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V. Parfaxitas
Pecados confessos
Onde a espinha de Deus reluz uma superfície d´água
- a cabeça a pensar cada imagem que habito. Ramificando-se
sob a força de um dia que bate contra o chão dos olhos
e que pelas bordas incontidas
se faz rotina
necessária - sangue maçante
lábios.
Forma a forma.
A ambição que enrosca a língua na língua do abismo
e aos furos fala à agulhadas, servis
cegueiras em sombras tateando a tolice dos homens
de virtude e boa-vontade. A voracidade das raízes
amparando os topos das palavras.
Mãos em concha donde vazam as preces, dedos e palmas
como se erguessem a própria escuridão do mundo
(cravejada toda de silêncio).
Como se por entre troncos e galhadas o rumor se fizesse mosaico
e a voz noturna os compartimentos pantanosos
tremulassem
as gotas contra as sombras em folhas que ali não estão: diamantes
- poemas onde jaz supostamente
Ele.
Na imponente torre antiga, torre de idiomas
mil. Normas em funil
depositadas fundo
por nossos laços corruptos
família-sociedade-tijolos
nos infernais invólucros,
torre: mil bocas estreitas,
desconhecimento,
dissimulação.
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