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lele muses
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nxnle · 10 months ago
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A sensação era estranha. Como se estivesse se sentindo culpada e não tinha certeza do motivo. Tudo bem, normalmente quando decidia voltar com Finn, coisa que já havia acontecido três vezes antes, ela normalmente se sentia culpada. Mas a culpa era diferente dessa vez, estava envergonhada dele. De alguma forma, preferia que Reve fosse o último a saber daquilo, não o primeiro. Definitivamente não planejava falar naquela noite - talvez conseguisse esconder por algum tempo, inclusive. Não queria pensar na outra noite, nos desafios, e em como depois daquilo as peles deles pareciam ter se encostado muito mais vezes, as mãos esbarrando na hora de dividir pipoca, os braços se tocando quando estavam no carro e os joelhos relando levemente quando estavam assistindo a um show na semana passada. Engoliu em seco, mais uma vez. Não significava nada, claro, ela sabia disso - Reve era apenas seu grande amigo!!! Apenas isso. "Eu não vou!! Não vou mesmo, fica tranquilo, foi uma única vez. Da próxima vez eu vou estar até adiantada, você vai ver" ela sorriu meio forçada, tentando manter as coisas o mais natural possível. Estava prestes a responder, quando ele se abaixou para pegar as chaves, e automaticamente usou a mão que se direcionava para pegar para o próprio braço, apertando levemente - um calafrio foi o que lhe correu? Talvez porque mais uma vez imaginou as mãos se tocando e talvez as cabeças se batendo se ela fosse pegar as chaves também. E aquilo seria o natural, mas no momento Holly estava bastante tensa.
Assentiu quando ele brincou, lhe dando passagem, sentindo os ombros diminuirem a tensão minimamente. Talvez pudesse agir normalmente, não tinha nada de errado ali, certo? Holly tirou os saltos baixos de boneca e posicionou perfeitamente na sapateira. "Por mim Dominos está ótima. Eu estou morrendo de fome," era algo que só diria perto dele, e também só comeria na quantidade que estava sendo sugerida com ele - fora dali ela sempre pegava menos comida do que o normal, para aparentar ser uma dama que comia pouco. Foi o que seus pais sempre lhe ensinaram, a ter educação. "Se formos pedir quatro, uma pode ser doce? Chocolate? Banana flambada? Por favoooor, eu tô morrendo de vontade, não comi um doce a semana inteira, tentando entrar em uma dieta de novo... Mas não dá" ela riu baixo, pois apenas com ele podia ter aquele tipo de fala sincera de verdade. Era a única pessoa com quem se sentia confortável de ser ela - bom, ao menos até ouvir a pergunta seguinte. Nesse momento ela percebeu que talvez devesse ser menos ela e pensar exatamente no que dizer e em como dizer.
Foi caminhando devagar na direção do sofá e se sentou na beirada, dois palmos de distância dele, tão diferente de como normalmente se sentava. Ela encarou ele com olhares preocupados, ainda que o rapaz olhasse a tela do celular. Seu coração batia tão rápido que parecia que erraria uma batida. "Ele me pediu desculpas.. de novo." não queria falar sobre como ele havia a segurado contra a parede dizendo que ela não acharia alguém melhor que ele, que ele era o único que a fazia feliz de verdade, que se ela quisesse não parecer uma rodada ela devia se casar com o cara para que ela já havia dado. Nem que logo em seguida mudou de postura e ameaçou chorar, dizendo que ela não o merecia, colocando-se como vítima e frágil. Holly não achava que era teatro, acreditava todas as vezes e ignorava todas as outras coisas que ele fazia. "Falou que não vai mais fazer aquilo, que ele já viveu tudo que tinha pra viver como solteiro, que não vai mais... trair. E nem me decepcionar e... Bom, Deus sempre fala sobre perdão, eu acho que... ele merecia mais uma chance" disse baixo, sem desviar o olhar, pois tentava com muito esforço sustentar o que dizia "Desculpe por ter te feito me ouvir desabafar sobre ele há umas semanas... foi a última vez, eu juro." ela mais uma vez forçou um sorriso e se inclinou minimamente na direção dele "E você hein? Quero saber das novidades... fiquei sabendo de umas fofocas sobre você, sabia? Não me contou que estava saindo com alguém" Uma amiga sua havia dito que havia encontrado ele em um barzinho com uma outra pessoa, que pareciam bem próximos.
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Finn. É claro. Como não havia reconhecido? Sentiu uma raiva subir pelo peito e a controlou na força do ódio. A vontade de Reve ao escutar que Holly havia voltado (de novo) com o rapaz que a fez chorar copiosamente era de gritar para cima, gritar com os céus e perguntar que força maligna era aquela que estava o torturando daquele jeito, perguntar se estavam felizes com aquele tipo de sofrimento que estavam o fazendo passar. Sentia até vontade de sair correndo atrás do carro de Finnegan e, sei lá, jogar um sapato, quebrar um vidro, furar um, dois pneus, que seja. Contudo, lembrou-se, Holly era uma mulher adulta capaz de tomar as próprias decisões, mas sentia uma vontade imensa de chacoalhá-la pelos ombros para colocar um pouquinho de sendo naquela cabecinha intelignete da Moore para fazê-la largar o traste que parecia sempre falar as palavras certas para ganhá-la de volta. Que palavras eram aquelas? Que feitiço ele usava? Precisava aprender para... Uh, conseguir ajudar Holly a evitá-lo no futuro. ─ Percebi. ─ o sorriso que entregou foi tão abrupto e oblíquo que parecia como se duas agulhas passassem pelos cantos dos lábios e fossem puxadas com força para os lados. Se sorrisse, aquilo dizia que estava bem com aquela informação, certo? Uma mulher adulta ali. Próprias decisões. É. — Vamos ver se não vai, hein? — foi o que foi capaz de brincar sobre o atraso, tentando voltar ao humor de sempre mas sentido-se uma marionete dele mesmo. Até o abraço em seguida pareceu robótico. Que horror. Pelo menos o assunto o assunto havia mudado. — Por mim tanto faz. Acho que eu vi uma promoção de duas por uma na Domino's que... —
O molho de chaves caiu no chão e cortou os pensamentos. De repente, voltou ao seu estado natural, abaixou-se, pegou as chaves, colocou na porta e as girou, movendo a maçaneta e empurrando a porta agora livre, mas sem entrar, apenas indicando a nova abertura agora com um dos braços. — A senhorita primeiro, madame. — até curvou-se um pouco, e sentiu o humor natural fisgá-lo de volta por um instante. Contudo, logo ao entrar na casa depois da loira, tirar os sapatos e se jogar no sofá, sentiu-se um alienígena. Agora era como se fosse errado agora estar entre as almofadas confortáveis e esperar que Holly viesse se juntar ao seu lado para se aconchegarem enquanto riam, choravam, ficavam bravos ou seja lá qual emoção o filme evocaria aquela noite. Como se fosse errado esperar que Holly o xingasse por quase derrubar queijo no sofá pela milésima vez, mesmo que fizesse de propósito só para ver o detalhe dos olhos dela se arregalando um instante e depois se enrrugassem nos cantos enquanto juntava as sobrancelhas brava enquanto vinha a dura. Como se fosse errado esperar o final do filme para escutar toda a opinião da loira, porque ela sempre fazia caretas tão engraçadas quando o filme era muito ruim, ou abria um sorriso enorme quando o filme era muito bom. Reve era muito observador, ele percebeu. Normalmente tão desatendo a todo o seu redor, tão desleixado, desligado, evasivo de qualquer responsabilidade. Mas definitivamente muito observador. Ele observava quando se importava.
Naquele momento, queria se importar menos.
— Então, como eu ia dizendo... A Domino's tá com duas por uma hoje. Tá com muita fome? Se a gente pedir duas, vem quatro, e aí a gente pode pegar quantos sabores eles quiserem. Eu só quero meter pra dentro uma de pepperoni, de resto tô suave. — tentou mudar o assunto, porque não queria falar do namorado da amiga. Não devia. Não precisava. Estavam falando sobre pizzas, e logo sobre o filme que veriam, e não precisaria mais deixar aquele cara frustar sua noite com a sua melhor amiga. Não precisava. Não queria. Poderia passar qualquer tempo mais sem pensar naquilo. — Então... Você e Finn, hein? Juntos de novo. — merda. Baixou olhar para o aplicativo de comida que abria no celular, scrollando infinitamente pelos restaurantes mesmo que já havia citado um em específico. — Como que rolou isso? —
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nxnle · 10 months ago
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Caminhar até seu carro foi mais rápido e fácil do que esperava, talvez o desejo e o fogo dentro de si, afinal, fizessem sua produtividade ser ainda melhor. Era um ponto interessante a se anotar a longo prazo, afinal, não seria nada ruim ter um estimulante natural como aquele. Contudo, dirigir foi a parte complicada. Não sabia ao certo se estava sendo complicado por conta da ereção entre as pernas, ou se estava levemente temeroso com a possibilidade de encontrar com alguma viatura naquela hora da noite. O caminho até sua casa, contudo, foi vazio e silencioso, fazendo com que chegasse rapidamente ao local. Conferindo mais uma vez a ausência de vizinhos bisbilhoteiros, abriu o porta malas e tirou o homem nu de dentro, carregando-o para dentro. Fechando a porta, a tensão que havia no pescoço de Frederick desapareceu, não havia mais o que temer.
Desceu as escadas até o porão e clicou na luz para iluminar com uma luz branca artificial todo o ambiente. Uma cela de vidro, sua tão adorada preciosidade, reforçada com mágica e perfeitamente bem construída. E agora perfeitamente bem utilizada. Deixou o corpo do homem gato cair sobre a cama hospitalar que havia do lado de lá do vidro, e assim que o fez, passou as mãos pelas próprias roupas, como se limpasse-as dos vestígios dele. Em seguida, passou para o lado de cá do vidro, enquanto seus olhos observavam o corpo alheio com atenção. Era curioso pensar que estava com pensamentos tão sujos e indecentes com seu experimento, mas ao mesmo tempo, Doutor Balthasar pensava que se tratava de uma nova descoberta. Talvez a magia dele interferisse em seu próprio desejo carnal, ainda precisava descobrir mais detalhes sobre isso. E enquanto aguardava que ele acordasse, seus olhos percorriam vidrados cada pedaço exposto de pele, cada centímetro. Fosse de longe, do outro lado do vidro, fosse de perto, quando ousava entrar e deixava os dedos quase tocarem a pele alheia, sentindo o calor a milimetros de distância.
Quando finalmente acordou, Frederick se ajeitou na própria cadeira de escritório, se levantando em seguida. Estava do outro lado do vidro, seus olhos fixos nele como se fosse uma necessidade. "Olá. Você de fato não se lembra muito dos últimos dias que esteve aqui, mas eu vou permitir que você se lembre." falou clicando um botão de seu painel, que fazia um choque percorrer o corpo dele - e teoricamente trazia a magia de entregar de volta suas memórias. Havia desenvolvido isso junto à Rainha Vermelha e as bruxas que a acompanhavam, de maneira mais tecnológica. Agora, o homem gato se esqueceria de tudo quando saísse de sua presença, mas se lembraria de tudo todas as vezes que visse Frederick. Um curto sorriso apareceu, na expectativa de que funcionasse. Virou o monitor do computador para dentro da cela, para que pudesse acompanhar as mudanças cerebrais ali de dentro. Sem medo, ele abriu a porta e adentrou a cela. Trancou a mesma e guardou a chave na parte de trás da calça, dentro do bolso. Aproximou-se lentamente do homem gato, analisando seu experimento com atenção. E sem pensar duas vezes, desferiu um tapa em seu rosto, tal qual ele havia pedido para o homem com quem copulava horas atrás. Em antes que ele dissesse algo, lhe deu outro tapa. Olhou para trás, observando o monitor e procurando por respostas de prazer com aquilo. Arqueou as sobrancelhas, curioso. "Ajoelhe-se"
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Lotus estava se divertindo muito. Aquele rapaz realmente parecia saber o que devia fazer, quando fazer, notando quando o rapaz gemia em cima de si e adaptando-se para fazer mais, melhor. Nem precisou pedir por mais tapas depois da segunda vez; o homem foi certeiro em dá-lo bem mais, condizendo com os movimentos dos quadris que fazia, fechar uma das mãos ao redor do pescoço do ser fantástico, arranhá-lo - e ser arranhado de volta, claro -, marcá-lo de várias maneiras diferentes que Lotus percebeu apreciar muito. O desconhecido chegou até a erguer o tronco para colá-lo ao do cartomante e conseguir arrancar umas mordidas pela pele exposta. E ainda assim sentia que queria mais, um pouco mais, talvez só-
O barulho no quarto ao lado mais assustou ao homem do que Lotus, que nem tinha processado direito o que aconteceu; estava tão enebriado tanto pela bebida quanto pelo sexo que não sentia que estava apto a processar qualquer outra coisa. "Eu já volto", garantiu enquanto tirava um teimoso Lotus de cima de si para caminhar vagarosamente pelo corredor à procura do que havia acontecido. O latino deixou escapar um gemido de frustração enquanto se jogava na cama, olhando para o teto girar e girar e girar por alguns momentos antes da sua paciência estourar de vez. Era um indivíduo extremamente imediatista, afinal. Ainda cambaleante, e sem pensar em vestir qualquer peça de roupa, resolveu seguir o homem pelo corredor, apoiando-se na parede com uma das mãos. Encontrou uma silhueta vestida fechando uma porta, e estranhou. Semicerrou os olhos para o homem enquanto se aproximava, perguntando-se por que ele havia posto de volta as roupas. Foi só quando chegou bem, bem perto, parando ao lado da figuea que o retribuiu o contato visual por meio segundo, que notou que aquela era uma pessoa totalmente diferente. ─ Que-? ─ foi o que conseguiu balbuciar antes de ter a cabeça jogada contra a parede; e, sendo novamente vítima das limitações daquele corpo frágil, Lotus apagou.
Começou a dar sinais que em breve acordaria no caminho de ser levado para a prisão de vidro da qual não se lembrava de ter passado uma semana toda por lá. Mexeu-se contra o corpo do médico, grunhindo e aos poucos os olhos mexiam-se por debaixo das pálpebras, procurando forças para conseguir aguentar o estímulo da luz que entraria por eles. E que luz, puta que pariu. A sala branca, cheirando a esterilização, fazia tudo parecer ainda mais brilhante, machucando mais ainda as retinas de fenda que até o momento naquela noite estavam apenas sob escuro ou penumbra. Segurou a cabeça pesada com uma das mãos enquanto se punha sentado. ─ Ei. Ei. Nossa, eu não lembro de nada de ontem à noite. ─ ainda não percebendo que estava em um ambiente novo, falou com Balthasar como se falasse com o rapaz. Afinal, se estava tudo tão claro daquele jeito, era porque já havia amanhecido, certo? Piscou algumas vezes, o lugar tomando forma aos poucos. A cama hospitalar. O vidro. As escadas solitárias. O equipamento médico. O homem bonito e bem vestido que o olhava de forma intensa e assustadora do outro lado. Encolheu-se. Lotus ainda estava bastante alterado, mas aquela situação ligou alertas o suficiente em seu sistema nervoso para fazê-lo ficar minimamente mais atento. Não apenas sentiu desespero pelo fato de ter aparecido (nu, inclusive) em um lugar completamente novo de uma hora para outra, mas era como se algo em seu âmago já o indicasse que nada de bom viria dali. Não reconhecia um canto daquele porão, nunca havia visto aquele cara mais gordo. Ainda assim, independente da situação esquisita, sentia que devia fugir. Fugir agora. — ... Quem é você? Que lugar é esse? —
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nxnle · 10 months ago
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"Burocracia sempre foi algo que me deixou irritada. Gosto de resolver as coisas do meu próprio jeito, as vezes com as minhas próprias mãos" disse de maneira natural, mais natural do que deveria, talvez. Não queria que parecesse que ela tinha negócios por debaixo dos panos, por isso, foi logo se corrigindo. "Prefiro ir conversar diretamente com a pessoa com a qual eu tenho um problema do que questionar judicialmente, como é o caso. Mas claro, existem pessoas que são medrosas demais para serem capazes de discutir como adultos" ela tentou disfarçar, forçando um sorriso frouxo. Sentou-se diante dele, sobre um dos sofás da sala e cruzou as pernas de maneira elegante, sem nunca relaxar o suficiente para deixar a postura cair. Barbara havia aprendido ao longo dos anos que as aparências eram tudo que ela podia ter, e que ser bem vista levaria ela a ser bem respeitada. E tudo que Barbara queria era ser respeitada. Com as fichas recolhidas discretamente e sem alarde, colocou-as de cabeça para baixo na lateral da mesa de centro. Os olhos voltaram para Alvah, analisando-o enquanto falava. Gostava da forma como ele pensava. Sabia muito bem que se apenas pagasse o que estava sendo exigido, ela sairia como fraca, já que mostraria que qualquer um poderia entrar com um processo e ganhar. Não, ela naõ estava disposta a sair pro baixo naquela. E ouvir aquilo do juiz, sobre como gostaria de descobrir quem havia feito a denuncia, o sorriso de Barbara aumentou. Não para o típico confiante e debochado de sempre, não. Ela sorriu com sinceridade, pois por um momento, sentiu ter alguém que pensava como ela - e por sorte, era o juiz da cidade. "Acho que você tem toda razão. Não vou ceder sem saber quem são." ela murmurou, deslizando a mão pela própria perna, em um gesto pensativo. "Grandes chances você acha, senhor Isra? Seria de muito proveito para mim ter um aliado no sistema judicial, e... bom, alguém que pense como eu" ela falou analisando seus olhos com atenção, pronta para dar um passo para trás na fala, se parecesse necessário. Os dedos foram até a lateral do rosto e em seguida até o cabelo, onde mexeu despretensiosamente "A boate foi construída em um local bem planejado, além de ter isolamento acústico. Não existe nenhuma residência tão perto assim que pode estar ouvindo. Tenho certeza que é apenas alguém... querem ver o meu fracasso.' ela ponderou mais uma vez e em seguida umedeceu os lábios "Já teve essa sensação, Alvah?" dessa vez chamou ele por seu nome, deixando um sorriso curto no lado do rosto "Que querem te derrubar?"
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─ Com certeza. Ninguém gosta de burocracia, mas ela se vê infelizmente necessária em alguns momentos delicados. Com sua licença. ─ mexeu o tronco para frente em um pequeno gesto de respeito, e depois seguiu na direção que ela havia lhe indicado. Ficou atento à decoração, aos móveis, aos itens de luxo… Sorriu para si mesmo, mantendo para si as mãos famintas que insistiam em tocar tudo. Marietta estava desacordada, mas tudo ali era tão… Ela. Conseguia ver nas cortinas caríssimas os mesmos padrões dos tapetes de Agrabah que Jafar trouxe em sua viagem e eram improvisados como cobertas para noites em que nem as magias de fogo aguentavam. Os cristais eram tão similares aos que certa vez roubaram de uma casa de nobres antes de Marietta destruí-la por completo, sempre tão imponente e destemida. Até a sensação da poltrona sob sua pele lhe relembrava do aconchego dos abraços cujos braços havia visto cometer tantas atrocidades- ─ Oh, não, não, por favor, não se preocupe. ─ Alvah, sempre tão sério, teve de lutar contra os próprios músculos do rosto para empregar seu melhor sorriso social e trazer-se à realidade.
Saindo dos próprios devaneios, fisgou uma foto ou outra dos alvos por entre os relatórios recolhidos, sem muitos detalhes. Fichas pessoais, era o que pareciam. Ou Barbara estava ocupada com novos contratos de trabalho para a boate, ou… Bem, era difícil pensar em outra coisa que não uma nova lista de nomes a serem riscados do mapa; era só esse o interesse de Barbara em outras pessoas que havia presenciado até então (com algumas raras exceções, como ele mesmo). Seu lado racional o forçou a considerar que estava enxergando coisas onde não existiam, que estava fabricando uma fantasia inexistente para suprir sua ansiedade em vê-la e tê-la de novo. Seu lado emocional, por outro lado, só gritava pelo nome dela incessantemente, como se aquilo bastasse para acordá-la da maldição. Por hora, optou por escutar o racional; ele era bem menos barulhento e bem mais confiável. ─ Houveram queixas quanto ao barulho fora de horário permitido do seu estabelecimento, como já bem sabe, e estão pedindo por uma indenização financeira pelo incômodo público. Nesse caso, podemos proceder por alguns caminhos. A maneira mais fácil de se livrar da minha presença seria pagar as indenizações, mas o nome do seu estabelecimento ficará fichado.Há os meios da mediação, em que a senhorita pode apelar à situação e encontrar um acordo entre o pagamento desejado e pedir pela retirada das queixas. Há também a possibilidade de rejeitar todas as queixas e rebatê-las no tribunal caso acredite que sejam vistas de forma injusta, que com certeza é a com maior dor de cabeça… Mas talvez com um final mais satisfatório, se é que me entende. ─ ergueu as sobrancelhas em interesse. ─ Quer dizer, não me leve a mal, senhorita Harvey, digo até por mim. Eu particularmente gostaria de saber quem são meus denunciantes mais do que fechar um acordo às cegas. Até porque, convenhamos; reclamações de barulho contra uma boate? Um completo absurdo. Não sei se isso seria bem visto em tribunal caso recorresse. Há grandes chances que o juiz que pegue seu caso sequer considere uma causa justa o suficiente para prosseguir com o processo. ─
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nxnle · 10 months ago
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Havia algo dentro de si que ia aumentando e aumentando. Bom, não apenas dentro de si, na verdade, havia algo entre as pernas também crescendo. Mas não era só nisso que o Doutor Balthasar se concentrava. Sexo, ele já havia falado sobre sexo, já havia feito sexo, certo. Mas nunca havia de fato entendido a grande adoração do mundo por sexo. Nunca havia compreendido sexo para nada além de uma maneira de reprodução e também de necessidade carnal em alguns momentos - podia ser simples, podia ser rápido. Apenas um pico de prazer e nada demais, a vida seguia normal. As sociedades, porém, todas elas, pareciam endeusar o ato. Era capaz de destruir famílias, relacionamentos, pessoas e até mesmo nações inteiras. Era o pecado mais fácil de se cair e também o mais complexo de se perdoar - e ele nunca havia entendido o motivo. Contudo, a sensação ali foi diferente. Pois visualizando a maneira que os dois homens se envolviam, de repente sentiu vontade de participar daquilo. Imaginou como seria se ele estivesse ali, junto aos dois. Imaginou como seria se pudesse sentir os dedos de um deles em seu corpo, enquanto o outro beijava sua pele. Não. Parecia informação demais e Frederick gostava de ter controle sobre toda a situação. Observou a maneira como o homem gato posicionou a mão do outro homem sobre seu rosto e lhe deu um comando de lhe bater. Um curto sorriso apareceu ali, abusado. Fazendo exigências, como se ele pudesse dizer alguma coisa. Não, não. Com ele seria diferente.
Imaginou, então, como seria se adentrasse o quarto e sacasse o pequeno estilete que carregava consigo. Como seria se ameaçasse o homem sob o homem gato e pedisse para que se retirasse - provavelmente haveria resistência e Frederick não se incomodaria de usar a força bruta para deixa-lo no chão e acertar com cuidado o estilete em sua veia pulsante no pescoço, pronto, dessa maneira não os atrapalharia. Seus olhos se voltariam para o homem gato e orderaria que se virasse de costas. Se ele estivesse assustado, não seria um problema, não quando facilmente seguraria seu cabelo e o guiaria para o local certo, da maneira que gostaria. Imaginou como seria abrir a própria calça e segurar sua ereção, contra as nádegas masculinas - mas não escorregaria facilmente. Teria de trazer o homem gato pelos cabelos mais uma vez, fazendo-o toma-lo na boca. Não se incomodaria de usar um pouco de força, para que ele fizesse exatamente como ele estava mandando. O sorriso curto e maldoso aumentou com o pensamento, percebendo-se envolto naquela fantasia. Levou os dedos até a própria calça social, onde esfregou brevemente o volume - sentia-se quase dolorido, tamanha vontade que sentia.
E então decidiu que não esperaria ou se incomodaria em apenas imaginar aquilo nem por um segundo mais. Não que precisasse matar o outro homem, sabia muito bem como ser mais discreto do que seus pensamentos intrusivos. Deu meia volta, ainda sobre passos lentos, até finalmente chegar a um outro cômodo, com uma chave na porta. Ótimo. Acendeu a luz do cômodo e jogou alguns livros no chão, fazendo questão de fazer um barulho enorme. E rapidamente caminhou para o cômodo da frente, escondido a espera de alguém para ver o que havia acontecido. Assustado e fazendo perguntas como "quem está ai?" como se algum invasor fosse burro o suficiente para responder, Balthasar esperou que ele entrasse no cômodo iluminado, e de maneira agil, antes que ele pudesse ver seu rosto, fechou a porta e trancou-o por fora. Segundos antes de se deparar com o homem gato, sem roupas, bem ao seu lado. "Boa noite" disse, antes de empurrá-lo na parede e bater sua cabeça com força - com a força precisa para desacorda-lo sem causar danos permanentes, claro, não queria atrapalhar seu próprio experimento. E como quem carrega um saco de arroz, segurou o homem gato desacordado carregando-o para seu porta malas mais uma vez. Agora os objetivos eram outros. E ele teria muito tempo para seus novos experimentos.
Que dor de cabeça dos infernos. Que dor no corpo dos infernos. Maldito corpo humano. A tontura de Lotus o atingiu em cheio quando acordou na rua pelo o que parecia ser a milésima vez naquele mês. Seja lá o que havia ingerido ou injetado ou fumado havia feito um puta estrago. A cabeça parecia ter sido esmagada por uma pata de elefante; o corpo parecia ter sido perfurado por mil e uma lanças dos guardas de copas; e o estômago, ah, o estômago, completamente queimante, o fez cuspir um líquido amarelado e com um odor ácido fortíssimo do qual não poderia escapar porque estava cansado demais para se erguer. Quando por fim conseguiu arranjar o mínimo de forças para se colocar sentado e a visão parou de ficar embaralhada, olhou para a garrafa de álcool ao lado do corpo e franziu o cenho. Com certeza devia ter usado aquilo para ficar um pouco mais sóbrio e parou ali, porque duvidava que àquela altura, depois de tudo o que havia experimentado, uma vodka era o que o deixasse daquele jeito, sem a menor das memórias da noite anterior. Aprendeu algumas horas depois que não havia sido uma noite, havia sido uma semana inteira. Impossível, Cheshire confirmou para o Chapeleiro, o único amigo de confiança. Ele se lembraria de pelo menos algo em uma semana. Pelo menos do que quis tomar para fugir do mundo por sete dias! A Rainha Vermelha não o deixaria escapar por tanto tempo assim, também; ela sempre inventava algum problema minúsculo para encher seu saco. Talvez aquilo tivesse sido obra dela. É. Aquela era a melhor probabilidade.
Os próximos dois dias foram gastos se recuperando da magia da rainha, que de forma tão benevolente não mexeu em seu sino durante aquele tempo; ótimo. Trocaria uma ideia com ela depois que fosse invocado novamente. Felizmente, Pouco mais de quarenta horas eram o suficiente para Lotus se sentir bem o suficiente para sair de casa e gastar uma noite no bar mais próximo... Estava ficando era sóbrio por tempo demais para seu gosto. O que não esperava era encontrar um homem tão charmoso que o convidasse para pagar pelas suas bebidas e o chamasse para dançar. Uma companhia de um estranho e álcool de graça? Lotus era insano, não burro. Topou tudo o que o desconhecido (ele havia se apresentado, mas não guardou o nome) lhe empurrava, e não afastou qualquer beijo ou toque iniciado, não importando o lugar: as mãos que tocaram seu rosto no bar deslizaram pelo corpo durante várias músicas na balada e a boca colada ao ouvido lhe prometia tantas coisas em meio à bebida. Nem percebeu quando que haviam chego na casa do rapaz, de tão alterado que estava, mas foi na varanda mesmo que Lotus decidiu que queria logo testar todas aquelas promessas e iniciou os toques mais sensuais, mais firmes, permitindo que os lábios alheios explorassem toda a pele exposta do pescoço e do colo superior pelo decote da blusa quase transparente, a primeira peça de roupa que saiu antes mesmo de entrarem na casa. Aos tropeços, chegaram no quarto e se deitaram por cima dos colchões para continuarem os amassos.
Lotus sentiu os dedos alheios machucarem seu couro cabeludo enquanto chupava o desconhecido, mas não se importou. Na verdade, aquela pontada de dor parecia ter despertado algo em si que ele remeteu ao tesão do momento: submissão. Era como se aquele invólucro de carne começasse a associar estímulos negativos do sistema nervoso com obediência. Devia ser mesmo algo relacionado aos estímulos sexuais do corpo humano, porque seria hilário imaginar que justo Cheshire seria obediente. Totalmente alheio à plateia, ainda que fosse ele a pessoa virada na direção da prota, se afastou do rapaz depois de senti-lo rígido e lubrificado o suficiente, e sentou-se no colo, acomodando com jeito o rapaz dentro de si. Sem saber que estava dando um show, não quis poupar gemidos, sorrisos, movimentos, arfares; pelo o que o rapaz retribuía, estava gostando, também. Só faltava algo. Puxou uma das palmas do homem até o próprio rosto. ─ Me bate. ─ pediu, mordendo o lábio no instante em seguida que sentiu a bochecha ardendo. Bom. Muito bom. ─ De novo. ─ até sorriu quando o pedido foi atendido. O homem aproveitou para levar a outra mão até o pescoço de Lotus para deixá-lo sem ar, o fazendo revirar os olhos. Oh, uau. Talvez aquele corpo tivesse alguma utilidade, afinal.
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nxnle · 10 months ago
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Sabia que o que estava fazendo não era o ideal. Talvez não pudesse nem ser considerado o certo. A sensação de impotência sempre que dizia respeito a Finnegan era irritante, pois de alguma forma ele sempre conseguia a desdobrar. Holly já havia buscado entender aquele sentimento diversas vezes, até mesmo em terapia. Talvez fosse uma culpa cristã, uma vez que havia perdido a virgindade com aquele homem e de alguma forma tivesse esperanças de que um dia ele fosse se tornar seu marido - amenizando o pecado. Talvez fosse a vontade de se provar boa o suficiente, uma vez que ele parecia chama-la quando era util e dispensa-la quando não fazia mais sentido, mas Holly queria provar que poderia ser boa para todos os momentos. Talvez fosse a necessidade de salvar o mundo, e achar que poderia conserta-lo finalmente. Alguns dos términos partiram de Holly, sim, quando ela percebia que não podia mais aguentar aquilo. Mas sempre que ele se mostrava arrependido - como era o caso -, sempre que dizia que não a merecia mas que a amava - como ele estava dizendo -, sempre que se mostrava frágil e inseguro - ainda que dissesse isso con a mentira estampada em seu rosto -, Holly cedia. Pois queria conserta-lo, queria ajuda-lo, queria ama-lo. E lá estava ela. Depois de quase um mês afastada dele, lá estava ela com os dedos em volta de seu pescoço e os lábios grudados em sua boca.
Quando finalmente o beijo de despedida acabou, Holly desceu do carro e acenou pra ele - no mesmo segundo que percebeu quem estava ali a esperando. Ah não. Era quinta feira. Os olhos arregalaram e ela levou os olhos para o relógio delicado de pulso. Estava atrasada. Não só havia esquecido, mas estava atrasada. E para piorar toda a situação, se via voltando com o ex namorado - que ela sabia ser tóxico, mas não admitia - bem diante do melhor amigo - que ela havia estado tão perto, com tão poucas roupas… queria ter o beijado. Reve havia despertado coisas em Holly que ela vinha afundando há muito tempo…. Tentando não sentir. Não havia contado aquela parte para Finnegan, claro. Não achava que era necessário. Não havia significado nada, certo? Ela tentava se convencer disso há dias, desde que acontecera. Sentiu o estômago revirar em uma sensação que ela detestava sentir. “O-Oi... Reve, não é o que parece.” ela disse baixo, se aproximando dele com cuidado. Mas parou no lugar ao ouvir o tom de voz que ele usou na fala seguinte, duro e ríspido. Acabou comprimindo os lábios e assentindo. “Bom, na verdade, é exatamente o que parece bom, eu... atrasei. Desculpa, ahn... Eu.. Sim, eu… eu estava com o Finn.” Ela engoliu em seco, se lembrando de como no ultimo termino ela havia ido correndo para o amigo, chorando, depois de descobrir que Finnegan havia a traído e colocado a culpa nela por ser sem sal demais - mas claro que só havia terminado depois de ter a levado pra cama mais uma vez. “Nós conversamos e… voltamos. Ele atrasou. Desculpa, meu bem, não vou atrasar semana que vem” ela forçou um sorriso e se aproximou mais um pouco para abraça-lo. Engoliu em seco, sentindo culpa, vergonha e um incômodo no estômago que não sabia explicar. “Você vai querer pizza de quê?” De repente os flashes voltavam. Os dois na piscina. Os desafios. O sorriso dele, contagiante. O corpo dele, perto do seu. Teve de fechar os olhos um segundo para afastar o pensamento. Forçou um sorriso, mas naquele ponto o coração disparava. Tentava encaixar a chave na porta, mas não conseguia, atrapalhada. Acabou deixando o molho de chaves cair.
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discoveries - feat. holly ( @nxnle )
Reve estava ansioso andando em círculos pela frente da casa de Holly pelos últimos dezessete minutos. Aquela era a quinta da pizza; Holly nunca atrasava a quinta da pizza. Claro, já houve dias que a residência da loira pediu por prioridade e precisaram desmarcar (o que ele nunca entendia, apesar de dizer a ela o contrário), mas pelo menos tinha um aviso prévio. Holly era pontualíssima de um jeito que deixava o rapaz de cabelo em pé. Já escutou tantas reclamações e puxadas de orelha com relação a outros compromissos que se tratando dela e da agenda dela começou a fazer um esforço para chegar até adiantado. É... Reve Granger, adiantado para compromissos que não envolviam um possível corte de salário. Ele também se surpreendeu quando percebeu os próprios hábitos mudando por ela. Sendo assim, era claro o seu receio da falta de presença e de qualquer mensagem de Holly até o presente momento. Um atraso sem aviso, ainda por cima. Será que havia acontecido algum acidente? Bem, com certeza não no trabalho ou na faculdade, ela lhe garantiu que não teria plantão ou alguma prova naquela semana. Poderia achar que ela tinha batido o carro se não o tivesse visto na garagem. Talvez algo com os pais dela? A mente imaginativa de Reve havia voado há quilômetros e quilômetros de distância até finalmente, depois de dezenove minutos, um carro embicar na garagem da loira. Os vidros do automóvel desconhecido eram tingidos de preto e do seu ângulo era difícil de enxergar o motorista, mas via a loira claramente no banco do passageiro. Ah, ela devia ter pego carona com um colega da faculdade e se distraído, ou um professor puxou o saco dela demais, ou... ... Ou algo naquela linha que explicasse o porquê dela estar beijando o motorista.
Uh, não que Reve achasse que Holly devesse algum tipo de explicação quanto ao beijo em específico; eles eram amigos, oras. Melhores amigos, inclusive. O incômodo horroroso subiu à garganta, porque, bem, se ela era sua melhor amiga, por que não contou que estava de rolo com outra pessoa? Achava que podiam conversar sobre várias coisas. Sobre qualquer coisa. O beijo estava demorando demais, inclusive. Olhou para o celular de tela trincada: vinte e um minutos de atraso. Poxa, agora não só Holly escondia um segredo dele, mas também propositalmente o torturava? Quer dizer, torturar porque queria logo ver o filme. Passar logo o tempo com a sua melhor amiga. Tempo esse que havia separado até para chegar adiantado. De repente se sentia um completo idiota.
─ Oi? ─ tão distraído nas próprias ideias, nem percebeu que Holly já havia saído do carro e andado até ele; o veículo agora terminava de manobrar e saía pela rua. Droga, não havia conseguido olhar melhor para a cara do sujeito. Não que precisasse. ─ Você atrasou. ─ foi o que conseguiu falar, só percebendo a rispidez na fala depois das palavras escaparem. Que esquisito, nem sentiu vontade de se corrigir.
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nxnle · 11 months ago
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AMIGOS RATOS? CINDERELLA TEVE ALGUNS! Nosso novo habitante costumava se chamar TATA, do conto CINDERELLA, e antes da névoa da maldição arrastá-lo até Storybrooke, ele estava no REINO DE CASTLE OF DREAMS, lá na FLORESTA ENCANTADA. Aqui na cidade você talvez o encontre se procurar por um tal de LORENZO RODRIGUEZ que é ATOR.
resumo ;
você talvez conheça lorenzo rodriguez de um filme que assistiu na infância. pois é, ele bombou como vião de um filme infantil quando tinha nove anos e foi linchado (mas famoso!). aos catorze anos já era um child actor flopado, que ninguém mais conhecia. aos vinte e um engravidou sua namorada star waller, e atualmente tem uma filha de sete (quase oito) anos, great. ele pode ser visto em comerciais na televisão, apenas dos melhores produtos (como laxantes e viagra) e está tentando fazer fetch acontecer. é carismático, animado e o amigo que você pode contar a toda hora (porém avise-o umas trinta vezes, porque é muito esquecido e atrapalhado)
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nxnle · 11 months ago
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ENTÃO COMO É QUE A GENTE CHEGA NA TERRA DO NUNCA? A nossa nova habitante foi a primeira menina levada para lá! Ela costumava se chamar WENDY DARLING, do conto PETER PAN, e antes da névoa da maldição arrastá-la até Storybrooke, ela estava no ACAMPAMENTO DE PAN, lá na NEVERLAND. Aqui na cidade você talvez a encontre se procurar por uma tal de HOLLY MOORE que é RESIDENTE EM CIRURGIA.
Todos conheciam Holly Moore. Filha de Alfred e Charlotte Moore, dois médicos renomados intencionalmente. Criados em Liverpool, estabeleceram seu nome, suas pesquisas e suas raízes na cidade britânica, mas quando decidiram que era hora de ter uma família, optaram pelo país americano - na pequena cidade de Storybrooke. A filha mais velha nasceu com saúde e com expectativa. O casal era tão importante e fazia seu nome com tanta honra na pequena cidade, que não esperavam menos do que sua filha que seria perfeita. Holly foi tratada como a garota de ouro a vida toda, tanto dentro de casa, quanto fora dela. Não havia nem uma só pessoa que não soubesse o quanto ela sempre fora impecável. Seus pais faziam questão de sempre mostra-la para os outros. Holly era sempre a razão de comparação nas conversas dos outros pais. Quando seus irmãos nasceram? Precisava ser um exemplo para eles, nunca cometer nenhum deslize. Precisava ser um orgulho aos seus mais, nunca teve muita escolha. Devia se comportar como uma dama da alta sociedade, devia ser elegante e comunicativa, deveria ser a mais inteligente, a mais esforçada, a mais bonita. Não que ela não desse umas escapadas. Às vezes voltava para casa com os joelhos sujos, as meias calças rasgadas depois de brincar com os meninos na escola. Quando mais velha, cabulou uma ou duas aulas para ir ao circo da cidade quando era temporada. Mas quando chegou aos dezoito? Não, nenhum outro deslize seria tolerado, ela precisava crescer. Mesmo que não quisesse, mesmo que tivesse vivido tão pouco de sua infância e adolescência. Não houve opção: quando completou 19 anos entrou na faculdade de medicina de Storybrooke - apesar de seus pais quererem que ela fosse para Harvard, ela conseguiu convencê-los a não manda-la para longe. Se formou no fim de 2020, e iniciou o programa de residência em cirurgia geral, no hospital de Storybrooke - aonde passa quase dezoito horas diárias.
Todos conheciam Holly Moore. Filha de Alfred e Charlotte Moore, dois médicos renomados intencionalmente. Criados em Liverpool, estabeleceram seu nome, suas pesquisas e suas raízes na cidade britânica, mas quando decidiram que era hora de ter uma família, optaram pelo país americano - na pequena cidade de Storybrooke. A filha mais velha nasceu com saúde e com expectativa. O casal era tão importante e fazia seu nome com tanta honra na pequena cidade, que não esperavam menos do que sua filha que seria perfeita. Holly foi tratada como a garota de ouro a vida toda, tanto dentro de casa, quanto fora dela. Não havia nem uma só pessoa que não soubesse o quanto ela sempre fora impecável. Seus pais faziam questão de sempre mostra-la para os outros. Holly era sempre a razão de comparação nas conversas dos outros pais. Quando seus irmãos nasceram? Precisava ser um exemplo para eles, nunca cometer nenhum deslize. Precisava ser um orgulho aos seus mais, nunca teve muita escolha. Devia se comportar como uma dama da alta sociedade, devia ser elegante e comunicativa, deveria ser a mais inteligente, a mais esforçada, a mais bonita. Não que ela não desse umas escapadas. Às vezes voltava para casa com os joelhos sujos, as meias calças rasgadas depois de brincar com os meninos na escola. Quando mais velha, cabulou uma ou duas aulas para ir ao circo da cidade quando era temporada. Mas quando chegou aos dezoito? Não, nenhum outro deslize seria tolerado, ela precisava crescer. Mesmo que não quisesse, mesmo que tivesse vivido tão pouco de sua infância e adolescência. Não houve opção: quando completou 19 anos entrou na faculdade de medicina de Storybrooke - apesar de seus pais quererem que ela fosse para Harvard, ela conseguiu convencê-los a não manda-la para longe. Se formou no fim de 2020, e iniciou o programa de residência em cirurgia geral, no hospital de Storybrooke - aonde passa quase dezoito horas diárias.
a segunda estrela à direita e então direto, até amanhecer…
Muitos diriam que ela tem tudo que alguém poderia querer: dinheiro, um bom trabalho, um rostinho bonito, um bom círculo de amigos… mas ela nunca se sentiu completa. Tudo o que tinha não supria seus sonhos de aventura, não lhe dava emoção, nada. Nunca havia achado seu objetivo, sua vocação, o que realmente lhe dava vontade de seguir a vida. Sentia-se em uma pilha de tédio onde o momento mais animado de sua semana era saber que cirurgia seria designada para ou que pessoa importante seus pais chamariam para mais um jantar chato. Podia ter muito, sim, mas nada completava o vazio dentro de si. Precisava de algo. E foi por ai que conheceu Zoroastra. A mulher simplesmente soube que ela precisava de algo a mais, convidando-a a entrar na Escola Sparrow. A princípio, hesitou, é claro. A garota de ouro participando de uma escola de espiãs? É claro que não. Não fazia sentido na cabeça de Holly, não era seu tipo de comportamento. Mas decidiu tentar. E então que percebeu que aquela seria a virada de chave que sua vida precisava.
uma grande aventura…
Poppy. Esse é o nome que ela usa, quando veste as roupas justas e decotadas, a peruca preta e sai durante a noite para treinar. Verdade seja dita, os treinamentos da Red Sparrow estão longe de serem bons ou fáceis. Holly é empurrada para fora de sua zona de conforto repetidas vezes, mas a verdade é que ela nunca gostou de estar nela. Odeia Zoroastra. Apesar de saber que ela quem está salvando sua vida de um enorme tédio, sabe o quanto está sofrendo em suas mãos. Um misto de desejo pela adrenalina que ela nunca sentira, com o medo de ser descoberta e a vergonha de saber o que está fazendo anda a corroendo. Mas quem vê Holly Moore andando pelas ruas de Storybrooke com seus vestidos rodados, jamais imagina o que ela está aprendendo a fazer.
✨ a familia moore é composta por alfred, charlotte, holly, levi, zach e fifi (a cadela enorme que eles tem e acreditam que guardam a casa). os pais são cirurgiões renomados, que fizeram história em liverpool e são bem importantes. tem uma instituição de caridade na cidade e vivem dando festas beneficentes. cobram de seus filhos nada menos do que excelência.
✨ holly é a mom friend do rolê. sai dando água para os amigos em festas, sempre cuida do pessoal que dá PT e raramente exagera. não é muito forte para álcool por não ser tão acostumada a beber - já que seus pais nunca aprovaram bebidas, somente o champanhe para brindes.
✨ seu dress code para todo lugar é um vestido rodado, florido e saltos baixos. não é de usar muita maquiagem, nem roupas abertas/decotadas/curtas. nunca sai de casa desarrumada. se olha no espelho dez vezes antes de sair para comprar pão.
✨ toda quarta a tarde, vai até a biblioteca da cidade para ler para crianças (principalmente os órfãos do orfanato). adora contar histórias e se aventurar pelos livros, sempre foi uma leitora frenética. gosta de contar histórias e geralmente faz de forma dramática e animada, para que as crianças sempre se envolvam com as histórias. é seu compromisso que nunca perde.
✨ frequentadora assídua das aulas de yoga. acha que é um bom momento para realinhar suas energias e ficar mais centrada. é extremamente flexível.
✨ viciada em chá! o orgulho para seus descendentes britânicos, ela bebe chá o tempo inteiro. não me venha com café e nem com açúcar pro cházinho. holly tem uma caixa enorme com quase uma coleção de ervas, com chá para todos os gostos e para curar todos os males.
✨ se existe uma palavra que a motiva a fazer qualquer coisa? essa palavra é duvido. leva praticamente para o pessoal, como um desafio a suas capacidades e habilidades. vira uma criança quando é duvidada de algo. sério.
✨tem mania de acumular coisas e não consegue desapegar! possui sob a cama caixas e caixas de memórias que não conseguiu se livrar (a maioria lixo), assim como suas gavetas e prateleiras estão lotadas de coisas que não usa mais há tempos mas tem apego emocional - ou jura por tudo que um dia ainda será util.
✨não tem medo algum de altura. na verdade, adora olhar pela janela - e por qualquer lugar alto. às vezes, quando alcoolizada, tem a infeliz mania de andar na beirada de parapeitos, apenas pela adrenalina e a vontade de voar.
CONEXÕES
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nxnle · 11 months ago
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Jafar não tinha tempo para encontros, não tinha tempo para relacionamentos. Ele tinha tempo somente para seus estudos e para sua arquitetura de vingança. Nunca foi um homem que se deixava levar pelos prazeres da carne; ou, ao menos, não se deixava levar facilmente. A bruxa que encontrou na Floresta Encantada lhe prometeu ensinamentos exclusivos, conhecimentos que só adquiriria através de anos de prática. Ah, e ela o ensinou muito, de fato. Maldições, mais especificamente, fora o assunto que o havia mais interessado. Ele só não conseguiu compreender quando que os toques de Marietta haviam se tornado perigosamente sedutores, ou quando ele parou de se tornar indiferente a eles – oras, até havia ousado iniciar alguns ele próprio! Que audacioso era. À luz de velas, os pergaminhos históricos estavam largados sobre a mesa do lado enquanto os dois já trocavam carícias no colchão da cabana improvisada. As promessas de poder, as promessas de conquista de vingança para os dois lados tornavam-se sussurros calmos; alguns até cheios de ódio e ameaças por si só, como o que Marietta havia acabado de falar. Talvez fosse isso que o tivesse atraído na mulher em primeiro lugar: a sede de vingança dela era tão grande quanto a sua, mas, ao contrário de si, ela já tinha sangue escorrendo pelos dedos. E adorava imaginar como eles eram capazes de torturar e matar outras pessoas, mas que agora eram tão delicados quando caminhavam pelo seu corpo. ❛❛ —- QUEBRAR MEU CORAÇÃO?❜❜ ele repetiu, rindo de forma áspera conforme ela aproximava-se devagar de si – quando é que passou a não oferecer resistência? ❛❛ —- VOCÊ PODERIA TENTAR, SE EU AINDA TIVESSE UM. ❜❜
Marietta sabia do que era capaz. Não apenas do que era capaz ali, com Jafar, mas de tudo que já havia feito no passado, pelos reinos por onde passava. Mas ali era diferente. Havia encontrado alguém com tanto ímpeto e desejo por algo a mais quanto ela. Ambição e sede de poder, não havia nada que ela valorizava mais em alguém do que isso. Mas é claro, que ela jamais cederia de novo. Não importava o quanto estava entendendo que podia admirar Jafar, não importava. Ela sabia que seu coração não existia há muito tempo, havia sido quebrado pouco a pouco - agora era ela quem quebrava. Mas a maneira que ele a olhava a fazia querer ceder, era inevitável. Ele a olhava como se pudesse ver dentro de si, como se a admirasse. Não era apenas desejo carnal, como já havia visto tantas vezes. Era diferente. Seu corpo ia se movendo na direção dele, entre as velas, com cuidado, tentando não amassar nenhum pergaminho. Os dedos foram na direção da nuca dele, enquanto a outra mão ia ao próprio vestido, desabotoando o primeiro botão e o segundo, o que deixava o espartilho abaixo dele mais a mostra. O sorriso aumentou, depois que ouviu a resposta dele. "Você se surpreenderia, Jafar" sussurrou o nome dele baixo, o tom quase maldoso. Se inclinava para juntar os lábios aos dele, deixando o tronco se sobrepor ao dele por um segundo "Sabe que eu preciso de você, não sabe? Agrabbah é o próximo reino que tem que pagar... Temos tanto, tanto a fazer..." ela disse baixo, contra a boca dele, se afastando devagar em seguida "Quero ter certeza que vai estar do meu lado, não importa o quê..." Marietta soprava as palavras com sedução, os olhos sem medo de encara-lo. Se antes tantos haviam a feito temer o contato visual, haviam a feito temer ceder, com medo de quebrar o coração, agora era ela quem fazia. "Eu ainda tenho tanto a te mostrar... mostrar tudo que você vai ser capaz de fazer com a minha ajuda..." ela murmurou, desabotoando outro botão, e agora apertando os fios de cabelo da nuca dele "Comigo ao seu lado, vai ser mais forte do que nunca. Será temido, e também respeitado"
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nxnle · 11 months ago
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NEM TODOS QUEREM TER AS SUAS HISTÓRIAS CONTADAS OU FINALIZADAS… E o nossa nova habitante é um desses personagens esquecidos. Ele costumava se chamar EGEU OCTAVIUS REIGNIER DAVY, do conto LAND OF UNTOLD STORIES, e antes da névoa da maldição arrastá-lo até Storybrooke, ele estava na LAND OF UNTOLD STORIES. Aqui na cidade você talvez o encontre se procurar por um tal de FREDERICK DEMETRIUS BALTHASAR, que é DIRETOR DA ALA PSIQUIÁTRICA DO HOSPITAL.
resumo ✨
frederick demetrius balthasar é o diretor da ala psiquiátrica do hospital de storybrooke. ele é visto como um homem reservado, muito estudioso e dedicado. um grande workaholic, ele está boa parte do seu tempo no hospital, trabalhando. não veio da floresta encantada e nem de nenhum dos mundos mágicos! ele era do mundo real, no século xix, mas descobriu como passar para land of untold stories. está lá há 2 séculos, por isso não se lembra muito bem de sua história, é tudo uma grande confusão. como em lous os personagens não são mais mágicos, agora em storybrooke ele está bem obcecado com a ideia de magia. falando em obsessão, é um homem que quando gosta de algo ou alguém fica realmente obcecado, em um nível perigoso. tem um alinhamento moral duvidoso e é extremamente egoista. não se importa muito com as pessoas ou com a imagem que tem dele, mas ainda assim é bem pomposo e gosta de estar sempre bem vestido.
before the curse ;
⚠️⚠️ tw: violência contra criança, doença, morte, monomania, não sei o que mais mas é pesado ok desculpa qualquer coisa
Egeu nasceu como alguém normal.
Era um homem comum, em um mundo comum.
Ao menos, era isso que sua mãe dizia quando era pequeno: que não importava se ele gostava mais de objetos estranhos do que de brinquedos, não importava se ele não tinha qualquer interesse por outras crianças de sua idade. Ele era normal. Seria um homem normal, também! Não teria nada com o que se preocupar, claro que não, por que as pessoas insistiam em dizer isso? Claro que haviam alguns momentos em que os estresses passavam um pouco dos limites, mas sua mãe apenas considerava como uma fase. Não que ela não fosse repreendê-lo. Colocava o seu filho preso dentro do pequeno freezer de sua casa, na intenção de ensiná-lo a não passar dos limites. Não, ele não podia pegar facas e cortar tudo de sua casa. Não, ele não podia se interessar por carros e tentar colocar-se sob as rodas para observá-las girando. Não, ele não podia ter surtos de raiva quando não era obedecido. Nesse caso? Bom, a repreensão era a melhor alternativa. Egeu tinha péssimas lembranças do freezer. Lembrava-se das luzes piscando, sem parar. Do frio que parecia prestes a congelá-lo. Lembrava-se dos próprios gritos que pareciam adentrar seus próprios ouvidos - mas eles simplesmente não conseguia parar de gritar. Odiava o freezer. Odiava as punições. Mas aprendeu que elas eram necessárias para todas as vezes que as pessoas não cumpriam com o esperado.
Se interessou desde novo pela medicina. Ah, a medicina. Era um curso nobre, era o que muitos diziam. Foi durante a graduação que foi apresentado ao cérebro humano e todas as suas complexidades, pelas quais ele se tornou obcecado. Na verdade, sempre foi uma pessoa com grandes focos em poucas coisas. Uma coisa por vez, normalmente. Monomania, era o que alguns diziam, quando se tornava tão fissurado por algo, que todo o resto do mundo lhe deixava irritado. Queria estudar a própria cabeça, entender as próprias questões, mas muito mais do que isso, queria entender os outros. Seu trabalho se tornou sua grande paixão e também seu grande objetivo.
Casou-se cedo - em sua percepção -, aos vinte e cinco. Era comum naquela época que se relacionassem com pessoas da mesma família, para manter o sobrenome, a pureza do sangue. Berenice era sua prima, a qual ele se casou no papel, apesar de nunca terem tido grande relação. Na verdade, ele não tinha muito interesse em se casar ou se mostrar um bom marido, tinha coisas muito mais importantes a se focar. O amor ou qualquer coisa do tipo nunca foi um tópico de seu interesse - mesmo que os efeitos de tal sentimento no cérebro humano fossem extremamente interessantes. Apesar de viverem na mesma casa, dormiam em quartos diferentes. Egeu jamais dividiria a cama com alguém, gostava muito bem de ter todo o espaço para ele, oras. Afinal, seu sono já era pouco, tinha que ser, ao menos, de boa qualidade! Muitas vezes, ao se deparar com algum caso de grande interesse, Egeu passava noites e noites sem dormir, fissurado em resolver os problemas, lendo sobre diagnósticos, estudando mas, principalmente, observando os diferentes pacientes que eram atendidos na ala psiquiátrica do hospital.
Os anos foram passando. Berenice acabou adquirindo uma doença: pior do que a peste, alguns diziam. Mas seu marido? Não, seu marido mal percebia, mal dava-lhe atenção! Estava ocupado demais com um caso que não podia deixar passar nenhum mínimo detalhe! E a mulher ia aos poucos ficando pior e pior, adoecendo aos poucos bem diante dos olhos dele. Quando Egeu finalmente notou a mulher? Ah, não notou ela em si, mas seus dentes!! Enquanto todo o corpo ia ficando franzino, fraco e com aspecto de doente, seus dentes pareciam brilhar mais do que nunca! Pediu para olhar a boca de sua esposa e pela primeira vez, prestou atenção na mulher por horas! Bom, não na mulher, em seus dentes. Quando dizia que estava com o maxilar doendo, o homem a beijava e pedia para que aguentasse mais. Nenhuma mancha! Nem um risco se quer! Os dentes mais perfeitos que ele já havia visto, completamente ressaltados pelo resto do corpo da mulher que definhava. Foram dias e dias de obsessão. Mal conseguia se concentrar em outra coisa que não os dentes da mulher, forçando-a a ficar com a boca aberta por horas e horas e horas. Estavam sendo dias felizes! Alegres demais para o homem.
E que, assim como na ética o mal é uma consequência do bem, da mesma realidade, da alegria nasce a tristeza. (E. A. P.)
Até que um dia estava em seus aposentos pessoais e um grito foi ouvido, alto. Uma criada avisou: Berenice havia falecido e seria sepultada à noite. Ficou horrorizado. Não tanto pela perda da esposa - nunca nem quis casar-se com ela! - mas porque perderia a única alegria de seus últimos dias. Os dentes mais lindos que já vira. Ficou inquieto. Por três dias ficou completamente inquieto, agitado, sentindo-se ansioso demais. Andando de um lado para o outro na sala, buscando o que fazer, Egeu focou-se na lâmpada de sua luminária que apagava e acendia como se fosse queimar a qualquer momento, piscando sem parar. Ele parou de andar no meio do cômodo, bem no momento em que uma criada passava com chá - o que fez com que ela derrubasse água fervente em seu corpo e gritasse. Ele fechou os olhos e apagou. Acordou em seus aposentos. Em sua frente, uma caixa aveludada e discreta. Um criado ao seu lado, observando-o. O homem tentava trazê-lo de volta para a realidade pois aparentemente aparentava estar desligado há alguns minutos. Disse que o túmulo de sua esposa havia sido revirado e eles pretendiam achar quem havia sid-, o homem parou a fala no meio! Pois abaixou os olhos e notou as vestes de Egeu completamente sujas de lama. O psiquiatra arregalou os olhos. Abriu a caixa, encontrando 32 pequenas preciosidades, os dentes mais perfeitos que já havia visto. Ele mesmo havia extraído os dentes da falecida esposa.
Com o horror da violência cena, Egeu temeu ser delatado pelos criados, temeu não conseguir se controlar - temeu a si mesmo até! Pegou os dentes e foi embora de sua cidade natal, buscando esconder-se sob uma diferente identidade. Decidiu usar seu segundo nome, Octavius, para a nova vida que planejava viver - agora na Europa.
Suas obsessões nunca pararam. Mas a mais a última elas no mundo real, foi um paciente russo. Todos diziam que ele era louco e não fazia qualquer sentido, estava internado em um manicômio há anos! Ninguém se dignava a ouvi-lo, claro! Falava sobre ter morrido e voltado a vida em uma terra completamente diferente, era louco. Mas Octavius, inquieto com a história, decidiu ouvi-lo. E não parou de ouvi-lo, por dias e dias e dias e dias. O homem “louco” disse que havia morrido, mas voltou. Morrido de propósito, ido até uma terra em que as histórias aos poucos sumiam, uma terra sem nome. E o médico? Não apenas acreditou, mas tornou-se obcecado por descobrir acerca do assunto, do local. Octavius era fascinado por tudo que fugia do comum, era impossível para ele se prender a uma rotina tediosa - ele nunca estava em paz, nunca estava satisfeito. Adquiriu todas as informações que pode acerca do lugar, escutou o homem por tempo demais, procurou por outras fontes, por textos documentados, qualquer coisa que o levasse para o lugar em que você ressuscitava. E ele conseguiu.
Ficou por volta de um século vivendo em Land of Untold Stories, até que a maldição chegasse e os levasse para Storybrooke.
after the curse ; storybrooke
DISCLAIMER: eu como player sou a favor da luta antimanicomial, contra qualquer tipo de instituição total que vise a lógica manicomial nos cuidados da saúde.
⚠️⚠️ tw: tortura
A vida em Storybrooke é confusa. Frederick demorou algum tempo para diferenciar o que era verdadeiro e o que era falso. Lembrava-se de sua vida passada, é claro! Mas as memórias se misturavam com as falsas implementadas em sua mente. A magia era brilhante, pelo que via!
Conhecido pela cidade como Doutor Balthasar, os desacordados acreditam que é apenas um homem reservado e muito dedicado ao trabalho - afinal, passava todo o tempo que podia dentro do hospital. Diretor da ala psiquiátrica, ele é o psiquiatra chefe do local. E ainda que passe alguns dos pacientes mais leves para os outros psiquiatras, ele tem alguns que considera especiais.
Alguns a pedidos de vilões - que pagam bem, e nem sempre em dinheiro - outros por seu próprio prazer, alguns dos que estão presos no hospital psiquiátrico de Storybrooke passam pelas mãos do homem que muitas vezes passa dos limites durante os tratamentos. Interessado até demais em entender o funcionamento do cérebro humano - e agora da magia em cima das pessoas daquela cidade -, ele às vezes perde a mão do que se pode, do que se deve fazer ali. Pode ser o verdadeiro pesadelo dos internados - ainda mais quando algo o deixa gatilhado, de forma que ele perca seu limite com a própria humanidade.
inspirações: egeu (berenice - edgar allan poe), joe goldberg (you), norman bates (bates motel / psycho)
connections
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nxnle · 11 months ago
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NEM TODOS QUEREM TER AS SUAS HISTÓRIAS CONTADAS OU FINALIZADAS… E a nossa nova habitante é uma dessas personagens esquecidas. Ela costumava se chamar MARIETTA BLOODY MARY, do conto LAND OF UNTOLD STORIES, e antes da névoa da maldição arrastá-la até Storybrooke, ela estava na LAND OF UNTOLD STORIES. Aqui na cidade você talvez a encontre se procurar por uma tal de BARBARA HARVEY, que é DONA DA RED NIGHT CLUB.
resumo ; ✨
barbara cresceu no orfanato de storybrooke. por ser esquisita e diferente das outras crianças, sofreu muito com zoações e maldades. durante a adolescência? mesma coisa. ao fazer dezoito anos, mudou-se para a california, onde seguiu uma bolsa para a faculdade. ficou belos anos lá, até voltar, aos vinte e oito. estava quase irreconhecível: bonita, confiante, forte. voltou para mostrar para todos como ela é bem melhor do que todos os moradores medíocres de storybrooke. é mimada, arrogante e vingativa. odeia a maioria das pessoas, apesar de fingir que não.
before the curse ;
tw: violência e assassinato
Sozinha, foi assim que ela se viu a vida toda. Abandonada diante de um orfanato de um reino distante, ela cresceu sabendo que havia sido rejeitada pela família. E ali? Era rejeitada também. Por onde passava, coisas estranhas aconteciam: janelas se abriam,velas se apagavam, portas se fechavam, copos tremiam. E é claro que isso era motivo de piada entre todas as crianças, piadas maldosas. Ela está possuída, alguns diziam. Ela é bruxa, outros falavam. Geralmente os burburinhos começavam em suas costas, mas todas as poucas vezes em que teve coragem de enfrentá-los? As maldades aumentavam - já havia sido jogada no chão, já haviam puxado seu cabelo, rasgado suas roupas. E Marietta, como foi batizada pelas donas do orfanato, não entendia. Por que ela tinha que ser diferente? Por que não podia ser como todos os outros? Por que aquilo acontecia apenas com ela? Via o medo no rosto das crianças quando ela se aproximava, como se fosse realmente uma criança esquisita, perigosa, maldosa. E não conseguia controlar seus dons, como assim gostava de chamar. Mal percebia quando estava pensando muito em ver algum dos colegas caindo - e eles de fato caíam. Esquecia que não podia ter pensamentos ruins e invejosos de presentes de outras crianças, ou trabalhos escolares, afinal, tudo sempre acabava pegando fogo ou coisa do tipo. Tinham medo dela e Marietta começava a ter medo de si mesma.
Nunca foi adotada, como era esperado. Aos dezoito anos deixou o orfanato e foi para o mundo. Vivendo na escória do reino, demorou para se encontrar. Não sabia o que era e nem por que era, mas ao conhecer Madame Poison, começou a entender sobre bruxaria.
Descobriu que vinha de uma linhagem de bruxas poderosas, mas que haviam sido expulsas do reino por serem inimigas do rei. Marietta, apesar de ter sofrido no passado, ainda tinha esperanças no mundo. E decidiu que faria o rei mudar de ideia.
Claro, teve que começar aos poucos. Miserável como era, precisava se aproximar devagar dos que tinham mais dinheiro, para que tivesse alguma chance de conseguir chegar no rei. E foi então que conheceu um homem rico que a fez mudar seus planos. Queria chegar no rei e não ter que viver mais às espreitas escondendo sua magia, mas estava ficando bem acomodada com a própria vida ali com ele. Estava se apaixonando. E todo mundo sabe que um homem charmoso é um grande perigo - apenas Marietta que não sabia disso. Deixou-se envolver pelo nobre: deu tudo que ele pediu, desde magia até toda sua atenção. Mas isso durou pouco, afinal, o homem era ganancioso demais e sempre queria mais e mais dela. E quando menos esperava, ele a traiu. E o caos começou.
Estava irada. Sentia como nunca poderia confiar em ninguém. No passado? Sofrera nas mãos de pessoas maldosas que a julgavam pelo poder que tinha. No presente? Sofria nas mãos de um homem que apenas a usava pelo poder que tinha. Estava cansada de ter que se esconder, se diminuir e tentar conquistar a confiança das pessoas. Não confiava em mais ninguém. E iria se vingar.
Começou pelos que um dia viveram no orfanato com eles. Um por um. Não que ela quisesse simplesmente tirar suas vidas, seria fácil demais. Assombrou-os. Com magia, aparecia em seus espelhos, nos de sua família. Como uma alerta de que um dia chegaria. E chegou. Matou todos que lembrava de um dia ter tirado sarro de si. Matou aqueles que negaram-lhe emprego por estar em situação de rua. Matou aqueles que foram injustos, maldosos, cruéis. Matava-os no banheiro das próprias casas, de forma lenta, dolorosa. E finalizava a cena escrevendo nos espelhos o nome das vítimas, com o sangue delas próprias. Pretendia matar o homem que a traiu, deixara ele por último para que soubesse que ela estava indo. Mas não teve tempo. Naquele ponto, as histórias já corriam soltas, e as pessoas temiam Bloody Mary. Se não seria amada e aceita, seria bom que fosse temida. Mas o rei não ficou parado vendo os assassinatos e terror que a bruxa agora espalhava: conseguiu contê-la com ajuda e a prendeu.
Exilada do reino, Bloody Mary foi enviada para Land of Untold Stories, para que perdesse seus poderes e nunca mais voltasse.
after the curse ; storybrooke
A maldição fez com que a vida de Barbara Harvey fosse muito similar com a de Marietta. Teve uma infância dura, órfã de pai e mãe, cresceu sozinha no orfanato. Era desastrada, esquisita. Tiravam sarro dela e todo o resto. Foi difícil. No ensino médio, ela tentava muito. Roubava maquiagens da mochila de algumas colegas para conseguir se arrumar como as outras - mas não sabia se maquiar, o que sempre era motivo de piada. Nunca havia beijado, também era motivo para que os outros enchessem sua paciência. Ela odiava todos, mas tinha de se controlar. Tentava tanto, tanto. Mas nunca era aceita, nunca parecia se encaixar.
Desde os dezesseis fez bicos por ai, tentando juntar algum dinheiro para se manter e, graças ao cérebro bastante inteligente, conseguiu uma bolsa em uma universidade do outro lado do país. Fez faculdade de administração e seguiu por algum tempo na California estudando, crescendo. Ela tinha que ser boa, estava predestinada!! Barbara sentia isso! Aproveitou a distância para trocar seu sobrenome, já que havia herdado um da dona do orfanato. E quando decidiu voltar? Seus planos eram jogar na cara de todos que era boa demais. Que era melhor do que eles, que ela havia crescido, mudado.
Quase não reconheceram-a pelas mudanças que teve depois da volta - e ela adorava relembrar propositalmente todos que haviam sido maldosos com ela. Abriu uma boate, Red Nightclub, onde fez um ambiente meio privado e pequeno, completamente revestido de espelhos.
red nightclub ;
Uma casa noturna exclusiva. Com uma vibe bastante elitista, o ambiente é bem chique. Completamente revestido de espelhos, tem poucos lustres, pois apenas um led neon se reflete em todo o local. O dress code é importante, ninguém entra de bermuda desarrumada ou de chinelo. Os drinks ali dentro são caros, mas são bastante exclusivos. As cervejas são todas importadas, belgas. Há um cardápio apenas de gastronomia molecular, tal qual drinks do mesmo tipo.
ACEITA FUNCIONÁRIOS
CONNECTIONS
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nxnle · 11 months ago
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O sorriso aumentou. Era precisamente impressionante quão eficaz era misturar ciência e magia. Perfeitamente alinhados, em uma sincronia perfeita. Nunca havia acreditado em histórias como aquela, mas agora que via os feitos bem diante de seus olhos, percebia como havia sido tolo por tanto tempo. Seu ceticismo sempre havia sido algo pelo qual ele havia se orgulhado, mas agora via como algo que havia lhe cegado por tanto tempo. Agora via com clareza que suas descobertas estavam apenas começando. Quando a máquina desligou e o homem gato estava no chão, Frederick quase sorriu. Apresentou uma expressão de satisfação, diante do homem desacordado dentro de sua cela. Havia apagado sua memória, de tudo que havia acontecido ali. Abriu a porta e com uma força impressionante, arrastou o corpo escada acima, para sua casa, até que finalmente chegou ao jardim, próximo ao seu carro. Era tarde da noite e os vizinhos estavam dentro de suas casas, ele havia se certificado disso antes de arrastar o homem para fora. Colocou-o dentro do porta malas do carro, e andou algumas ruas para cima, onde deixou-o sobre a calçada. Colocou uma garrafa de bebida álcoolica ao seu lado - o cenário perfeito para que ele tivesse certeza que uma noite carregadas de bebedeira despravadas havia feito-o acabar ali. Perfeito.
Nos dois dias que se seguiram, o Doutor Balthasar não tinha outra possibilidade que não fosse acompanhar os passos do homem gato, para entender se haviam efeitos colaterais para seus experimentos. Se quem sabe a magia e os choques cerebrais não tivessem sido suficiente para que ele se esquecesse de algo, mas era perfeitamente bem feito. Ele havia sido preciso e exato, exatamente como planejava. Seus olhos acompanharam a noite do homem gato, do bar, até a balada e enfim até a casa de um homem. Bom, não exatamente a casa, quando nem haviam chegado a entrar. Ambos homens estavam na varanda da casa, ao meio da madrugada, começaram uma sessão de beijos, bastante calorosos. E por mais que Frederick não precisasse assistir aquilo, foi incapaz de não olhar, de dentro de seu carro. Estava hipnotizado, observando as mãos e os toques de ambos, como se fosse a única coisa que conseguisse manter os olhos. Até o momento em que os dois entraram e ele se frustrou, socando o volante com força. Agradeceu-se por não ter acertado a buzina, e sem pensar muito, desceu do carro, caminhando até a porta do homem, discretamente. Colocou o ouvido na porta e não ouvindo barulhos próximos, girou a maçaneta bem devagar, até adentrar a residência alheia. Com passos silenciosos, caminhou, seguindo os sons de gemidos, até se esbeirar contra a parede e conseguir ver com atenção o que acontecia no quarto. Sexo. O pecado em sua versão mais carnal e intensa, os olhos dele não se afastavam, nem por um segundo. E de repente, o corpo de Frederick começou a esquentar. Muito.
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nxnle · 11 months ago
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❛❛ —- Você tem certeza, Rae? ❜❜
❛❛ —- Eu já menti alguma vez pra você, teerak? ❜❜
they don’t know about the things we do.
@maureenxli
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nxnle · 3 years ago
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Só de lembrar o que havia acontecido naquela piscina, Holly sentia o coração bater mais forte. Revirava todos os momentos, o que quase acontecera e como ela decidira reagir quanto aquilo - péssimo. Não tinha certeza o motivo de ter simplesmente ido embora ao invés de lidar com a situação já que queria que algo tivesse acontecido. Queria de verdade. E ao desabafar com Maddison e Spencer, elas falaram o óbvio: ela havia sido pega desprevenida com a situação, mas deveria investir naquilo. Não para um relacionamento, não era isso que as amigas disseram - o que foi diferente do que Holly ouviu, é claro. As garotas a incentivaram a tentar chamá-lo para assistir um filme em algum dia que seus pais saíssem de casa, quem sabe assim ele entendesse o recado - afinal, as “cantadas” que a Moore jurava que estava enviando para ele não estavam surtindo efeito. Maddison até sugeriu que ela usasse algo curto, uma mini saia talvez! E foi isso que a médica decidiu fazer: deixou tudo preparado de forma perfeita. Seus pais sairiam às oito e vinte da noite. Reve estava na sua casa as oito da noite, o que era tempo o suficiente para que se acomodassem no sofá. Começaram longe, um de cada lado. Holly sorria de forma educada, perguntava sobre seu dia, enquanto ia colocando o filme. Um drama que ela havia visto que tinha ido pro Oscar e achou que ia impressionar o rapaz. Ele gostava de musicais, devia gostar de filmes do Oscar e premiados não era? Imaginava que sim. Quando o filme começou, ela se ajeitou um pouco mais para perto. Tudo bem, seus pais estavam ali, mas era por pouco tempo. Ajeitou discretamente o suéter azul claro bem decotado, assim como a mini saia branca que vestia. E se ajeitou de novo, chegando um pouco mais perto. E depois mais um pouco, por Deus, não era possível que Reve não percebesse o que ela queria. Tudo bem, ela havia fugido no dia da piscina, o que poderia um sinal de que não queria nada. Mas havia sido um erro!! De toda forma, ela precisava deixar claro que estava interessada! Mais um movimento pro lado, no meio de uma risada sobre alguma das cenas, e quando viu Holly estava com as pernas sobre as dele, sentada meio sobre uma de suas pernas, com as costas contra o braço dele que se estendia pelo encosto do sofá. Ela junto o braço ao dele, apoiando-se ali para deixar seu rosto bem próximo do dele - apenas para dar um sorriso! Mas logo voltou a atenção para a tela. Holly não era boa flertando, nunca havia sido! Ela normalmente cedia para quem viesse até si. Mas agora ela queria tomar a iniciativa como uma mulher. Moveu-se mais uma vez, agora praticamente esfregando a pele sobre a calça dele, e foi quando chegou ao limite. Quando ouviu o palavrão escapar dos lábios dele, combinado com a mão que espalmou e apertou sua coxa, o corpo saltou no lugar - o coração praticamente disparou, e foi inevitável que o sorriso tomasse seu rosto. Ela não moveu o rosto da tela, deixando que ele falasse em seu ouvido. Não faz isso comigo. Charme! Charme!!!! Puro charme, ela tinha certeza. Olhou para ele pelo canto dos olhos, mal movendo o rosto. “E o que você vai fazer se eu não parar?” Perguntou abusada, voltando a atenção para a tela em seguida, como se não tivesse feito nada. Mas a pergunta foi seguida dos dedos ousados de Reve e ela definitivamente não esperando por tamanha intensidade dos toques tão rapidamente. Bom, pra ela o toque sobre a calcinha já era muito e já foi o suficiente para que ele se arrepiasse completamente. Ao mesmo tempo que um arrepio correu por todo o seu corpo, Holly encolheu os ombros e olhou para ele com os olhos arregalados. Mas se obrigou a voltar os olhos para a televisão, fingindo naturalidade caso seus pais passassem ali. “Eu n-,” ela parou de falar por um segundo, precisando tomar o ar, já que o suspiro dele contra seu pescoço a tensionou mais, principalmente pelo fato dele ir adentrando os dedos no tecido, deslizando por sua intimidade de forma provocante demais. “Eu não estou com vergonha” ela murmurou.
Holly teve de segurar um suspiro. E em seguida tendo de segurar um gemido, e depois outro. E aos poucos foi percebendo que Reve não teria qualquer dó de seu corpo, e era impossível se manter instável, porque cada toque fazia um espasmo correr por seu corpo todinho. Segurou o ar, mais uma vez. Carambola!! Holly não era de xingar ou qualquer coisa do tipo, mas entre dentes ela começava a deixar escapar partes de palavrões e sons incompreensíveis - que conforme o dedo aumentava de velocidade, combinado com os lábios em seu pescoço, apenas aumentavam. Quando o segundo dedo se juntou ao primeiro, a Moore seu contorceu no lugar, e foi automático que levasse a mão a coxa dele, perto da virilha, apertando. Como se precisasse se segurar. Mas os sons que escapavam de sua boca eram incontroláveis e ela acabou deixando que mais um ou outro gemido mais alto escapasse sem pudor. Até mesmo se esqueceu de seus pais por um segundo, tamanha imersão sentia nos toques dele. Holly foi subindo os dedos na direção do botão da calça de Reve, quando um ponto especifico lhe arrancou um som mais alto. E no mesmo momento o rapaz tirou os dedos de si e os levou a sua boca. Ela até mesmo travou, pois não estava esperando isso. Nunca havia sentido o próprio gosto. Os olhos foram aos dele, encontrando um brilho travesso - como se ele pudesse leva-la para qualquer lugar, como se ele pudesse levar ela a fazer qualquer coisa. A posição fez com que ela se arrepiasse, e a forma como ele falou fez com que sentisse uma fisgada em seu interior. Ela sorriu, abusada, e assentiu quando ele falou sobre a recompensa. Quietinha, não era? Naquele ponto o suéter decotado já era quente demais para o calor que estava sentindo, para o tesão. Os dedos voltaram a dedilhar sobre a calça dele, cuidadosamente - mas quando sentiu os dedos de volta em si, ela acabou gemendo mais uma vez, involuntariamente. E Reve parou novamente fazendo-a soltar um som meio manhoso. Agora era a vez dela de fingir naturalidade, apoiando o cotovelo sobre o encosto do sofá e olhar pra ele “Eu não estou fazendo nada, você está?” Ela deu uma risada em seguida e olhou para a televisão mais uma vez. Os dedos foram apertando a perna dele devagar, dedilhando e subindo ao volume sobre a calça dele.
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Quando os saltos começaram a bater sobre o chão do corredor, a reação automática de Holly foi alcançar a mantinha que havia logo ali, cobrindo o próprio corpo e o dele, como se tentasse esconder a proximidade das pernas - e o tamanho de sua saia -, ainda que os troncos estivessem próximos. Olhou para ele, um pouco em alerta. A respiração estava tão pesada que ela só percebia naquele momento de nervosismo. O peito subia e descia ofegante. E ela tentava se controlar para olhar apenas para a televisão. Mesmo que quisesse olhar para Reve. Mesmo que quisesse beija-lo. E agora que mostrava mais confiança, ela sabia que ele queria também. E dessa vez ela não fugiria como na piscina. Quando a senhora Moore finalmente chegou na sala, sorriu animada “Ah, boa noite, Reve, darling! Como está? Que filme estão assistindo uh? Aposto que é bom” e foi se aproximando do rapaz para cumprimenta-lo com um beijo cuidadoso no rosto “Sabe onde seus irmãos estão, Holly?” Ela sabia. Mas se dissesse exatamente onde eles estavam sabia que o caos ia se iniciar. Se dissesse que não soubesse, provavelmente ela ligaria para eles o que significava que demoraria ainda mais para ir embora. “James está estudando com um colega da faculdade. E acho que Matt estava na sorveteria” Holly respondeu educada, tentando soar o mais concentrada possível, mesmo que seu corpo estivesse em chamas. Apertou a perna dele por debaixo da manta e teve de segurar a risada.
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nxnle · 3 years ago
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[ SHELTERED ] receiver can’t sleep due to a loud thunderstorm so they come to sender’s bedroom to stay in their bed with them. + lotus lux
Não era como se ele realmente tivesse medo de chuva, era só água. Água que evaporava, que condensava e depois precipitava, fazendo algum barulho e regando as grandes plantações. Contudo, a chuva forte batendo sobre seu carro do lado de fora, bem de frente para a janela de seu quarto começava a lhe incomodar. A chuva parecia apenas aumentar, tornando seu ritual noturno extremamente desorganizado, ele estava cansado. E aparentemente não devia estar cansado o suficiente para apenas capotar na cama assim que se deitou. Respirou fundo, vencido. Sentou-se sobre a cama, e alinhou seu pijama de linho, endireitando as mangas longas e os botões de sua extensão. Levantou-se calçando os chinelos de dedo para que não tivesse de tocar o chão gelado. E caminhou devagar para fora de seu quarto, no escuro mesmo. Ele tinha um bom sendo de localização e caminhava sem esbarrar em nada, mesmo que sem enxergar bem. Ele sabia exatamente onde ficava cada móvel e objeto seu. Destrancou a porta do quarto de hóspedes e adentrou na escuridão. Aparentemente o homem gato estava completamente adormecido pois não começou a tagarelar no exato momento em que ele enteou no quarto. Sorrateiramente, deu passos lentos até o outro lado da cama. Aquele quarto tinha a janela virada para o outro lado da casa, dessa forma, não havia o barulho da chuva sobre o seu carro. Estava prestes a entrar debaixo da coberta que ele usava, mas seus olhos se pousaram por alguns segundos sobre o homem gato. Observou a forma como ele dormia. Por algum motivo, Balthasar até que gostava da visão de plenitude que se instalava nele. Como se nada pudesse abala-lo. Talvez não pudesse mesmo. Não em seu sono. Os dedos de Frederick foram aos fios de cabelo dele, percebendo que uma mecha estava desalinhada das outras. Sim, ele estava dormindo, mas não custava nada alinhar. Ajeitou mais uma, e depois mais outra. E por alguns segundos o psiquiatra acabou se perdendo nos cabelos homem gato que tinham uma maciez impressionante para alguém que hora tinha cabelo, hora tinha pelos no corpo todo. Quando Lotus se mexeu, como se fosse acordar, ele apenas virou para o seu lado, agarrou seu corpo como se fosse um travesseiro e falou alguma fala sem sentido sobre cogumelos e flores que falavam. Não entendeu nada. Mas acabou permitindo que os braços dele se mantivesse ao seu redor por um tempo, enquanto seus olhos se mantinham observando seu experimento.
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nxnle · 3 years ago
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❝ you need someone. let me be that person. let me be what you need. ❞ + lotus lux
Quando Frederick chegou em casa naquela tarde ele estava cansado. Não apenas do trabalho no hospital, mas porque teve de lidar com algumas ocorrências dos vilões. E tudo que esperava quando chegasse em casa era silêncio - mas infelizmente ele havia sequestrado Lotus Lux. E no momento em que ele se sentou sozinho para jantar, sem convidar o outro para se sentar junto, ele começou a disparar falas em sua direção. O ar que escapou do nariz de Frederick, uma quase risada de deboche, no momento em que ouviu aquilo, fez com que ele balançasse a cabeça. O homem gato falava como se tivesse certeza de algo, como se ele de fato precisasse de alguém. E diferente do homem gato, o Doutor Balthasar não se sentia nem um pouco necessitado de companhia, ele era autossuficiente. Deu um passo adiante de Lotus, que o olhava como se tivesse pena de si ou algo do tipo. Como se tentasse o salvar de alguma forma. Levou os dedos ao queixo do homem, segurando-o com firmeza. Frederick era alguns vários centímetros mais alto do que o homem, e por isso olhava-o de cima, fixamente. Ele não precisava pedir o resto do corpo, apenas media o rosto, deixando muito claro sua superioridade ali em diversos aspectos. “Pare de falar” ele falou, em uma voz dura e firme, depois de alguns segundos em que Lotus começou a fazer alguma piada esperta sobre estar o segurando porque tinha razão. “Pare de agir como se você me conhecesse ou soubesse algo sobre mim. Minha alma não é necessitada como a sua, eu não preciso de ninguém. Eu não preciso de você.” Ele falou firme e em seguida abriu um sorriso em tom de deboche “Eu sei que você está confundindo as coisas, pelo que eu observei é bem comum que você me considere alguém importante porque eu te olho. Porque eu te observo. E aparentemente isso é mais do que qualquer pessoa já fez por você, o que torna justificável que você ache que eu tenha algum interesse em você. Mas eu não tenho.” Ele foi aumentando a força que usava em seus dedos na mandíbula do homem. Ele deixou que os olhos caíssem para seus lábios em um movimento calculado, e o canto da boca subiu, em um quase sorriso. “Você é só um experimento. Que acaba sendo util para me fazer ejacular. E no momento, é só isso que eu preciso.” Finalmente soltou o queixo dele, afastando-se.
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nxnle · 3 years ago
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nxnle · 3 years ago
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