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Por muito tempo, foi difícil. Não poder mais te olhar, não saber de você. Eu te buscava dentro de mim, e tudo o que encontrava era a dor recente — como um soco no estômago. Foi real. Me trouxe uma gastrite que durou semanas.
Pedalei por vários quilômetros. Me esforcei o suficiente para tentar te apagar daqui de dentro. Mas sempre achei infantil esse termo, “apagar”. Então tentei aceitar. Aceitar que ciclos se encerram, que nossos olhos não vão mais se encontrar.
Busquei métodos. Conheci pessoas. Me envolvi em novos hobbies. E parei de frequentar o nosso bar favorito. Esses dias passei por perto, mas ainda não me arrisco a passar na frente. Talvez porque, dentro de mim, esse ciclo já cicatrizou. E, no fundo, espero que venham coisas novas — muito melhores.
No momento, não me vejo saindo, dando rolê, fumando ou bebendo. Gosto da versão que criei de mim mesma agora. Uma versão onde você não existe mais. É estranho, mas ambíguo, meu melhor amigo, olhar nos teus olhos verdes, eu amava de verdade quem nós éramos, mas crescemos e seguimos novos rumos, coisas muito muito melhores virão.
Esses dias, ouvi Slowdive. Não é exatamente uma banda que me lembra você, mas alguém antes de você. Alguém que ainda busco nos meus longos sonhos. O mais louco de tudo isso é que você me desbloqueou… e seguiu aquela garota. Aquela. Você sabe. A garota que nunca me respeitou. Aquela que jogou droga na minha cara. Eu só te pedi uma coisa, uma única, em todos esses anos. Mas você não cumpriu.
E isso revelou muito. Sobre você. E sobre mim. Eu já não te amo mais. E esse ciclo, esse sim, se encerrou pra sempre.
Não quero pedido de desculpas. Não precisa. Eu não te devo nada. A vida se foi. A nossa vida se foi.
Fiz questão de excluir tudo sobre você. Nossas fotos. Doei o quadro que você me deu de aniversário. E joguei no lixo da cozinha aquela nossa foto com a Su.
É isso. É sobre isso. Fim. Só um fim.
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How do you deal?
The crowds just make you feel lonely?
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debruçada, escutando cigarettes after sex, eu penso, meus neurônios queimados, estou entre minha imagem de uma pré adolescente de 12 anos e meu eu de 30, tentando entender como parei aqui, foi o que eu imaginei? a verdade é que eu achei que morreria nova, na casa dos 20, e nesse tempo se passou, eu tropecei, levantei, lavei o ralado, chorei no chuveiro, pedalei até a padoca mais perto e nisso eu tinha 21, 22,23,24 e fui embora, sem olhar para trás, na verdade faço visitas a cada 5 meses, mas com 30 eu nao posso pisar em falso, eu ainda reencontrei alguem que eu amei, voltei a falar com alguem que eu namorei, eu também conheci amigos novos, mas permaneci ao lado dos antigos, por um instante eu mergulhei no mar e olhei o horizonte, as montanhas das quais eu desenhava com 12, e ai eu interliguei todas que já fui, nani, anny, anny`s, ari, punkdisorderly. Eu me permitiria pisar em falso, mas já não posso, eu preciso vivenciar algo novo, diferente, me afastar, voltar, me juntar, e com isso eu sinto que estou rachando, o vaso da estante está se rachando e eu to indo embora de mim mesma, que pecado eu diria, sinto falta de pedalar de madrugada, de ser solitária e pedalar escutando slowdive, mas eu estou domingo de noite em casa após um pedal de 12km escutando cigarettes, escutei os audios meticulosos dele, droga, como eu pude amar um idiota desse, enfim, eu comi um hambúrguer, to tentando me conectar com o meu corpo, eu já fui mais corajosa, me pergunto o que aconteceu comigo, eu preciso , eu preciso muito seguir, não me arrepender daquilo que não fiz.
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quase ninguém sabe dessa conta, mas é meu cuspi varrido, eu devaneio e aqui é o limbo ou o salve.
Gente quem em 2025 escuta creed? eu? em uma quinta-feira.
one last breath, soco no estômago.
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eu escreveria todos os dias se eu tivesse tempo e força de vontade, olhinhos verdes, como sinto sua falta, nossa foto ainda está aqui no meio do meu livro, e mesmo assim nao sei nada sobre voce, evito, evito dentro de mim, é um conflito único e pessoal. Quando pedalo, eu penso em voce, em como voce deve estar, hoje mesmo acordei querendo te contar algo, que so voce entenderia, so voce, te amo, te amo, te amo. Escrevi com vários erros, assim como falhei em vc
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bahhh mano, eu te amo pra krlho, mas ta escondido isso,
dificil escutar sade e nao lembrar de vc, vc voltou filho da puta, te amo
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Rsgado do peito, title fight ---Ainda adormeço com os olhos abertos/ Com sonhos ruins para ocupar meu tempo e no final ele solta uma pedrada "Ninguém sabe o quão profundo o fundo vai".
Entendi o afeto maternal de uma forma que me fez amar ainda mais a minha mae. Pao de queijo, croassaint de chocolate, afetooo, passou a mao em meus cabelos enquanto sentia dor. Isso aperto minha fé, eu sou uma mulher de fé, mas esse texto nao é sobre minha mae, é sobre voce, o afeto entre eu e voce foi maternal, o afeto que recebemos quando criança, genuíno. Sei la se eu poderia te amar, nunca parei pra pensar, mas era romantizado o fato de voce aparecer do nada e sempre ter chamado a minha atenção e eu a tua, sera mesmo? em partes é uma mentira, na verdade o real, o verdadeiro é para ambos, a gente deu o que pode.
Só que poderiam ter tido outra palavras destinadas ao mesmo fim, que grosseria eu diria, isso me desperta tanto verão no aquário. Nem tudo é desconexo, isso e tao pessoal, varia tanto da tua crença e nao digo religioso, mas como um principio mesmo.
eE ai novamente a'pos dois anos está me mandando mensagem, nao sao as mesmas pessoas, uma foi pouco a outra foram 7 anos de idas, idas, vindas.
Escritos pela metade, eu pauso, estou tentando ser o mais real possível, sem gramatica e virgulas demasiadas e em lugares errôneos, deixa, pode deixar.
No final eu consegui a bandeira vermelha do cachorro, coloquei na minha instante, é vc sempre perto, que raiva q eu tenho, 2 anos pra isso, morando em cidades diferentes, vivencias, quais? distintos porém com magnetismo a mil.
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Não sei por onde começar, eu arrastei esse amor por vc por tantos anos, até q vc reapareceu dizendo que sempre gosto muito de mim. Coloquei na MinhA estante a bandeira vermelha do cachorro, aquela que eu vi tantas vezes que fui na sua casa te ver e escutar voce falar e falar, e demonstrar de forma fria e pouco convencional de que me queria ali. Fazia dois anos que nao nos falávamos mais, foi um período onde eu aprendi a seguir sem dar brecha pra pensar em voce. É gostoso sentir teu corpo no meu, te olhar e ver teus olhos brilharem e se desviarem por sua própria insegurança. Como eu te quis... várias fases da minha vida. Ai agora voce aparece pedindo desculpas, algo que nunca imaginei que escutaria,e estranho esse sentimento que percorreu meus pensamentos e desejos nesses últimos anos. Eu encenei isso mentalmente tantas vezes desacreditada que aconteceria, mas aconteceu, a parte deploravel e injusta é que foi tarde, somos diferentes, nao que ja nao fossemos, mas agora... agora eu afoguei aquela garota, e ela so existe naquele tempo que ficou lá atrás. Me desculpa por nao te amar mais, parece que nao faz mais sentido, moramos longe, e era algo que ate dois anos atras eu enfrentaria sem pestanejar, mas agora.... agora eu deixo na minha estante a bandeira do cachorro, pra te ter de lembranças. Era um sentimento inocente, acolhedor, eu queria te salvar, eu queria te acolher e dormir de conchinha, cheirar teu cabelo, mas voce mes fez chorar algumas vezes e me escondeu, que covardia mas tbm eu te entendo. Hoje mundos diferentes, outras vivencias, quem sabe algum dia esse sentimento volte, era gostoso te ver sorrir e eu sei que vc se esconde nisso, mas é o sorriso mais intrigante e verdadeiro. Eu posso te ter agora, mas voce nao pode me ter nesse momento e eu sinto muito por isso, e mesmo assim nao quero que voce va embora de novo, só sinto muito por nao poder te dar o meu melhor, mas esta tudo guardado. Voce nunca entendera o quanto vc foi essencial na volta q o mundo dá. Quero que voce fique bem, e quem sabe algum dia esse sentimento volte, mas é aquilo né
" aquilo que a gente sente, mas não fala"
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a dois anos atrás eu queria que voce tivesse dito que gostava de mim, mas a gente brigou, dois anos passou e vc veio ate mim, me dizer que sempre gostou e o dobro de atenção eu recebo, e eu fiquei nesse dilema, do quanto eu gosto de vc. Do quanto é dificil e gostoso escutar Sade e lembrar da sua companhia, sua estranheza, a referencia que vc sempre me trouxe. Será que eu ainda te quero?
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Caloroso, o mais intrusivo possível entre os meus devaneios. Nao sei como é ter voce em vida, ou melhor na minha, mas é tao bom saber que você esta aqui em alguma vertente latente, como quando voce corta com vidro sem querer, lampejo jorra teus dedos, mas em questão de segundos estaca o sangue com papel higiênico, lava com agua fria e uma camada bem fina nao deixa o sangue ultrapassar mais. É eu sei que voce esta aqui ainda, ao detalhe, nos olhos de alguem as vezes eu tentei te encontrar e era apenas uma referência de um sentimento genuinamente contido. E de todos os mergulhos dos quais refrescou meu corpo, eu tentava me encontrar, incrivelmente invisível, boto minhas mãos dentro d agua e a admiro com o raio de sol batendo e criando uma luz cristalina natural, onde minha pele se bronzeia ao entardecer, busquei escutar pictures of you.
Eu nao corrigi esse texto, quis deixa lo o mais natural e irremendavel em suas palavras, onde sua gramatica e ortografia fossem coerentes com o momento.
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Meu sentimento ficou confuso ao falar com você, justo agora que me encontrei com alguém que era pra simplesmente coexistir aqui dentro nesse tempo. E eu me pergunto porque você continua voltando nos meus pensamentos.
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Você tá fazendo 30 anos e eu te conheci com 21. Faz tempo que não tenho notícias tuas, quando me perguntam eu digo que talvez você tenha morrido, é uma brincadeira asquerosa falar isso. Hoje está nublado, estou de óculos escuros, short listrado, uma camisa de manga comprida, fone no ouvido, escutando smashing pumpkins.
Espero que você tenha um belo dia aí, um novo ciclo, já se passaram 8 anos, talvez até mais.
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