria seu penteado. "E ele beija bem sim. Essa é a pior parte." Se lamentou, mas teve que soltar uma risada quando o amigo falou novamente sobre a faca, fazendo uma piada suja. "Cala a boca!" Mandou, mesmo que ainda estivesse rindo, jogando o travesseiro na direção de Louis. Desligou a TV e se levantou por fim. "Vamos voltar para o evento, Senhor Expert em Simulações de Facada Que Parecem Outra Coisa. Estou com fome." O provocou, esperando Louis se levantar junto também. "Mas é basicamente isso que aconteceu... A gente passava um tempo junto e aí o Ano Novo aconteceu." Jason ainda era vago por estar sem jeito; sua situação até era parecida com a de Louis, e havia aquela hesitação em Jason que era semelhante à dele também. "Você ainda não me deu detalhes também. Me conta aí algo que ninguém sabe de vocês dois."
Jason suspirou quando já estavam de volta pro lado de fora. "Sabe, eu cheguei aqui achando que ficaria só alguns meses, mas essa Seleção parece longe de acabar. Eu não esperava me aproximar assim das pessoas." Não estava falando só de Nico agora. "Vai ser difícil quando eu tiver que ir embora."
⭑🌻ʿ entendia bem de onde vinha aquela desconfiança de jason, tecnicamente ele não estava de todo errado, louis era um rebelde infiltrado com objetivo de observar a realeza e seus hábitos, seus horários. fazia suas anotações sobre a rainha, sobre os guardas, mas nunca tinha dito nada sobre o príncipe. andré nunca entrou em seus relatórios, sempre fazia questão de ocultar qualquer horário do príncipe ou não mencioná-lo mesmo quando talvez devesse. “ ━━━ não é assim. eu vim pra cá acompanhar minha irmã. meu foco é a vivi.” garantiu. e não mentia, já que, para si, essa era sua prioridade. ele fez uma careta porque sim, complicada era até um eufemismo, na realidade. aquele clima de romance no ar com o dia dos namorados se aproximando era o suficiente para lhe fazer quase esquecer dos problemas, mas não podia negar que sabia que estava em apuros. ao ouvir a pergunta, no entanto, louis não conseguiu responder de imediato. há alguns meses essa resposta teria sido um tremendo e automático não, sem chances; mas agora? o guardião hesitava. não só por andré, mas também por estar começando a discordar das atitudes do grupo. “ ━━━ ajudar a causa sim, mas… as atitudes deles não estão batendo com meus valores, com o que eu acredito.” contornou a pergunta porque a verdade é que não tinha uma resposta fácil para aquilo. inferno, nada na sua vida estava sendo fácil ultimamente.
talvez o melhor jeito de conseguir superar toda aquela dificuldade era deixando para trás a seriedade e focando no que o Palácio tinha para oferecer dessa vez. tudo estava voltado para o amor e louis, como um temendo romântico, se deliciava com todas as histórias sobre isso. inclusive romances proibidos ou incomuns e o conto de jason se encaixava em ambos. “ ━━━ puta merda, sério? mas isso não é… contra o seu príncipe? quer dizer, claro que você sabe que é contra ele, do contrário não estaria contando como uma coisa ruim.” avaliou tardiamente no meio da conversa, fazendo uma careta. “ ━━━ merda. acho que nós dois estamos fodidos nisso.” considerou, soltando uma risada baixa. “ ━━━ mas olha aí, eu estava certo. temos potencial de encontros duplos sim. vamos, não seja molenga. essa sua cabecinha ainda não conseguiu pensar em nada? tipo, uma desculpa pra seguir em frente com isso? você gosta dele? ou ele gosta de você? ele beija bem?” as perguntas foram disparadas com rapidez porque havia duas coisas ali que o jardineiro adorava: fofoca e amor. o grego lhe oferecia os dois com aquele assunto e isso animava louis. o filme já não era mais interessante, apesar de ver agora de onde ele tirava aquela história da faca. “ ━━━ não, isso não é uma faca. pelo amor de Deus, você vai ver que isso não é uma faca quando seu príncipe partir para algo mais que beijos.” brincou, o sorriso travesso enfeitando os seus lábios. “ ━━━ me dê detalhes, vamos. me conte isso direito, estamos na época do amor, eu mereço uma boa história.”
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Jason estava conversando com uma das realezas convidadas na fila, tentando socializar um pouco, afinal, era isso que precisava fingir... ainda mais em eventos importantes. Ia se afastar agradecendo aos céus que aquela conversa tinha terminado e poderia encher a cara, até que alguém ainda pior chamou o seu nome. Ou o nome de Adonis, por mais que Jason atendesse sem nem hesitar nos tempos mais recentes. A Rainha Anne gesticulou para o grego se aproximar, e ele forçou mais um sorriso para aquela noite, dando alguns passos em direção à cabine da roda gigante. Não poderia negar aquele convite, então logo sentou-se no banco de frente para a rainha e sua... assistente? "Olá... Hum, quer dizer... Boa noite, Majestade." Jason acenou com a cabeça em uma reverência curta. Sentiu-se um pouco nervoso e praticamente encurralado no espaço que parecia até menor conforme a roda gigante começava a andar. "É uma honra estar aqui em sua presença." Continuou, tentando manter sua postura. Voltou-se para a assistente dela: "Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?" O que estou fazendo aqui? Ele queria dizer. "Ou... apena serei agraciado com a bela vista do castelo?" Jason decidiu puxar o saco para não parecer mal agradecido.
@notprinceadonis enviou roda gigante para um starter.
Evento: Valentine's.
A rainha tinha decidido que queria dar uma volta na roda gigante, então mais uma vez, Irene se sentava em uma das cabines esperando a atração dar início. Não reclamava uma vez que assistir ao palácio iluminado em todo o seu esplendor lá de cima era de fato encantador; além disso, depois de horas em pé, ficar sentada por mais alguns minutos não lhe faria tanto mal assim. A porta da cabine estava prestes a se fechar quando Anne se jogou por cima de Irene, acenando para alguém na fila. Acostumada com as surpresas da monarca, a Golding nem mesmo pestanejou. "Príncipe Adonis! Por favor, junte-se a nós! Venha, venha!" Anne chamou, gesticulando com a mão para que o príncipe se aproximasse. Irene ergueu as sobrancelhas, sabendo que ele não teria muita escolha: recusar ao convite de uma rainha em seu próprio território provocaria uma guerra em tempos antigos. "Acho que ele já nos viu, Majestade." Irene falou quando a rainha começou a chamar pelo nome dele outra vez.
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"Ketchup é um clássico. Ou molho rose... eu acho que só não me dou muito bem com qualquer um apimentado. Eu fico todo vermelho." Confessou, agora sentindo-se um pouco mais confortável ali na cadeira quando percebeu que a conversa engatou e podia ser mais sincero com a pessoa ali do outro lado. Mesmo assim, ainda havia uma certa curiosidade rondando seus pensamentos, desejando saber com quem falava. Jason acabou rindo com a reação dele quando revelou que só comeu hambúrguer uma vez. "É, e o hambúrguer que eu comi nem estava tão bom assim." Continuou, ainda com uma risada divertida escapando. "Podia ser um restaurante, não é? Daí eu faria o seu pedido e você o meu." Ele suspirou, imaginando que ele mesmo poderia cozinhar batatas fritas ou fazer um milkshake pro outro se isso fosse permitido naquele jogo... Quer dizer, eles poderiam revelar as identidades se quisessem, mas não teria muita graça. "Obrigado. Sua voz também é bonita... E seu sotaque não é tão forte, o que é um certo charme." Jason falou ainda com um sorriso animado no rosto. "Você está ficando pelo castelo também? Tem algum lugar preferido daqui?"
"você tem um molho favorito? pelo jeito, seu paladar é melhor do que o meu." observou, considerando que o outro estava aberto para experimentar receitas novas, ao contrário de theo. era sempre um esforço enorme aceitar que comeria algo diferente, um dos motivos de estar sofrendo um pouco no palácio. "o que?!" falou alto demais, logo tapando a boca com as mãos, abafando uma risada nervosa. "meu deus... eu não sei de onde você é, mas eu gostaria muito de pagar um lanche para você. é uma pena isso aqui não ser um restaurante também." quase deixou escapar que achava improvável os franceses fazerem algo assim, caso fosse um restaurante também, naquele evento. ainda bem que se segurou, ou denunciaria logo não ser dali. "você tem bom gosto." elogiou, acompanhando a risada dele, curioso com sua imagem. infelizmente, não veria tão cedo, mas aproveitaria ao máximo a companhia. "ah, eu também... um pouco. quer dizer, acabei de pensar se você é um cara bonito, porque sua voz é bonita." admitiu com uma risada fraca. "mas, estou gostando da experiência também. estou bem, apesar da falta de batatas fritas, vou sobreviver."
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"Pois é..." Jason respondeu vago, até porque nem ele sabia como era a sensação de alugar uma ilha inteira só pra ele. Pigarreou, dando mais alguns passos em direção à roda gigante conforme iam colocando as pessoas em cada cabine. "Ah, sim! Tenho alguns amigos aqui que conheço de muitos anos. Incluindo a sua princesa." Jason mentiu em mais uma frase ensaiada. "... Mas também é bom para conhecer gente nova. Até mesmo funcionários de todos os lugares." Acrescentou com um novo sorriso, achando que seria mais fácil conversar de pessoas que conheceu agora com o evento da Seleção e que não haviam interagido com o verdadeiro príncipe. "Você já viu tantos membros da realeza em um lugar só alguma vez, ou é a primeira?"
"também não sou muito fã, alteza. acho que ninguém é." fez uma breve careta, dando de ombros em seguida, sempre acompanhando o outro. "alugar uma ilha?!" falou com certo espanto, nem conseguindo imaginar como deveria ser isso. na ponta de sua língua, um pensamento perigoso surgiu, mas conseguiu se conter. não era uma boa ideia falar mal de ricos para um rico. "parece uma experiência e tanto..." ele nem fazia ideia de como eram as ilhas gregas, mas pelo nome e popularidade, deveriam ser lindas. será que um dia as visitaria? "é mesmo... também reencontrar amigos, não? digo, vossa alteza já deve conhecer alguns deles. das pessoas e países... imagino..."
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"O que?" Jason perguntou, franzindo o cenho para a garota ao seu lado, se aproximando com a orelha voltada pra ela. O som alto do karaokê tão próximo das barraquinhas estava dificultando a comunicação ali. "O banheiro é naquela direção, eu acho." Jason respondeu o que achou que ela queria saber.
_ Ai, eu só queria que a princesa estivesse disponível, assim que poderia ganhar alguns ursinhos pra ela. - disse fazendo questão de aumentar a voz pra poder pegar em alguma das câmeras próximas.
ou comenta pra um starter fechado
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