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A complexidade de amar outra pessoa. E ter que manter seu próprio amor, é algo assustador. Por vezes duvido da minha capacidade de amar, por mais que meu coração pense diferente. Talvez a infinidade de pensamentos e a finidade que seja a vida, explique o medo de amar. Acreditar no para sempre, é o maior ato que um apaixonado pode fazer. Crer com toda plenitude é quase impossível, só um louco é capaz. Mas o que seria o amor sem suas loucuras? Sem suas provas de sanidade e reconhecimentos de fracassos. Mas o que seria de amar, sem nós, os racionais que de vez ou outra, tropeçam na irracionalidade. Como explicar que realmente amamos, que sentimentos algo que não acreditamos. Ou ao menos tentamos nunca acreditar. E como pensar nesse sentimento depois de 10 voltas do mundo ao sol. E ainda tê-lo, ou pensar que tem. Onde está a sanidade desse ato? Tão pensado, tão bem planejado e ridiculamente mal executado. Que maluquice tremenda levar em consideração o coração, que o medo me proteja do amor. Até eu não aguentar. Assim me afogarei e talvez renasça. E finalmente acredite no amor sem locuura

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Não tê-la, de fato não é novidade. Nunca a tive. Sem falar que a posse não é palavra que possa evidenciar amor. Estranhamente e por razões quase que completamente desconhecidas, te amo. E cada dia que passa me estranha mais o absurdo que é essa afirmação. Não há reais motivos, que não sejam os intrínseco, para que me levassem a isso. Talvez até muito pelo contrário. Como costumo falar, gritar pra surdo não adianta tanto. Gostaria que tivesse captado, ao menos, os mais simplórios movimentos da minha boca, em vão, muitas vezes. Hoje diante do cenário, me sinto arrasado. Pois percebi que o único sentimento que nutre por mim é pena. Sim, a pena, por mais maquiada que tentamos aparentar e enrustida, é pena. Nessa relação talvez eu seja um completo coitado, digno de fato pena. Veja bem, não é sua culpa tal sentimento e sim minha. Há mil razões para desistir e quase nenhuma pra insistir. Preciso contar isso pro meu coração. Se pudesse, não estaria escrevendo isso. Se querer também fosse poder, não estaria escrevendo isso. Pior é não saber o porquê de ter que escrever isso. Em fases de pleno deslumbre e romantismo escreveria quilômetros de páginas sobre o porquê de escrever isso. Hoje, é apenas um desabafo. A obrigação de empatia, que o bom ser humano tem, muitas vezes engana e ilude. Mas de fato evita lágrimas. Eu me afogo em uísques e camparis, toda vez que faço o julgamento moral do motivo desse amor. É uma completa idiotice, loucura. Uma tremenda besteira que me faria correr até a Austrália, mesmo sabendo que existe o oceano. Mas eu correria. Sempre tive a péssima mania de agradar a qualquer custo, que muitas vezes teve um preço alto. O engraçado é que esse texto irá remeter de novo a pena. Eu faria de tudo, mas aparentemente não posso fazer nada. É a sina, muitas vezes imutável. Mas ainda não me livrei do vício homeopático de ter sua breve atenção. Péssimo hábito. Gostaria que ao menos fossem só nos momentos de embriaguez como hábito popular. Mas me pego no meio de uma tarde ou no começo de uma manhã pensando nos teus olhos e no teu nariz. Um romantismo de merda, fadado ao fracasso de uma sentimentalidade ínfima. Mas que não foge da mente. Uma verdadeira bosta por assim dizer. Mas o pior mesmo, é não saber o real motivo. Isso além de tudo, é MUITO preocupante. Coisas passionais e corriqueiras tem motivos, por mais complexos ou banais. Eu não encontro motivo pra essa porra. O que me leva ao pensamento, extremamente preocupante, que pode ser bem de verdade. Hoje, te juro, não gostaria que fosse de verdade. Pensei, sempre, friamente que amei muito mais outras mulheres, condenado ao fracasso de um discurso repleto de pieguismo. Mesmo por contra vontade, admito a rendição no quesito mais. Torturante por vezes. Você ,com certeza a essa altura, está entendendo que não faz o menor sentido né. Eu sei. Estou procurando fazer algo sobre isso. De um lado ou outro, não deve ser impossível, nada é.

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Eu e você não é assim tão complicado. Mas é um pouco. É meio noite e meio dia, bem no momento que o sol se põe de um lado e a lua brilha do outro. Não é matriz e nem filial, é sucursal sem sede fixa. As definições são muitas, mas pouco importa. Estou sempre bem do seu lado. O entendimento é tudo, não se morre de amores por um rosto bonito ou pernas torneadas. Se morre de amores por uma mente completa, um coração repleto e um sorriso arrasador. Você possui tudo isso, mas isso não quer dizer que morro de amores por você... ou quer? Novamente, pouco importa. O sentimento do mundo é quadrado, nós temos mil lados. Mas se me perguntassem, se me imaginaria assim, diria não. E se me sugerissem pra ir embora, diria nunca. Cheguei num momento que não sei explicar tudo o que isso envolve e se passa, e vi que isso é maravilhoso. É uma das melhores sensações que tive. Não olhar pra trás e não se preocupar com o futuro, flutuar, deixar a correnteza traçar o caminho e agradecer pelo destino. És raridade fora do comum, não pelas suas excentricidades escancaradas, e sim pelas que você deixa guardada. Você me ganha pelas beiradas e não sabe o porquê. Por vezes me atrevo a mergulhar no seu oceano de sentimentos e pensamentos, mas ainda preciso treinar um pouco mais natação. Mas mesmo com mil coletes e boias, me atrevo nessa imensidão. A perder não tenho nada, a ganhar tudo. E assim sigo-a, sem medo.

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Te amo porque te amo

Porque é amor e amor se ama

Se não fosse amor

Se fosse dor

Também te doeria

Mas amo assim por amar

Por não saber diferenciar

Amor e dor

Dor de amar

Doa amar assim, um minuto

Agora posso falar, amar

Doar o amar também é amor

Que doar o amor seja a mais simples dor

Amor anormal, sem forma

Amor imoral, sem limites

Amar a dor de doar o amor

Afinal, é amor.

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Amo te

Mas porque amo te

Se amar é inútil

Inútil perante o vazio constante

Inútil perante a inércia de seus sentimentos

Mas amo te, não por escolha

Amo te por acaso

Não me foi dada a escolha

Me foi tomado o sentimento

Se por escolha acontecesse

Não seria a contragosto

Mas também não seria de bom grado

Não busco explicações, nem as quero

Amar-te é constante

Constantemente esbarrando na sua inconstância

Não ligo, não julgo, espero

Solto palavras sufocadas

Grito mudo ao redor

Não me/te atinge, seguimos

Não há problema, mas há solução

Não vejo pelas paredes, nem pelas retinas

Prefiro não ver, não saber

Sou acaso, somos um caso

Clichê em versos, diferente em sentimentos

Dois côncavos, nada de convexo

Semelhantes e tão distantes

Ainda assim, amo-te.

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Meus olhos cansados querem te dizer coisas que minha boca não tem coragem de falar. Meu corpo trêmulo e minhas mãos inquietas querem demonstrar coisas que não consigo. Quero paz, quero liberdade, quero felicidade. Fico, mas tem vezes que até o perdão cansa de perdoar. Me perdoar, a mim mesmo. Por ter pensado e não feito. Sou poço, sou fundo, sou escuro. Falo demais e não falo nada. Mantenho distância e evito fortes envolvimentos. Sinais escassos me descrevem e infelizmente me entregam. Sou metade, quero tudo e quero nada. Ouço vozes conflitantes que me fazem pensar. Escuto, mas não consigo compreender. Busco razão, qual caminho seguir, que porto aportar, a quem me reverenciar. Nos reinos que nasci, existiam castelos esplendorosos, porém com torres e calabouços escuros e frios. Ando pelos seus corredores, salas e quartos, mas em nenhum lugar consigo ficar. Devo construir meu castelo, com o que bem e pouco sei. Meu castelo não precisa ser grande, nem luxuoso. Meu castelo tem que ser meu e que eu possa me encontrar. Mas me confundo em construções inacabadas, corredores que não levam a lugar nenhum e quartos sem janelas. Meu castelo precisa de arquiteto e um bom construtor. Agora perco-me em pensamentos e sentimentos. Nada sei ao certo, quanta incerteza da vida. São momentos, são viagens, saudades. Paro, nada sou, tudo sou, tudo posso e tudo quero.

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Você pode dizer, que sou da rua e não de casa. Que ganho dinheiro e perco no jogo. Que vivo em bares e não ao seu lado. Diz também que sou mais da boêmia, do que do amor. Fala que não sirvo pra nada, não lhe dou bombons e nem flor. Sei que está tudo certo, esse é meu ego. Tens certa razão, não valho nada, nem um pedaço de pão. Por isso pode contar para todos, grite com toda sua raiva, que me deixou. Pois eu sou mais da estrada, não sigo caminhos que você traçou. Sigo em busca do nada, porque do seu lado não tenho valor. Eu continuo nos bares e você insiste em gritar de rancor. Perdão pra ti já não tenho mais nada, nem leve suspiro, nem magoas de amor. Voltei para casa, estou mais feliz, mesmo sem amor. Agora já podes mentir, dizer que nunca me amou. Fale também das minhas cartas, aquelas que você queimou. Jogue meus livros foras, rasgue a minha camisa favorita. Livre-se de qualquer existência minha. Se puder, me apague também das suas memórias. De você levarei o cheiro e aquela corrente com o pingente torto. Mas não se engane, vou depositar no mesmo pote de todas as outras. Siga pela direita, vou pela esquerda. Que nossos caminhos sejam paralelos. Continuarei nos bares, no jogo, na lapa. Vou escrever um samba, botar nele seu nome e dar inveja até em Noel. Agora caminho na praia e sei que minha alma, nunca lhe pertenceu. Estou levando comigo, tudo que preciso, vinte reais, uma caneta e minha cabeça.

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Não me recordo o exato momento, mas sei que te perdi. Perdi teu sorriso matinal, tuas mensagens ao longo do dia, teus abraços sem motivos, teus carinhos descompromissados, teus afagos momentâneos. Perdi o pouco que restava de você no decorrer dos dias, o motivo, não sei. Eu permanecia fiel a minhas juras de amor eterno e ao meu jeito de ser, continuava com os sorrisos, abraços, carinhos. Mas algo em mim já não estava funcionando, passei de imã para repelente. Por vezes pensei ser doença, depressão, ansiedade. Me mantive ao lado, como ainda estou, mas nada que fizesse era possível para que te tornes saudosista. Procurei respostas, busquei os astros, tarô, li as cartas, em vão. Seu rosto imóvel, sua boca paralisada, seus olhos sem brilho. Torturas de um cotidiano perturbador, devaneios me tomavam conta, só assim conseguia viver, persistir. Mas nada que fizesse atraia seu olhar, então diga, qual de nós dois terá coragem de dizer adeus? Talvez pra sermos felizes seja preciso desfazer desse amor. Confesso que minhas ressacas já não são o bastante para suportar. Prefiro que me traia, que me cuspa, me esnobe, me bata. Mas essa sua inaptidão para tudo me tortura, sua falta de vontade até para me xingar me degenera. Viver nessa calmaria de sentimentos não é vida. Ou me ame ou me odeie. Não necessito do apelo de olhos cansados e nem da pena de mãos frias. Me chute, mas não me deixe numa calmaria de domingo frio todos os dias. Não sou conformado com prateleiras cheias de fotos desbotadas, escritas em papel amarelado, lembranças colocadas no freezer. Eu quero é viver, quero ver o mundo. Não me submeterei a tua pequena mente provinciana. Taxada a viver num subúrbio de anêmicos sentimentos. Tua perda é inevitável, meu sofrer é opcional. Tenho em mim os seus bons dias, mas não fico para padecer numa poltrona virada pra uma janela sem vista. Talvez você não saiba, mas a vida é curta e eu perdi o medo de vivê-la.

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Não me permito sofrer por pequenos amores ou poucas desilusões. A perplexidade me atrai mais, mesmo quando o assunto é dor. Não irei desperdiçar lágrimas com dores de menor importância. Os amores na minha vida, dizem, são como as estações. Tão certo que o verão vem após a primavera, é que meus amores vem um após o outro. Não que me contento com esses boatos ou agradeço a fama de desprendido. Na verdade o amor vem tão certo como a dor, já o sofrimento é opcional. Mas necessário nos maiores casos de paixão. Seria injusto com a outra pessoa, ama-la de maneira voraz, tê-la escrito e declamado poemas, gritado com bons pulmões o amor e ao final de tal, não sofrer por ele. É quase um afronte aos bons costumes. É preciso sofrer a perda de um grande amor. Lágrimas não caem em vão, chorar deve ser calculado. Só os verdadeiros amor merecem. Não julgaria a complexidade de amores em tempo ou momentos. Talvez a melhor medida seja as lágrimas que você derrama após a sua perda.

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São as bochechas mais lindas que vi, o jeito mais gostoso que senti. As melhores palavras que ouvi. Não estava preparado, na verdade, há muito tempo eu já havia perdido o jeito de como era tal situação. De como era a barriga tremer, de como é o tempo passar. De imaginar um futuro lindo, pensar em um amor infinito. Estava esquecendo de como é gostoso sentir paixão. Te ver é minha ansiedade semanal. Nova paixão, novos ares, novos momentos. Espero não te decepcionar, pois sou da boemia, sou da saidera, fico até tarde, falo besteira. Mas só mulher em minha vida para que eu possa ficar. Trocar a boemia pelo lar. Então te peço que me ajuda a superar, as crises momentaneas de amar. Você comigo sempre estará, em pensamentos, em qualquer lugar. Meu colo poderá ser seu refugio e meus abraços seu porto seguro. Quero que teus labios me curem do cansaço e teus afagos me deem disposição. Que suas palavras me façam um bom dia e tuas verdades me encham de emoção. Jurar não posso, mas posso tentar, insistir e continuar. Confesso que por vezes me belisco para saber se é realmente verdade. Quero cuidar de você, poder te fazer feliz. Vai chegar o momento que meu sol não terá brilho sem seus olhos e minha lua não existirá sem seu sorriso. Eu te confesso, estou em suas mãos. Fomos amantes em outras vidas, devemos existir em outros planetas, nossos mapa astral estão cruzados e nossa alma interligada. Se fosse malandro te faria um samba, se fosse guitarrista te faria um rock, mas só sou apaixonado, então te escrevo esse texto. Não guardo sentimentos e não evito momentos. Falo sobre coração, descrevo meus pensamentos. Se quiseres chuva, faço cair, se quiseres sol, faço secar, se quiseres frio, te esquento, se quiseres calor, te liberto. Perfeita em cada centímetro, do meu jeito em cada palavra. Não existe coisa melhor do que relembrar o que é gostar. Se quiser estou aqui, caso queira, também estou lá.

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Percebi minha decadência, não pelos goles de uísque ou pelas garrafas de vinho vazias se acumulando. Não decai simplesmente pelos cinzeiros acumulando cinzas. Tampouco me encontro assim, por deixar a barba a fazer ou andando na rua só. Decai pois não tenho motivos para escrever. Não posso mais ser poeta. É como ter a virilidade e ser estéreo. Trovas já não declamo. É simples soma, não amo, não tenho musa para endeusar. Mais triste que a falta de bela dama, é o outro motivo da minha incapacidade. Nem mesmo as antigas deusas da minha vida, conseguem despertar o pobre poeta. Culpa tenho eu, tolo e acomodado. Em odes frias, descrevo com maestria, o que fostes minha serenidade amorosa. Talvez aqueles olhos perderam o brilho, o cabelo perdeu sua maciez, a boca suas curvas. Mas amar exige cuidado, só o responsável consegue descrever com maestria. Pra um apaixonado, beira o desesperado, tanto tempo sem afeição. Prazeres carnais, satisfazem por algumas horas. A solidão, essa sim, está cada vez mais presente. Não há substituição para o vácuo. Não há realização, sem sonhos. A noite já não me da solução. Boemia sem resultado. Gostaria de vê-la passar e me remoer. De sofrer, de esconder meu choro dos amigos.

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A despedida.

Nunca pensei que teria que me despedir, deixar para trás. Mas é preciso, tenho que ir, vou seguir em frente. Olha amor, eu vim aqui pra me despedir, vou partir, não posso ficar. Você não soube me aproveitar, fez pouco caso do meu amor. Hoje estou assinando minha renuncia desse amor. No caminho até aqui, pensei em desistir 10 vezes, passei pelos mesmos lugares que iamos, só pra ter certeza. Parei e olhei em minha volta, me senti sozinho, inseguro, frágil. É assim desde que perdi seus braços. E toda angustia, toda minha raiva, todo meu ódio, não bastou para essa decisão. Foi preciso percorrer mil quilometros, encontrar mil mulheres, beber mil cervejas. Pasme, pois isso também não foi o suficiente. Quando voltei tempos atrás, te procurei, te falei do meu amor, chorei. Você zombou, falou que não me ama mais. Fui embora, mas fui embora com amor. Hoje venho pra descartar meu amor. Vou jogar fora. Amor órfão, não tem mais dona. Talvez ache novo lar, mas não mais comigo. Ficarei oco, estéril de amar. Mas vim aqui, vim dar adeus, jogar o amor fora. Não vou pedir que voltes, que me ames. Mas você é tão dona ,quanto eu, deste amor. Tem que estar ciente que ele ficará órfão. Esse amor que nasceu a tantos anos, quando ainda éramos adolescentes. Mesma escola, coisa de jovem, envergonhados. Quem faria a primeira investida, quem assumiria primeiro, quem cederia primeiro. Por você jurei virar burguês, pintor nas alturas, ficaria rico até antes de um mês. E assim prosseguiu, entre brigas, juras de fidelidades prateadas. Talvez um canto abandonado de uma escola em reforma, guarde boas lembranças de nós. Teu beijo, teu abraço, suas manhas, teu cheiro. Logo eu, que sempre evitei cheirar o doce, fui me apaixonar pelo seu cheiro. Mas falho e como falhei. E as ilusões de ótica me fazem errar, tropeçar. Percursos mal definidos, erros imperdoaveis. Foi preciso tempo ao tempo, idas e voltas. Os mais idiotas pedidos e as mais estupidas desculpas. Foi feito de tudo, tarde demais. E num suspiro louco tentei de novo e de novo. Em vão. Então decretei que seria o fim, venho encerrar o contrato desse amor. Peço sua compreensão se minhas lágrimas caírem ou se eu soluçar. Mas vamos logo encerrar, concordar com os termos e assinar. É o fim. Procura-lá já não vou mais. O amor está aqui, órfão, se quiser pegue e cuide dele. Quem sabe um dia, por descuido ou poesia, você volte.

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Vem o Redentor, anunciar à longos gritos. Vem prenunciar sua obra mais bonita. O Corcovado todo parou para observar. Por um instante toda a Cidade maravilhosa ficou muda. Surge nos arredores dos seus morros, a obra divina. E lá do Olimpo, Afrodite e Atena ficaram com inveja. Reluzente na baía famosa, seus olhos profundos ganharam a Sapucaí. E o vento do Pão de Açúcar, em teus cabelos tocou, e nos traços de Niemeyer em seu cabelo ficou. Olhava pro horizonte em busca de algo, o céu azul não impunha limites. A menina sonhou. E do seu sonho viagens surgiram, objetivos foram alcançados e amores sentidos. No caminhar do seu corpo e irreverencia do seu jeito, Vinicius e Tom compuseram. No passeio pela praia, Drummond a reverenciou e a eternizou em seus versos. Em versos miúdos, como sua estatura. Em enormes poemas, como seu coração. Em bares da Lapa, samba virou. E sempre sensata, com charme único, todo Maracanã levantou. Do seu jeito moleca e seu sorriso alegre a Rocinha conquistou. São duas verdades, duas utópicas realidades. A mais bela cidade e a melhor das mulheres. Garota cantada não virou, optou por ser lembrada. E essas palavras me fez escrever, um pouco do Rio e um pouco de você.

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Ah se soubesses, do amor que a ti preservo. Se soubesses das palavras, que a ti desejo falar. Se soubesses dos sonhos, que sonho por ti. Se soubesses dos amores, que desejo que te amem. Se soubesse do futuro, que a ti reservo. Se soubesses das mentiras, que não quero que ouças. Se soubesses das verdades, que não quero que saibas. Se soubesses do males, que quero te proteger. Se soubesses da vida, que quero que tenha. Se soubesses das viagens que, quero que faças. Se soubesses dos fatos, que quero te contar. Se soubesses das historias, que quero que escutes. Se soubesses dos abraços, que quero te dar. Se soubesses dos presentes, que quero que ganhes. Se soubesses das lembranças, que quero que guardes. Se soubesses dos medos, que não quero que tenhas. Se soubesse do bem, que quero que faças. Se soubesses das angustias, que não quero que passes. Se soubesses dos amigos, que quero que preserves. Se soubesses das pessoas, que quero que esqueças. Se soubesses dos caminhos, que quero que percorras. Se soubesses das estradas, que quero que andes. Se soubesses dos mares, que quero que nades. Se soubesses das transas, que quero que faças. Se soubesses das noites, que quero que durmas. Se soubesses das praias, que quero que descanses. Se soubesses dos colos, que gostaria de te dar. Se soubesses dos choros, que quero te enxugar. Se soubesses dos países, que quero que conheças. Se soubesses dos porres, que quero que bebas. Se soubesses da saudade, que sinto de ti. Mas da saudade preciso que saibas, pra sempre voltar.

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Com certeza na maioria das vezes fui canalha. Usei mulheres para curar meu tédio passageiro e meu desejo por atenção. Busquei felicidade momentânea em abraços curtos e palavras falaciosas. Amava os momentos e os sentimentos, não as pessoas. Amava as mulheres, mas nunca a mesma por mais de 1 semana. Talvez eu tenha sido moldado para isso. Talvez amar não seja meu forte. Também, quem dera, sempre quando tento amar e me dedicar a uma pessoa, não consigo. Não por mim, mas normalmente as mulheres não me ajudam nesse quesito. Eu juro que tento, insisto, em vão. Chega uma hora que consigo, mas a situação se torna tão frágil, que as mulheres que queria amar, se tornam as minhas mulheres de 1 semana. Gostaria de mudar isso. Como se comportar em tal situação?

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Amei mulheres que não precisava ter amado. Sofri por amores que não deveriam ter existido. Chorei lágrimas que não precisavam ser derramadas. Tomei porres, que não mereciam ter sido bebidos. Lógico que o álcool é mais fácil de digerir do que as mulheres e o amor. Na minha vida o álcool e as mulheres tem significado importante. Quando amei, o álcool era refinado e em doses medicinais, bebia vinho e drinks finos. Quando nada tinha, me entupia de cerveja e cachaça, engordava e não ligava. Após o amor, as garrafas de uísque se acumulavam, as de vinho, em sua maioria barato tomavam conta do apartamento e não existia um bar na cidade onde eu não tinha tomado cerveja. Não deveria ter amado, é fato. O pior dos amores é o da mente. É cego e incoerente. Mas não me arrependo das flores e chocolates que dei. Nem das palavras que dediquei e tampouco do amor que jurei. Poderia ter sido evitado, claro. Mas com certeza meus textos teriam muito pouco sentido. Umas me olham como nada, outras como tudo. Essas eu sei que não passam da segunda noite. Prefiro as que me olham com indiferença. Elas normalmente duram mais, são mais difíceis de se perder.

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Sei das suas feridas, das suas dores. Das marcas que carregas, da tristeza que te segue. Então por livre vontade, te faço versos, singelos é claro. De como o amor pode esperar. Quem sabe em algum tempo, perto ou distante, nós futuros amantes iremos nos encontrar. Te curo feridas, te protejo com abraços. Tuas muitas facetas e seu grande mistério, pretendo desvendar. Me faça freguês, recorrente e em dia. Me de teus sinais, me mostre o caminho, me acorde num domingo qualquer. Sorrisos virão, sem grandes motivos. Olhos pararão, na linda paisagem. Inútil a dor, incrédulo o amor. Eu sou mero amador. Se nada fluir, pistas ficarão, quem sabe no futuro alguém descubra o nosso estranho amor. Caso esteja cansada, te concedo meu ombro torto. Se precisar, minhas mãos te consolam. Meus ouvidos serão sua plateia e minhas palavras irão te confortar. O medo é inútil, a tristeza também. A noite é escura, mas nunca eterna. Mesmo nos polos mais distantes, o sol volta a brilhar. Mas a primavera é privilegio contido. As flores brotam, nos mais simples jardins. Árvores surgem até em devastadas florestas. O segredo da primavera não são as folhas e sementes, o segredo é o jardineiro. Os melhores vinhos, surgem das videiras que mais sofrem, nos piores tipos de terra. É preciso sofrer para acontecer o melhor. Mas quero que saiba, quero saber da sua vida. Me conte seu dia, suas dores, me fale de seus amores, suas aflições. Incertezas são fáceis de se resolver, paralelos podem se cruzar em qualquer ato de descuido. E o amor pode brotar no mais árido terreno. Só te peço um favor, me conceda a oportunidade de ter seu amor.