"And you can call it fate or chance but we made it happen"
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“Our lives may be no more than dewdrops on a summer morning. But surely, it is better that we sparkle while we are here.” (Lewis Carroll)
William Turner
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“A maior solidão é a que vive de esperanças.”
— Agustina Bessa-Luís, “Embaixada a Calígula”.
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Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos
os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer: «Fulano de tal
comunica a V. Ex.ª que vai transformar-se em nuvem
hoje às 9 horas. Traje de passeio».
E então, solenemente, com passos de reter tempo,
fatos escuros, olhos de lua de cerimónia, viríamos
todos assistir à despedida.
Apertos de mão quentes. Ternura de calafrio.
«Adeus! Adeus!»
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes... (primeiro, os olhos...
em seguida, os lábios... depois, os cabelos...) a carne,
em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se
em fumo... tão leve... tão subtil... tão pólen...
como aquela nuvem além (vêem?) - nesta tarde de outono
ainda tocada por um vento de lábios azuis...
José Gomes Ferreira
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"To give up my belongings,
the little things
ls to be free of the chains
that keep me here "
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When I find you in the flowers Calling on the spring I will rest my head beside your feet And wait for morning
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Não sei como dizer-te que minha voz te procura e a atenção começa a florir, quando sucede a noite esplêndida e vasta. Não sei o que dizer, quando longamente teus pulsos se enchem de um brilho precioso e estremeces como um pensamento chegado. Quando, iniciado o campo, o centeio imaturo ondula tocado pelo pressentir de um tempo distante, e na terra crescida os homens entoam a vindima – eu não sei como dizer-te que cem ideias, dentro de mim, te procuram.
Quando as folhas da melancolia arrefecem com astros ao lado do espaço e o coração é uma semente inventada em seu escuro fundo e em seu turbilhão de um dia, tu arrebatas os caminhos da minha solidão como se toda a casa ardesse pousada na noite. – E então não sei o que dizer junto à taça de pedra do teu tão jovem silêncio. Quando as crianças acordam nas luas espantadas que às vezes se despenham no meio do tempo – não sei como dizer-te que a pureza, dentro de mim, te procura.
Durante a primavera inteira aprendo os trevos, a água sobrenatural, o leve e abstracto correr do espaço – e penso que vou dizer algo cheio de razão, mas quando a sombra cai da curva sôfrega dos meus lábios, sinto que me faltam um girassol, uma pedra, uma ave – qualquer coisa extraordinária. Porque não sei como dizer-te sem milagres que dentro de mim é o sol, o fruto, a criança, a água, o deus, o leite, a mãe, o amor, que te procuram.
Tríptico II, Herberto Helder
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Há um lugar confuso:desvia-te três passos
e a serenidade respira calmamente.
Não é fácil entender só com o entendimento:
a decisão dos pássaros que voam para poente
a decisão dos pássaros que voam para nascente.
Sais de ti e o que é que entra?
Já não é costume obedecer às ordens
imortais. Mas se nada escutas
por que estás atento? E se nada encontras
como hás-de procurar?
Carlos Poças Falcão
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"Tu és essa única carta que eu guardo. Contra toda a lógica do jogo."
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“Lembro-me ainda de que,quando a noite caía e a rua se tornava numa tira preta colada aos vidros, eu ia sentar-me na casa de banho para ouvir pingar as torneiras, pois tinha medo do silêncio.”
Nuno Bragança
© Gerhard Richter, "Two Trees", 1987
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"Já há séculos Que não têm alma.
Venderam-na E continuam a vendê-la: Têm compradores Entre os que trazem os olhos Vendados pela imaginação. Acreditam que Nós aceitaremos a troca De nada Pelo nosso sangue.
Nós não traficamos almas, Mas, se querem, sangue Por sangue."
Alberto Pimenta
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