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L'Histoire du soldat (Igor Stravinsky) - Porto Alegre, 17/agosto/2025
Obra completa narrada em português: link. Informações sobre esta produção: link.
Após a devastação da Primeira Guerra Mundial, Stravinsky resolveu escrever uma obra que pudesse proporcionar um momento de alegria aos europeus. Assim nasceu A História do Soldado.
Um soldado, seu violino e o diabo. Esses três elementos dão vida à uma das obras mais representativas da música moderna: A História do Soldado, de Igor Stravinsky. A trama nasceu em 1918. Nesta época, o compositor, que enfrentava problemas financeiros, se uniu ao escritor suíço Charles-Ferdinand Ramuz para criar um espetáculo cênico-musical que pudesse ser montado com poucos recursos. Inspirada em um conto popular da Rússia, a peça traz a história de um soldado que, ao voltar da guerra, se depara com a promessa de riqueza feita pelo diabo em troca de sua alma, que na trama, é representada pelo violino.
- Wikipedia - Igor Stravinsky no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
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Tosca (Puccini) - MET 23/novembro/2024
Ópera completa com legenda em português.
1. Crie login gratuito no site https://www.metopera.org/
2. Instale o programa “Bigasoft Video Downloader Pro” Ele permite download do Metropolitan Opera.
3. Seriais Vá ao menu “Ajuda” - “Registrar” e digite um serial no campo “Código de Licença”.
4. Adicione o link abaixo no programa Bigasoft para fazer o download. O Bigasoft solicitará em janela pop-up que você digite seu login/senha do site do MET, criado no passo 1. https://ondemand.metopera.org/performance/detail/ab9ce405-bcb2-5ba4-9195-8c7a5f9ca4f7
5. Download da legenda em português: link.
Um elenco estelar inclui a soprano norueguesa Lise Davidsen, o tenor Freddie De Tommaso como o pintor Mario Cavaradossi, e o barítono Quinn Kelsey como o malévolo chefe de polícia Barão Scarpia. O diretor musical do Met, Yannick Nézet-Séguin, comanda a orquestra nesta encenação extravagante e ágil dirigida por David McVicar.
Sinopse da Wikipedia
Sinopse do MET
Informações sobre esta produção
Cast Sheet
This is Opera - Tosca (2015)
Palestra do ECAI “Para gostar de Tosca”
Tosca e Sua Famosa Ária
Palestra TMSP
Resumo da ópera: Tosca
Passeio pelo Castelo Sant'Angelo - Roma, Itália
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Un giorno di regno (Verdi) - Teatro Regio di Parma, 31/janeiro/2010
Ópera completa com legenda em português: vídeo; legenda. Muitíssimo obrigado ao Henrique pela doação da legenda!!
Un giorno di regno é a segunda ópera de Giuseppe Verdi e a única comédia escrita por ele até sua última obra, Falstaff. Foi composta em 1840, com libreto de Felice Romani. Apesar de um início difícil, recebendo críticas negativas em sua estreia, a ópera possui momentos de charme musical e humor leve. Mistura intrigas políticas e amorosas, utilizando o disfarce e o mal-entendido como elementos cômicos.
Personagens Principais: - Cavaleiro de Belfiore: assume o papel do Rei Stanislas, envolvido em uma farsa política. - Marchesa del Poggio: jovem viúva, sobrinha do Barone di Kelbar, apaixonada por Belfiore. - Barone di Kelbar: rico proprietário de terras, pai de Giulietta. - Giulietta di Kelbar: filha do Barão Kelbar e prometida a um casamento arranjado. - Edoardo di Sanval: jovem oficial. O verdadeiro amor de Giulietta. - Conde Ivrea: comandante militar. Noivo escolhido pelo Barão para Giulietta. - Delmonte: um aliado de Belfiore na farsa.
Contexto: O monarca polonês, Rei Stanisław Leszczyński, perdeu seu trono após a invasão saxônica na Batalha de Poltava em 1709. Ele o recuperou em 1733, mas foi novamente deposto em 1736 e exilou-se na França. Esta ópera se passa em 1733, quando Stanislaw retornou à Polônia, deixando um oficial francês, o Cavaliere di Belfiore, para se passar por ele na França.
Sinopse: Castelo do Barão Kelbar, perto de Brest, França, 1733. A ópera se passa em um castelo na França, no século XVIII, durante um período de instabilidade política. O Cavaleiro de Belfiore, um nobre, é forçado a se passar pelo Rei Stanislas, que está ausente. Ele se hospeda no castelo do Barão de Kelbar, onde diversas confusões amorosas e políticas se desenrolam.
Ato I: No castelo, o Barão planeja casar sua filha Giulietta com o rico Conde Ivrea, mas ela está apaixonada por Edoardo di Sanval. Ao mesmo tempo, a Marchesa del Poggio descobre que o suposto rei é, na verdade, seu antigo amante, Belfiore. Ela confronta Belfiore, mas ele pede paciência, pois está preso à missão de manter sua identidade secreta.
Ato II: Os mal-entendidos se intensificam. A Marchesa trama para unir Giulietta e Edoardo, desafiando os planos do Barão. Belfiore, mantendo a farsa, usa sua suposta autoridade como rei para desfazer o casamento arranjado. No final, ele revela sua verdadeira identidade, resolvendo as intrigas. Giulietta e Edoardo se casam, e Belfiore e a Marchesa reavivam seu romance.

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"Enoch Arden", Op. 38 (Richard Strauss) - Sala Cecília Meireles, Rio de Janeiro, setembro/2021
Obra completa narrada em português: link.
É uma obra para narrador e piano composta por Richard Strauss em 1897. Não é uma ópera, mas uma melodrama, ou seja, uma composição musical que combina declamação falada com acompanhamento instrumental.
Wikipedia
Sinopse: O poema "Enoch Arden", de Alfred Tennyson, conta a trágica história de Enoch, um marinheiro que, após um naufrágio, fica preso por muitos anos em uma ilha deserta. Quando finalmente consegue retornar à sua cidade natal, descobre que todos o acreditavam morto, e sua esposa se casou com seu melhor amigo, com quem construiu uma nova família. Enoch, então, decide não revelar sua identidade, sacrificando sua felicidade em favor da nova vida de sua esposa. Ele morre sozinho, sem que ninguém saiba que havia retornado.
🎶 Sobre a composição:
Strauss compôs esta obra no auge de sua carreira como maestro e compositor sinfônico, mas antes de se tornar célebre por suas óperas como Salome e Der Rosenkavalier.
A obra é um exemplo do gosto romântico pela fusão de música e literatura.
O piano desempenha um papel expressivo, com temas que ilustram emoções, personagens e cenários, mas não sobrepõe o texto falado, que permanece em destaque.
📜 Curiosidades:
"Enoch Arden" foi muito popular até o início do século XX, mas depois caiu em relativo esquecimento.
Recentemente, tem sido redescoberto, com gravações notáveis realizadas por artistas como Dietrich Fischer-Dieskau e Glenn Gould.
A obra é um marco na tradição do melodrama alemão do século XIX, aproximando-se da estética do Lied e da narrativa sinfônica.
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Pedra Mística (Borges-Cunha) - Porto Alegre, 02/agosto/2025
Obra completa cantada em português: link.
Programa: 1) Maurice Ravel | Pavane pour une infante défunte 2) Antônio Carlos Borges-Cunha | Pedra Mística *Texto Libério Neves 3) Maurice Ravel | Concerto para piano e orquestra em Sol Maior
Apresentação: Orquestra Sinfônica de Porto Alegre Solistas (voz): Marly Montoni (soprano), Luciane Bottona (mezzo-soprano), Flávio Leite (tenor) e Daniel Germano (barítono) Solista (piano): Ney Fialkow Regente: Antônio Carlos Borges-Cunha
Informações sobre este concerto
Notas de Concerto sobre este programa
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Temporada 2026 de óperas no Theatro Municipal de São Paulo
Reportagem: link. Podcast: link.
O amor das três laranjas (Prokofiev) - março
Intolleranza (Luigi Nono) - maio
Tristão e Isolda (Wagner) - julho
Don Carlo (Verdi) - setembro
Nova ópera de Jocy de Oliveira & Édipo Rei (Jocy de Oliveira / Stravinsky) - novembro
Andrea Chenier (Giordano) - dezembro
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Missa in Angustiis (Missa Nelson) (Haydn) - OSESP, São Paulo, 08/agosto/2025
Missa completa com legenda em português: link1 ou link2. Programa: link1 ou link2. Para download do vídeo, sugiro usar o software JDownloader2.
A Missa in Angustiis em ré menor, Hob. XXII: 11, mais conhecida como Missa Nelson, é uma obra sacra composta por Joseph Haydn em 1798. Esta missa é uma das mais notáveis composições religiosas de Haydn e está entre as suas "Misas de Paucos", ou "Misas Imperiais", compostas para fins litúrgicos e de grandiosidade musical.
Contexto Histórico e Musical
A Missa Nelson foi escrita em um momento particularmente difícil da história europeia, quando a Europa estava imersa em conflitos, especialmente devido às guerras napoleônicas. A obra foi dedicada ao Almirante Horatio Nelson, herói da Marinha Real Britânica, que teve um grande impacto nas batalhas navais contra a França durante as Guerras Napoleônicas. O título Missa Nelson foi atribuído em homenagem a Nelson após sua vitória na batalha de Aboukir Bay (1798), em que ele derrotou a frota francesa. A obra reflete o espírito de triunfo e redenção, com sua sonoridade imponente e dramática.
Estrutura e Características
A Missa Nelson é uma missa em latim, composta em uma época em que Haydn estava imerso no estilo clássico, mas com uma linguagem musical que já prenuncia elementos mais românticos e emocionais que se desenvolveriam nas gerações seguintes. A obra é escrita para um grande conjunto orquestral e coral, com destaque para o uso de trompetes e timbres fortes que evocam grandiosidade e poder.
A Missa Nelson é dividida em partes tradicionais da missa católica:
Kyrie: A obra começa com um tema dramático e sombrio, marcado por uma escrita tensa e emocionada. O uso de baixos e sopros cria uma sensação de angústia (daí o título "in Angustiis" ou "em tempos de angústia").
Gloria: A segunda parte, ao contrário da anterior, traz uma sensação de festa e celebração. Haydn utiliza uma orquestra vibrante e intensa, com altos e baixos emocionais que alternam momentos de agitação com passagens mais introspectivas.
Credo: Aqui, Haydn segue a tradição com uma forte ênfase nas vozes corais, usando a orquestra de maneira imponente para sustentar os momentos de afirmação de fé.
Sanctus: Esta parte traz uma sonoridade mais celestial e reverente, com momentos de grandiosidade seguidos por passagens mais líricas.
Benedictus: Uma das passagens mais emocionantes e introspectivas da missa, com uma melodia delicada e expressiva. Há também um solo de tenor que confere um caráter ainda mais pessoal e contemplativo à obra.
Agnus Dei: A peça culmina com uma nota de resolução e reconciliação, trazendo ao final uma harmonia entre a solenidade e o tom de oração.
Inovações e Estilo de Haydn
Haydn era um mestre da forma e da harmonia, e na Missa Nelson ele incorpora técnicas musicais inovadoras, como a utilização de dinâmicas contrastantes e o uso dramático de dissonâncias, o que foi uma inovação para a época. A obra reflete a habilidade de Haydn em usar a música para expressar não apenas a solenidade litúrgica, mas também uma profunda dramaticidade e emoção, algo que ele havia desenvolvido ao longo de sua carreira.
O uso de um coro forte e orquestra expansiva traz a grandiosidade típica de missas de estilo clássico, mas a tensão dramática e o uso de timbres específicos para criar contrastes de luz e sombra fazem da Missa Nelson uma obra única no repertório de Haydn.
Importância e Legado
A Missa Nelson é uma das grandes obras de Haydn, não apenas no contexto da música sacra, mas também como uma representação do auge de sua maturidade composicional. Ao mesmo tempo, ela reflete o espírito de um período turbulento na história europeia, sendo uma obra tanto de celebração quanto de reflexão. A missa nunca perdeu seu lugar de destaque no repertório clássico, sendo regularmente interpretada em igrejas, salas de concerto e festivais ao redor do mundo.
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO - OSESP CORO DA OSESP CORO ACADÊMICO DA OSESP MASAAKI SUZUKI regente TOM BORROW piano [Artista em Residência] JONE MARTÍNEZ soprano LUISA FRANCESCONI mezzo soprano VALENTYN DITIUK tenor PAULO SZOT barítono
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791) Don Giovanni, KV 527: Abertura (1787)
LUDWIG VAN BEETHOVEN (1770-1827) Concerto para piano nº 4 em Sol maior, Op. 58 [1805-1806]
_ Intervalo de 20 minutos _
JOSEPH HAYDN (1732-1809) Missa in Angustiis em ré menor, Hob. XXII: 11 – Missa Nelson (1798)
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2º Felini – Festival Lírico de Niterói/RJ, agosto/2025
Informações: link.
Uma noite, duas óperas e muitas verdades escondidas sob a máscara da folia. Prepare-se para descobrir o que acontece quando o carnaval encontra a ópera em Máscaras (de G. Bernstein) e Lira dos Enganos (de Rodrigo Camargo, estreia mundial) — duas óperas que revelam os bastidores do amor e da fantasia sob o véu de uma grande festa.
📅 08 e 09 de agosto/2025, 19h, Teatro Gay Lussac
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Serenata a tre, RV 690 (Vivaldi) - Teatro Comunale, Ferrara, Itália, 30/março/2025
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A Serenata a tre, RV 690, também conhecida por seu texto inicial "Mio cor, povero cor", é uma obra vocal barroca composta por Antonio Vivaldi por volta de 1719, sendo executada originalmente em ocasiões festivas, provavelmente em um contexto aristocrático ou de celebração privada. Estruturada em duas partes, ela se aproxima de uma cantata dramática para três solistas e orquestra, celebrando temas de amor, orgulho, ilusão e vingança dentro de um ambiente pastoral – muito semelhante, em aparência, ao que mais tarde se tornaria a forma de opereta camarística (earlymusicreview.com). Esta serenata se destaca por sua orquestração colorida, incluindo oboés, trompas e cordas, e por seus personagens que dialogam entre si de forma arquetípica e expressiva.
Fruto da plena maturidade artística de Antonio Vivaldi, a Serenata RV 690 é uma obra ainda pouco conhecida pelo grande público e, ao mesmo tempo, repleta de enigmas para os estudiosos. Em cena, temos a história do amor infeliz entre a ninfa Eurilla e o pastor Alcindo que, cínico diante do sentimento amoroso, a rejeita com firmeza. Com astúcia e com a cumplicidade da amiga Nice, Eurilla induz Alcindo a descobrir a verdadeira natureza do sentimento que o liga a ela; mas, no exato momento em que o jovem decide se declarar abertamente, revelando seu amor, descobre-se a armadilha preparada por Eurilla: indignada com o que acredita ser mais uma mentira, ela convoca ninfas e pastores para punir a soberba arrogância de Alcindo.
Enredo
O sistema de personagens da Serenata a tre RV 690 é concentrado e elementar, em conformidade com a simplicidade da trama e a imediaticidade narrativa típicas do gênero serenata: uma pequena ópera concebida para apresentações noturnas ao ar livre, sob a luz da lua e das tochas, em ambientes aristocráticos, destinadas a celebrar ocasiões privadas.
Em uma Arcádia atemporal, a ninfa Eurilla se encanta com o charme do pastor Alcindo, que, cínico e desinibido, corteja sem escrúpulos todas as ninfas. Advertida pela amiga Nice, Eurilla não pretende, no entanto, desistir. Quando confrontado por Eurilla, Alcindo expressa com arrogante desdém seu ceticismo em relação ao amor, que para ele é uma prisão, uma condenação e uma fonte de sofrimento. Furiosa e humilhada com a rejeição, Eurilla decide aplicar-lhe uma punição exemplar.
Na segunda parte da serenata, Eurilla declara seu amor a Alcindo, que, desconfiado e perplexo, se pergunta como uma jovem como ela poderia se apaixonar por um humilde pastor como ele. Ela o suplica que, ao menos, finja estar apaixonado, para lhe proporcionar a ilusão de ser correspondida — e Alcindo aceita entrar no jogo. É justamente nesse instante que ele percebe que, de fato, também nutre sentimentos por ela. Porém, no momento em que se declara, Eurilla revela seu plano: numa lógica sádica de castigo proporcional, ela pretende punir a arrogância presunçosa do jovem. Ninfas e pastores são então convocados a se reunir para dilacerar o coração do ingrato.
A estrutura formal da Serenata a tre reflete o formato do melodrama da época: o recitativo em versos livres, ritmicamente solto e sustentado apenas pelo baixo contínuo, conduz a ação; a ária solo, com métrica estruturada, sublima a emoção provocada pelos acontecimentos, segundo o consagrado mecanismo de alternância dramática (interrupção e retomada). A ária representa, assim, um momento de pausa contemplativa na narrativa, mas ocupa um papel central do ponto de vista dramático, estético e musical.
À multiplicidade de afetos expressos nestas páginas corresponde uma rica variedade de árias, cada uma com uma função específica dentro da economia dramática: desde a ária de entrada até a de indignação, passando pelos episódios cantábiles e dolentes, e pelas árias comparativas que desenvolvem analogias entre o amor e a caça — tema central da trama.
As árias seguem o esquema em três partes conhecido como da capo: à exposição do primeiro tema segue-se um segundo episódio em tonalidade vizinha, que pode dar continuidade ou contrastar com o anterior; em seguida, há a retomada do primeiro tema, agora com variações e ornamentos, frequentemente confiados à inventividade do cantor, que, a partir da base harmônica e melódica, tem espaço para demonstrar sua habilidade técnica e vocal. A música de Vivaldi enriquece cada episódio solístico com colorações instrumentais únicas, com recursos imitativos e combinações tímbricas de grande efeito expressivo, reforçando a ideia de correspondência entre a natureza e o mundo interior humano — sistemas de forças em equilíbrio dinâmico e constante transformação.
Informações sobre esta obra
Informações sobre esta produção
Programa
Personagens principais: - Eurilla (soprano): uma ninfa apaixonada que sofre por um amor não correspondido; sua paixão a leva a atuar de forma intimamente emocional e, por vezes, vingativa. - Nice (soprano): amiga e confidente de Eurilla, que tenta aconselhá-la — atua como contraponto racional, dando ares de diálogo e tensão entre emoção e razão. - Alcindo (tenor): um pastor romântico objeto do afeto de Eurilla; é independente e cauteloso, provocando seus ciúmes e levando a um conflito que resulta em desfecho dramático.
Sinopse: A obra se passa em um ambiente pastoral simbólico, onde três personagens — a apaixonada Eurilla, a prudente Nice e o galante pastor Alcindo — se envolvem em um jogo de emoções, ciúmes e confronto.
Eurilla está profundamente apaixonada por Alcindo, mas sofre ao perceber que seu amor não é correspondido como deseja. Alcindo, embora encantado por Eurilla, evita o compromisso direto, mantendo-se distante e até provocativo. Isso desperta em Eurilla sentimentos de humilhação e desejo de vingança. A amiga Nice tenta aconselhá-la com moderação e sensatez, oferecendo uma visão racional diante da tempestade de emoções.
Ao longo da serenata, recitativos e árias expõem os estados de alma de cada personagem: o orgulho ferido de Eurilla, a altivez cautelosa de Alcindo e a ponderação de Nice. O conflito emocional cresce até um ponto de clímax dramático, em que as verdades são ditas e as máscaras caem.
Ao final, a serenata não oferece uma reconciliação romântica tradicional. Em vez disso, permanece em tom ambíguo — uma reflexão sobre a paixão, a vaidade e os limites do amor não correspondido. Como é típico do barroco, o conflito entre razão e emoção é o verdadeiro protagonista da obra.
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Geistliches Lied, Op. 30 (Brahms) - Philharmonie Essen, fevereiro/2021
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Belíssima interpretação da obra Geistliches Lied, Op. 30, de Johannes Brahms (1833–1897), uma das joias do repertório coral sacro do século XIX. Escrita em 1856, mas publicada apenas décadas depois, esta peça para coro misto e órgão destaca-se por sua impressionante construção em duplo contraponto canônico e por sua atmosfera serena e contemplativa. A música é sustentada por um texto do poeta Paul Fleming, que invoca uma confiança tranquila na vontade divina: “Laß dich nur nichts nicht dauern mit Trauren…” (“Deixa que nada te aflija com tristeza…”).
A interpretação fica a cargo do Chorwerk Ruhr, um dos grupos corais mais renomados da Alemanha, sob a direção refinada de Florian Helgath. No órgão, Peter Kofler oferece o suporte harmônico e espiritual perfeito para a arquitetura polifônica da peça.
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Rejoice in the Lamb (Benjamin Britten)
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Gravado na All Hallows' Church, em Gospel Oak, este vídeo apresenta a emocionante obra Rejoice in the Lamb, composta por Benjamin Britten e aqui interpretada em sua versão orquestrada por Imogen Holst. A performance reúne o aclamado conjunto VOCES8 ao coral e orquestra da VOCES8 Foundation, sob a direção do maestro Barnaby Smith.
Composta em 1943, a obra foi encomendada para celebrar o 50º aniversário da consagração da igreja de St. Matthew, em Northampton. A iniciativa partiu do reverendo Walter Hussey, um importante defensor das artes na Igreja Anglicana. Mesmo assim, ele se surpreendeu com a ousada escolha de texto feita por Britten: trechos do poema Jubilate Agno, escrito no século XVIII por Christopher Smart enquanto este estava internado em um hospício.
O poema — uma exaltação intensa e por vezes excêntrica a Deus — é refletido por Britten em música de grande expressividade e criatividade. A obra começa com um chamado para que "nações, línguas e todas as criaturas" celebrem a Deus. Em seguida, personagens do Antigo Testamento são apresentados de maneira vibrante, culminando em um delicado “Aleluia” de estilo quase barroco, em homenagem a Henry Purcell, ídolo de Britten.
Destaca-se a famosa seção dedicada ao gato Jeoffry, em que o animal louva a Deus simplesmente sendo gato — caçando o próprio rabo. Outros animais e elementos da natureza também se unem ao louvor, com solos vocais e colorida instrumentação orquestral. A versão com orquestra de câmara foi feita por Imogen Holst (filha de Gustav Holst), colaboradora de confiança de Britten, a pedido do próprio compositor para o Festival de Aldeburgh em 1952.
No centro da obra, o clima se torna mais sombrio: o texto revela a angústia e o isolamento de Smart, traduzidos por Britten em harmonias incertas e intensas. Mas o brilho retorna com um allegro exuberante, em que instrumentos e sons são descritos como formas de louvor, encerrando a obra com uma nova seção de “Aleluia” que transmite paz e plenitude.
Rejoice in the Lamb é uma peça feita para ser cantada com prazer, tanto por amadores quanto por profissionais. Sua escrita engenhosa, o humor sutil e o lirismo profundo fazem dela uma das obras corais mais queridas do século XX. Uma celebração da criatividade, da fé e da liberdade espiritual — tudo isso filtrado pela sensibilidade única de Britten.
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Minissérie de TV "Joana D'arc" (1999)
Minissérie completa dublada em português: link1 ou link2.
Esta minissérie canadense, dirigida por Christian Duguay, recebeu 13 indicações ao Primetime Emmy Awards e 4 indicações ao Globo de Ouro. Conta a história de Joana d'Arc, desde seu nascimento em 1412 até sua morte em 1431.
IMDb
Wikipedia
Trailer em espanhol
👥 Elenco principal
Leelee Sobieski – Joana d’Arc
Chad Willett – Jean de Metz
Jacqueline Bisset – Isabelle d’Arc (mãe de Joana)
Powers Boothe – Jacques d’Arc (pai de Joana)
Olympia Dukakis – Mãe Babette
Neil Patrick Harris – O Delfim / Rei Carlos VII
Peter O’Toole – Bispo Pierre Cauchon
Shirley MacLaine – Madame de Beaurevoir
Maximilian Schell – Irmão Jean le Maistre
Robert Loggia – Padre Monet
Joana d'Arc nasce em 1412 na vila de Domrémy, no auge da Guerra dos Cem Anos. Durante sua juventude, ela frequentemente testemunha os horrores cometidos tanto pelas forças inglesas quanto pelas francesas, e aos 11 anos começa a ouvir vozes divinas. Seu espírito é sustentado pela lenda da "Donzela da Lorena", que afirma que uma jovem, guiada por Deus, unirá a França e encerrará a guerra.
Aos 17 anos, a vila de Joana é invadida e incendiada, e seu melhor amigo cego, Emile, é morto. Ela implora a Deus para saber o que disse para merecer aquilo, e as visões retornam, dizendo-lhe para encontrar Carlos, o jovem príncipe frívolo que negligenciou seu dever, e colocá-lo no trono da França.
Joana deixa sua pequena vila em busca de Carlos. Ela se esconde em uma carroça de gado que supostamente está sendo levada ao rei. Em vez disso, é levada a Vaucouleurs, onde os habitantes locais, incrédulos, recusam-se a ajudá-la a chegar até Carlos. Faminta e sozinha, ela encontra refúgio com uma freira simpática, que a ajuda a unir o povo de Vaucouleurs e a construir defesas contra os ingleses e seus aliados borgonheses. Com esse esforço de unificação e defesa, começa a se espalhar o rumor de que Joana é a Donzela da Lorena.
Embora Joana não pareça acreditar que seja realmente a Donzela, ela aceita o papel para dar esperança ao povo. O senhor de Vaucouleurs finalmente aceita as afirmações de Joana e lhe concede uma escolta, uma armadura e uma apresentação a Carlos e sua corte. Joana demonstra ainda mais seus dons quando Carlos, em um ato de provocação, tenta humilhá-la trocando de identidade com um de seus mensageiros; ela percebe o disfarce do impostor e se ajoelha diante de Carlos, declarando que ele é o verdadeiro rei.
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The Maid of Orleans (Tchaikovsky) - Bolshoi 1993
Ópera completa com legenda em português: DVD. A versão de Tchaikovsky de 1881 sobre as chamas da paixão que consomem Joana d'Arc.
Com libreto e música de Tchaikovsky, ele nos leva ao coração da Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra. Uma história sobre o poder do amor e o caos da guerra, com a ardente orquestração de Tchaikovsky, grandes coros e belas árias. Representa sua abordagem mais próxima à grand opéra francesa, embora no idioma russo.
Enredo: No meio da Guerra dos Cem Anos contra a Inglaterra, os franceses se encontram em uma situação difícil: Paris caiu, Orléans está sitiada e seu rei, Carlos VII, parece mais interessado em seus assuntos do coração do que nos do Estado. Nessa situação desesperadora, a filha do fazendeiro, Joana, anuncia que Deus a encarregou de libertar Orléans. A “Donzela de Orléans” pode ser vitoriosa na batalha, mas perde seu coração na paixão por um cavaleiro da Borgonha, Lionel. As chamas consomem uma mulher dividida entre o amor e sua missão divina.
Tchaikovsky permite que Joana se entregue totalmente ao seu amor e depois morra em êxtase religioso. Aqui está uma heroína histórica com algo da Tatyana de Eugene Onegin.
Sobre a ópera “A Donzela de Orleans”
Pintura “Joana D'Arc em sua armadura diante de Orléans”
Estátua de Joana d´Arc em Orléans
Aparição de São Miguel Arcanjo e de Santa Catarina de Alexandria à jovem Joana d'Arc
Estátua de Joana d'Arc na Catedral de Notre-Dame de Paris
Personagens principais: - Rei Carlos VII - O Arcebispo - O Papa - Dunois, um cavaleiro francês - Lionel, um cavaleiro da Borgonha - Thibaut d'Arc, pai de Joana - Raymond, noivo de Joana - Bertrand, um camponês - Lauret, um soldado - Joana d'Arc - Agnès Sorel
Sinopse: França, início do século XV, em meio à Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra.
Ato I Em sua igreja local, Joana reza pedindo consolo e paz. Ela tenta, em vão, se apegar às visões angelicais que lhe aparecem. Sua angústia é recebida com incompreensão e ridicularização pelas outras mulheres. Seu pai, Thibaut, irritado com a reticência e a estranheza da filha, a acusa de estar possuída pelo demônio. Somente seu noivo, Raymond, a defende. A guerra que assola o país está se aproximando rapidamente e, no vilarejo vizinho, casas são queimadas, campos devastados e povoados devastados. Bertrand, um camponês, conta à multidão reunida sobre as condições horríveis na linha de frente em Orléans e sobre o cerco mortal das tropas inimigas. Contrariando todas as previsões, Joana declara sua crença na vitória do rei sobre seus oponentes, no fim da ameaça inimiga e na libertação de Orléans. De repente, o soldado Lauret anuncia que o líder do inimigo caiu em batalha. Essa notícia faz com que as pessoas acreditem que um milagre aconteceu e se unam a Joana em orações fervorosas. Joana se sente compelida por sua fé e convicção interior de que deve abandonar sua antiga vida e liderar a luta. Outro anjo aparece para ela e a prepara para a batalha.
Ato II O Rei Carlos está distraído dos problemas por causa de seu amor por Agnes. Dunois, o comandante do exército real, tenta em vão conter os ardores do rei e lembrá-lo de suas responsabilidades como governante em tempos de guerra. Quando o soldado Lauret morre a seus pés devido aos ferimentos de guerra, o rei recua e só quer fugir. Dunois se demite e Agnes começa a consolar Charles. O cardeal aparece e conta sobre um milagre - uma jovem misteriosa forçou as tropas inimigas a fugir. Há gritos de alegria com essa notícia e com a chegada dessa “virgem” da salvação. Joana aparece. Ela revela ao rei Carlos seu conhecimento de suas orações mais secretas e ele fica encantado com ela. Joana descreve suas visões, que predizem a vitória de Carlos e as comemorações de sua coroação. Carlos nomeia Joana como comandante de suas tropas reais, para os aplausos da multidão.
Ato III Lionel, um soldado inimigo, refugia-se na borda do campo de batalha. Joana o descobre e o confronta, desafiando-o para um duelo de vida ou morte. Apesar de sua superioridade na luta, ela descobre que não é capaz de matá-lo. Confusa, Joana luta contra sua crescente afeição por Lionel, enquanto ele cede cada vez mais à sua crescente afeição por ela. Dunois retorna do front com a notícia de uma nova vitória. Por seu amor por Joana, Lionel se compromete a servir Dunois para lutar ao lado do rei Carlos. Acompanhado por Agnes e pelo cardeal, Carlos faz uma entrada triunfal para celebrar a vitória e homenagear os heróis mortos. Em seu discurso de agradecimento, o rei exige que Joana apresente provas de sua santidade. Seu pai, Thibaut, acusa publicamente a filha de estar possuída pelo demônio e pede que ela se defenda. Joana permanece em silêncio.
Ato IV Apesar do intenso remorso e da dor que sente por ter traído sua visão sagrada e seus ideais, Joana admite seu amor por Lionel. Quando se reencontram, eles declaram um vínculo de amor e sonham com um futuro juntos. Mas a felicidade deles é apenas momentânea… Lionel é morto. Joana é consumida pelas chamas.

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Schicksalslied, Op. 54 ("Canção do Destino") (Brahms)
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Nesta emocionante gravação da Schicksalslied (Canção do Destino), op. 54, de Johannes Brahms, temos a união poderosa da Czech Philharmonic Orchestra e do Prague Philharmonic Chorus sob a regência de Giuseppe Sinopoli. A obra, com texto do poeta romântico alemão Friedrich Hölderlin, contrapõe a serenidade divina dos céus à fragilidade e ao sofrimento do ser humano na Terra.
Escrita entre 1868 e 1871, esta peça coral-orquestral é uma das mais profundas meditações musicais de Brahms sobre o destino humano. Com uma orquestração rica e coro pleno de expressividade, a obra se divide em três seções: duas majestosas e corais, envolvendo um trecho orquestral central que expressa dor e inquietação. A linguagem musical reflete a dicotomia entre o eterno e o transitório, entre o ideal e o real.
Uma das obras-primas menos conhecidas, porém profundamente tocantes, do repertório romântico alemão.
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I Festival de Ópera de Roraima, agosto/2025
No Teatro Municipal de Boa Vista, pela Companhia de Ópera de Roraima. 📌1º ago: Recital Lírico “IL PROLOGO” 📌8 ago: Ópera “CAVALLERIA RUSTICANA” 📌15 ago: Ópera “PAGLIACCI”
Christopher Pineda, cenógrafo e contrabaixista da Companhia de Ópera de Roraima
Maestro Bruno Nascimento
Reportagem na Folha BV
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Concerto didático | Brincando em Cena - São Paulo, 26/julho/2025
Concerto cantado e legendado em português: link.
O Theatro São Pedro apresenta um espetáculo encantador que convida crianças e adultos a embarcar em uma jornada lúdica pelo mundo da imaginação. Música, teatro, ópera e improvisação se unem para criar uma experiência única, leve e divertida. Aqui, cada apresentação é diferente! A improvisação conduz as histórias, e o público participa ativamente, oferecendo sugestões que moldam o espetáculo em tempo real. Um verdadeiro espaço de troca entre artistas e plateia.
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Sarrasine (Handel) - Festival Internacional de Händel, Göttingen 2024
Estreia mundial desta ópera legendada em português: vídeo1 ou vídeo2 ou vídeo3; legenda. Para download do vídeo, sugiro usar o software JDownloader2.
“Falar de perigo a um homem apaixonado é oferecer-lhe prazer.” O brilhante escultor Sarrasine se apaixona perdidamente pela bela cantora de ópera Zambinella na longínqua Roma — mas qual será o segredo dela? Sarrasine trata de como os adultos tornam tudo desnecessariamente complicado quando o assunto é o amor.
Sarrasine é uma ópera-pasticcio inovadora e provocadora que combina o brilho barroco de Händel com uma dramaturgia contemporânea inspirada na literatura francesa do século XIX. Com adaptação musical de George Petrou e direção cênica de Laurence Dale, a obra é baseada na novela Sarrasine, de Honoré de Balzac de 1830 — e é ele mesmo quem aparece como narrador e personagem no palco.
Diferente de uma ópera tradicional, Sarrasine é um pasticcio moderno: uma colagem dramática que reutiliza árias e duetos de Händel, rearranjados e reinterpretados em novo contexto narrativo. Tal prática, embora comum no século XVIII, ganha aqui roupagem atual com ambientação cenográfica refinada, coreografias discretas e diálogos em francês intercalados com trechos musicais cantados em italiano — as línguas originais da fonte literária e da música, respectivamente.
Enredo: Um baile aristocrático em um palácio luxuoso. Madame de Rochefide é o centro das atenções e, a pedido da sociedade, canta algumas árias. Ao fundo, há um grande retrato do dono do castelo quando jovem, que revela sua beleza extraordinária. Quando Madame de Rochefide canta a famosa Lascia la spina, um velho desconhecido vestido de preto aparece de repente, assustando e intrigando os convidados. Balzac diz que conhece esse homem — é o dono do palácio — e começa a contar a antiga história dele e do pintor Ernest-Jean Sarrasine.
Esta produção marca não apenas uma ousada releitura da tradição barroca, mas também uma ponte expressiva entre eras: o universo musical de Händel serve de veículo para dramatizar um dos contos mais enigmáticos de Balzac, numa fábula sobre beleza, engano e desilusão. Com Orquestra do Festival de Göttingen e o Coro de Câmara da Universidade de Göttingen.
Wikipedia desta ópera
Programa desta produção
Review do OperaWire
Personagens principais:
Balzac (baixo-barítono): O próprio escritor francês Honoré de Balzac aparece como narrador e personagem, guiando o público pela história de Sarrasine com comentários espirituosos e envolventes. Seu papel costura os planos temporais da ópera.
Madame de Rochefide (soprano): Uma aristocrata elegante e carismática, figura recorrente na obra de Balzac. Ela representa a musa do escritor e participa tanto da ambientação atual quanto das reflexões dramáticas.
Ernest-Jean Sarrasine (tenor): Jovem pintor francês, apaixonado pela arte e pela beleza, cuja obsessão por Zambinella o leva a uma espiral de paixão e tragédia. OBS: Na novela original de Balzac, Sarrasine é escultor.
Zambinella (soprano): Cantora de aparência feminina e voz celestial, Zambinella é, na realidade, um castrato criado pela Igreja para interpretar papéis femininos. Sua identidade ambígua é o centro do drama.
Monsieur de Lanty / Cardeal (ator): Um personagem ambíguo e poderoso, que aparece na narrativa como protetor e manipulador do destino de Zambinella. Também é a figura do velho anfitrião do baile.
Madame de Lanty (atriz): Figura misteriosa presente na ambientação inicial do baile aristocrático. Sua relação com o passado é sugerida, mas nunca totalmente explicada.
Dândi vienense (ator): Participante do baile, serve como contraponto cômico e mundano à atmosfera de tensão e mistério.
Sinopse:
Durante um baile luxuoso em um palácio aristocrático, Madame de Rochefide cativa os convidados com sua voz, interpretando árias de Händel, entre elas a hipnótica Lascia la spina. Em meio ao brilho da noite, um retrato de juventude atrai olhares — é o dono do palácio, retratado com beleza quase sobrenatural. A atmosfera muda repentinamente quando um velho vestido de preto entra em cena, despertando temor e fascínio.
Balzac, presente entre os convidados, reconhece o misterioso visitante. Para explicar sua presença, ele narra uma história do passado: a trágica vida do pintor Sarrasine.
Anos antes, em Roma, o jovem artista Sarrasine assiste a uma apresentação de ópera e se apaixona instantaneamente por Zambinella, uma cantora de beleza angelical. Fascinado, ele a persegue, pinta seu retrato e sonha com um futuro a seu lado. Porém, ao tentar aprofundar a relação, descobre um segredo devastador: Zambinella não é uma mulher, mas um castrato — um cantor moldado desde a infância para interpretar papéis femininos.
O choque destrói Sarrasine. Incapaz de lidar com a verdade, ele tenta matar Zambinella, mas é morto por um guarda antes de conseguir consumar o ato. O velho que assombra o baile é, na verdade, Zambinella — envelhecido, marcado pela memória, e habitando agora o mesmo palácio onde a tragédia teve início.
A ópera encerra-se entre os ecos do passado e a inquietação do presente, colocando em cena o poder destrutivo das ilusões, a violência da normatividade e a melancolia da beleza efêmera.
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