onlytexts - Tumblr blog

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Vi um vídeo e lembrei de ti, Mari. Chorei um pouco e reafirmei ao universo que você continuou sendo minha melhor amiga, mesmo depois de partir. Eu continuo te amando, ao infinito e além.

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Eu chorei por você pela primeira vez, mesmo jurando que não faria mais isso. Eu não te conheço, não sei quase nada sobre você e você não sabe absolutamente nada sobre mim. Eu sabia, e sei, que tivemos apenas uma noite e que vai ser somente isso. Uma noite.

Seu beijo me fez lembrar de quando me sentia viva, sua mão na minha cintura eu poderia sentir para sempre, mas Deus, os seus olhos e o jeito como me olha, poderia me perder a vida toda neles.

Essa vai ser a dívida de jogo mais difícil pra esquecer, eu não tinha criado expectativa alguma, nunca imaginei que um dia sentiria o gosto do seu beijo e agora que senti, acho que talvez seria melhor não ter sentido.

Juro que não queria ser assim, juro que não queria me apegar a você, mas simplesmente não consigo desativar o flashback em minha mente daquela noite, parece que revivo cada instante sempre que fecho meus olhos.

Você disse que queria me ver novamente, mas eu sei que não vai acontecer, afinal quem sou eu? O que tenho de bom a oferecer? Não, nós dois sabíamos no momento da despedida que não haveria uma segunda vez e talvez seja melhor assim.

Você mal olhou pra mim, isso me cortou o coração, mas o que eu poderia fazer? No meio de toda a catarse que ando tendo, talvez não haja espaço para felicidade.

Mais um trauma para o meu emaranhado.

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A vida realmente não me dá uma folga, sempre que eu acho que as coisas vão melhorar algo vem pra me informar que vou tomar no cu mais um pouco.

Caramba, porque é tão difícil crescer? Porque é tão difícil ser adulto? Porque é tão triste você precisar conversar e não ter com quem desabafar?

Eu só queria que isso tudo acabasse.

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Cheguei em um ponto da minha vida que começo a perceber algumas coisas e o quanto essas coisas conseguem me magoar.

Tem gente que consegue acessar nossos traumas sem nem um pingo de responsabilidade e faz a gente reviver um terror passado que abre novas feridas em cima daquelas que, ainda não haviam cicatrizado.

Será que vale a pena estar ao lado de algumas pessoas, será que nossa sanidade mental vale menos que um "amigo", será que temos que abaixar a cabeça e escutar enquanto dói só para agradar as pessoas?

Hoje é o dia que me fez pensar em todas as pessoas com quem convivo, todas as amizades que tenho ao meu redor e ainda consigo sair como errada.

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Leila deixou a entender que o fato de eu não querer sair do meu quarto e ver outras pessoas é porque preciso dizer algo a alguém. Mas e se esse alguém não responde? Como posso falar algo pra alguém, se esse alguém não faz questão do que eu tenho pra falar?

Estou a dois dias dentro do meu quarto, saindo apenas para ir no hospital, sem entender o que tá acontecendo comigo, sem entender o que estou sentindo.

Leila disse que isso é a depressão, esse amontado de sentimentos, essa tristeza, essa vontade de morrer, essa angústia que me faz ter dificuldade pra respirar. A solidão.

Não ter ninguém que reafirme a minha existência, que me queira aqui o suficiente. Parei de pegar a moto, porque toda vez que estou com ela eu começo a chorar com os pensamentos suicidas, comecei a ficar com medo de escutar a eles.

Não acendo mais velas, porque tenho medo de querer queimar como elas. São medos válidos, pensamentos dolorosos que andam definindo minha vida. Estou assustada, perdida, tentando sucumbir a vontade de morrer.

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Pensei em morrer como as bruxas foram mortas, no fogo. Não necessariamente numa fogueira, mas sentir meu corpo lentamente se desmanchar no fogo.

Pelo menos estaria honrando minhas ancestrais, morrendo da forma como foram. Do pó ao pó. Leila pediu pra que eu ligasse pra ela caso pensasse nisso, mas aqui estou eu as 00:22 pensando em acender uma vela e deixar ela "acidentalmente" em cima da minha cama. Depois só consigo imaginar minha cama queimando comigo em cima.

Mas não posso ligar pra ela, não posso incomodar mais ninguém, tô me forçando a tirar esses pensamentos da minha cabeça todas as vezes que vejo o coração em meu teto que a Mari me deixou. Mesmo não acreditando no meu "vou ficar bem", estou me forçando a ficar bem.

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Hoje tive que ouvir que era fraca, por conta dos meus sentimentos, demonstrar eles me tornam fraca. Duvidei de mim mesmo, duvidei da minha força por conta de alguém que eu nem conheço.

Chorei mesmo sabendo da minha força, chorei mesmo sabendo que meus sentimentos não me tornavam fraca e sim mais forte, e ainda assim eu chorei.

As pessoas não sabem o quanto conseguem machucar os outros apenas com palavras, se acham superior e acham que por não sentir nada são melhores. Eu discordo, acho que uma viver sem sentimentos não é viver, é perecer.

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Eu já conheço seus trejeitos, já sei como seu cérebro funciona. Sei que quando se aproxima é porque se sente sozinho, depois de suprir sua necessidade de carinho comigo você desaparece de novo.

Você me usa, me usa e me usa mais uma vez; o pior de tudo? É que eu deixo, eu sofro, eu choro, eu sinto novamente a sua perca, sinto necessidade de sua presença.

Mas você não foi presença, você queria presença e isso você sabe que sempre tem quando você quer. Eu reponho todas as suas energias, todos os seus egos, todas as suas lacunas e quando tudo está preenchido, você some.

Eu te dou tudo de mim só pra ver você partindo meu coração de novo, só pra ver você me tirando da sua vida. Ah, como dói.

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Eu disse pra Leila que havia começado a compreender os meus sentimentos, não sei se estava mentindo pra ela ou pra mim mesma.

Meu coração parece inundado e fica escorrendo pelos olhos, eu choro e nem compreendo os motivos. Quero sair de casa e ao mesmo tempo só quero chorar no meu quarto. Será que um dia tudo isso vai fazer sentido?

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Eu odeio você. Odeio que me tenha nas mãos, odeio sentir amor por você, odeio que você passe dias fora e quando volta parece que meu corpo ainda espera por você. Odeio que me faça sentir assim, odeio não conseguir ser só sua amiga e ficar idealizando nós dois juntos, mesmo sabendo que isso jamais acontecerá. Odeio como me faz rir quando tô brava contigo, odeio como você ri pra mim no meio da conversa, odeio que você me ligue por vídeo e durma enquanto eu te olho. Odeio que você me faça esperar por uma mensagem sua, odeio chorar por você em ligação enquanto me conta sobre seus amores passados e presentes. Odeio que eu tente desesperadamente me afastar de você e com uma mensagem meu mundo inteiro desmorone. Odeio que você tenha usado meu livro favorito, que eu havia te mandado, pra se declarar a outra mulher. Odeio que você tenha me usado como se eu fosse descartável, uma mera peça no seu xadrez idiota de contos de fada. Odeio que você sinta medo de amar outra pessoa, porque no fundo eu acredito que esse tenha sido o motivo pra você ter me despedaçado. Odeio que você pense que me incomoda e mais ainda com a fato de não me contar as coisas e não se abrir comigo. Odeio não ser a pessoa com quem você conversa sobre seus problemas, mas como eu seria, não sou importante o suficiente pra isso.

Odeio não ser importante o suficiente pra você.

Odeio sentir meu coração se partir de novo quando você reaparece.

Odeio que você reapareça e me faça sentir tudo aquilo de novo.

Odeio que você não me ame.

E eu odeio amar você.

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Você usou meu livro favorito, que eu havia te mostrado, pra se declarar a outra pessoa. A mesma parte que eu tinha te mandando, demonstrando que eu sentia que você era minha "Outra Parte".

Você me destruiu, mais de uma vez, pisou no que eu sentia e nem ligou pra forma como me deixou, não se importou em dilacerar meu coração mais uma vez.

Eu confiava em você, te disse dos meus medos, dos meus traumas e você só foi mais um que me deixou traumatizada. Você não sabe lidar com o amor e quando é amado sente tanto medo, que destrói sem sentir as consequências.

Essa é a última vez que deixo alguém me destruir.

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Faz algumas semanas que eu não choro, não sei exatamente se deveria ficar feliz por isso ou preocupada. Minha psicóloga disse que talvez eu esteja evoluindo na terapia.

Eu não chorei quando você deixou de ficar comigo no rodeio pra estar com outra pessoa. Não chorei quando o "outro você" me chamou de louca na frente das minhas amigas. Não chorei quando um "outro você" me disse que estava pensando em voltar com a ex.

Talvez eu só tenha me fechado, talvez eu já tenha chorado tanto que finalmente percebi que chorar não muda nada. Eu passei por tantos "vocês" que me decepcionaram, que eu deixei de realmente me importar com cada um deles.

Não sei se isso é bom, as vezes eu sinto vontade de chorar, mas meu cérebro se nega a me ver sofrer por outro alguém novamente.

E eu agradeço!

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O problema de ainda estar recolhendo os caquinhos é que a gente perde de conhecer pessoas maravilhosas, perde de querer se apaixonar de novo, perde de querer viver novas aventuras.

Não é por não querer e sim por medo de ter que começar a recolher os cacos do zero novamente.

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Eu sinto vontade de te mandar mensagem, mas lembro que você deixou de estar comigo para estar com outra pessoa. Eu sei, eu deveria ter chorado por você, mas acho que meu cérebro ficou orgulhoso demais pra isso. Acho que ele finalmente percebeu que você não vale a pena, que derrubar lágrimas por alguém que não quer estar comigo não faz sentido.

Por mais que eu ache nossa história não acabou, eu coloquei um ponto final nisso tudo. Só virar a página não iria adiantar nada, eu tive que arrancar a folha e jogar fora para que finalmente pudesse seguir adiante.