Tumgik
opiniao · 2 years
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Cabelinho!
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Somos o time do cabelinho, da liberação, da dancinha, da concessão, isso ganha jogo? Não! Mas faz perder e isso está flagrante, para mim, nas últimas copas. Mas isso vem de quem dirige, de cima para baixo.
Futebol é esporte de excelência, fato.
Depois que o Ronaldo cortou o cabelo com “chuca”, em 2002, todos querem fazer algo na seleção. Que time ganhou copa com cabelinho? Isso denota falta de disciplina, procedimento, foge a concentração no jogo, mostra preocupação com a mídia, como irão aparecer para quem quer que seja.
A concentração do time, do elenco, no jogo, no descanso, no procedimento é fundamental. Então porque liberar para ficar até as 2h da madrugada? Por que liberar para ir a restaurantes e comerem o que quiserem? A família estava presente?
Comemorar é muito bom. Fazer uma dança representando um sentimento, sua comunidade, sua origem, ok. Fazer uma dança para bombar nas mídias sociais, ou desrespeitando seus adversários, pra que? Agora o treinador fazer dancinha com seus comandados, ele que deve reger a orquestra, dar limites? Errado.
Perdemos com a dupla Dunga e Jorginho, que não tinham a menor experiência em comandar equipes, ficou flagrante, inventamos dois treinadores naquele momento. Mas será que temos tão poucos profissionais que o auxiliar do nosso principal treinador tem que ser o filho dele? Qual o currículo dele? Qual sua experiência para agregar ao treinador o conhecimento necessário? Será que eles têm a dimensão do que isso envolve? Não é só paixão, é muito, muito mais. Não é só Brasil, é o Brasil no mundo.
Se optamos pelo treinador da seleção não ser treinador de clube, por que o treinador de goleiros escolhido também é treinador de um dos goleiros convocados no seu clube?
Treinadores brasileiros alegam a capacidade deles, acredito que tenham, conheço alguns, mas porque então eles estão em franco desprestigio no campeonato brasileiro? Dos 20 clubes da Série A, 10 são estrangeiros.
Dirigentes permissivos, treinadores excessivamente tolerantes, reféns de ícones, sim ícones porque ídolos não precisam de exposição “digital”, isso é parte do problema.
Não adianta reclamarmos do treinador ou dos jogadores, existem procedimentos necessários, de fino ajuste, que um esporte de excelência necessita, desde antes da convocação.
O brasileiro, mal-acostumado, acha que a bola resolve. As vezes resolve num grupo aplicado, as vezes com tudo coordenado, a bola ajuda muito, nunca resolve sem liderança precisa e coerente, sem procedimento claro, respeitos aos processos e ao que se faz necessário.
Ainda falta muito, mas temos 4 anos para mudar.
Ricardo Leon Haddad
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