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Era o óculos desajustado, não sei; talvez o cabelo cacheado parte aos ombros, parte às costas; talvez a pele macia quando esbarrou em mim; mas talvez fosse o vestido azul, azul escuro, inconfundível azul, parecia o céu às 23:42; talvez fossem as luzes, o som alto, as vozes que não me deixavam ouvir meus pensamentos, mal pude escrever isso. Certamente eram meus pensamentos, meus delírios, devaneios; mal posso sentir o oxigênio nesse ambiente, mas posso sentir o perfume dela. "Entender o que quis dizer a ave do medo grasnando a frase "nunca mais!""
; hahahaha infeliz Poe, tens toda razão; infeliz Baudelaire, tens toda razão.
Já não suporto mais não ouvir meus pensamentos, os mesmos que me matarão.
A culpa é do sorriso; talvez o idealismo. Não, o sarcasmo. O jeito como movimenta a cabeça enquanto fala, a lingua tocando os dentes, a calma entre os tons de voz em cada palavra. O tempo para quando a encontro por aí; sei que não é ela, mas o tempo para como eu queria que tivesse parado quando ela estava dormindo no meu peito.
- Sr. Outis.
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Bem, agora você conhece minhas dores, minhas fraquezas, e principalmente minhas virtudes. Há tantas estrelas no céu, tão distantes que às vezes chego a imaginar que elas não existem, meus olhos mentem. 19:30, todos os dias vejo um satélite passando sobre mim, seria ele capaz de ver as palavras que lhe escrevo? Seria ele capaz de eternizar tais fatos?. As estrelas permanecem a brilhar; olhando-as sinto-me como Dante, lembra-se da máscara da morte? Tão romântica, não é mesmo?. 19:35, vejo outro satélite passando em direção inversa; seria esse capaz de ver meu outro eu? Seria esse capaz de ler a minha alma? Hahahahahaha Poe me julgaria louco, : - conversar com corvo tudo bem, agora um satélite? Insano, prendam-no na masmorra onde estive, deixe-o curar por sua própria natureza. Aliás, falemos dele.
Em certo dia, a hora, a hora
Da meia noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi á porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
- É alguem que me bate á porta de mansinho, há de ser isso e nada mais.
Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no ensolarado maio;
Cada braza do lar sobre o chão refletia a nossa última despedida.
Eu, ancioso pelo frio, buscava sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!)
A dor esmagadora destas saudades imortais
Pela que ora nos céus,
Anjos chamam: - ****!
E que ninguém chamará mais.
E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto, e com efeito,
Disse: é visita amiga e retardada que bate a estas horas tais.
É visita que pede á minha porta entrada,
Há de ser isso e nada mais.
Minha alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: Imploro de vós, — ou senhor ou senhora,
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisado de descanço, já cochilava,
E tão de manso e manso batestes, não fui logo, prestemente certificar-me que aí estais.
Disse; a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.
Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta;
Só tu, palavra única e dileta,
****, tu, como um suspiro escasso da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.
Entro com a alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Sôa um pouco mais forte;
Eu, voltando-me à ela:
Seguramente, há na janela
Alguma coisa que sussura, abramos
Eia, fora o temor,
Eia, vejamos a explicação do caso misterioso dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso, obra do vento e nada mais.
Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortezias um minuto, um instante.
Tinha o aspecto de um lorde ou de uma lady.
E pronto e reto
Movendo no ar as suas negras asas,
Acima vôa dos portaes,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Pallas;
Trepado fica, e nada mais.
Diante da ave feia e escura,
Naquela rigida postura, com o gesto severo,
O triste pensamento
Sorriu-me alí por um momento,
E eu disse: Ó tu que das noturnas plagas vens,
Embora a cabeça nua tragas, sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?
E o corvo disse: - Nunca mais.
Vendo que o pássaro entendia a pergunta que lhe eu fazia,
Fico atonito, embora a resposta que dera dificilmente a entendera.
Na verdade, jamais homem há visto coisa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta que este é seu nome: Nunca mais.
No entanto, o corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que alí disse, toda a sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: - Perdi outrora tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora.
E o corvo disse: - Nunca mais!
Estremeço.
A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
Certamente, digo eu: - essa é toda a ciência que ele trouxe da convivência de algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais só lhe ficou, na amarga e ultima cantiga esse estribilho: Nunca mais.
Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me de fronte ao corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lugubre chimera,
A alma, o sentido, o pavido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quiz dizer a ave do medo grasnando a frase: Nunca mais.
Assim posto, devaneando,
Meditando, conjeturando,
Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrazava.
Conjeturando fui, tranquillo, a gosto,
Com a cabeça no macio encosto
Onde os raios da lampada caíam
Onde as tranças angelicais de outra cabeça outrora alí se desparziam,
E agora não se esparzem mais.
Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso,
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turibulo invisivel;
E eu exclamei então: - Um Deus sensivel manda repouso á dor que te devora destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, ouvida essa extinta ****.
E o corvo disse: - Nunca mais.
- Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo em os seus lares triunfais,
Dize-me, existe acaso um bálsamo no mundo?
E o corvo disse: - Nunca mais.
- Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No Eden celeste a virgem que ela chora nestes retiros sepulcrais,
Essa que ora nos céus
Anjos chamam: - ****!
E o corvo disse: - Nunca mais.
- Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa! clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa à tua noite,
Deixa-me comigo.
Vai-te!, não fique no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua.
Tira-me ao peito essas fatais garras que abrindo vão a minha dor já crua.
E o corvo disse: - Nunca mais.
E o corvo aí fica; eil-o trepado
No branco mármore lavrado da antiga Pallas;
eil-o imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando.
A luz caída do lampeão sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e fora daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!
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A perda da minha avó foi um evento muito devastador na minha vida. Eu a amava demais, na verdade ainda amo pois ela vive em mim. Infelizmente eu podia vê-la a cada 2 anos, durante as férias do colégio, ela morava em outro estado, íamos visitá-la; mesmo tão doente, ela gostava de passear comigo pela cidade, visitar os amigos e amigas, sempre íamos no mesmo mercado, ela comprava bolacha para mim, cariciava meu rosto e dizia a todos que eu era o orgulho dela, como eu sinto falta dela. Eu sempre odiei o meu avô, pois ele batia nela, ele morreu quando eu tinha 2 anos de idade, então eu sempre odiei o ser que eu havia inventado através de histórias que as pessoas me contavam sobre ele. Quando minha avó morreu, eu passei a odiar alguns dos membros da minha família, naqueles dias sombrios pude ver a verdadeira face de cada um, não havia dor em seus corações e olhos, brigavam pela herança de uma casa que nem era da minha avó; eu tinha apenas 10 anos de idade, e enquanto minha mãe relatava as brigas que estavam acontecendo durante o velório, pensava seriamente como eles podiam fazer aquilo; eu não pude ir no velório da minha avó, e quando minha mãe chegou de viagem, percebi algo terrível, eu a havia perdido também, não era a mesma pessoa, eu via a dor em seus olhos todas as manhãs, o pranto persistia durante as madrugadas, não com a mesma intensidade que no momento que recebera a notícia, mas era terrível, me vi obrigado a crescer, não era mais um garoto e sim um homem de 10 anos de idade, aguentei toda dor que corroia minha alma, e sobrevivi. Sobrevivi por uma promessa, e acredite, eu morreria para cumprir as minhas promessas, a promessa de que eu continuaria sendo o orgulho de minha avó, falhei muito, caí muitas vezes, mas ainda estou aqui.
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Supomos que você trabalhe o dia todo; almoce na lanchonete que tem logo na esquina do seu trabalho; um dia quente em junho, na verdade a cidade é sempre quente; na sua mente há memórias de um sorriso, se fechar os olhos pode escutar a voz, pode sentir o cheiro da pele, pode sentir os beijos nas costas durante o banho quente que sempre tomavam à noite, mas você precisa acordar; o trabalho te mantém ocupada, te faz pensar e tentar resolver os problemas de outras pessoas; o dia todo é uma constante dor de cabeça; daí você chega em casa, prepara a sua bebida preferida, senta na sua poltrona predileta, fecha os olhos e respira bem fundo, enquanto todo o gás oxigênio e carbônico sai do seu pulmão, você fecha os olhos e pode ver as lágrimas escorrendo do rosto dessa pessoa, pode ouvir o choro mesmo com a porta cinza de madeira fechada e o chuveiro ligado, você pode tentar entrar novamente, pode empurrar a porta e querer dizer toda a verdade para essa pessoa, mas ela não está lá; então você levanta-se e vai preparar algo para comer, algo que você gosta muito; retira sua roupa, e como a casa é só sua, pode andar nua por todos os cômodos, nem a janela da cozinha meio aberta parece te incomodar; coloca uma música animada, parece te fazer relaxar; o jantar está pronto; você toma um banho gelado, a vida tem mudado muito, mas o banho gelado sempre foi a sua melhor opção; você senta na mesa apenas com roupas íntimas; coloca uma música calma, geralmente clássicas, Beethoven, Bach, Vivald, Mozart, etc; uma taça de vinho sob a mesa; o jantar estava até bom, comer sozinho não é tão ruim; já é hora de dormir, dormir cedo parece fazer a vida passar mais rápido; você fecha os olhos e não encontra o sono; então fica até 04 e pouco da manhã olhando o teto; às 06:00 o dia começa novamente. Afinal, o que você tem aqui? Liberdade, solitude, ou solidão?
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A infância de Welison foi um pouco complicada; viviamos em uma casa de madeira; o quintal era enorme; o piso da casa por um tempo foi de chão batido, em 2004 já era de piso queimado da cor vermelha; o telhado era de palha e muitas vezes não parava a chuva; o banheiro era fora da casa, era um cômodo constituído por 4 estacas fincadas no chão e uma lona de plástico cor preto, havia um cano que saía do chão e outra emenda elevava por cima das estacas e formava um chuveiro que mais parecia uma bica, não havia mictório todas as necessidades eram feitas no fundo do quintal; havia uma lavenderia de palha e um tanque de concreto com diversas partes quebradas; em volta do quintal havia uma cerca de arame liso; na frente da casa havia uma enorme mangueira que por meses produzia frutos. Nós nem sempre tomávamos café da manhã, e quando tinhamos era leite com açúcar, e isso era suficiente até o almoço; estávamos em uma creche, na verdade vivemos na creche desde poucos meses de idade, afinal minha mãe e meu pai precisavam trabalhar; ficávamos na creche dàs 07:30 até 17:30, foi lá que conheci minha equipe, saudades deles; apesar de toda a dificuldade, éramos felizes em família. Em 2004 fomos morar na casa da minha tia, ela era dona de uma padaria em frente ao Banco do Brasil, em 2005 o banco foi assaltado, grande briga, parecia um filme do Velho Oeste, tiros para todo lado, índios reinvindicando a aposentadoria, assaltantes fizeram o próprio guarda de refém, pobre guarda, só tinha uma perna, e essa tremia tanto que ele mal parava em pé; que dia animado, a casa da minha tia estava cheia de buracos, eu brincava na calçada, minha mãe heroína saiu para fora desesperada para me buscar quando ouviu os tiros e eu já estava dentro de casa; quando tudo acabou, a cidade estava deserta, os policiais estavam amarrados na delegacia, uns mortos, os índios na paz, e os bandidos ricos. Em 2006 fomos embora, fomos morar em uma cidade um pouco maior, e os 3 anos que decorreram ali naquele bairro não foram tão interessantes. Já vivendo na casa própria, em 2010, chegamos a um ponto muito triste da minha vida, 10/09/2010, perdi minha avó, aquilo me destruiu, foi o dia mais obscuro da minha vida, um garoto de 10 anos morrera junto, eu mesmo, com toda injustiça da minha família, morri alí, jamais viram o mesmo garoto em mim.
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Acredito que viajar, conhecer outras culturas, desconhecer as verdades absolutas, faz de nós pessoas melhores; Para esse fato eu tenho uma história um tanto quanto triste e feliz ao mesmo tempo.
Welison era um adolescente muito revoltado, discutia com os pais, praticava auto mutilação; Welison era indigno, injusto, e um tanto quanto imbecil, tudo isso por não valorizar os pais quem de tudo fizeram para torná-lo alguém melhor. Em 2015 ele percebeu que estava completamente afundado em solidão e tristeza, então seu pai ofereceu uma viagem, era julho, mês de férias escolares, visitariam parentes na cidade de Goiânia; Welison já tinha um desvio social para as artes, e levara consigo na viagem um estojo com lápis, folhas, e um suporte; quando entrou no ônibus, organizou-se, e começou a desenhar, um desenho um tanto quanto estranho, mas a moça tinha um sorriso, aquilo que valorizamos, sorrisos puros; porém isso ainda não era a sua função alí, conforme as pessoas embarcavam, preenchiam as poltronas, exceto a poltrona ao lado dele porém do outro lado do corredor, de último momento foi posicionada ali uma adolescente quem tinha as pernas paralíticas.
Claramente Welison tinha desvios para estudar o comportamento humano, muito além do próprio comportamente, então decidira fazer daquele encontro inusitado o aprendizado que almejava naquela viagem. Welison então esforçou-se a desenhar aquela adolescente, ela parecia sempre feliz, e na mente dele sussurava um enorme enigma " como poderia alguém naquelas conduções sorrir, enquanto eu em perfeito estado estou nesse instante sangrando por debaixo das faixas em meus braços?", a moça realmente estava divertindo-se com tão pouco que ela tinha, com o tão simples que era a história que sua mãe contara; ao finalizar o desenho, a moça já estava quase partindo pois já havia chegado no ponto dela, e Welison dá à ela o desenho, coloca sob o colo dela algo que ela jamais poderia esperar, uma prospecção do próprio sorriso, ela pegou a folha, olhou para ele e sorriu; aquele sorriso era tão puro, tão verdadeiro, não havia outra intenção naquele desenho se não apenas o sorriso dela, não havia outro desejo, não havia ganho além de um sorriso puro; acredito que isso tenha salvado a alma dele.
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Drogas, acho que esqueci de um valor, digamos que seja o valor dos valores, sem ele não há como a felicidade funcionar, nem o amor, nem fidelidade; e sem esses outros itens, este também não poderia funcionar, é a confiança. É dada a ela essa importância colossal devido a sua função, sem ela nada pode ser, sociedade nenhuma sobrevive, todos parecem. Bem, vamos aos fatos, um fanático por futebol busca a felicidade em estádios confiando que os jogadores estarão ali fazendo seu papel, os jogadores vão aos estádios jogar pois confiam que haverão torcedores assistindo-os; um cantor vai ao palco realizar a apresentação pois confia que as pessoas estarão lá, e as pessoas vão assistir a apresentação do cantor pois confiam que ele estará cantando lá; assim ocorre também à dançarina, quem vai ao palco dançar pois confia que os expectadores estarão lá assistindo, já a os expectadores compram os ingressos pois confiam que a dançarina estará dançando; os políticos candidatam-se pois confiam que os eleitores votarão neles, os eleitores votam em alguém pois confiam que esse alguém será um bom líder; os médicos vão até o hospital pois confiam que infelizmente haverão pacientes para atender, os pacientes pagam planos hospitalares e odontológicos pois confiam que quando tiverem um problema de saúde, serão atendidos; eu escrevo esses relatos confiando que você está lendo-os e sendo atenta a cada palavra, até mesmo os erros gramaticais, e você procura meu usuário para lê-los pois confia que eu os escrevi, procura meu outro usuário para tirar suas dúvidas pois confia que eu responderei você, e infelizmente ou felizmente eu sorrio a cada mensagem sua, efeito estranhíssimo, pareço confortávelmente entorpecido; os usuários de sistemas bancários depositam seus dinheiros no banco pois esperam que quando precisarem o dinheiro estará disponível; os exemplos vão ao infinito, mas já pensou na hipótese de não haver mais essa confiança? E isso acontece diariamente; você vai pela rua em busca de uma farmácia, mas na rua não há espaço para estacionar e você para seu veículo no meio da rua para comprar seu remédio, aliviou sua necessidade e fodeu com a vida dos demais que estavam dirigindo atrás de você, esses que atrasaram-se para algo importante por causa do seu desejo, à quem comete esse tipo de escolha eu chamo de canalha, não cumprem com aquilo que prometem, não é que não cumpra com aquilo que esperam de você, mas sim enquanto vivemos em sociedade, a escolha mais óbvia é para o bem social, e essa é uma promessa que você nem faz mas é eticamente obrigada a cumprir, e alguém escolhe o próprio prazer; para esses os exemplos vão ao infinito também, um marido ou esposa que trai o cônjuge, um político corrupto que trai a sociedade, todo e qualquer canalha que opta pela própria satisfação momentânea em detrimento de outras vidas, e isso tudo porque não conhecem o próprio lugar no universo, pois se conhecessem deveriam confiar e agir de maneira a cumprir o contrato social.
Ora, meus desejos sexuais, meu ID, é um exemplo um tanto quanto fiel à explicação, desejo carnal, desejo-te, e desejo-a de forma a algo gritar dentro de mim; mas meu ego me apresenta o bem social, reconhece o meu lugar na sociedade, reconhece aquilo que é cabível ao meu desejo, reconhece e alinha-me para aquela pessoa, uma pessoa que sente, deseja, e completa os meus desejos carnais, sendo ela quem for, é a pessoa certa; mas e meu lado bom? O lado puro, calmo, aconchegante, e romântico? Deseja a energia que o permite viver, a própria pureza, e a ele deve ser dado alguém de pureza semelhante. "Mas agora fudeu tudo; quem você quer?", As duas pessoas, é óbvio, dentro de nós mesmos somos dualistas ou diversos; "mas você não pode ter as duas pessoas.", é claro que posso, desde que as duas pessoas que eu desejo estejam em apenas uma, assim sou fiel à ela em todos os sentidos, sou fiel à ela toda, e confio que esse fidelidade seja mútua.
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Está tão dificil concentrar-me ultimamente, prometo fazer o meu máximo para melhorar os relatos.
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Dizem que a primeira paixão, nunca esqueçemos; bem, essa citação tem um pouco de pertinência sim. O nome dela é Carla, aaahh Carlinha, aqueles olhos castanhos, cabelos cacheados, pele macia, sorriso puro; acredito que tenha sido nessa época que tenho aprendido a me apaixonar por sorrisos puros; mas é claro, tinhamos 5 anos de idade, ela era membro fundadora da minha equipe, e que equipe sensacional, Welison, Taynara, Rafael, Carla, Paulo Henrique, Clara. Fazíamos de tudo, eu já tinha perdido tudo que havia de puro em mim, Taynara em meu olhar era sensual, desejante, amava-a à moda de Platão; Carla para mim era pureza, calmaria, briza leve, música clássica, sorriso hipnotizante; Carla era simpática, amiga fiel, mas um pouco distante; Rafael era perverso, inquietante, insano, um tanto quanto desajustado no mundo; Paulo Henrique era alegre, observador, um amigo fiel; e Welison, bem, eu era o líder, simpático na medida certa à enganar os adultos, frio, calculista, sonhador, corajoso, observador, e aconchegante. Há mais de 14 anos não vejo eles, sinto falta dessa equipe.
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Coloque sua cabeça em meu ombro
Envolva-me em seus braços, amor
Aperte-me bem forte, mostre-me
Mostre-me que você me ama também
Coloque seus lábios próximo aos meus, querida
Você não me beijaria uma vez, amor
Só um beijo de boa noite, talvez
Talvez você e eu nos apaixonaremos
As pessoas dizem que o amor é um jogo
Um jogo que você simplesmente não pode vencer
Se há um jeito, eu irei encontrar ele um dia
E então esse tolo se precipitará
Coloque sua cabeça em meu ombro
Sussurre em meu ouvido, amor
Palavras que eu quero ouvir, conte-me
Conte-me me que me ama também
Coloque sua cabeça em meu ombro
Sussurre em meu ouvido, amor
Palavras que eu quero ouvir, amor
Coloque sua cabeça em meu ombro
- Paul Anka
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Te engravido toda noite
Só para ver o sol nascer
Te engravido toda noite
Só para ver o sol nascer, êh êh
Não quero mais dormir do seu lado
Prefiro ficar acordado
Guardando seu rosto pra lembrar de você
Lembrar de você, lembrar de você
'Cê tem uma cara de quem vai fuder minha vida
O seu olhar é um caminho sem saída
O seu corpo é um caminho sem saída
Então só entro
'Cê tem uma cara de quem vai fuder minha vida
O seu olhar é um caminho sem saída
O seu corpo é um caminho sem saída
Então só entro
Na rua ouvindo A$AP Rocky
Pelados no bairro como se fosse Woodstock
Outro bar, outro porre
Somos livres como girassóis de Van Gogh
Gira, gira, girassóis de Van Gogh
Gira, gira, girassóis de Van Gogh
Gira, gira, girassóis de Van Gogh, girassóis de Van Gogh, girassóis de Van Gogh
(Êh, êh, êh)
(Êh, êh, êh)
Girassóis de Van Gogh, girassóis de Van Gogh
Girassóis de Van Gogh, girassóis de Van Gogh
Girassóis de Van Gogh, girassóis de Van Gogh
Girassóis de Van Gogh, girassóis de Van Gogh
Girassóis de Van Gogh, girassóis de Van Gogh
Girassóis de Van Gogh, girassóis de Van Gogh
Girassóis de Van Gogh
Gira, gira, girassóis de Van Gogh
- Baco Exu do Blues
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Vamos supor que você fosse capaz todas as noites fantasiar qualquer sonho que quisesse, e naturalmente você cumpriria todos os seus desejos, teria todo tipo de prazer, entende? E depois de várias noites você diria: Bem, isso foi excelente, mas agora vamos ter uma surpresa, vamos imaginar um sonho que não está sob controle; bem, algo vai acontecer comigo que eu não sei o que será ou como será. Então você ficaria cada vez mais aventureira, e faria cada vez mais e mais apostas sobre o que sonharia, finalmente sonharia o que está sonhando agora.
E se você despertar dessa ilusão, entenderia que o preto implica no branco, um indivíduo implica no outro, vida implica na morte; você pode sentir-se, não como um estranho no mundo, não como algo aqui em liberdade condicional, não como algo que chegou aqui por acaso; mas você pode começar a sentir sua própria existência como absolutamente fundamental, o que você é basicamente, no fundo, no fundo, longe, muito longe, é simplesmente a fábrica e a estrutura da própria existência. Dream.
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Você acredita em vida após a morte? O Cristianismo prega a eternidade após a morte, a condição da sua eternidade depende das suas atitudes enquanto vivo; ou seja, sua próxima vida é o seu carma. Um garoto de 4 anos talvez não acreditaria nisso, mas os sonhos são reflexos do seu passado, presente, e futuro.
Era uma vez, um garoto que estava dormindo muito bem, noite fria de dezembro, uma casinha simples feita de madeira e telhado de palha, onde pelas frestas entre as madeiras, antes de dormir podia ver as luzes da festa da casa vizinha. Tudo parecia tão normal, o mundo continuava girando ao seu redor, parecia viver embriagado; mas um sonho perturbava sua paz, um sonho não, um pesadelo, centenas de caveiras invadiam sua cidade, destruiam tudo como a morte rubra, matavam muitas pessoas, escravizavam diversas outras; porém dentre elas havia um guerreiro, homem de pele escura, apenas o brilho dos olhos daquele homem trazia luz na escuridão, e ao lado dele havia uma mulher, afro descendente, linda, de cabelos longos e cacheados, um sorriso que acalmava qualquer angústia, parava qualquer dor. O que sucedera a partir dalí? Um beijo no rosto, uma voz suave em seus ouvidos entoavam uma só frase: - Eu te amo muito meu filho. Mas não era sua mãe, a voz parecia bastante, porém o rosto não. E assim desapareceram na luz que invadia a cidade. Naquela madrugada o garoto acordou assustado, mas com a sensação de estar seguro, em seu queixo havia uma ferida supostamente causada por uma aranha, mas estava bem.
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Poxa, que dia cansativo...
Cara leitora, agora que já sabe um pouco sobre meus princípios, permita-me começar os relatos; e insisto, mantenha toda a sua atenção em cada palavra para que não perca-se.
Tudo começou um pouco antes do nascimento, os psicólogos e psicanalistas dizem que é impossível ter memórias de fatos ocorridos antes dos 4 anos; concordo em termos, porém Welison nascera com uma estranha percepção, o mundo em sua volta era novo, e sendo novo era perturbador, barulhento, feio, grotesco, e tudo parecia deixá-lo zonzo, a gravidade, a percepção de vida, as dores, o calor, o mundo girava em sua volta o tempo todo, e a pele que pouco tinha, nascera prematuro de mais ou menos 7 meses, pele pouco desenvolvida, muitas vezes saia nas mãos das enfermeiras; gravidez de risco, parto muito dificil, ao lado dele no útero de sua mãe havia um tumor em desenvolvimento; pobre garoto, cabia na palma de uma das mãos de sua avó; o pai era distante, viajava muito à trabalho, e sua mãe após deixar o hospital, sozinha em uma capital, perdida e com uma criança no colo, tomou a decisão mais clara que havia naquele momento, deixou-o numa lixeira, decisão dolorosa anos depois; o primo de seu pai o resgatou e tratou de cuidar da mãe levando-a para a cidade de sua avó.
E as memórias? Bem, eu as mantenho , como parte de mim, olhar nos olhos de minha mãe e não consigo julgá-la. Eu amo meus pais, pois são os melhores pais que eu poderia desejar, meus heróis, eu daria a minha vida por eles.
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Parece-lhe muito estranho que alguém escreva coisas belas sobre temas filosóficos e sobre o funcionamento da mente humana, e ao mesmo tempo aprecie tão pecável sobre sexo?
De fato, sou realmente um pouco estranho, alguns dizem misterioso, mas não gosto desse adjetivo pessoal. Se sou duas pessoas? Diga-me você. Gosto de dividir minhas horas de almoço entre batalhas de rap e aulas de filosofia; gosto vinhos e cervejas; gosto de sexo e carinhos; sou sádico e protetor; gosto de climas frios e pôr do sol; gosto de séries de suspense e ação, e filmes de comédia e romance; gosto de rock e música clássica; gosto da natureza tanto quanto gosto de músicas eruditas, mas gosto também da internet; gosto de comer sozinho e gosto de uma boa companhia para rirmos enquanto comemos; gosto de soluções fáceis e também gosto do goût de l'effort; gosto de massagens e mordidas nas costas; gosto cafuné e ser dominante. Com o tempo permito que você me conheça melhor; agora diga-me, sou duas pessoas?
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Bem, como eu disse, este assunto tratará da visão humana quanto ao próprio "eu", quanto o próprio ser. Como falei anteriormente, tratamos o assunto do Dualismo Psicofísico em visão do "eu" como 2 pessoas, corpo e alma; Mas o doutor Sigmund Freud define o ser como 3 níveis: Id, Ego, e Superego; de acordo com a teoria da personalidade, são instâncias que definem a psique humana.
O Id é a sua natureza, seus valores iniciais, seus instintos. Um bebê chora por fome, chora por dor, chora por medo; pois nada pode fazer além de alertar que algo está errado. Creio que a senhorita tenha sido uma linda bebê, não aquelas crianças com cara de joelho (hahahahahaha), piadinha idiota, amo crianças. O Id define os seus primeiros passos, define o seu primeiro "eu", e cria dentro dele o seu inconsciente; ali estão reservados os seus valores primordiais, aqueles que definem as escolhas da sua vida, estão ali seus sentimentos e desejos, seus desejos mais puros e mais sórdidos.
O Ego é uma muralha, uma barreira de proteção. Quando você recebe um ataque, e esse ataque pode interferir no seu Id, o Ego trabalha para te defender, não deixando entrar e nem sair; ele é o mecanismo responsável pelo equilíbrio da psique, sempre regulando os impulsos do Id, ao mesmo tempo que tenta satisfazê-los de modo menos imediato e mais realista, tudo isso para manter a sanidade da sua personalidade. Esse ser surge a partir da interação do ser humano com a sua realidade, adequando seus instintos primitivos com o ambiente em que vive. Chamamos isso de "princípio da realidade".
Já o Superego, é a representação dos ideais e valores morais e culturais do indivíduo, atuando como um “conselheiro” para o Ego. Isto porque distingue o que é ou não moralmente aceito, segundo os princípios que foram absorvidos pela pessoa ao longo de sua vida. De fato, partir dos 5 anos de idade, as relações sociais passam a ser melhor interpretadas pelos seres humanos, mas nós estamos sempre trabalhando esses 3 indivíduos em nós, criando e reconstruindo realidades; Outis, Artor, Welison, são completamente diferentes em um único ser.
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