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Bullguer (4.0) - R$24

Desgraçadamente escrevendo este post pela segunda vez após esta merda de plataforma apagá-lo. Vamos lá. Afinal, isso daqui nada mais é que a prática da descrição.

Voltando ao Bullguer, após pouco mais de 1 ano, após também conhecer seus donos e operação, agora volto sem necessidade de demagogia e banhado de franqueza revoltante. Vamos ver o que a franquia paulistana veio fazer na cidade.

Ambiente - 4.0 - Playboy Industrial

Descontraído e playboy, o ambiente vem qualificado de bons adjetivos. Pé direito bem alto, estilo industrial amarelado com todo tipo de banlangandãs de plantas e iluminação que é necessário para quebrar o ambiente com mesas amadeiradas e muito espaço livre. A recepção é na entrada, deixa um público pra fora, o que pode ser péssimo em dias chuvosos. O cardápio fica suspenso e bem visível logo acima do caixa, onde você vai pagar R$24 pelo Lamber Jack e receberá um vibrador para aguardar. Um dos atendentes vai te ajudar a procurar alguma mesa que já não esteja ocupada pelo péssimo hábito joseense de reservar lugares com objetos pessoais. Estupidez não cabe no humano. 

Ao som convidativo de Marvin Gayle, o restaurante fica em uma das esquinas mais importantes da Avenida mais playboy de SJC: a cassiano ricardo (que não merece ter nome próprio).

Atendimento - 5.0 - Enxuto

O pessoal é receptivo até o ponto certo. Como todo bom atendimento, merece poucos breves comentários. O protagonista aqui é o burguer, isso é visível desde o primeiro momento. O que é ótimo. Quer espetáculo, vai pro circo.

Bacon Burguer - 4.0 - Didático

O burguer é certeiro. Carne angus no ponto (ponto de verdade), cheia de suculência e preenche gradulamente o paladar, dando espaço para a textura e acidez do picles atuarem subtamente. O bacon é agridoce e dá um alô bem suave e adocicado. O molho, até para quem tem um profundo asco traumático de maionese como eu tenho, está ótimo. Nessa história o queijo é mudo. Mas tudo bem.

Como todo smash deve ser, é pequeno. Joseense que tem fome de pedreiro deve saber o que um smashburguer é: pequeno e rápido. É fast-food. Nesse caso, fast-casual, como diz a Bullguer.

Mas aqui eu compartilho da minha frustração. É realmente necessário comer dois para forrar o pandú.

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Marujo (4.5) - R$30,90

Este blog estreia com um burger quase perfeito. O restaurante chama-se Marujo e é Localizado no Jardim das Indústrias, área da burguesia mais modesta de São José dos Campos. Vim aqui saber se esse marujo pesca porco também.

Ambiente (5) - Quintal Caiçara

Marujo, segue com a decoração rústica e praiana, sendo muito adequado para o nome. A música sempre amena e agradável. Embora Reggae esteja longe das trilhas favoritas deste que vos fala, o gênero é muito propício para o ambiente e não atrapalha, muito pelo contrário: é um volume ideal, dá pra conversar sem escutar a das outras mesas. A decoração é feita com a harmonização de toda quinquilharia que a rusticidade praiana pode oferecer. As cores são bem compostas e escolhidas a dedo. Sim, dá pra pensar que estamos num quintal de Ubatuba. Num bar Marujo o que não podia faltar é um espaço para uma boa cachimbada. Por isso área de fumantes é do lado de fora, permitindo um bom convite ao confrades fumaceiros.

Atendimento (4) - Coceira Recatada

Gosto de menus. Mas em tempos de pandemia, cada um inventa-se à sua moda. O menu do Marujo virou um QR Code. Prático. Eles devem tirar algum do bolso, caso o cliente não tenha bateria no aparelho. Garçom é calmo e solícito, atencioso e recatado, gosta de coçar o saco, mas tudo bem. Quem nunca? Prefiro isso à invasão de privacidade e protagonismo. Ninguém merece atendimento protagonista. Quer espetáculo, vá ao circo. Eu quero comer. Por isso, o bar/restaurante é o lugar perfeito para quem tem poucos amigos e dá atenção para o papo da mesa.

🍔 O Bacon Burger (4.5) - Brisa

Batizado de Brisa, o bacon burger do Marujo vem bem apresentado, isto é, sem frescuras, sem exagero como a categoria deve ser. A alface é americana e o tomate é firme e maduro, o que garante a leveza e textura certeira de uma salada para burger. O bacon, embora picotado, ornamentou bem o sabor da carne que foi muito composta sem deixar rastros de ranço. Tamanho médio, não empanturra, pão leve e bem selecionado com queijo mozarela à altura para finalizar com honra o fim do ciclo alimentar ao qual este leitão foi submetido. Este porco morreu com mérito. 👏